Thursday, July 30, 2009

PUBERDADE: REVOLUÇÃO DOS PÉS À CABEÇA




É a que acontece na puberdade e adolescência: uma nova fase da vida repleta de transformações a nível físico, psicológico e social. O corpo ganha os contornos do género, criam-se novos vínculos afectivos, desenvolvem-se novos interesses, afirmam-se atitudes e busca-se a independência. No meio, anda-se um pouco à deriva, entre o mundo da infância e o dos adultos. Crescer é assim.






Não há crescimento sem mudança. E a primeira das grandes mudanças acontece com a puberdade, o momento em que, biologicamente, se evidenciam as diferenças de género: a criança vai desaparecendo para dar lugar a um homem ou a uma mulher. Este corte com a infância é reforçado pelo emergir de uma nova forma de ver a vida e de estar na vida: a adolescência, etapa que marca, psicológica e socialmente, a transição para a idade adulta.






São anos conturbados os da puberdade e adolescência. As mudanças são, a qualquer dos níveis em que ocorrem, perturbadoras.





Desde logo, porque o corpo está a mudar, gerando sentimentos contraditórios. Pode acontecer que o adolescente se sinta bem com os novos contornos, mas pode igualmente sentir-se desconfortável, não se reconhecendo na figura que o "olha" do espelho.





Não admira que assim seja. A "culpa" é das hormonas. O corpo das raparigas ganha peso e altura, as ancas alargam-se e arredondam-se, os seios desenvolvem-se e começam a crescer os pêlos púbicos, a pele fica mais oleosa e as glândulas sudoríparas tornam-se mais activas.





Até que acontece a primeira menstruação - a menarca, que oficialmente marca o início da puberdade e, com ela, da capacidade reprodutiva.





Também os rapazes ficam mais altos e mais fortes. Os ombros e o peito alargam-se, os músculos desenvolvem-se, o pénis e os testículos crescem, começando a produzir esperma, e surgem os pêlos púbicos.





À medida que o tempo passa, a voz vai ficando mais grossa, ainda que, de quando em vez, se libertem sons agudos, muito distintivos.





No peito, podem irromper alguns pêlos e os dos braços e pernas ficam mais fortes. As glândulas sudoríparas entram em acção.





E as primeiras ejaculações (os chamados sonhos molhados) surpreendem na noite. Perante tantas mudanças, é natural que o adolescente se questione. O tempo é de descobertas e expectativas, de dúvidas e angústias.





É que com a feminilidade e a masculinidade fisiológica, raparigas e rapazes vão tomando consciência de si próprios como seres sexuais e sexuados. Despertam, pois, para a sexualidade. E para sensações como o desejo e o prazer.





As emoções são então vividas com intensidade única. E as primeiras paixões, os primeiros amores arrebatadores e eternos, lançando os adolescentes numa montanha russa de oportunidades e riscos.





Emerge uma grande vontade de amar e ser amado, de ser respeitado, de fazer boa figura perante os pares. Procuram-se os caminhos para satisfazer essa vontade, mas o percurso é cheio de pressões e influências, gerando dúvidas e receios. Quando dar o passo? O "passo" é o da primeira experiência sexual, uma aventura que pode ser fantástica mas que deve ser motivada por opiniões amadurecidas, reflectidas, não empurrada pelo exemplo de outros.




O que importa é fazer escolhas saudáveis. Com liberdade para pensar, ouvir e decidir, para mudar de opinião, para dizer sim e para dizer não.





Pode ser difícil, mas é necessário, porque os rumos tomados na adolescência podem ter reflexos por toda a vida futura.





A sexualidade é natural, mas implica responsabilidade. É fonte de prazer, mas também uma porta aberta para riscos: como o de uma doença sexualmente transmissível ou o de uma gravidez não desejada. É que não acontece só aos outros...





O amor não basta: é preciso conhecer o próprio corpo, saber como funciona; é preciso esclarecer dúvidas e obter informação junto de fontes credíveis (as consultas para adolescentes nos centros de saúde, as linhas telefónicas de apoio, o médico ou o farmacêutico); é preciso evitar os riscos.





Trata-se de tomar decisões. Escutar os próprios sentimentos e desejos, respeitar e ser respeitado. Resistindo a pressões ou a chantagens emocionais, sem se deixar encurralar num beco sem saída. Dizendo não se, somados todos os prós e contras, sobrarem dúvidas. Ou dizendo sim se tiver chegado o momento.





Ser adolescente é conquistar a autonomia, mas não a todo o preço. É fazer escolhas informadas, saudáveis e livres.









Conflito de gerações





Faz parte da adolescência o duelo com os pais que é conhecido como conflito de gerações. De repente, os pais deixam de ser heróis, deixam de ser elogiados como os melhores ou os mais "fixes", deixam de saber tudo. De repente, passam a ser adultos de que se quer distância, com quem se passa cada vez menos tempo, com quem se têm embates diários em busca de uma nova identidade individual e social.





Para um adolescente, torna-se complicado partilhar espaços e actividades com osprogenitores e outros adultos.





Dificilmente aceita as suas ideias, as suas propostas, mas isso não impede que se sinta incompreendido.





O adolescente procura criar o seu próprio espaço, tem as suas próprias ideias, pensa que sabe tudo, desenvolve outras relações e outros interesses.





Tudo muda: do corpo aos afectos, passando pelos gostos. É uma vida em construção. Uma etapa que todos os pais receiam. Mas que passa. Com mais ou menos turbulência, mas passa!









Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Monday, July 27, 2009

MAIS 14 NOVOS CAOS DE GRIPE A EM PORTUGAL

PARTO: NATURAL OU POR CESARIANA?




Esta é uma dúvida que se coloca quando se aproxima o fim da gravidez - como será o parto? O natural é que seja por via vaginal, mas as cesarianas estão a aumentar e a alimentar a polémica.






A polémica reacende-se de vez em quando: há, em Portugal, demasiados nascimentos por cesariana. São 33,5 por cento do total de partos, contra uma média europeia de 19 por cento e um Plano Nacional de Saúde que fixou como meta para 2010 uma taxa de 24,8 por cento.





Interpretados pelos especialistas em Ginecologia e Obstetrícia, os números espelham uma realidade que é já considerada um problema de saúde pública. É que a cesariana - argumentam - é um procedimento que não beneficia nem a mãe nem o bebé. É um procedimento que está associado ao adiamento da maternidade: o corpo vai perdendo elasticidade com os anos, dificultando o parto vaginal. A este factor junta-se o pedido expresso da mulher, por receio de complicações no parto natural ou de consequências na vida sexual posterior.





A alimentar a polémica desencadeada pelos números juntou-se uma posição recente da Associação Portuguesa de Bioética, em defesa do direito das mulheres à sua via de parto preferencial nas unidades do Serviço de Nacional de Saúde. Isto porque - sustenta a organização - há grandes disparidades entre as práticas no sector público e no privado: estender a opção da mulher ao SNS reduziria as desigualdades sociais nesta área.





Uma proposta que nem a ministra da Saúde nem o bastonário da Ordem dos Médicos acolheram favoravelmente, por entenderem que as cesarianas devem depender da opinião clínica.





E há situações que a justificam: quando está em causa a saúde ou a sobrevivência da mãe ou do feto, ou ainda quando a via vaginal se revela inviável (por exemplo, por incompatibilidade feto-pélvica).





São razões que nem sempre estão presentes, com a cesariana a constituir o recurso que permite o nascimento no tempo desejado, nomeadamente por conveniência dos pais.





São os chamados partos programados, que também podem ser vaginais (por indução).





Razões à parte, o certo é que uma cesariana é uma operação, com riscos idênticos a qualquer outra - implica, nomeadamente, uma maior perda de sangue para a mulher e pode envolver algumas consequências pósoperatórias, entre as quais uma infecção do endométrio, a mucosa que reveste o interior do útero. Febres altas, infecções urinárias e paragens intestinais são também possíveis, acontecendo, nos casos de obstipação, que





a mulher sujeita a uma cesariana é colocada sob dieta até conseguir que o intestino recupere o seu funcionamento normal. Dores são também frequentes nas primeiras 48 horas.




Além disso, requer um internamento mais prolongado. O parto vaginal também não está isento de riscos, mas por ser mais parecido com o fisiológico - o chamado parto natural, sem medicação - envolve uma recuperação mais rápida e uma menor probabilidade de complicações. Afinal, o corpo da mulher está preparado para um nascimento assim.





Associada ao parto vaginal está a dor. Ou melhor, a ideia de dor, porque ela nem sempre está presente com intensidade e porque existem técnicas que permitem atenuá-la. É essa a função da epidural, anestesia localizada cuja administração é decidida entre a mulher e o clínico. É quando a dilatação atinge os quatro a cinco centímetros e as contracções se sucedem ao ritmo de uma em cada quatro ou cinco minutos que é aplicada. Entre duas contracções, com a mulher dobrada sobre si mesma e imobilizada o mais possível, um anestesista injecta o líquido que irá retirar a sensibilidade à parte inferior do corpo.




A epidural actua apenas sobre a dor, não prejudicando a saúde do bebé - é que o líquido injectado não penetra na corrente sanguínea, pelo que não atinge a placenta. E, por ser uma anestesia localizada, também não interfere com a capacidade da mulher para participar no parto. Antes pelo contrário: deixa-a mais tranquila por eliminar a tensão causada pela dor e permite-lhe que se concentre melhor nas instruções do obstreta ou da enfermeira-parteira.





Ainda no domínio da dor, outra boa notícia diz respeito às actuais técnicas de episiotomia - trata-se de um corte cirúrgico feito na região do períneo para auxiliar a saída do bebé, evitando a ruptura de tecidos. A sutura é feita imediatamente após o parto e cicatriza em poucos dias.





Um parto normal segue um ritmo próprio, que envolve a ruptura da chamada bolsa de águas, contracções e dilatação do colo do útero, desembocando na expulsão do bebé em conjunto com o esforço da mãe. Há, porém, situações em que é necessário apressar este ritmo, recorrendo-se à indução do parto mediante o rompimento precoce da bolsa ou a administração de medicamentos.






Faça-se pela via vaginal ou por cesariana, o parto é sempre um momento esperado com grande ansiedade. Afinal, não há mulher que não conte os segundos para ter o seu bebé nos braços.









Uma mala especial





A ida para a maternidade deve começar a ser preparada com alguma antecedência em relação à data prevista para o parto. Afinal, há bebés que pregam a partida de nascer mais cedo...





O que levar é a questão que domina na hora de fazer a mala. Mãe e bebé vão precisar sobretudo de roupa e artigos de higiene, mas há outros aspectos a considerar:





• Para a mãe - duas a três camisas de dormir, com abertura fácil para permitir a amamentação; dois ou três sutiãs de amamentação; vários pares de cuecas, de preferência descartáveis; um roupão; produtos de higiene pessoal; chinelos confortáveis; chinelos para o banho; toalha de banho (se não quiser usar as da maternidade); pensos higiénicos; discos absorventes e, naturalmente, roupa para a saída (que também pode ser levada posteriormente).





• Para o bebé - várias mudas de roupa confortável (tipo babygrow); bodies (dois a cinco); meias ou botinhas; chupeta; fraldas e produtos de higiene.






Além disso, a mulher não deve esquecer-se dos seus documentos pessoais e dos resultados dos últimos exames prénatais.





Naturalmente que estes são apenas elementos indicativos do básico de uma mala para a maternidade. O que é importante é que ela esteja preparada antes de o bebé dar os primeiros sinais de querer nascer.








Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Friday, July 24, 2009

PRODUTOS TÓXICOS:PERIGO À ESPREITA


O perigo de uma intoxicação espreita sempre que produtos tóxicos são deixados ao alcance das crianças - medicamentos, detergentes, pesticidas, cosméticos. A curiosidade infantil faz o resto.






Pelo menos 30 crianças intoxicam-se diariamente em Portugal. Muitas mais haverá, mas este é o número de casos médios registado, dia-a-dia, pelo Centro de Informação Anti-Venenos (CIA V). Outros não recorrem a este aconselhamento telefónico, com a situação a resolver-se no local do acidente ou num serviço de saúde.





As estatísticas dão conta de uma elevada prevalência de acidentes com tóxicos nos primeiros quatro anos de vida - 65 por cento dos casos registados pelo CIA V em 2007.





Na maioria das vezes, ocorreram em casa e por via digestiva, com os medicamentos no topo dos produtos de risco.





Contudo, estes números poderiam baixar drasticamente com uma maior aposta na prevenção. Cuidados básicos a adoptar por todos, tanto mais que a casa - espaço de conforto por definição - parece ser o local mais perigoso para as crianças no que respeita aos tóxicos.





Assim acontece porque o risco não é devidamente medido. Mas existe sempre que se arrumam os detergentes em armários baixos, sem fechos à prova de criança; sempre que os perfumes e cosméticos são deixados na bancada da casa de banho; sempre que aqueles medicamentos que se tomam todos os dias são mantidos à mão na mesa-de-cabeceira.





O cenário multiplica-se provavelmente na maioria dos lares. Esquecendo que as crianças contornam facilmente a vigilância dos adultos e que, movidas pela curiosidade, num ápice abrem um armário ou uma gaveta, deitando mãos ao produto proibido: cheiram, tocam, provam. Tornandose potenciais vítimas de intoxicação, com o perigo a ser proporcional ao grau de toxicidade do produto e ao grau de contacto havido.





É quase sempre por via digestiva que a intoxicação acontece: medicamentos, bebidas alcoólicas, produtos de limpeza, perfumes são as fontes mais comuns de danos para a boca, garganta e estômago, provocando, nomeadamente, diarreia e queimaduras.





Entre os detergentes, há uns mais perigosos do que outros: os destinados às máquinas de lavar roupa e louça são mais agressivos do que os para a lavagem manual. Mais perigosos ainda, mas com menos registos de intoxicações, são os desengordurantes e os desentupidores de canos, capazes de causar queimaduras muito graves.





Mais frequentes em regiões rurais do que urbanas, os pesticidas, sobretudo os raticidas, são também responsáveis por acidentes por via digestiva.







O mesmo acontece com perfumes e cosméticos, ainda que com consequências menos nefastas.





A lixívia é um dos produtos mais nocivos, podendo ocorrer intoxicações por via digestiva ou cutânea.







Em ambas as situações, o resultado são queimaduras. Também as tintas são uma fonte de risco, sendo potencialmente tóxicas no contacto com a pele.





Duplo risco oferecem também algumas plantas, nomeadamente bagas e cogumelos, com a intoxicação a poder ocorrer por ingestão ou através do toque.





As vias respiratórias são igualmente vítimas dos produtos tóxicos, por aspiração de vapores ou gases - tintas, combustíveis e produtos de limpeza são, aqui, a origem mais frequente dos acidentes.





É ainda possível que a contaminação aconteça através dos olhos, por contacto directo com as substâncias tóxicas ou indirecto, através das mãos. Os sprays representam o maior risco.




O que fazer?





Uma intoxicação não passa despercebida, mas os sintomas dependem do produto, do seu grau de toxicidade, da quantidade envolvida e da via de penetração no organismo.





Ainda assim costumam ficar vestígios do contacto com a substância perigosa.





Modificação na coloração dos lábios, dor, sensação de queimadura (também na garganta e no estômago), lesões na pele, hálito com odor estranho são sinais que se observam de uma forma geral. A eles se juntam, por vezes, sonolência, torpor, confusão mental, dificuldade respiratória, delírios e alucinações.





A observação destes sintomas é fundamental para uma intervenção atempada, que passa pelo contacto com o Centro de Informação Anti-Venenos (808 250 143, acessível 24 horas por dia).





Um contacto que deve ocorrer o mais cedo possível, de modo a obter instruções sobre como actuar: é que nem sempre é necessário recorrer a uma unidade de saúde, podendo as situações serem resolvidas no local do acidente desde que adoptando os cuidados adequados.





E esses cuidados dependem da via de intoxicação. A maior parte dos acidentes envolve a ingestão, havendo necessidade de evitar a absorção do tóxico. Há que esvaziar o estômago, provocando o vómito.





Porém, há situações em que este é um gesto interdito: quando o doente está inconsciente, sonolento ou não consegue engolir, quando ingeriu corrosivos (deve, em vez disso, dar água ou leite), produtos que provocam convulsões ou que fazem espuma. Na ingestão de petróleo e derivados também não se deve induzir o vómito.





Se o produto originar convulsões, importa prevenir o risco de asfixia: o doente deve ser colocado de lado, de modo a evitar a aspiração de vómito espontâneo, e deve abrir-se a boca para verificar se a língua não impede a respiração. Não se deve dar água.





Quando a intoxicação acontece por inalação do tóxico (com gás, por exemplo) há que levar o doente para fora do ambiente contaminado ou, na impossibilidade, arejar o mais possível o espaço.





É importante vigiar a função respiratória e conservar o corpo aquecido.





Já a intoxicação por via cutânea implica medidas para evitar que o produto seja absorvido pela pele: há que remover a roupa do doente, colocando-o debaixo de água corrente e, no caso de pesticidas, lavando-o com sabão.





É também com água corrente que os olhos devem ser lavados: um fio de água, durante 15 a 20 minutos, mantendo as pálpebras separadas. Não se deve usar colírio.





Sem uma intervenção atempada, há intoxicações que deixam lesões para toda a vida. E, embora os casos fatais sejam cada vez mais raros, a verdade é que os produtos tóxicos podem matar.





Na Europa, dois por cento das mortes até aos 14 anos devem-se a intoxicações.









Proteger as crianças





A maioria das intoxicações previne-se, sendo possível proteger as crianças adoptando um conjunto de cuidados básicos mas valiosos. Assim:





• Guarde todos os produtos químicos (medicamentos, detergentes, cosméticos, bebidas alcoólicas...) fora do alcance das crianças.





• Não utilize embalagens vazias para guardar outros produtos - pode haver confusão e ingestão acidental.




• Feche as embalagens e guarde os produtos logo após o uso.





• Não dê embalagens vazias para as crianças brincarem.





• Não misture alimentos e bebidas com produtos de uso doméstico.





• Não tenha plantas tóxicas em casa ou no jardim.





• Não apanhe nem deixe as crianças apanharem cogumelos nem comerem bagas ou sementes de plantas.





• Não aplique pesticidas na presença de crianças.









Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Thursday, July 23, 2009

DINHEIRO PODE SER VEÍCULO DE TRANSMISSÃO

UE ESPERA PROPAGAÇÃO DE GRIPE A NO VERÃO

NOVO TRATAMENTO DA PARAMILOIDOSE

Wednesday, July 22, 2009

GENES E SAÚDE


Quando conhecemos uma criança ou um jovem portador de uma doença genética ficamos habitualmente com a sensação de que a ocorrência de erros nos genes é uma fatalidade irreversível do destino.






Na verdade, os nossos genes estão sujeitos a uma multiplicidade de alterações das quais só uma ínfima minoria provoca, de forma inevitável, uma doença grave. Por outras palavras, são muito, muito raros os casos em que os genes conseguem roubar a nossa liberdade de ser saudável.









Somos geneticamente diferentes





O texto da vida humana escreve-se com 6.000.000.000 letras, o que equivaleria a cerca de um milhão e quinhentas mil páginas impressas.







Em cada célula do corpo humano esta "obra-prima" está dividida em 46 volumes, cada um composto por uma longa molécula de ADN denominada cromossoma. Os 46 cromossomas organizam-se aos pares: existem 22 pares de cromossomas autossómicos e um par de cromossomas sexuais.





Cada vez que uma célula do corpo humano se divide, as palavras e frases que compõem o livro da vida são escrupulosamente copiadas de forma a evitar erros. No entanto, estes poderão ocorrer esporadicamente, tornando a célula que o recebeu diferente das restantes. No caso desta célula ser um óvulo ou um espermatozóide, a alteração genética poderá ser transmitida a um filho ou filha do indivíduo.





Certos erros, denominados mutações patogénicas, alteram o significado das frases (isto é, dos genes) e causam doenças. No entanto, a maioria dos erros é inofensiva, provocando apenas variabilidade na ortografia, sem deturpar o sentido das frases. Se abrirmos o livro da vida ao acaso e compararmos a mesma página de texto em dois indivíduos saudáveis, oriundos de famílias distintas, encontramos, em média, uma diferença em cada conjunto de 300 letras.





A grande maioria destas diferenças não condiciona em nada a saúde e pode ser usada como uma "impressão digital de DNA " para identificar indivíduos a partir de vestígios (tais como sangue ou cabelos) encontrados em situações de crimes ou grandes desastres.









Como se notam as diferenças





Quando tomamos um determinado medicamento estamos à espera que este seja eficaz e que não provoque efeitos adversos. Mas quantas vezes isto não acontece? São muitos os medicamentos que provocam efeitos variáveis quando tomados por diferentes indivíduos e hoje sabemos que uma das causas desta variabilidade se encontra nos nossos genes.



Tal como as feições da cara, as "feições" de alguns genes variam de indivíduo para indivíduo. Em certas pessoas os genes são hiperactivos enquanto noutras os genes são mais "preguiçosos". Por exemplo, a actividade do gene CYP2D6 é muito importante para o efeito de medicamentos antidepressivos. Uma pessoa com o gene CYP2D6 hiperactivo tem de tomar uma dose mais alta do medicamento para obter o efeito desejado. Ao contrário, uma pessoa com o gene CYP2D6 "preguiçoso" deve tomar uma dose menor do medicamento, por forma a evitar efeitos secundários.





Estima-se que cerca de 10% da população portuguesa é portadora do gene CYP2D6 "preguiçoso". Ao tomarem a dose "normal" de um antidepressivo estas pessoas correm graves riscos de intoxicação.





A descodificação do genoma humano deu origem ao desenvolvimento de uma nova ciência: a Farmacogenética.





Este novo ramo do saber promete personalizar a prescrição de medicamentos, de forma a administrar a dose certa do fármaco mais correcto no melhor momento.




Factores de risco





Todos ouvimos falar de cientistas que descobrem novos genes associados a doenças. De facto, actualmente dispomos de um vasto conhecimento sobre um grande número de genes humanos e sabemos cada vez melhor como certas diferenças na ortografia normal de um gene podem aumentar o risco para doenças como, por exemplo, a diabetes, o cancro do pulmão, o aneurisma cerebral ou a doença de Alzheimer.





Importa, no entanto, salientar que se uma pessoa é portadora de uma destas variantes de risco, isto não significa que vá ter a doença. Tudo depende do acaso, da sorte (ou falta dela...) e sobretudo, do estilo de vida. Por exemplo, fumar constitui um factor de risco para o cancro do pulmão muito maior do que o risco genético.





Torna-se, assim, questionável o benefício que uma pessoa saudável pode tirar de um teste genético para despiste de factores de risco.









As diferenças podem ser protectoras





Cerca de um por cento da população Europeia só muito raramente é infectada pelo vírus da SI DA e 10-14% desenvolve infecções menos graves que o normal. Estas pessoas são menos susceptíveis à infecção porque possuem uma forma variante do gene CCR 5. A forma normal deste gene codifica uma proteína essencial para o vírus reconhecer e entrar nas células humanas. A forma variante torna a proteína irreconhecível pela maioria dos vírus, que assim não conseguem infectar as células.






Em conclusão, as nossas vidas dependem de um complexo equilíbrio entre os genes que herdamos e o ambiente a que estamos expostos.





Certas variantes genéticas conferem maior susceptibilidade a doenças, enquanto outras podem proteger contra infecções. Isto não quer dizer que um indivíduo portador de uma ou outra variante esteja condenado a sofrer da doença ou confiar que nunca será infectado. As regras da nossa Saúde são ditadas por um complexo jogo de probabilidades.









GenoMed





O Instituto de Medicina Molecular é um Laboratório Associado localizado no campus da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com a missão de promover a investigação biomédica. A GenoMed é uma spin-off do Instituto de Medicina Molecular com a missão de promover a transferência de conhecimentos da Biologia e da Genética Molecular para aplicações médicas no diagnóstico e prognóstico de doenças e na monitorização da resposta ao tratamento.









Glossário





O genoma corresponde à totalidade da informação genética que caracteriza um ser vivo e se transmite à sua descendência.





Cada unidade de informação genética denomina-se gene. A base química da informação genética é a molécula de ácido desoxirribonucleico ou ADN.





As diferenças genéticas que se encontram na população normal denominam-se polimorfismos. Ao contrários das mutações patogénicas, muito mais raras, os polimorfismos não são directamente responsáveis por doenças.





Para saber mais consulte os sítios:
http://genome.wellcome.ac.uk/
http://www.sciencemuseum.org.uk/on-line/genes/









Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Monday, July 20, 2009

PRIMEIRO TRANSPLANTE EM PORTUGAL

PREVENIR O RISCO DE CONTÁGIO DA GRIPE A

HÁ TOSSE E TOSSE...





A tosse é um mecanismo natural, de defesa do organismo. Mas pode incomodar e muito, pelo que também é natural que se procure alívio. Sabendo que a cada tipo de tosse corresponde um medicamento diferente...






Uma explosão súbita de ar, mais ou menos ruidosa: é assim a tosse, um mecanismo de limpeza das vias respiratórias através do qual são expulsas secreções e partículas estranhas. É a forma que o organismo encontra de alertar para uma eventual infecção ou alergia, entre outras mais graves.





Este mecanismo é, por exemplo, desencadeado pela presença excessiva de substâncias como o fumo de tabaco ou dos escapes dos automóveis, pó ou pólenes, as quais entram pela boca e pelo nariz sempre que se inspira. O sistema respiratório fica irritado ou responde à presença do alergeno a que se é sensível e, então, tosse-se!





Só que há tosse e tosse: há a tosse episódica ou aguda, que não suscita preocupações de maior, e a crónica, aquela que se prolonga por mais de três semanas e que não deve ser negligenciada.





De forma resumida, a tosse pode ser seca, que não é acompanhada de secreções, e produtiva, que liberta expectoração.





Tipos à parte, há sempre uma causa e o mais comum na episódica ou aguda é que seja uma infecção viral, como a constipação e a gripe. As alergias também são responsáveis por muitos acessos de tosse, o mesmo acontecendo com patologias como a doença pulmonar obstrutiva crónica ou a asma, mas nestes casos a tosse é geralmente crónica.





Apesar de natural, a tosse incomoda e muito, levando, naturalmente, a procurar alívio. É esse o objectivo de medidas simples como aumentar a ingestão de líquidos (água, de preferência), beber infusões com limão e mel ou chupar rebuçados de pasta dura - assim se consegue hidratar e suavizar as vias respiratórias.





Estes cuidados devem ser reforçados com o aumento da humidade ambiente, recorrendo a um vaporizador ou humidificador de vapores: respirar estes vapores ajuda a amolecer as secreções e facilita a sua expulsão. De noite, pode obter-se algum alívio para a tosse elevando ligeiramente a cabeceira da cama.





Porém, nem sempre estes cuidados são suficientes e a tosse pode tornar-se verdadeiramente perturbadora do dia-a-dia. Pode então recorrer-se a medicamentos, quase sempre sob a forma de xaropes. Mas é preciso ter em atenção que a cada tipo de tosse corresponde um medicamento específico: assim, para a produtiva, os expectorantes e mucolíticos tornam a expectoração mais fluida, o que facilita a sua expulsão, enquanto para a seca os antitússicos contribuem para suprimir a tosse, embora devam ser apenas usados como última alternativa. Também os anti-histamínicos podem ser úteis, desde que a tosse tenha origem alérgica. Já os broncodilatadores são usados nos casos de tosse com espasmo bronquico associado.





Ao alívio da tosse devem juntar-se outros cuidados: gestos preventivos, como tapar o nariz e a boca com um lenço quando se tosse e lavar depois as mãos com água e sabão. Assim se minimiza o risco de as partículas libertadas pela tosse contagiarem outras pessoas, no caso de a origem ser infecciosa. O aconselhamento por um profissional de saúde é fundamental.









Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Thursday, July 16, 2009

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Wednesday, July 15, 2009

SOBE PARA 102 O NÚMERO DE CASO DE GRIPE A

HOSPITAL EGAS MONIZ DEVOLVE ESPERANÇA A CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL



Andreia Garcia



O Hospital Egas Moniz realiza a primeira cirurgia para tratar a espasticidade a duas crianças com paralisia cerebral, de forma a melhorar a sua qualidade de vida. Estima-se que 80 entre cada 100 pacientes de paralisia cerebral têm espasticidade, que se caracteriza pela rigidez muscular que dificulta ou impossibilita o movimento, em especial dos braços e dos membros inferiores.






Até ao momento, nenhum hospital em Portugal realiza esta cirurgia a crianças com menos de 16 anos, o que acentuou a lista de espera da Federação Portuguesa de Associações de Paralisia Cerebral (FPAPC). Mais de 100 crianças com indicação para esta intervenção cirúrgica estão à espera que o seu problema seja resolvido, alerta a Dra. Graça Andrada, presidente da FPAPC, que acrescenta " Estamos a negligenciar os cuidados às crianças com paralisia cerebral, no nosso país, em comparação com o que se passa noutros países da União Europeia e nos Estados Unidos".





A cirurgia de tratamento da espasticidade consiste na colocação de uma pequena bomba de infusão de medicamento, implantada por baixo da pele do abdómen e que administra continuamente doses de medicação de forma precisa, de forma a permitir o controlo da espasticidade do doente.





Como o medicamento é administrado directamente no local onde este é necessário diminui a possibilidade de ocorrência de efeitos secundários como náuseas, vómitos, sonolência, confusão, problemas de memória e de atenção, e é muito mais eficaz que a medicação oral.





A bomba de infusão de medicamento implantada diminui a frequência dos espasmos, dor, fadiga, aumenta a mobilidade do doente e pode melhorar as suas funções e actividades diárias. Se for disponibilizada no momento certo, esta terapia pode reduzir as necessidades de cirurgias ortopédicas futuras.





De acordo com a Dra. Graça Andrada, esta terapia permite que algumas crianças possam ter uma qualidade de vida melhor e, se for realizada entre os 6 a 12 anos, evita também as deformidades quando se tornam adultas. Desta forma, ao permitir o acesso a esta cirurgia, estaremos a prevenir complicações futuras que, para além do sofrimento humano, obrigam a custos superiores em medicação, cirurgias ortopédicas e reabilitação.





Os sintomas da espasticidade podem variar desde uma leve contracção até uma deformidade severa. A impossibilidade de controlar os músculos voluntários poderá aumentar o grau de dificuldade para realizar actividades diárias tais como vestir, comer, escovar os dentes ou os cabelos, e portanto, reduzir a funcionalidade e participação da criança, jovem e adulto com paralisia cerebral.





A paralisia cerebral caracteriza-se por uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento. Todos os anos surgem aproximadamente 200 a 250 novos casos de paralisia cerebral em Portugal.










Fonte: YoungNetwork

VASECTOMIA: UM CORTE RADICAL


Bastam dois pequenos cortes para consumar a esterilização masculina. O homem deixa de poder engravidar uma mulher, mas a sua vida sexual não é afectada: continua a ter erecções e a ejacular. O desejo também se mantém.





A vasectomia é considerada a forma de contracepção definitiva mais eficaz. Para muitos casais que não desejam ter mais filhos, mas não podem ou não desejam adoptar um dos outros métodos contraceptivos, esta é uma opção eficaz e segura.





Tem sobre a laqueação de trompas - a esterilização feminina - a vantagem de ser realizada em ambulatório, sem necessidade de internamento, sendo um procedimento mais simples e menos invasivo.




Ambas são irreversíveis, ainda que, recentemente, tenham sido publicados estudos que dão conta da possibilidade de reverter a vasectomia, devolvendo ao homem a capacidade de ser pai.








Sem espermatozóides




O que está em causa na vasectomia é impedir a passagem dos espermatozóides, na medida em que são eles as células reprodutoras masculinas, logo, responsáveis pela fecundação.




São produzidos nos testículos e, durante o acto sexual, deslocam-se pelos canais deferentes - dois tubos finos que partem de cada testículo até ao pénis - até serem ejaculados com o sémen.




Para atingir este objectivo, através de uma pequena incisão cirúrgica em cada um dos lados do escroto, é removida uma porção de cada tubo (cerca de 1 cm), após o que as extremidades são fechadas.



O procedimento é simples, com recurso a anestesia local, pelo que o homem regressa a casa no próprio dia. Já o regresso ao trabalho deve ser feito a conselho médico em função do tipo de actividade e do esforço envolvido.




A esterilização é garantida praticamente a 100 por cento. Mas não no imediato: são precisos, em média, três meses para que haja impossibilidade total de uma gravidez. É esse o tempo necessário para "limpar" os canais deferentes de todos os espermatozóides neles existentes, o que corresponde a umas 15 a 20 ejaculações.




É necessária a confirmação de azoospermia num espermograma de controlo - significando isto que o sémen não apresentará então vestígios de espermatozóides: até lá é preciso usar um outro método contraceptivo.


Alguns riscos




Mesmo sendo simples, a vasectomia não está isenta de complicações: pode haver uma reacção inflamatória ligeira.





É preciso estar vigilante e contactar o médico se houver febre, dificuldade em urinar, hemorragia no local da incisão, se for detectado algum nódulo no escroto (a bolsa que envolve os testículos) ou se o inchaço próprio de uma cirurgia não desaparecer ou se agravar.




Um risco, ainda que raro, prende-se com a possibilidade de as extremidades dos canais deferentes se voltarem a unir. Se acontecer, o homem pode engravidar uma mulher.




Fora esta excepção, após uma vasectomia os espermatozóides deixam de poder passar pelos canais deferentes e de ser expelidos com o sémen, pelo que os testículos começam a produzir menos. E mesmo essa quantidade é absorvida pelo organismo.




A vasectomia é uma forma de esterilização - o equivalente no homem à laqueação de trompas na mulher (procedimento pelo qual se impede a descida do óvulo desde o útero).




Como tal, é uma forma de contracepção definitiva, radical. Inviabiliza a reprodução, mas não interfere com a vida sexual: o homem continua a manter erecções e a ejacular, não sendo igualmente afectado na libido.




Deixa é de poder ter filhos.








Reversível?




A vasectomia é um método de esterilização com uma eficácia muito próxima dos 100 por cento.




É também considerado um método irreversível. Contudo, existe a possibilidade de o homem recuperar a possibilidade de ter filhos.





Ela passa pela recolha de espermatozóides directamente do testículo para posterior inseminação artificial (se a vasectomia não tiver sido feita há muitos anos e a produção das células sexuais masculinas não tiver entretanto cessado).




Pode passar também pela vasovasostomia, uma cirurgia que consiste em refazer a ligação entre os canais deferentes. É, todavia, um procedimento complexo, demorado e dispendioso e que, além disso, não oferece garantias de pleno sucesso: há uma hipótese de 20 a 30 por cento de não se conseguir a união entre as extremidades dos canais.




Uma terceira alternativa envolve o congelamento de esperma antes da vasectomia.




É, no entanto, residual o número de homens que, depois de ter recorrido a este método, tenta revertê-lo. Quando acontece tem, com frequência, como motivo o desejo de ser novamente pai após a morte de um filho único.








Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Monday, July 13, 2009

CRIOESTAMINAL DISTINGUIDA COM O ESTATUTO PME EXCELÊNCIA 2009


Susana Viana



A Crioestaminal, pioneira e líder na criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical no mercado ibérico, é hoje distinguida como "PME Excelência 2009", pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, numa sessão que vai decorrer na Alfândega do Porto.






O estatuto PME Excelência 2009 visa distinguir as pequenas e médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos e perfis de risco, no contexto da estrutura empresarial nacional, contribuindo para a capacidade competitiva do país.





Para Raul Santos, administrador/director geral da Crioestaminal, esta distinção representa "um motivo de grande orgulho para todos quantos trabalham dia a dia dando o seu melhor para o sucesso deste projecto. Significa o reconhecimento do trabalho e esforço diários de cada colaborador e do caminho que temos vindo a percorrer em conjunto.





Constitui também um acréscimo de responsabilidade perante os nossos cliente e todos os nossos parceiros, que assumimos como uma motivação adicional para continuar a abraçar novos desafios."





Em tempo de recessão e de crise económica, o responsável da Crioestaminal afirma que é possível "sobreviver" num cenário de risco e considera que "as crises são também fontes de oportunidade. Importa sobretudo nunca baixar os braços e investir algum do nosso tempo e esforço na procura dessas mesmas oportunidades, não só localmente mas também a nível internacional".





A Crioestaminal está também presente em Espanha e em Itália, possui uma equipa de cerca de 60 colaboradores e conta, actualmente, com cerca de 30 mil clientes que, ao longo de seis anos de actividade, têm depositado na Crioestaminal a confiança e a responsabilidade de guardar as células estaminais dos seus filhos.









Sobre a Crioestaminal





Criada em 2003 por profissionais e empresas da área da saúde, a Crioestaminal é hoje uma referência sempre que se fala da criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos. Como empresa pioneira nesta área e com uma posição líder no mercado ibérico, aposta na criação e diversificação de serviços e nos projectos de investigação e desenvolvimento.





Até ao momento, são cerca de 30 mil os pais que aderiram no País a esta técnica e que a consideram uma opção preventiva da saúde futura dos seus filhos. Esta realidade confirma a solidez, experiência, qualidade e segurança que a empresa cumpre ao serviço da saúde e que a tornam uma referência no momento de optar pela criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical.





A Crioestaminal é a entidade de criopreservação pioneira e líder em Portugal no isolamento e criopreservação de células estaminais, estando também presente em países como Espanha e Itália. Em Portugal, é a única empresa de criopreservação com transplantes realizados.









Fonte: LPM Comunicação

Saturday, July 4, 2009

QUERATOSES ACTÍNICAS



Dr. Ricardo Vieira


As queratoses actínicas são lesões cutâneas encontradas mais frequentemente em pessoas de pele e olhos claros e em áreas de pele expostas ao sol como a face, o couro cabeludo, o dorso das mãos e, por vezes, o pescoço e o decote. São observadas com maior frequência em pessoas com idade avançada embora também possam surgir nas mais jovens.




O que são queratoses actínicas?



O seu aspecto inicial característico é uma mancha eritematosa ("vermelha") com escama aderente na sua superfície medindo cerca de 2-10 mm, embora possa apresentar maiores dimensões. Ao longo do tempo, se não forem tratadas, podem tornar-se mais elevadas e infiltradas.



Geralmente identificam-se melhor passando um dedo e sentindo a sua rugosidade do que propriamente olhando. São causadas pelo efeito cumulativo da radiação ultravioleta, existindo vários factores a favor deste facto como a sua maior prevalência em áreas de pele expostas ao sol, em pessoas de pele clara, em países com muito sol e em trabalhadores ao ar livre (exº: agricultores, trabalhadores da construção civil, marinheiros...).







Qual a sua importância?



O reconhecimento e o tratamento das queratoses actínicas são importantes na medida em que são consideradas lesões pré neoplásicas, isto é, se não forem tratadas podem evoluir para cancro de pele.







Como prevenir o seu aparecimento?



O factor mais importante na prevenção do aparecimento destas lesões é a fotoprotecção ao longo de toda a vida, isto é, não só evitar apanhar sol nas horas de maior calor como também o uso de protector solar diário com índice elevado.



Os homens devem usar chapéu de aba larga para protecção das orelhas e do couro cabeludo contra o sol. Os idosos, por exemplo, podem não estar actualmente expostos ao sol mas estiveram durante praticamente toda a vida, como com trabalhos ao ar livre. Ao longo desses anos a pele sofre alterações com formação deste tipo de lesões entre outras.







Como tratar?



O tratamento das queratoses actínicas inclui determinados métodos realizados em consulta de Dermatologia como a criocirurgia (a lesão é "destruída" com azoto líquido), exérese cirúrgica, laser ou peelings.



Existem igualmente terapêuticas tópicas (cremes) com eficácia provada no tratamento destas lesões. A decisão terapêutica varia, por exemplo, consoante o número de lesões.



Quando se levanta a hipótese de já ter ocorrido evolução para cancro de pele realiza-se uma biopsia de pele ou exérese da lesão.



As pessoas que apresentam queratoses actínicas devem manter-se em vigilância numa consulta de Dermatologia para que sejam devidamente tratadas e também para a detecção precoce da possível evolução para algo mais grave.







Fonte: Jornal do Centro de Saúde
 

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