Friday, June 27, 2008

APORTE DE IODO E DOENÇAS DA TIRÓIDE EM PORTUGAL




Segundo a Sociedade Europeia da Tiróide, um em cada dez portugueses, ou seja 10% da população, sofre de doenças da tiróide. São patologias bastante comuns, que afectam sobretudo mulheres, cujos principais distúrbios são o hipotiroidismo e o hipertiroidismo. No entanto, casos de nódulos e de cancro da tiróide são cada vez mais frequentes.






A elevada prevalência destas doenças tem preocupado os especialistas nacionais, que apontam a pouca informação e divulgação como uma das principais causas para a detecção tardia. Em Portugal, surgem por ano mais de 400 novos casos de cancro da tiróide, dos quais 20 resultam em morte.





Face a esta situação, o Grupo de Estudos para a Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) decidiu arrancar com a primeira investigação epidemiológica sobre “Aporte de Iodo em Portugal”. É um estudo populacional, coordenado pelo Professor Edward Limbert, Endocrinologista do IPO de Lisboa, que procura conhecer a ingestão de iodo a nível nacional.





Iniciado em 2005, envolve a determinação das iodúrias (quantidade de iodo na urina) em duas populações alvo: grávidas e crianças entre os 7 e os 12 anos. O objectivo é avaliar a necessidade de introduzir suplementos alimentares de iodo. A investigação conta com o patrocínio institucional da Merck e os apoios do Colégio da Especialidade de Endocrinologia da Ordem dos Médicos, Direcção-Geral de Saúde, International Council for the Control of Iodine Disorders e Comité Português da Unicef.





Para o Grupo de Estudos para a Tiróide da SPEDM, as doenças da tiróide têm relação directa com a carência deste micronutriente, sendo facilmente diagnosticáveis. Quando isso acontece numa fase inicial, as taxas de cura rondam 90%. Embora a tendência seja para a detecção precoce, existem ainda vários casos não diagnosticados, o que dificulta a possibilidade de travar a progressão das doenças e assegurar uma maior taxa de sobrevida ao doente.








Carência de iodo em grávidas e crianças





O iodo é um micronutriente essencial para a síntese de hormonas tiroideias (HT), fundamentais para o normal desenvolvimento do sistema nervoso central. Deficiência em HT resulta em prejuízos no desempenho cognitivo, cuja severidade depende do grau de insuficiência. Défices baixos a moderados de HT afectam gravemente o coeficiente de inteligência. Durante a gravidez as necessidades de iodo são maiores, para fazer face aos requisitos de HT da mãe e do feto. Tal é especialmente relevante no primeiro trimestre, em que não há ainda qualquer função tiroideia fetal.








A primeira fase do estudo epidemiológio “Aporte de Iodo em Portugal” concluiu que apenas 30% das grávidas observadas têm valores considerados satisfatórios pela OMS e International Council for the Control of Iodine Deficiency Disorders (superiores a 150μg/L); 20% têm iodúrias muito baixas (inferiores a 50μg/L); e 50% apresenta deficiências ligeiras. As conclusões levaram os especialistas a ponderar sobre as vantagens da reintrodução da venda obrigatória de sal iodado.





Face a estes indícios, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) defende a necessidade de investigadores e universidades “se interessarem ainda mais por este assunto e, com o apoio das autoridades, confirmar ou não a carência de iodo”. A DGS reforça a importância da realização de um inquérito alimentar nacional e uma avaliação da composição nutricional dos alimentos: sobretudo peixe, frutos e vegetais, como fontes principais de iodo.








Um problema de saúde pública





A deficiência de iodo é reconhecida, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a “causa evitável mais frequente de doenças mentais e do desenvolvimento”. A OMS estima que, cerca de 13% da população mundial esteja afectada por doenças causadas pela falta de iodo, estando outros 30% em risco. A UNICEF aponta para 41 milhões de recém-nascidos desprotegidos.





Para além da relação entre carência de iodo e bócio endémico, patologia que no nosso país está controlada, investigações recentes do Grupo de Estudos da Tiróide da SPEDM indicam que deficiências moderadas do micronutriente causam alterações de saúde importantes, nomeadamente durante a gravidez e infância. Uma carência ligeira no aporte iodado durante a gravidez pode estar na origem do desenvolvimento de bócio, na mãe, e alterações cognitivas, no filho.








MERCK PORTUGAL





A Merck, subsidiária da Merck KgaA, está em Portugal desde 1934. Conta com 160 colaboradores e actua nas áreas farmacêutica e química, embora a primeira seja a mais representativa no mercado português.





A nível nacional, na área farma, a empresa tem as divisões Merck Serono e Consumer Health Care. A Merck Serono é especialista em medicamentos de prescrição médica para tratamento de doenças e anomalias da glândula tiroideia, esclerose múltipla, infertilidade, cancro, diabetes, doenças cardiovasculares, deficências da hormona do crescimento, endocrinologia e psoríase.





Merck KGaA e a tiróide



Merck KGaA é a empresa farmacêutica líder no campo das terapêuticas para a tiróide.



O desenvolvimento nesta área é suportado por uma longa história de investigação sobre a glândula. Os produtos Merck para as patologias tiroideias, cujo príncipio activo é a Levotiroxina sódica, estão presentes em todos os mercados mundiais. Há vários anos que a empresa dedica todos os esforços no sentido de facilitar o diagnóstico e tratamento das doenças da tiróide e, dessa forma, melhorar a vida dos doentes. Actualmente, a Merck apoia trabalhos desenvolvidos por endocrinologistas internacionais e tem parcerias importantes com o ICCIDD, UNICEF e OMS, na pesquisa e eliminação das deficências do iodo em todo o mundo. (Para mais informações sobre tiróide consulte http://www.thyrolink.com/).






Fonte: Grupo Inforpress

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