Saturday, December 19, 2009

DEFESAS REFORÇADAS

Estimular as defesas naturais do organismo é importante em qualquer altura do ano, mas mais ainda em tempo de constipações, gripes e outros problemas respiratórios.

Quando chegam os dias frios, são muitos os vírus que proliferam no ambiente que respiramos, ameaçando o sistema respiratório. São vírus que se propagam muito facilmente, depressa passando de um organismo já infectado para muitos organismos...saudáveis.

É assim que as infecções respiratórias se multiplicam, das constipações às gripes. Os sintomas são partilhados e visíveis em muitas pessoas com que nos cruzamos no quotidiano: espirros, nariz a pingar ou congestionado, tosse e dor de garganta, por vezes febre.

O incómodo é grande mesmo quando a doença é ligeira. Vale, pois, sempre a pena prevenir, o que se consegue reforçando as defesas naturais do organismo. O sistema imunitário funciona como um escudo que nos protege dos agentes infecciosos, entre eles os vírus e as bactérias. Em contacto com esses agentes, o organismo ergue barreiras que dificultam ou evitam mesmo o desenvolvimento da doença.

Mas a verdade é que, no Inverno, é difícil escapar aos problemas respiratórios. Mas é possível dar uma ajuda ao sistema imunitário, estimulando-o. É esse o benefício de substâncias naturais como o extracto de equinácea: trata-se de uma planta originária da América do Norte com reconhecidas propriedades terapêuticas.

Já usada pelos índios norte-americanos e conhecida dos europeus desde a década de 60 do século passado, a equinácea possui na sua composição substâncias activas como os flavonóides e os polissacáridos, que funcionam como estimulantes do sistema imunitário: contribuem para uma maior produção de anti-corpos e de leucócitos, os glóbulos brancos do sangue.

Possui ainda capacidades anti-virais, tendo sido demonstrada a sua eficácia no combate a infecções respiratórias, nomeadamente constipações: para melhores resultados, é conveniente a sua utilização na fase inicial de aparecimento dos sintomas.

À equinácea são igualmente atribuídas características antibióticas, o que significa que actua como um travão eficaz na progressão de infecções de origem bacteriana. É o caso das afecções da garganta, geralmente causadas por bactérias da família dos estreptococos.

Detém ainda capacidades anti-inflamatórias, na medida em que favorece a regeneração dos tecidos e a cicatrização de feridas. Este é um exemplo de aplicação externa deste extracto natural. Entre as situações que evoluem positivamente com a equinácea encontram-se a acne juvenil e o herpes labial. O mesmo efeito regenerador acontece quando a pele é alvo de picadas de insectos.

Esta planta tem ainda a vantagem de não ser tóxica; pelo contrário, estimula os processos de desintoxicação no fígado e nos rins.

Como qualquer outra substância, tem naturalmente algumas contra-indicações: não deve ser utilizada por pessoas com doenças auto-imunes como o lúpus eritematoso e a artrite reumatóide. Isto porque a sua acção de estimulante do sistema imunitário pode agravar os sintomas daquelas doenças.

Desde que os índios americanos começaram a utilizar a raiz de equinácea para tratar feridas infectadas e mordeduras de serpentes, têm-se multiplicado as investigações sobre esta planta visando conhecer o seu mecanismo de acção e possíveis aplicações terapêuticas.


Fonte: Farmácia Saúde - ANF

Tuesday, December 1, 2009

DESCOLAMENTO DE RETINA PODE CONDUZIR A PERDA DE VISÃO



Dra. Ana Fonseca

O descolamento de retina é uma urgência oftalmológica, que requer rápida intervenção cirúrgica para preservação da visão. Saiba quais os sinais de alarme.

A retina é a camada fotossensível que reveste a superfície interna do globo ocular, onde são focadas as imagens que vemos, funcionando como a película numa máquina fotográfica. Quando se descola, a retina afasta-se da camada subjacente, a coroideia, que lhe fornece nutrientes e oxigénio, ocorrendo perda celular. Quanto mais prolongado for esse afastamento, maior o risco de perda permanente de visão.

Felizmente, o descolamento de retina tem, com frequência, sintomas de alarme claros, que devem motivar o rápido recurso ao médico oftalmologista, de modo a permitir a atempada intervenção terapêutica. Os sintomas visuais característicos do descolamento de retina incluem: aumento gradual ou súbito de moscas volantes (pontos escuros, de formas diversas, móveis, que parecem flutuar no campo de visão), flashes luminosos (como relâmpagos ou flashes fotográficos), aparecimento de uma sombra ou cortina sobre uma determinada área do campo de visão e/ou turvação da visão.

Existem, essencialmente, três tipos de descolamento de retina: regmatógeno (o tipo mais comum), quando ocorre uma solução de continuidade - buraco ou rasgadura na retina -, através da qual se acumula líquido subretiniano, afastando-a das camadas subjacentes; a traccional caracteriza-se pela ocorrência de tecido fibrovascular na superfície retiniana que, como o nome indica, tracciona a retina, afastando-a das restantes estruturas; a exsudativo resulta da acumulação de liquido subretiniano, sem buraco ou rasgadura, relacionado com doenças inflamatórias e vasculares da retina.

Risco aumenta a partir dos 40 anos

O risco de descolamento de retina é, anualmente, de 5 para 100, aumentando em indivíduos com mais de 40 anos de idade. Estão em maior risco: altos míopes (mais de seis dioptrias), indivíduos com antecedentes de descolamento de retina no olho contralateral ou história familiar, após cirurgia de catarata, associado a outras doenças oculares (como retinopatia diabética) e após traumatismo ocular.

O tratamento do descolamento de retina é cirúrgico. Os buracos e rasgaduras retinianas, quando detectados antes do desenvolvimento do descolamento de retina, podem ser tratados por fotocoagulação laser ou criopexia. A fotocoagulação laser consiste na aplicação de múltiplas pequenas "queimaduras" em redor das soluções de continuidade retinianas, de modo a "soldar" a retina às estruturas subjacentes. Na criopexia aplica-se frio intenso de modo a "congelar" a retina na zona dos buracos e rasgaduras, levando à formação de uma cicatriz que vai levar à fixação das restantes estruturas.

No descolamento de retina, a escolha da técnica cirúrgica depende do tipo, do tamanho e da localização do descolamento. As técnicas actualmente disponíveis incluem: retinopexia penumática (injecção de um gás expansível na cavidade vítrea, que vai empurrar a retina para a sua posição natural), indentação escleral (aplicação na esclera de peças de silicone na zona de retina descolada, ou ao longo da circunferência do globo ocular, de modo a reduzir a tracção sobre a retina) e vitrectomia (extracção do conteúdo vítreo através de pequenas incisões esclerais, que pode ser substituídas por solução salina, gás expansível ou óleo de silicone, com o objectivo de manter aplicada a retina). Muitas vezes recorrem-se a múltiplas combinações das diferentes técnicas.

A cirurgia nem sempre é bem sucedida na reaplicação da retina, assim como a retina reaplicada não significa recuperação visual. O prognóstico visual depende essencialmente do tempo de evolução do descolamento de retina, e do envolvimento eventual da área de visão central, a mácula. Deste modo, é importante divulgar os sintomas e sinais de alarme, de modo a permitir o seu rápido reconhecimento e atempado recurso ao médico oftalmologista.

Fonte: Jornal do Centro de Saúde
 

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