Thursday, May 27, 2010

ENVELHECIMENTO: VERDADE OU CONSEQUÊNCIA?



Andreia Pereira
"O livro do antiaging - técnicas para rejuvenescer", da autoria do médico espanhol Javier Guëll, é um manual para quem pretende conservar a juventude por mais anos.


Os Alphaville, numa das suas baladas, diziam assim: "Forever young. I want to be forever young. Do you really want to live forever?" Com certeza muitos seres humanos levantariam a mão em sinal de resposta afirmativa. Afinal, viver é um confronto directo com a linha do tempo.

Mas poderá o ser humano interferir neste processo? Segundo a obra "O livro do antiaging - técnicas para rejuvenescer", com o carimbo da Esfera dos Livros, é possível atrasar o envelhecimento. Em conversa com o seu autor, Javier Guëll, cardiologista espanhol, percebemos os "truques" para abrandar a corrida contra o tempo.

Conforme afirma Javier Guëll, não existe uma "receita mágica" para retardar o envelhecimento. Contudo, fórmulas simples, reveladas ao longo de 14 capítulos desta obra, ajudam-nos a entender como travar o avanço da idade.

O cardiologista, alerta, no entanto, que não basta aumentar o número de anos. "É preciso viver com qualidade de vida." De há um século a esta parte, a esperança de vida quase duplicou: em 1900, a população mundial vivia até aos 49 anos. Actualmente, fruto dos progressos da ciência e da medicina, nos países desenvolvidos, as pessoas alcançam, em média, os 85 anos. Porém, o autor afirma que "ainda estamos longe do recorde de idades" atingido por Cruz Hernandes Rivas, uma mulher residente em El Salvador, que faleceu no ano passado com 128 anos.

Mas, afinal, o qual o papel da medicina antiaging quando se sabe, à partida partida, que ultrapassar os 100 anos pode ser um acto quase prometeico? "A medicina antiaging ocupa-se dos aspectos científicos, médicos, sociais, de conduta, relacionados com a longevidade e com uma boa qualidade de vida, à medida que os anos vão passando", esclarece o autor, aludindo a uma das passagens do seu livro.

Contudo, fica, ainda, uma dúvida: de que adianta aumentar o número de anos se podemos não resistir às fragilidades biológicas associadas ao envelhecimento? "É precisamente esse o plano de intervenção da medicina antiaging: investir na prevenção dos problemas, antes que estes apareçam com a idade.

Quanto mais nos desgastarmos, mais rápido é o processo de deterioração, pelo que nos devemos conservar por mais tempo. E é aqui que reside o grande desafio: alcançar as idades mais avançadas com melhores condições físicas e mentais."

Face ao avanço da idade, o autor aconselha uma postura activa perante a vida, sem cruzar os braços ao envelhecimento. "Existem registos de que as pessoas centenárias mantiveram um estado activo", corrobora. O "envelhecimento activo" é, aliás, uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Por outras palavras, a OMS promove o antiaging, ao apostar num estilo de vida na qual se integra uma nutrição adequada, exercício físico, uma sexualidade satisfatória e dormir bem", afirma Javier Güell no seu livro.


Fonte: Health & wellness

Tuesday, May 18, 2010

O exercício durante a gravidez

José Soares

O exercício tem vindo, ao longo dos tempos, a assumir um papel decisivo na adopção de estilos de vida saudáveis. Para além da alimentação, o exercício é um factor preponderante não só na prevenção de algumas doenças, com particular relevo para as patologias cardiovasculares, mas também como coadjuvante terapêutico.



A prática de actividade física durante agravidez é hoje um tema de inegável interesse e actualidade. Se atentarmos nas recomendações do prestigiado American College of Obstetrics and Gynecology (ACOG) ao longo dos últimos anos, percebemos que as posições se têm vindo a alterar gradualmente.


Num boletim técnico da ACOG de 1985 era claramente sugerido que a grávida não deveria realizar exercícios com uma frequência cardíaca acima dos 140 batimentos/minuto e não deveria realizar esforços intensos por períodos superiores a 15 minutos.


Alguns anos mais tarde, em 1995, a mesma organização estabelece claramente que não existem dados que permitam inferir que a grávida deverá limitar aintensidade do exercício, sob pena de aumentar o risco de efeitos adversos.


Mantendo, no entanto, a recomendação de serem evitados esforços exaustivos, em 2002, surge um documento oficial do ACOG com o título "Exercise during pregnancy and the postpartum period: ACOG Comitee Opinion 267". em que é claramente referido que, não havendo contra-indicações, a grávida deverá ser encorajada a realizar exercícios de média intensidade.


É a primeira vez que é recomendado formalmente que o exercício deverá fazer parte do estilo de vida da grávida. Tal como para qualquer outra pessoa, não havendo gravidez de risco, a grávida deverá seguir as normas orientadoras gerais do American College of Sports Medicine e do U.S. Center for Disease Control and Prevention.


Estas postulam que os adultos deverão realizar "30 minutos de exercício físicomoderado na maioria, senão na totalidade, dos dias da semana".


Apesar de não haver evidências que restrinjam o exercício físico nas grávidas, existem contra-indicações absolutas e relativas tal como se refere nas recomendações do American College of Obstetrics and Gynecology Comitee Opinion (para saber mais, www.acog.org).



Bem-estar na gravidez


Cerca de 90% das grávidas que praticam exercício, continuam a fazê-lo após o nascimento. Este facto é de extrema relevância, dado que o exercício durante a gravidez poderá ser um estímulo para a adopção de um estilo de vida activo com todas as consequências positivas que se conhecem da actividade física na saúde.


De uma forma geral, a grávida que faz exercício regularmente apresenta um sistema cardiovascular mais funcionante, uma menor prevalência de problemas musculoesqueléticos e, particularmente, uma menor incidência de lombalgias e dores pélvicas. Em termos psicológicos, estas mulheres, segundo alguns estudos, melhoram a auto-imagem, toleram melhor o stresse laboral e sofrem de menor instabilidade psicológica pós-parto.


Relativamente às recomendações práticas sobre o exercício para a grávida, salienta-se que para as futuras mães não habituadas a fazerem exercício, a caminhada, os alongamentos e as actividades holísticas do tipo ioga são altamente recomendáveis. De uma forma geral, as actividades que estão completamente contra-indicadas são o mergulho, as actividades em altitude, os exercícios com risco de queda e com risco de trauma abdominal.


O exercício durante a gravidez, salvo contra-indicações específicas, é altamente recomendável, contribuindo para a melhoria da auto-estima, do bem-estar e da saúde, tanto da mãe como da criança. Não esquecer que o exercício só deverá ser iniciado depois de consulta médica e o programa deverá ser sistematicamente ajustado à condição física da praticante, às suas condições clínicas e ao estado da gravidez.



Recomendações gerais para a prática de exercício na gravidez:


> Consulta médica prévia para determinar possíveis contra-indicações específicas;


> O exercício deverá ser imediatamente interrompido e consultado um médico, quando se registar qualquer uma destas situações: sangramento vaginal, dificuldades respiratórias durante e após o esforço, cefaleias, dor no peito, tonturas e/ou vertigens, fraqueza muscular, contracções uterinas, diminuição dos movimentos fetais, fluidos vaginais anormais.






10 RAZÕES PARA NÃO PARAR DE FAZER EXERCÍCIO!



José Soares
É já lugar comum referir as inúmeras vantagens do exercício físico. Para além de ter um papel decisivo na prevenção de inúmeras doenças, pode também assumir uma grande importância como agente terapêutico. A osteoporose, a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares são disso bom exemplo. Primeiro, ajuda a prevenir e, depois de instaladas, ajuda a tratar.



1 - Não tenho tempo para fazer 30 minutos de exercício.

ESTRATÉGIA: Faça o que puder. Cada passo conta. Se não puder 30 minutos, caminhe durante 10 minutos com passo alargado e vá aumentando gradualmente. Se não puder, suba e desça as escadas do prédio. O pior de tudo é ficar parado. Mexa-se!


2 - Fico muito cansado depois de sair do meu gabinete.

ESTRATÉGIA: Planeie algo activo para antes ou durante o dia do trabalho. Reduza o tempo do almoço e ande um pouco. Na maioria das vezes, o cansaço é intelectual. Fazer exercício liberta endorfinas que dão uma sensação de bem-estar e, não raras vezes, de euforia.


3 - Não tenho equipamento adequado.

ESTRATÉGIA: Uns sapatos confortáveis, umas meias suaves e uma camisola de algodão ou simples t-shirt são suficientes. Não é necessário vestuário sofisticado! Para iniciar as suas aulas de ténis não precisa de um equipamento a rigor e uma raquete igual à do Roger Federer! Mais importante do que a forma é o conteúdo.


4 - Tenho vergonha de fazer actividades de grupo.

ESTRATÉGIA: Quase todos temos. Como diz o povo "quem tem vergonha passa mal". Ainda que nos sintamos desajeitados e descondicionados, lembremo-nos que todos já passaram por essa fase. Nunca aprenderemos, se não fizermos!


5 - Não quero ter dores musculares.

ESTRATÉGIA: Os exercícios não precisam ser exaustivos. Deverão começar de forma gradual e progressiva. Um conselho: nos primeiros dias, evite fazer descidas e realizar exercícios onde os membros suportam o peso contra a gravidade. As dores musculares retardadas (aquelas que sentimos no dia seguinte) são provocadas por exercícios demasiado intensos ou "excêntricos", ou seja, exercícios em que as extremidades se afastam. O que faz doer no dia seguinte não é levantar o peso, é baixá-lo! Por isso, nos primeiros dias, devemos, por exemplo, levantar o peso com um braço e baixá-lo com a ajuda do outro braço para diminuirmos o stress mecânico e, assim, as dores retardadas.
10 Razões para não parar de fazer exercício!
José Soares
É já lugar comum referir as inúmeras vantagens do exercício físico. Para além de ter um papel decisivo na prevenção de inúmeras doenças, pode também assumir uma grande importância como agente terapêutico. A osteoporose, a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares são disso bom exemplo. Primeiro, ajuda a prevenir e, depois de instaladas, ajuda a tratar.



1 - Não tenho tempo para fazer 30 minutos de exercício.

ESTRATÉGIA: Faça o que puder. Cada passo conta. Se não puder 30 minutos, caminhe durante 10 minutos com passo alargado e vá aumentando gradualmente. Se não puder, suba e desça as escadas do prédio. O pior de tudo é ficar parado. Mexa-se!


2 - Fico muito cansado depois de sair do meu gabinete.

ESTRATÉGIA: Planeie algo activo para antes ou durante o dia do trabalho. Reduza o tempo do almoço e ande um pouco. Na maioria das vezes, o cansaço é intelectual. Fazer exercício liberta endorfinas que dão uma sensação de bem-estar e, não raras vezes, de euforia.


3 - Não tenho equipamento adequado.

ESTRATÉGIA: Uns sapatos confortáveis, umas meias suaves e uma camisola de algodão ou simples t-shirt são suficientes. Não é necessário vestuário sofisticado! Para iniciar as suas aulas de ténis não precisa de um equipamento a rigor e uma raquete igual à do Roger Federer! Mais importante do que a forma é o conteúdo.


4 - Tenho vergonha de fazer actividades de grupo.

ESTRATÉGIA: Quase todos temos. Como diz o povo "quem tem vergonha passa mal". Ainda que nos sintamos desajeitados e descondicionados, lembremo-nos que todos já passaram por essa fase. Nunca aprenderemos, se não fizermos!


5 - Não quero ter dores musculares.

ESTRATÉGIA: Os exercícios não precisam ser exaustivos. Deverão começar de forma gradual e progressiva. Um conselho: nos primeiros dias, evite fazer descidas e realizar exercícios onde os membros suportam o peso contra a gravidade. As dores musculares retardadas (aquelas que sentimos no dia seguinte) são provocadas por exercícios demasiado intensos ou "excêntricos", ou seja, exercícios em que as extremidades se afastam. O que faz doer no dia seguinte não é levantar o peso, é baixá-lo! Por isso, nos primeiros dias, devemos, por exemplo, levantar o peso com um braço e baixá-lo com a ajuda do outro braço para diminuirmos o stress mecânico e, assim, as dores retardadas.

6 - Tenho medo de me sentir hipoglicémico.
ESTRATÉGIA: Sendo saudável, faça exercício sempre acompanhado de uma bebida desportiva ou de uma barra energética. Uma banana antes de uma actividade física é um procedimento eficaz para prevenir ahipoglicemia. Se for diabético, consulte o seu médico e siga as recomendações para o exercício com diabéticos (veja, por exemplo, em diabetesforeningen.dk)


7 - Caminhar provoca-me dores nos joelhos.

ESTRATÉGIA: Normalmente as dores provocadas pela caminhada reflectem algum tipo de patologia ou insuficiente capacidade muscular para suportar o peso por (i) fraqueza muscular, (ii) desequilíbrio muscular - alguns músculos estão demasiado desenvolvidos relativamente a outros, (iii) excesso de massa adiposa e reduzida massa isenta de gordura. Para contrariarmos esta tendência, antes de iniciarmos um programa de marcha ou corrida, deveremos reforçar a musculatura dos membros inferiores e, caso seja necessário, diminuir o peso através de uma dieta adequada.


8 - Está muito frio.

ESTRATÉGIA: Frio, calor ou humidade são sempre desculpas para não fazermos nada. Em primeiro lugar, uma das razões para o aumento da incidência de infecções respiratórias no Inverno é não o frio, mas os ambientes fechados que são muito mais contaminantes. Habituemo-nos a andar ao ar livre. O que fariam os habitantes dos países nórdicos? Mesmo assim, se não suportarmos o frio ou o calor, os ginásios são uma solução. E em final de linha, vá ao centro comercial e ande!


9 - Tenho medo de ficar pior.

ESTRATÉGIA: Salvo condições muito especiais, pior do que o exercício é não fazer exercício. Antes de iniciar o seu programa consulte um médico. Mesmo que seja saudável, qualquer homem com mais de 45 anos ou mulher com mais de 55 anos, mesmo sem factor de risco, deverá consultar um médico antes de iniciar a actividade física.


10 - O exercício é aborrecido.

ESTRATÉGIA: Há múltiplas formas de fazer exercício. Encontre a que mais gosta ou a que menos detesta. Se não gosta de andar, ande de bicicleta, ou faça natação, ou vá para um ginásio e faça uma aula de grupo, ou faça ioga, ou, ou, ou... Há inúmeras formas de despender energia. Tantas quantas as desculpas para não fazer!





Fonte: Health & wellness
 

saude-se Copyright © 2012 -- Powered by Blogger