Friday, February 27, 2009

O CÉREBRO PRECISA DE EXERCÍCIO

Wednesday, February 25, 2009

RONCOPATIA E APNEIA DO SONO




O ressonar é uma perturbação do sono e apesar de ser frequente não deve ser ignorado, mas sim avaliado e tratado. Cerca de 30 por cento dos adultos ressonam e embora na maior parte isto não signifique um problema sério, estima-se que em 5 por cento dos indivíduos o ressonar está associado a uma doença: a apneia de sono. Embora o ressonar ocorra nos dois sexos é quase duas vezes mais frequente no homem do que na mulher.





Alguns indivíduos durante o sono enquanto outros só ressonam, por exemplo, quando dormem de costas, estão constipados ou tomam determinada medicação, mas não há dúvida de que se trata de uma situação incomodativa para os outros indivíduos que com eles convivem.




Poderíamos pois dizer que o ressonar não só perturba o parceiro, como também pode perturbar o sono do ressonador, sem que ele tenha consciência disso.







O que é o ressonar?




O ressonar não é mais do que o ruído provocado pela passagem do ar através das vias respiratórias que podem provocar uma obstrução ao seu fluxo por razões diversas.








Poderá o ressonar ser um sinal importante?




Sim. Se for intenso e interrompido por pausas, o ressonar pode ser um dos primeiros sintomas da existência de apneia de sono.








O que é a apneia de sono?




A apneia de sono é uma perturbação caracterizada por paragens respiratórias com duração superior a 10 segundos que se repetem durante a noite e é significativa se acontecer mais de cinco vezes por hora. Esta perturbação provoca a fragmentação do sono durante a noite, provocando uma alteração da sua qualidade.




À medida que o sono se torna mais profundo verifica-se um relaxamento muscular e inclusivamente dos músculos necessários à respiração. Este processo normal não causa problemas na maioria dos indivíduos, mas noutros os músculos relaxam demasiado ou simplesmente ao relaxar podem provocar um agravamento da obstrução inicial dificultando a passagem do ar.





Em alguns casos o problema reside a nível cerebral controladora da respiração, em que os mecanismos reguladores estão alterados dando assim origem a uma apneia de natureza central. Podemos pois dizer que um doente com apneia de sono adormece, pára de respirar, acorda, reinicia a respiração, torna a adormecer, mais uma vez pára de respirar, e assim por períodos sucessivos ao longo da noite, o que conduz a um cansaço físico.




Este cansaço pode ter como consequência uma diminuição da rentabilidade intelectual e física durante o período de trabalho devido ao cansaço, adormecimento durante a condução de veículos motorizados, com aumento da sinistralidade rodoviária.




Quais os principais sintomas?




- Ressonar intenso, incomodativo e com pausas a acompanhar um sono agitado e geralmente com forte transpiração;




- Sonolência durante o dia com facilidade em adormecer em circunstâncias impróprias, tais como na ver televisão, a trabalhar, a conversar com os amigos e a conduzir. De facto, o risco de acidentes de viação aumenta significativamente nestes doentes;




- Dificuldade de concentração, irritabilidade, ansiedade ou depressão, perda de interesse sexual e por vezes dificuldades na erecção, dores de cabeça e queixas de insónia.




- Levantar de noite para urinar, acordar cansado e com a boca seca, ter azia ou a tensão arterial elevada.






A apneia depende da obstrução das vias respiratórias?




Não. Embora a apneia obstrutiva seja a mais frequente, existem também casos em que apesar das vias respiratórias não estarem obstruídas, o diafragma e os músculos respiratórios param de funcionar por falta do estímulo cerebral que controla a respiração. A este caso chama-se apneia central, conforme já foi referido e que pode coexistir com outra apneia denominada de origem periférica.








Que consequências poderá ter a apneia de sono?




Para além da alteração da qualidade de vida provocada pelos sintomas já referidos, há também riscos durante a noite: cada vez que a respiração pára, o nível de oxigénio no sangue baixa e o coração tem de trabalhar mais intensamente, levando a um aumento da tensão arterial e por vezes com arritmias cardíacas durante a noite.








Como diagnosticar o ressonar e a síndrome da apneia do sono?




Quando existe uma suspeita clínica, o doente deverá ser enviado a uma consulta de sono ou a um otorrinolaringologista, acompanhado do seu/sua parceiro(a) pois é importante saber o que se passa de noite quando o doente pensa que está a dormir.




Certamente que irá necessitar de fazer um registo de sono durante uma noite, o que actualmente já pode ser feito em casa do doente. Assim se fará o diagnóstico preciso e a avaliação da sua gravidade para que se escolha o tratamento mais adequado a cada caso.




O vício de fumar agrava consideravelmente a apneia do sono devido a uma maior flacidez e possibilidade de colapso dos tecidos das vias respiratórias superiores por irritação das mesmas devido ao fumo do tabaco.


Quais os tratamentos?




Existem medidas gerais que devem ser aplicadas.




Perda de peso, no caso de ser excessivo, pode ajudar muito o tratamento da apneia de sono. Por vezes, perdas de cerca de 5 por cento do peso podem melhorar francamente a respiração nocturna, tornando o sono mais reparador e diminuindo em muito os sintomas diurnos já descritos.




Evitar álcool ao jantar ou pelo menos duas horas antes de ir para a cama: o álcool deprime a respiração tornando as apneias mais frequentes e graves. Evitar medicamentos para dormir, pois a grande maioria agrava a apneia do sono.




Tentar dormir de lado, uma vez que muitos indivíduos sofrem de apneia apenas quando estão deitados de costas (determinados truques simples podem ser úteis tais como a bola de ténis presa nas costas do pijama, que obrigará a uma posição lateral durante o sono). Medicação para tratar a congestão nasal, caso esta exista, pode ser útil na redução do ressonar e da apneia do sono.




Por outro lado pode-se recorrer aos seguintes tratamentos específicos. Pressão positiva contínua nasal (CPAP) é actualmente a terapêutica mais eficaz. Consiste na aplicação de uma máscara no nariz durante a noite. Este aparelho exerce uma pressão de ar contínua forçando o ar a passar através das vias respiratórias, não deixando que a apneia ocorra e permitindo que o indivíduo respire normalmente sem que o sono seja perturbado.




Aplicações dentárias que poderão ajudar nalguns casos, permitindo uma melhor abertura das vias aéreas superiores com projecção anterior da mandíbula, língua e palato mole.




Outros tratamentos cirúrgicos poderão corrigir alterações físicas que prejudiquem a respiração durante a noite. Estas incluem amígdalas ou adenóides aumentadas, pólipos nasais, um desvio do septo nasal e malformações da mandíbula ou do palato mole.




A uvulopalatofaringoplastia (UPPP) e a uvulopalatofaringoplastia assistida por laser (UPPL), são técnicas em que o cirurgião remove o excesso de tecido na parte posterior da garganta (úvula e parte do palato mole) que poderá estar a bloquear as vias respiratórias durante o sono.




Além destas cirurgias, nos casos mais graves pode ser necessário recorrer a outras técnicas operatórias mais diferenciadas como o avanço maxilomandibular. Noutros casos, extremos, com uma apneia do sono muito grave pode ser necessário efectuar uma traqueotomia.




Esta técnica consiste em abrir um orifício na traqueia, colocação de uma cânula de traqueostomia que se encerra durante o dia e é aberta para dormir, o que permite que o ar circule directamente para os pulmões sem ter que passar por uma via aérea obstruída.




O oxigénio, que embora raramente seja necessário para o tratamento da apneia de sono, pode ser adicionado ao sistema de CPAP para correcção dos baixos níveis de oxigénio nos doentes com doenças respiratórias ou cardíacas.




A nova técnica dos três pilares (PPP) é mais uma opção cirúrgica no tratamento do ressonar e da apneia do sono.








Fonte: Instituto do sono

Tuesday, February 17, 2009

LEUCEMIAS: CAUSAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO



Marília Gomes


Leucemias são um grupo heterogéneo de doenças hemato-oncológicas caracterizadas por uma acumulação anormal e progressiva de glóbulos brancos malignos clonais (células leucémicas), com capacidade de proliferar excessivamente e de infiltrar órgãos e tecidos, tais como medula óssea, sangue periférico, baço e gânglios.





Os dois maiores grupos de leucemias diferem na rapidez com que manifestam os seus sinais e sintomas, e como progridem. As leucemias agudas são usualmente de início rápido e de curta duração, dividindo-se em leucemias linfoblásticas e mieloblásticas agudas. As leucemias crónicas evoluem de forma insidiosa e são de longa duração, podendo ser leucemias mielóides ou linfóides crónicas.




Causa das leucemias




A grande maioria é de etiologia (causa) desconhecida. No entanto, existem alguns factores que implicam o aumento do risco de leucemia, como a exposição a níveis muito elevados de radiação ionizante (ex: explosão atómica, acidentes em centrais nucleares, exposição terapêutica a radiação), a exposição crónica a níveis elevados de compostos químicos usados na indústria (ex: benzeno, formaldeído), ou a alguns medicamentos incluídos em protocolos de quimioterapia de doentes com cancro, como os agentes alquilantes.




Certas doenças genéticas como o Síndrome de Down, bem como algumas doenças hemato-oncológicas, como os Síndromes Mielodisplásicos, podem aumentar o risco de leucemia aguda. Existe uma forte associação entre a rara leucemia de células T do adulto e a infecção pelo vírus HTLV1.








Sintomas




Os sintomas predominantes são: sudorese nocturna, infecções frequentes, cansaço fácil, hemorragias cutâneas ou mucosas fáceis, dores ósseas ou articulares, distensão abdominal, gânglios aumentados de volume e emagrecimento. Esta sintomatologia não é exclusiva das leucemias e pode surgir no curso de outras patologias benignas ou malignas. São um sinal de alerta para consultar o médico assistente. As leucemias crónicas podem não apresentar qualquer sintomatologia, sobretudo nos estádios iniciais, sendo por vezes diagnosticadas em consultas de rotina mesmo antes do aparecimento de sintomas.









Diagnóstico



Para o diagnóstico, é fundamental uma história clínica completa, exame físico, análises clínicas (hemograma, esfregaço de sangue periférico, bioquímica) e estudos da medula óssea (aspirado, biópsia). Em casos particulares é necessário realizar outros exames tais como a punção lombar e exames imagiológicos.








Tratamento




Nas leucemias agudas, o tratamento deve ser iniciado com a maior brevidade, em regime de internamento com quimioterapia intensiva adaptada à idade e estado geral do doente, com o intuito de erradicar o clone leucémico, e permitir a recuperação das células normais da medula óssea.




Nas leucemias crónicas, os princípios terapêuticos são diferentes, uma vez que, alguns doentes podem não ter indicação para efectuar qualquer terapêutica ao diagnóstico, mas apenas quando a doença progride e se torna sintomática. A quimioterapia é efectuada habitualmente em regime ambulatório e com objectivo de aumentar o intervalo livre de doença, com a mínima toxicidade.




O transplante da medula óssea é provavelmente a terapêutica com maior impacto positivo na sobrevivência dos doentes com leucemia, particularmente nas agudas. Neste procedimento é administrada quimioterapia/radioterapia em doses muito elevadas, seguida da infusão de células progenitoras hematopoiéticas, com origem no próprio ou em dador compatível, que vão reconstituir a medula óssea do receptor.





Marília Gomes




Assistente Hospitalar de Hematologia Clínica
Serviço de Hematologia Clínica do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, EPOE











Fonte: Jornal do Centro de Saúde

JOVENS E O ALCOOLISMO

TRATAR O MAL PELA VARIZ



Andreia Pereira


São inestéticas, podem ser uma das causas de cansaço dos membros inferiores e, em situações mais graves, provocam dor e incapacidade. Fala-se, pois, das varizes. Aquelas veias dilatadas, de cor azulada, que atingem cerca de 1/3 da população portuguesa.





Pernas esbeltas. Quem as não quer? Mas, apesar de este ser um desejo comum ao sexo feminino, a verdade é que, segundo os últimos dados de um inquérito da Eurotest, realizado em 2001, estima-se que dois milhões de mulheres portuguesas, em idade adulta, convivam com as incómodas varizes à flor da pele. Afinal que problema é este que ameaça as pernas?



"As varizes são dilatações das veias, causadas pela perda da sua elasticidade, Essas veias

dilatadas deixam de ter a função de transportar o sangue venoso, e já usado, de volta ao coração. Desta forma, o sangue fica acumulado no seu interior", diz o Dr. Eduardo Serra Brandão, director do Instituto de Recuperação Vascular (IRV), em Lisboa.



À primeira vista, poder-se-ia dizer que estas veias salientes e tortuosas, desenhadas sobre a pele das pernas, não passariam de uma mera preocupação estética. Porém, as varizes, como explica o

especialista em cirurgia vascular, "correspondem a uma fase de evolução de uma patologia mais complexa, que é a doença venosa. "Com o passar dos anos, a compressão permanente das varizes, de dentro para fora, vai causar umas manchas acastanhadas, que só regridem após o respectivo tratamento vascular", informa Eduardo Serra Brandão. Mas nem sempre a doença venosa se faz acompanhar de sinais observáveis.




"A sensação de peso, cansaço, comichão e cãibras nocturnas, nos membros inferiores, são alguns indícios de que as veias estão as perder elasticidade e de que a circulação não se está a efectuar convenientemente. Esta situação favorece a estagnação do sangue venoso dentro das veias das pernas [daí a cor azulada das varizes] e, por conseguinte, a sua dilatação."




As mulheres são o alvo preferencial da insuficiência venosa, uma patologia que atinge cerca de 1/3 da população portuguesa, em idade laboral adulta. No entanto, o especialista ressalva que os homens também podem sofrer deste problema, embora em menor número. Contudo, "como o homem tem menos preocupações estéticas, usa calças, não faz depilação e, por outro lado, é mais avesso a tratamentos, deixa protelar a situação, chegando às consultas de cirurgia vascular numa fase tardia e avançada".








Mulheres mais afectadas



A doença venosa pode ter duas causas: genética ou adquirida. No primeiro caso, se já houver antecedentes familiares, a partir da puberdade - uma fase de explosão hormonal - as mulheres começam a sentir na pele os primeiros sinais de varizes. "Não existe um calendário pré-definido ou idade estabelecida para as varizes aparecerem", aponta o especialista, esclarecendo que estas

podem surgir logo a seguir à puberdade ou nos primeiros anos da idade adulta.



As mulheres acumulam mais factores de risco do que o homem: a toma de anticoncepcionais, a

gravidez e a realização de tarefas que obrigam a um maior tempo de permanência em pé, como passar a ferro e outras actividades domésticas, são razões que concorrem para o aparecimento ou agravamento das varizes no sexo feminino.


O estado de gravidez desencadeia um conjunto de alterações hormonais - factor de dilatação ou inchaço das pernas -, que, conjugadas com o volume e pressão intra-abdominal, devido ao útero grávido, favorecem o aparecimento das incómodas veias dilatadas. Porém, como salienta Eduardo Serra Brandão, pode "tratar-se de uma situação temporária, que, em determinadas mulheres, regressa à normalidade no pós-parto". Desta forma, o tratamento deve ser iniciado um a dois meses depois do parto e da cessação do aleitamento, uma vez que, "durante esse período, ainda se registam alterações hormonais que não possibilitam a regressão da doença".



O especialista explica, ainda, que existem outras situações que podem comprometer a saúde das pernas, nomeadamente a depilação com cera quente ou elevado tempo de exposição solar. "O calor despoleta o aparecimento ou agrava a situação. Mas, no caso das depilações a cera, há que ter em conta que o próprio arrancamento causa um traumatismo que pode lesar uma pequena

variz."



Contrariamente ao que se possa pensar, as varizes são muito mais do que linhas "inchadas" sobre as pernas, que causam algum mal-estar estético. Estas fazem parte da doença venosa, uma patologia que começa por provocar alterações cutâneas, que se manifestam sob a forma de hiper-pigmentação: a pele começa a escurecer. "Essa pele, pouco oxigenada e alimentada,

começa a tornar-se atrófica.



Com a progressão da doença, ao longo de décadas, sem recurso a tratamento, aparecem as

úlceras, que são a forma mais grave da última fase desta patologia. "Em última instância, "estas podem ser responsáveis por grande sofrimento e incapacidade."



Para evitar este tipo de situações extremas, o especialista recomenda um conjunto de medidas preventivas, que permitem minimizar ou estabilizar a doença venosa. Em primeiro lugar, aconselha a adopção de uma alimentação regrada e equilibrada e a prática de exercício físico. Segundo Eduardo Serra Brandão, estas medidas visam, sobretudo evitar a obesidade: um dos principais factores de risco das varizes. "Alguns alimentos têm uma acção negativa sobre a veia,

concretamente as comidas altamente condimentadas e o abuso do álcool."



Para além destas medidas, está recomendado o uso de uma contenção elástica, que vai desde a meia ao collant de descanso. Para evitar as alterações cutâneas ou as flebites, o especialista recomenda "a toma de flebotropos: medicamentos com acção na parede dos vasos e na microcirculação".








Tratamento para as varizes



A escleroterapia, vulgo "secagem", é aconselhada para varizes de pequeno calibre, com um reduzido grau de desenvolvimento, e todas aquelas que não possuem indicação cirurgica. Segundo Eduardo Serra Brandão, esta técnica consiste na "queimadura" da variz. A veia, após a "secagem", acaba por se tornar um cordão fibroso, que, posteriormente, será absorvido pelo organismo. Em termos práticos, a "veia fica seca, como um galho de uma árvore". A escleroterapia "trata cerca de 90% das varizes com esta indicação terapêutica".





Em situações pontuais e seleccionadas, pode-se recorrer ao laser transcutâneo, que permite resolver os derrames e varizes até dois milímetros de espessura. Contudo, alerta o especialista, "esta técnica é mais onerosa". Se através do ecodoppler (exame de diagnóstico que detecta a existência de insuficiência venosa), se chegar à conclusão de que existem varizes com indicação cirúrgica, a solução passa pela operação. "Até à cirurgia, o doente deve utilizar collants de descanso e tomar flebotropos. A cirurgia pode ser efectuada com laser endovascular e anestesiai local, em regime ambulatório, ou com internamento hospitalar e anestesia geral ou intradural, nos casos mais avançados."








Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Wednesday, February 11, 2009

CANCRO DO OVÁRIO

O PAPEL DOS PAIS NA PSICOMOTORICIDADE DOS FILHOS







É natural e saudável que os pais se interessem e ajudem os seus filhos, na sua grande caminhada - o seu desenvolvimento! O desenvolvimento motor das crianças é o resultado da maturação dos tecidos nervosos, aumento e complexidade do seu sistema nervoso central e o crescimento ósseo e muscular.






Todo este desenvolvimento se processa de um modo espontâneo e gradual, pelo que não é passível de ser ensinado. Um perfeito desenvolvimento do corpo da criança não ocorre somente de um modo mecânico, são pois aprendidos e vivenciados no seio da sua família, onde a criança aprende a formar a base da sua noção corporal.




Para a criança o seu corpo é o "canal" mais adequado para a comunicação com o exterior. São, de facto as sensações percebidas, os movimentos realizados e o reconhecimento corporal que facilitam o conhecimento preciso de si próprio.





O movimento constitui assim um elemento organizador do pensamento da criança, através da qual, esta expressa e liberta os seus sentimentos, emoções que configuram a sua vida mental.





Os pais podem e devem auxiliar as suas crianças na aquisição da descoberta do seu corpo, na relação deste com o espaço envolvente, aproveitando assim os momentos que ofereçam condições objectivas para o exercício físico.





Através do lúdico e da brincadeira os pais podem em sintonia com os seus filhos realizar actividades diversificadas como por exemplo: frequentar ginástica de interacção pais/criança (Kids Club); exercícios práticos de descoberta do corpo - reconhecimento da sua cara, cabeça e pescoço, ombros braços., mãos, peito, costas, abdómen, pernas e pés; tentar mentalmente que as crianças localizem diferentes partes do seu corpo, (com os olhos fechados) através de jogos de imitação em que os pais servem de modelo à medida que vão nomeando as suas acções, e os filhos imitam, desenvolvendo a sua capacidade de percepção-motora.





Em suma, toda a relação pais/criança possibilita todas as aprendizagens ligadas ao movimento e ao jogo. O importante neste desenvolvimento da psicomotricidade é sem dúvida, que os pais partilhem sentimentos, caminhando com os seus filhos na busca da sua autonomia, da construção da sua própria imagem e se em todo este processo existir uma forte relação afectiva, a criança sentir-se-á respeitada, desejosa de escutar, experimentar, de FAZER!




Mãe, Pai, ajudem-me a crescer!








Dicas para os pais:





- Pratique jogos de mímica;
- Realize jogos de imitação (estar de pé, deitados, sentados, de cócoras, de joelhos, .)
- Localize com as crianças os elementos do seu corpo: o seu nariz, olhos, sobrancelhas, orelhas, lábios e, dentes;
- Incentive os seus filhos a realizar movimentos livres, como dançar, mudar de posições, saltar, esticar-se, alongar-se, ajudando-os a contrair/descontrair o seu corpo.








Andreia Fonseca
Consultora na área de Educação
Club Clínica das Conchas
Programa kids club







Fonte: Club Clínica das Conchas

NOVA UNIDADE DE DIÁLISE

"CONVERSAS COM BARRIGUINHAS" ESCLARECEM DÚVIDAS A FUTURAS MÃES


Carla Rodrigues


Em parceria com a Escola Superior de Enfermagem do Porto, a Crioestaminal - empresa pioneira e líder em Portugal na criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical - realiza no dia 21 de Fevereiro, às 14h30, no auditório da ESEP, um workshop dedicado às futuras mães.





Denominada "Conversas entre Barriguinhas", a sessão integra quatro conferências dedicadas aos temas "Criopreservação de Células Estaminais do Sangue do Cordão Umbilical", "Comunicação Intra-uterina", "Como cuidar da Pele do Bebé desde o nascimento" e "Alimentação e Nutrição do Bebé". As palestras são uma oportunidade para o debate de questões pertinentes relacionadas com o período de gestação que, por vezes, suscitam dúvidas às futuras mães numa fase da vida em que tudo é novidade.



Depois do sucesso registado em 2008, com a implementação deste tipo sessões de esclarecimento e formação, que então mobilizaram mais de 1.000 pessoas, a Crioestaminal decidiu apoiar, ao longo deste ano e no âmbito do seu projecto CrioGrávidas, a realização de um novo ciclo, procurando ir ao encontro dos futuros pais.




Além das palestras que vão decorrer na Escola Superior de Enfermagem, em Lisboa e no Porto, a Crioestaminal vai realizar, nas instalações do Biocant Park - Cantanhede, acções de formação desta natureza que incluem uma visita guiada aos laboratórios da empresa onde é feita a criopreservação das células estaminais.








Próximos eventos:




Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
> 6 e 31 de Março, 30 de Abril e 22 de Maio




Escola Superior de Enfermagem do Porto
> 21 de Fevereiro, 4 de Abril, 16 de Maio, 13 Junho e 11 Julho




Instalações da Crioestaminal (Biocant Park - Cantanhede)
> 21 de Março e 30 de Maio








Sobre a Crioestaminal e a importância da criopreservação de células estaminais




Criada em 2003 por profissionais e empresas da área da saúde, a Crioestaminal é hoje uma referência sempre que se fala da criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos. Como empresa pioneira nesta área e com uma posição líder no mercado ibérico, a Crioestaminal aposta na criação e diversificação de serviços e nos projectos de investigação e desenvolvimento.




Até ao momento, são mais de 20 mil o total de pais que aderiram no País a esta técnica e que a consideram a certeza da saúde futura dos seus filhos. Esta realidade confirmar a solidez, experiência, qualidade e segurança que a empresa cumpre ao serviço da saúde e que a tornam uma referência no momento de optar pela criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical.




A Crioestaminal é a entidade de criopreservação pioneira e líder em Portugal no isolamento e criopreservação de células estaminais que ofere a certificação em Gestão de Qualidade ISO 9001:2000 pelo grupo internacional TÜV Rheinland, líder em certificação, inspecção e formação. Em Portugal, é a única empresa de criopreservação com transplantes realizados.




Actualmente, a sua utilização centra-se na área da hemato-oncologia, mas está a ser investigada, em todo o mundo, a utilização de células estaminais em doenças como enfarte do miocárdio, lesões vasculares, diabetes, AVC e muitas outras. Estão, também, em curso diversos estudos tendo em vista o desenvolvimento de métodos que permitam a multiplicação das células estaminais e o alargamento do seu leque de aplicações clínicas.


CONGRESSO INTERNACIONAL: CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS, REALIDADES E DESAFIOS


No 5 a 8 de Maio realizar-se-á no Porto o congresso internacional dos Cuidados Paliativos Pediátricos : realidades e desafios. Este congresso tem como palco a Universidade Católica Portuguesa, Campus Foz - Porto onde serão apresentados os seguintes temas:



Cuidados Paliativos em Bebés, Crianças e Adolescentes
Protocolo em Cuidados Paliativos Neonatais
Vida e viver, morte e morrer numa Unidade de Neonatalogia
Vida e viver, morte e morrer num Serviço de Pediatria



Cuidados Paliativos Pediátricos: Dimensões do Cuidar
Dor e Controlo de Sintomas
Comunicação e AcompanhamentoAcompanhamento Espiritual
Trabalho em equipas e cuidado centrado na família
Hospice e cuidados domiciliários para crianças gravemente doentes




Cuidados Paliativos Pediátricos em Portugal
Realidades Nacionais
Projectos em CursoInvestigação
Cuidados Paliativos Pediátricos: Expressões na Sociedade
Expressão na Música
Expressão no Teatro
Expressão na Literatura
Expressão nas Artes



Estudos de Caso




Para mais informações consulte o site: http://www.porto.ucp.pt/cppediatricos/

Monday, February 9, 2009

QUANDO A ATENÇÃO É UM OBSTÁCULO




Cláudia Pinto


Será hiperactividade ou falta de atenção? Já pensou que a criança que convive consigo e está permanentemente agitada e desatenta, pode sofrer de uma perturbação que reúne, em simultâneo, a hiperactividade e a falta de atenção? O Jornal do Centro de Saúde dá-lhe a conhecer a perturbação de hiperactividade com défice de atenção (PHDA), a mais comum e frequente em idade pediátrica.





A PHDA é a perturbação do desenvolvimento e comportamento mais frequente em idade pediátrica. Estima-se que a sua prevalência ronde os 3-5%. É uma doença genética, que tem na sua base, alterações do funcionamento cerebral relacionadas com os neurotransmissores, que são as substâncias químicas que transmitem a informação entre os neurónios. "As mensagens que os neurotransmissores emitem influenciam as emoções, o comportamento, o pensamento e a capacidade de atenção".




É comum ouvirmos falar de hiperactividade mas, segundo a Dra. Luísa Teles, pediatra do desenvolvimento do Hospital da Luz, "é mais correcto falar-se em PHDA". Dentro desta, podemos referir comportamentos distintos, identificados frequentemente. A desatenção é um deles. "Envolve a dificuldade em manter a atenção ou a resposta a tarefas / actividades, em lembrar e seguir as instruções ou resistir à distracção enquanto a criança as realiza", explica-nos Luísa Teles. Assim, é fácil notar que a criança sente enorme dificuldade em manter a atenção num estímulo seleccionado, de modo a executar uma determinada tarefa com um objectivo definido e um tempo pré-determinado.




Podemos ainda referir a hiperactividade e a impulsividade. "Os problemas com o controlo inibitório motor observado em crianças com PHDA envolvem a inibição voluntária ou executiva de respostas irrelevantes. A impulsividade pode estar relacionada com a motivação", fundamenta a pediatra entrevistada pelo Jornal do Centro de Saúde.








Principais sintomas




Os sintomas iniciam-se geralmente em idade pré-escolar, em particular, a hiperactividade e a impulsividade. "A desatenção pode ser detectada só após o início da escolarização e pode persistir até à idade adulta". Os sintomas mais frequentes costumam interferir com o funcionamento da criança no seu desempenho académico e nas relações sociais com a família e amigos.




"A performance da criança com PHDA é pior ao final do dia, em tarefas mais complexas que requerem maiores competências de organização, quando existe pouca estimulação, quando é necessária maior contenção do comportamento, quando as recompensas não são rapidamente acessíveis e na ausência de supervisão de um adulto", fundamenta Luísa Teles.




O problema surge constantemente pois as crianças com esta perturbação "não aceitam limites bem definidos e nem sempre se revêem nos sintomas reportados pelos pais e professores, principais testemunhas dos seus comportamentos".








Principais obstáculos para estas crianças




O dia-a-dia destas crianças é repleto de problemas e obstáculos. Dificilmente adequam a sua actividade motora à tarefa e ao contexto em que se encontram. São crianças que não conseguem adequar a sua actividade motora à tarefa e contexto em que se encontram e não mantêm a atenção em tarefas que requerem esforço mental. "Normalmente, apresentam inconsistência no desempenho escolar, têm dificuldade em desempenhar adequadamente as tarefas académicas, não conseguem organizar muito bem as respostas verbais, orais e escritas, não conseguem resolver os problemas com facilidade; são mais desorganizados no que respeita aos métodos de estudo e não fazem adequadas estimativas do seu tempo", explica Luísa Teles.


Estas características traduzem-se em dificuldades reais na aquisição de competências no "seu curriculum académico" e nem sempre acompanham os colegas da turma, à velocidade esperada. "Denotam-se ainda contrariedades nas relações com os pares porque apresentam frequentemente problemas pragmáticos de linguagem (dificuldade em organizar as ideias enquanto conversam, respeito pelos tempos de conversação, manutenção do tema durante a conversa de acordo com o interesse do outro interlocutor e dificuldades na compreensão da informação oral)". Estas crianças tornam-se assim um verdadeiro desafio para os professores, para os pais, para os amigos e para eles próprios.







Diagnóstico da PHDA




É um diagnóstico complexo e requer "uma avaliação sistematizada e rigorosa, realizada por equipas multidisciplinares compostas por pediatras do desenvolvimento, um pedopsiquiatra, um neuropediatra e psicólogos". O diagnóstico clínico inclui informação acerca da história familiar e médica da criança, um exame físico, entrevistas aos pais e à criança, questionários de comportamento preenchidos pelos pais e professores e observação. A equipa multidisciplinar conta com uma variedade de testes psicológicos para avaliar as aptidões intelectuais da criança e o ajustamento social e emocional da mesma.




Se suspeitar que o(a) seu (sua) filho(a) tem dificuldades de atenção e/ou hiperactividade, deve falar com o pediatra ou o seu médico de família para que seja dado o encaminhamento adequado. A colaboração dos familiares e professores, em conjunto com os médicos e psicólogos, é essencial para que seja efectuado um diagnóstico correcto e seja delineado um plano de tratamento para a criança com PHDA. "O tratamento compreende a terapêutica farmacologia e a intervenção psico-educativa", explica Luísa Teles.








Ajude o seu filho!




Perante um diagnóstico de PHDA, deve mostrar-se disponível para ajudar a criança. Terá de se adaptar às suas necessidades e mostrar ao(à) seu(sua) filho(a) que fará tudo para o(a) ajudar. Pense bem nas recompensas que lhe promete, se considerar que as mesmas não são eficazes na mudança de comportamento da criança.




Mantenha-se calmo, positivo e optimista. Utilize uma linguagem clara e crie algumas regras a que o(a) seu(a) filho(a) se deve adaptar. Escreva uma lista de regras que a criança terá de cumprir e explique-lhe, objectivamente, o que espera dele, mostrando-lhe que fica satisfeito quando ele(ela) adopta o comportamento pretendido.











Fonte: Jornal do Centro de Saúde

REJUVENESÇA COM ALIMENTOS ANTIOXIDANTES



Dra. Ana Catarina Sousa

Comer é uma necessidade vital e espera-se que seja um acto saudável. Basta usar a cabeça! Conheça as virtudes e as propriedades dos alimentos antioxidantes que podem ajudá-lo a cuidar do corpo por dentro e por fora.




Quatro séculos Antes de Cristo (AC), Hipócrates (considerado o pai da medicina) já afirmava: "faz da comida o teu remédio". E tinha razão.




Hoje, médicos e cientistas não têm dúvidas de que a dieta é o factor mais importante que afecta o envelhecimento. Bons ou maus são as duas grande categorias de classificação de alimentos, mas não são as únicas.



Os antioxidantes são uma classe de alimentos que fornecem ao organismo substâncias que auxiliam na prevenção e até no tratamento de doenças.



Têm a capacidade de combater os temidos radicais livres, que em excesso, comprometem o bom funcionamento do organismo e aceleram o envelhecimento provocando o aparecimento de certas doenças.



Privados de antiooxidantes, muitos de nós seriam vítimas de numerosas infecções e mesmo de cancro, por isso estes alimentos podem um bom aliado no prolongamento da juventude.



Mas afinal, sabe o mal que fazem os radicais livres e o bem que fazem os antioxidantes? Onde podemos encontra-los?







O que são radicais livres?



Os radicais livres são moléculas com existência independente que são produzidas no decorrer do nosso processo respiratório. Do total do oxigénio que respiramos todos os dias, 2 a 5% converte-se em radicais livres, que não são totalmente prejudiciais.



Quando produzidos em quantidades moderadas, combatem as bactérias e vírus presentes no nosso corpo. O nosso metabolismo produz inúmeras substâncias para neutraliza-los.



No entanto, quando passamos a produzi-los em excesso, tornam-se prejudiciais, pois danificam as células saudáveis e, com isso, aumentam o risco para o desenvolvimento de doenças crónicas como arterosclerose, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, cataratas, doença de alzheimer, cancro, desordens neurológicas (ex: mal de parkinson), artrite e envelhecimento precoce.







Quando se tornam problema?



Poluição ambiental, tabaco, exposição aos raios solares, stress e alimentação incorrecta (rica em gorduras, açucares, álcool ou mesmo pobre em nutrientes) dão origem a um excesso de radicais livres. Também quando fazemos exercícios intensos, há um grande aumento no consumo de oxigénio no corpo que leva à libertação de radicais livres, que oxidam -"enferrujam" - as células e provocam a sua degeneração.


Solução? Antioxidantes


São um dos suplementos mais usados por atletas e pessoas que tenham por objectivo o controle do envelhecimento.



Trata-se de substâncias que ajudam a combater e neutralizar os radicais livres e ajudam a reparar os danos nas células e tecidos do corpo.



Para enfrentar os radicais livres, o organismo necessita de mais antioxidantes do que aqueles que consegue produzir, principalmente em épocas de doença ou de exposição à poluição.







Quais são os principais antioxidantes?



Para obter o máximo benefício dos anti-oxidantes deve assegurar-se o consumo de frutas e legumes frescos. Sendo a vitamina "e" um dos melhores anti-oxidantes naturais, não elimine o azeite e o óleo de colza da sua alimentação.



Não fumar, não passar demasiado tempo ao sol, não se deixar afectar pelo stress e afastar-se de zonas poluídas, pode evitar a produção de grandes quantidades de radicais livres. Nenhum alimento isolado pode proteger-nos dos danos causados pelos radicais livres, mas a combinação certa de determinados alimentos pode ajudar a fortalecer o sistema imunitário.



Uma combinação de antioxidantes é muito benéfica, uma vez que todos desempenham papéis de protecção.







Principais fontes alimentares de alguns antioxidantes




Transforme as suas refeições numa bomba de antioxidantes!



» cubos de melão



» batido de morango



» puré de abóbora numa torrada



» salmão grelhado em cama de folha de alface, pimentos vermelhos, tomates, manga, polvilhado com linhaça moída



» mistura de brócolos, ervilhas e couve-flor, servida quente ou fria



» espinafres salteados em azeite e alho salpicados com sumo de limão e queijo



» uma salada mista enriquecida com tomates, aipo, milho doce e brócolos



» batata-doce assada com a casca e com cobertura de iogurte magro



» amêndoas laminadas com feijão verde e ervilhas



» laranja às rodelas para a sobremesa



» frutos silvestres frescos misturados com os cereais







Curiosidades!



O alho contém um óleo derivado de enxofre, um dos responsáveis pela sua propriedade terapêutica.



Brócolos são um superalimento. O seu conteúdo em antioxidantes converte-o num alimento crucial contra o cancro.



Uma típica chávena de chá contém aproximadamente 200mg de flavenoides.



O licopeno é o culpado pelo facto do tomate ser um dos alimentos mais saudáveis que se pode ter á mesa.










Fonte: Saúde Semanário

OBSTIPAÇÃO: SINTOMA OU DOENÇA?



Dra. Sónia Tomás


A obstipação, ou prisão de ventre, é um dos sintomas mais frequentes no que respeita a perturbações do aparelho digestivo, definindo-se como a presença de duas ou menos dejecções por semana, constituídas por fezes duras, em pequena quantidade e difíceis de eliminar.





É internacionalmente aceite como trânsito intestinal "normal", uma frequência de dejecções entre três vezes por dia e três vezes por semana, sendo o ritmo variável de indivíduo para indivíduo. Há ainda, para cada um, uma oscilação dos valores considerados normais. Ainda assim, praticamente toda a população sofrerá de obstipação pelo menos uma vez na sua vida.




Numa tentativa de uniformizar o diagnóstico, foram criados critérios em que se considera obstipado o doente que apresenta quaisquer dois dos seguintes em, pelo menos, doze semanas dos últimos doze meses: menos de três dejecções por semana, esforço em evacuar, fezes duras, sensação de defecação incompleta ou sensação de obstrução do canal anal, com eventual remoção de fezes com os dedos.




Mas será a obstipação uma "doença" ou um "sintoma" reflector de uma situação subjacente? Para tal, é necessário discernir entre as múltiplas causas de obstipação, identificar as que apresentam co-relação com cada caso e instituir as terapêuticas adequadas, não só com intuito curativo e de melhoria da qualidade de vida, como também com a finalidade de promover a educação do doente.








Causas da obstipação




Podem ser divididas em três grupos distintos. As causas sócio-ambientais englobam os deficits alimentares em fibras, frutas, vegetais e água (dado que tanto as fibras como a água contribuem para a formação de um bolo fecal menos consistente, mais volumoso e que consegue ser eliminado mais facilmente), o sedentarismo (nomeadamente, a imobilidade em idosos e acamados), as alterações dos hábitos alimentares (em viagem) ou o ignorar da necessidade de evacuar (muitas são as pessoas que preferem aguardar para evacuar em casa ao invés de recorrer às casas-de-banho públicas).




As causas funcionais correspondem às que apresentam alterações do funcionamento intestinal, como a cirurgia abdominal ou ortopédica recente, a gravidez, condições psiquiátricas ou endócrinas, o Síndrome do Cólon Irritável ou o uso de certos medicamentos. Já as causas orgânicas apresentam uma patologia específica a nível intestinal que condiciona o seu funcionamento, como a presença de problemas ano-rectais como hemorróidas ou neoplasias, ou condições neurológicas.








Como resolver este problema




Na grande maioria das situações, é facilmente identificável uma ou mais causas sócio-ambientais para o aparecimento de obstipação, bastando nesses casos, abolir a causa respectiva e promover a prevenção de recorrências, nomeadamente através de:




- Uma dieta equilibrada, rica em farelo, cereais integrais, leguminosas, fruta fresca e vegetais, evitando gelados, queijo, carne e todo o tipo de fast food;




- Ingestão de líquidos em quantidade (no mínimo 1,5 litros por dia), evitando as bebidas alcoólicas, com gás ou com cafeína, como o café, a cola e o chá preto;




- Exercício físico regular;




- Não ignorar a necessidade de evacuar.





O cumprimento destes pontos preventivos é particularmente importante em idosos, acamados, doentes polimedicados ou recentemente submetidos a intervenções cirúrgicas.








Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Thursday, February 5, 2009

SE É DIABÉTICO, APRENDA A FAZER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL!



Dr.ª Clara Matos


É reconhecido que a alimentação é a base do tratamento da diabetes, pois contribui para manter as glicemias normais ao longo do dia, atingir níveis normais de colesterol e triglicerídeos no sangue, normalizar o peso e, assim, reduzir os riscos e a frequência das complicações desta doença.





Hábitos alimentares saudáveis, em tudo semelhantes aos das pessoas não diabéticas e que pretendem manter um bom estado de saúde, são fundamentais para a manutenção do seu estado de saúde.



Assim, se é diabético, juntamente com toda a sua família, deve seguir as seguintes recomendações:




- As refeições, quer as principais quer as intercalares, devem ser agradáveis, comidas a horas certas e com tempo para as fazer. Assim, comece o seu dia com um pequeno-almoço equilibrado e completo, na primeira hora da manhã. Depois, ao longo do dia, não esteja mais do que 3 - 3,5 horas sem comer. Assegure que o jejum nocturno não ultrapassa as dez horas;




- Tente planear as refeições com antecedência, procurando receitas de alimentação saudável. Opte por uma culinária simples e agradável, dando preferência aos cozidos, grelhados, estufados em cru sem refogado prévio, ou assados simples, em papel de alumínio, com limão, tomate e ervas aromáticas. Evite, sempre que possível, confecções culinárias muito exigentes em gordura, como os fritos, refogados, assados no forno. Tão importante como controlar a quantidade, é saber como escolher as gorduras mais saudáveis. Reduza as gorduras saturadas (natas, manteiga, gordura das carnes vermelhas, peles das aves, produtos de salsicharia e charcutaria), dando preferência às gorduras monoinsaturadas, como é o caso do azeite e do óleo de amendoim, para temperar e para cozinhar. Reduza também a quantidade de sal. Não use caldos de carne e na preparação de refeições utilize mais ervas e legumes aromáticos;




- Comece sempre as refeições do almoço e jantar com uma sopa de legumes. Os legumes, para além de serem comidos na sopa, devem também ocupar metade do seu prato principal. A carne e o peixe devem ser consumidos na quantidade indispensável, e nada mais do que isso, dando preferência ao peixe e carnes brancas. Relativamente ao pão, batata, arroz, massa e leguminosas secas, podem e devem estar presentes na alimentação do diabético. Quanto à fruta, coma duas a três peças de fruta por dia. Pode comer toda a fruta, mas em certos casos, como os figos, dióspiros, uvas, bananas e frutos tropicais, por serem mais doces, devem ser consumidos em quantidade mais restrita e sempre depois das refeições;




- Não coma açúcar nem alimentos com açúcar adicionado (refrigerantes, compotas, bolos, chocolate,..). Se as suas glicemias estiverem controladas, pode comer moderadamente, em dias de festa, um doce, mas sempre depois das refeições;




- Beba pelo menos 1,5 l de água por dia;




- Varie o mais possível de alimentos. Não coma sempre os mesmos legumes, as mesmas frutas, as mesmas carnes ou os mesmos peixes...




Convém, além destas regras, ter presente que cada pessoa diabética é única, até pela fase da doença em que se encontra, pelo que deve consultar o seu nutricionista, que lhe prescreverá um plano alimentar personalizado.








Dr.ª Clara Matos




Secretaria-geral da Associação Portuguesa dos Nutricionistas
Nutricionista do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE


DORES MENSTRUAIS



Dr. Gonçalo Melo


As dores menstruais, ou dismenorreia, são sintomas muito comuns afectando aproximadamente 75% das mulheres em idade fértil, podendo muitas vezes ser extremamente debilitante.





As dores menstruais podem não ter nenhuma causa aparente, sendo de longe as mais frequentes, designando-se dismenorreia primária, ou mais raramente, podem ser causadas por doenças ginecológicas, designando-se então dismenorreia secundária.




A dismenorreia primária costuma iniciar-se um a dois anos após o início dos ciclos menstruais durante a puberdade e pode estar associado a outros sintomas, nomeadamente náuseas, vómitos, diarreia, distensão abdominal, fadiga e cefaleias.








A dismenorreia secundária deverá ser suspeitada nas seguintes situações:




- Início nos primeiros ciclos menstruais na puberdade;




- Se associada a aumento do fluxo menstrual relativamente aos ciclos anteriores;




- Se associada a dor abdominal ou dor durante relações sexuais;




- Se só iniciadas na idade adulta ou intensidade das dores agravadas após anos de ciclos menstruais regulares;




- Se associado a dor que ocorra antes da menstruação ou a meio do ciclo, entre duas menstruações;




- Se associado a doenças transmitidas sexualmente, cirurgia pélvica ou infertilidade;




- Se não ceder aos tratamentos convencionais já instituídos.





Em todas as situações acima numeradas de suspeita de dismenorreia secundária, a mulher deverá procurar ajuda especializada.




A intensidade da dor, os efeitos secundários do tratamento instituído e o desejo concomitante de contracepção guiarão a mulher na escolha da alternativa terapêutica que ela julgue melhor para si.








Para o alívio da dismenorreia primária existem várias alternativas possíveis, a saber:




- Anti-Inflamatórios (atenção aos efeitos gastro-intestinais, nomeadamente a quem tem esofagite, gastrite ou úlceras) - devem ser tomados dois dias antes do previsível início da menstruação e mantidos durante toda a duração da menstruação;




- Contracepção oral, vulgo pílula (geralmente eficaz mas pode demorar três meses até se verem resultados);





- Contracepção injectável (eficaz; efectuada de três em três meses; provoca ausência de menstruação o que se pode tornar incómodo para certas mulheres);



- Suplemento vitamínico de tiamina na dose de 100 mg diárias, tomado todos os dias do mês;




- Estimulação Nervosa Eléctrica Transcutânea (TENS) - consiste na aplicação de uns choques eléctricos de pequena intensidade no local doloroso, cuja intensidade e frequência é regulada pela própria mulher, provocado por um aparelho de TENS que é vendido nas casas de material médico por 100 euros aproximadamente;




- Acupunctura;




- Banhos quentes;




- Massagens aplicadas na região lombar.





No entanto, e como em tudo, a prevenção é o mais importante e a adopção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente a prática regular de alguma actividade física (pelo menos 30 minutos diários), uma ingestão hídrica adequada e o consumo regular de frutos e verduras contribui para uma menor ocorrência e menor intensidade das dores menstruais.



Fonte: jornal do centro de saúde

Monday, February 2, 2009

Medcurso com todas as apostilas em PDB PALM

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Medcurso com todas as apostilas em PDB para PALM - pdb

Links retirado a pedido do medgrupo

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DEF 2006/07 Dicionário de Especialidades Farmacêuticas - Pdb

Diariamente, precisamos consultar nomes comerciais, princípio ativo e posologia de alguns medicamentos que nos fogem da memória ou até mesmo dos quais nunca ouvimos falar. Para você não precisar mais levar o DEF nas costas e poder consultar de forma elegante o nosso Dicionário de Especialidades Farmacêuticas na presença do paciente u no formato iSilo para PDAs e Smartphones (incluindo o iPhone)

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Este dicionário continua a ser uma referência fundamental para médicos e estudantes sendo também um excelente auxiliar para todos os profissionais da área saúde – enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, paramédicos, técnicos de laboratório, técnicos de serviço social, gestores e administrativos. Está em português.

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