Tuesday, March 31, 2009

O SONO DA CRIANÇA: "DIZ-ME COMO DORMES E EU DIR-TE-EI QUEM ÉS"


Dra. Fernanda Torgal-Garcia e Dr. João Gomes-Pedro



O sono é a janela do desenvolvimento humano. “Diz-me como dormes e eu dir-te-ei quem és”, é como que uma fórmula mágica que permite entrar no mundo biológico, emocional, afectivo e moral de cada ser humano.





O sono, como todos os equilíbrios da vida, reflecte o equilíbrio total da criança, em particular da sua vida afectiva e relacional.



A neurociência de hoje sustenta que as capacidades psíquicas consubsantiadas nas emoções, nos sentimentos e na consciência derivam do equilíbrio homeostático, fundamentalmente biológico. Por isso dizemos, muitas vezes, que grão a grão , o bebé constrói o seu sono.




É corrente associar-se o nascimento de um bebé à "tortura" do sono, que os pais vão passar a sentir "na pele".Ora isto não é obrigatório e acaba por não acontecer muitas vezes.




O sono é um equilíbrio biológico fundamental, mas é um equilíbrio frágil, que se constrói progressivamente nos primeiros meses de vida .Tem relação com a maturação cerebral, dos neurónios corticais ( e daí a sua relação com a idade gestacional, isto é se é um bebé pré-termo ou " de tempo"), e com o estabelecimento de múltiplas conexões entre as células do sistema nervoso ( sinapses).




O sono do feto, na sua alternância imobilidade/actividade é exactamente o dos prematuros que entretanto tiveram de nascer. Sabemos, depois, que no primeiro mês de vida o bebé pode dormir em média 16-18 horas por dia e já nesta fase podemos identificar os muito ou pouco dorminhocos.




Porém, mais do que o número de horas de sono, é o modo como o bebé controla e organiza os seus estádios (vigília/sono) que nos permitem caracterizar, logo com horas de vida apenas, o quem é cada bebé. Através da NBAS ("Neonatal Behavior




cada bebé de organizar os seus estádios de sono/vigília, e a sua habituação a estímulos exteriores que lhe vai permitir adormecer sem ligar à algazarra da sua festa de baptizado por exemplo Esta escala permite-nos com acuidade avaliar as diferenças e o quem é quem cada bebé.




É esta regulação que permite a um bebé de um mês dormir cinco a seis horas e a partir dos 3 meses, nove horas ou mais em cada noite. O bebé vive ao ritmo do seu relógio interior, contribuindo para isso primordialmente, os seus neuro-reguladores cerebrais.




È através do núcleo supraquiasmático, numa engenharia química regulada por genes, pela produção de melatonina e de popipéptidos reguladores que se estabelece a arquitectura do sono, designadamente do sono REM e do sono não REM.




Mas para além desta química complexa da neuro-regulação, existe um fantástico modelo relacional projectado à vida do bebé e com ele à vida da família.




O estabelecimento e a manutenção de padrões estáveis de sono nocturno é da maior importância para a criança e para os pais; para a criança , um sono adequado de noite é uma pré-condição essencial para um bom alerta durante o dia e para uma boa resposta a interacções sociais e outros estímulos ambienciais.




De facto estabelecer um ritmo e estar acordado de dia e dormir de noite, é uma importante aquisição do bebé; de acordo com Schaffer, torna muito mais fácil viver com ele...




Há que ser realista e ter a noção que de facto, 20-30% dos bebés e crianças pequenas têm problemas de sono. Mas as causas podem ser tão variadas como problemas perinatais, temperamento do bebé, amamentação, stress familiar, modos de adormecer, fases do desenvolvimento motor do lactente, muitas mais.




Mais do que tentar consertar um problema de sono na criança, que desarranja toda uma família que no dia seguinte irá trabalhar ensonada e irritada, há que prevenir a instalação desse problema e aí é essencial a filosofia "touchpoints".



Se um bebé de 4 meses que até aí dormia celestialmente, passa a não adormecer como até então ou a acordar infinitas vezes em cada noite, os pais vão pedir umas pequenas gotas milagrosas para repor os anteriores comportamentos sono-vigília de modo a poderem descansar durante a noite.




Precisamos então desse outro modelo, para perceber as alterações do relógio, as mutações inexplicáveis, enfim, para conseguir ler através da janela que é o comportamento humano. O modelo" touchpoints" ensina-nos então que é aos quatro meses, quando o bebé começa a ficar extasiado com tudo o que passa a ver à sua volta que faz com que se "esqueça " de dormir.




Do mesmo modo, cerca do ano de vida, o envolvimento fantástico do bebé para dar os primeiros passos, essa excitação que é deslocar-se sozinho, não deixa obviamente que o bebé "perca tempo" em adormecimentos ou sonos. A filosofia "touchpoints" permite-nos entender o comportamento e assim intervir adequadamente no apoio à parentalidade.




Se por um lado é melhor ser realista e achar que se o bebé acordar várias vezes é normal, também há que ser flexível e entender que não há soluções perfeitas, que no entanto não deverão passar pelas tais gotas milagrosas.




E, depois desta se ter construído, já será mais fácil lidar com episódios relacionados com as fases do seu desenvolvimento crescente ou intercorrências fáceis de interpretar.




É fundamental assumir que esta autonomia "aprende-se" porque se educa, numa atmosfera de paixão.




Aprender a dormir de noite é, resumindo, uma tarefa relacionada com a maturação do sistema nervoso central, com o temperamento do bebé, e com a aprendizagem; e o sono é o reflexo do equilíbrio global da criança.




Enfim, o sono é uma janela do desenvolvimento humano por onde prescutamos o modo de ser, isto é, o comportamento de cada bebé. Este comportamento é a sua "linguagem" e é, por sua vez, esta linguagem que tem de inspirar a nossa comunicação com o bebé e com a sua família.




Se desde que o bebé sai da maternidade, tiver um ambiente calmo, com rotinas e rituais, como o banho antes da hora de dormir, a canção de embalar ou mais tarde a história antes de adormecer (e não até que o adulto adormeça!), o pequeno urso ou outro objecto de transição, o adormecer sozinho sem ser ao colo ou na cama dos pais, irá certamente adquirir uma autonomia do sono.








Dra. Fernanda Torgal-Garcia,
Pediatra do Desenvolvimento




João Gomes-Pedro,
Director do Departamento da Criança e da Família do Hospital de Santa Maria
Investigador e Professor Catedrático










Fonte: Saúde em Revista

Saturday, March 28, 2009

MENOPAUSA Vs ANDROPAUSA - MANIFESTAÇÕES INICIAIS DA VELHICE




Ambas originadas pelo défice hormonal, a menopausa e a andropausa são manifestações no feminino e no masculino de um período específico da vida pertencente ao processo de envelhecimento. Marcadas por mudanças fisiológicas, variam de indivíduo para indivíduo e, sobretudo, consoante o sexo.





Salvo raras excepções, a expressão «as senhoras primeiro» ganha evidência quando se compara a menopausa com a andropausa. De facto, é nas mulheres que se manifestam os primeiros sintomas do envelhecimento, geralmente aos 50 anos, mas pode ser precoce (40 anos) ou tardia (55 anos). No que diz respeito aos homens, tal sintomatologia pode surgir antes dos 40 anos, mas é mais frequente a partir dos 60.





Contudo, quer nos homens quer nas mulheres, ocorrem inúmeras alterações físicas, sexuais, afectivas e cognitivas. As manifestações são, porém, mais evidentes nas mulheres.




«A menopausa é uma etapa bem-definida da vida, nomeadamente, com a cessação da menstruação, que está associada à infertilidade. É também caracterizada por várias alterações, condicionadas pela diminuição de estrogénios», avança o Dr. Carlos Santos, urologista, continuando:




«O défice destas hormonas sexuais femininas interfere com muitos aspectos fisiológicos. A nível urológico, por exemplo, dá-se uma diminuição da lubrificação das paredes vaginais, podendo causar o vaginismo, outras alterações a nível de disfunção sexual feminina ou a incontinência urinária.»




Ao contrário, a andropausa, que é também designada como menopausa masculina, é menos evidente, ou seja, não há uma etapa bem definida em termos de cessação de funções. Por exemplo, a fertilidade mantém-se nos homens. Além disso, sintomas como os afrontamentos ou a sudação nocturna não importunam tanto o sexo masculino, nem são tão evidentes como no sexo feminino.





«O homem sofre uma série de alterações proporcionadas pela diminuição dos androgénios, em particular a testosterona que, por sua vez, pode originar disfunção eréctil, diminuição do volume testi­cular, alterações do orgasmo ou ejaculação fraca. Esta fase pode ser definida como a síndrome produzida pela diminuição progressiva dos androgénios», diz o urologista, comentando que andropausa não é o termo cientificamente correcto.





E explica a razão: «Andropausa é, para muitos autores, uma terminologia controversa, sendo utilizada a expressão inglesa "PADAM", que significa "deficiência parcial androgénica do homem idoso". Para mim não faz muito sentido chamar de andropausa a uma fase do homem que é diferente da que ocorre na mulher. Além disso, em termos científicos, PADAM traduz, de forma mais precisa, a etapa masculina da segunda metade da vida, pois define uma diminuição dos androgénios. Usa-se andropausa porque é simples e associa-se à menopausa masculina.»





Desejo sexual diminuído





A cessação da menstruação provocada pela falência da função dos ovários é um aspecto com consequências objectivas. O mesmo não se poderá dizer do défice de testosterona. Contudo, a diminuição do desejo sexual, além de ser objectiva, é comum em ambos os sexos.





A menopausa e a andropausa não devem ser encaradas como doenças, mas sim como fases em que ocorrem sintomas específicos. Daí a existência de terapêuticas que ajudam os indivíduos a ultrapassar esse período com uma melhor qualidade de vida. A sexualidade é uma das áreas em que actuam.





«A terapêutica para a diminuição do desejo sexual passa pela reposição do défice hormonal. Assim como para a mulher existem as terapêuticas hormonais de substituição, que repõem os níveis hormonais de estrogénios, para o homem o tratamento mais actual que repõe os níveis de androgénios é feito com testosterona em gel», indica Carlos Santos.





Tal como acontece com a THS, para as mulheres, o gel responsável pelo aumento da libido masculina também contribui para a diminuição dos afrontamentos, dos suores e da ansiedade. A aplicação é feita, uma vez por dia, em zonas corporais de fácil acesso, normalmente no ombro ou na barriga.





«O uso da testosterona em gel obriga a uma vigilância médica, porque é apenas indicado para os homens que têm uma deficiência de testosterona. Outras alterações que possam ocorrer, como a disfunção eréctil, são tratadas com fármacos diferentes», menciona o urologista, advertindo que «algumas patologias podem ser agravadas pelo uso da testosterona em gel, nomeadamente o carcinoma da próstata».





E conclui: «É preciso ter noção de que, quer na menopausa, quer na andropausa, não há apenas uma diminuição de estrogénios e de androgénios. Trata--se de um processo de envelhecimento normal, fisiológico, que está associado a alterações multiormonais e a deficiências hormonais, como a hormona do crescimento.»








Fonte: Medicina & Saúde®

COMISSÃO EUROPEIA MOBILIZA JOVENS PARA LUTA CONTRA O TABACO



Marta Santos


A Comissão Europeia (CE) volta a envolver activamente os jovens na campanha ‘HELP - Por uma Vida Sem Tabaco', incentivando-os a dar o exemplo e a demonstrar que fumar já não é cool. Neste sentido, a CE promoveu um encontro em Praga, onde representantes de várias associações de jovens da UE receberam formação e informação sobre os perigos e efeitos nocivos do tabaco.





Nesta reunião, onde estavam presentes representantes das associações europeias de estudantes de medicina, de enfermagem e de psicologia, os jovens aprenderam a efectuar testes de medição de monóxido de carbono, a interpretar os resultados e a perceber o verdadeiro impacto do tabaco.




Com a ajuda da CE, várias associações de jovens dos países da União - destaque, em Portugal, para a Associação Nacional de Estudantes de Medicina - comprometeram-se já a participar activamente na campanha HELP e a passar a mensagem anti-tabaco. "A participação activa dos jovens nesta campanha é fundamental para incentivar a nossa geração", explica Christos Chronis, Tobacco Initiative Project Coordinator da IFMSA (International Federation of Medical Student's Association).




Neste sentido, a operação de medição de CO integrada na campanha HELP - Por uma Vida Sem Tabaco contará este ano com a ajuda das associações de jovens, os quais irão realizar os testes e informar a população.




Nos 27 países da UE deverão realizar-se cerca de 250 acções de sensibilização, nomeadamente em eventos dirigidos aos jovens. Na Irlanda, por exemplo, a campanha marcou presença na ‘Debs and Student Fashion Expo', onde a conhecida modelo irlandesa Ruth O'Neill deu o exemplo ao realizar o teste de medição de CO. Em Portugal, a campanha já visitou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Liceu Camões, tendo-se realizado cerca de 450 testes.




Sendo na adolescência que a maioria das pessoas começa a fumar (por curiosidade ou influência do ambiente social e cultural), a Comissão Europeia considera que é necessário continuar a apostar nesta faixa etária, com maior incidência nas mulheres, dando-lhes a conhecer os perigos do tabaco e ajudando-os a resistir à pressão social para iniciar o vício. Torná-los uma peça fundamental desta campanha é a melhor forma de atingir o objectivo final: uma Europa sem tabaco.





Notas:
- "Os pontos de vista expressos nunca poderão ser entendidos como a afirmação de uma posição oficial da Comissão Europeia".








Fonte: IMAGO - Imagem e Comunicação, S.A

Thursday, March 19, 2009

MUSICOTERAPIA... UMA TERAPÊUTICA MUSICAL


Dr.ª Gisela Teixeira


Já alguma vez conseguiu relaxar ao ouvir música? Já alguma vez ouviu uma música que imediatamente lhe despertou sentimentos fortes ou o transportou para alguma recordação especial? Já alguma vez sentiu como que uma força interior ao ouvir música? Alguma vez cantou uma canção de embalar para tranquilizar um bebé? Se respondeu "Sim" a alguma destas questões, então já experimentou o poder da música.





Poder esse com história milenar. Há 2000 anos a.c., quando o imperador da China queria saber como andavam as coisas nas suas províncias, convocava os músicos de cada uma delas para que tocassem para ele, e de acordo com a música que embalava o seu povo, o imperador sabia se este estava bem ou mal. Durante a Segunda Guerra Mundial, médicos e enfermeiros americanos constatam que os veteranos de guerra que beneficiam de algumas sessões musicais restabelecem-se rapidamente de traumas físicos e psíquicos.



De facto, a resposta ao som musical permite avaliar os estados físico, cognitivo, comportamental, emocional e comunicativo. A música e o som afectam a actividade muscular, a respiração, a tensão arterial e o metabolismo, e desempenham função de apoio ao processo de mudança dos indivíduos. Segundo Mário de Andrade (1999), a música é equiparável aos medicamentos mas numa prespectiva de dosagem inversa, porque na terapêutica musical, ao contrário da medicamentosa, aos doentes insensíveis deve diminuir-se a dose (músicas mais fáceis, sem grande complexidade).




Dada a capacidade simbólica da música e a sua credibilização como um instrumento eficaz no plano terapêutico, nasce a Musicoterapia. A Musicoterapia é uma ciência paramédica que utiliza a música e os seus elementos (Som, Ritmo, Melodia, Harmonia) através do canto, movimentos, expressão corporal, dança, etc., a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas; e, desenvolver potenciais e/ou restaurar funções de optimização intra e/ou interpessoal, melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento (Federação Mundial de Musicoterapia, 1996).





O objectivo principal da musicoterapia não é a música, nas suas vertentes mais desenvolvidas, ou seja, Saber, Ensinar ou Tocar. Mas sim, fazer entender que em terapia, a música é um meio e não um fim. Tem o poder de criar vivências emocionais correctivas num ambiente livre, seguro e protector. Pode também ser o alívio do sofrimento psíquico através de produções no mundo dos sons. Não interessa que tipo de sons, de música ou de ruídos que os pacientes produzem, mas que produzam, que os criem, que através deles expressem os seus sentimentos e emoções (Lecourt , 1988).











Fonte: Projecto Artémis

Monday, March 16, 2009

BEM-ESTAR SEXUAL




Toma da pílula: No mês passado, fui passar um fim-de-semana fora e esqueci-me de levar a pílula. Quando cheguei, tomei as três que me tinha esquecido (de manhã) e a do dia correspondente (à noite). Não sei se fiz bem. No entanto, como passaram três dias, apareceu-me o período.






Como continuei a tomar a pílula, a menstruação desapareceu e voltou novamente quando acabei a toma das pílulas. Não sei se o efeito desta foi cortado com a falta da toma dessas três, mas depois de aparecer o período nos sete dias de descanso, voltei à toma normal. Gostaria de saber se devo tomar a pílula do dia seguinte quando tenho relações sexuais e o preservativo rompe. Sexo feminino




Resposta:
Quando se esquece das tomas, não deve ingerir no mesmo dia as várias pílulas. É preferível tomar a pílula do dia seguinte nas 72h consecutivas á relação sexual. Espero que esteja tudo bem consigo, contudo se tem tendência a esquecer-se das tomas, aconselho o uso do implante contraceptivo intra-dermico .









Implante contraceptivo





Coloquei um implante contraceptivo que contém uma só hormona que é o etonogestrel que é similar ao progestagénio. Normalmente, tomo Giseng e Gingko Biloba, mas visto o Giseng ser considerado afrodisíaco, gostaria de saber se poderá diminuir a eficácia do implante ou se sabe de outras ervas que possam interferir com a eficácia do implante.
Sexo feminino






Resposta:
Esteja tranquila. Nenhum desses produtos interfere com a eficácia do implante que colocou. Á semelhança de outros contraceptivos hormonais, atenção ao uso de antibióticos e de alguns anti-inflamatórios.










Poderei estar grávida?





Tenho 16 anos e ando preocupada. Tive relações sexuais com o meu namorado. Correu tudo bem. Ele ejaculou e tirou o preservativo. Passado um tempo, voltamos a ter relações sexuais sem preservativo mas ele não ejaculou dentro de mim. Corro o risco de estar grávida?
Sexo feminino





Resposta:
Se se encontrava em período fértil quando teve relações sexuais, o risco de gravidez existe. A eficácia do preservativo é de cerca de 95 a 96%, neste caso agravado pelo facto de terem voltado a ter relações sexuais desprotegidas. Mesmo sem ejacular, o líquido de lubrificação poderá conter espermatozóides que ficaram da anterior ejaculação. Embora seja ainda muito jovem para já ter iniciado a sua vida sexual, pelo menos use protecção: preservativo sempre, mesmo nos preliminares dado que é o único método barreira face ás infecções sexualmente transmissíveis, método hormonal como protecção 99% face a uma gravidez indesejada.












Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Sunday, March 15, 2009

SINAIS DA PELE: O QUE SABER PARA MELHOR PREVENIR



Dr.ª Rubina Alves, Dr. Jorge Marote






Os “sinais” ou nevos são manchas pigmentadas, habitualmente de cor castanha ou negra, que aparecem sobre a pele. Alguns podem estar presentes no nascimento, embora a maioria surja ao longo da vida.









O número de sinais que cada um de nós possui depende de diversos factores, como por exemplo, da hereditariedade (factores familiares), da exposição solar ou de situações que favoreçam o seu aparecimento, como a gravidez. Na sua maioria, os sinais têm uma evolução benigna e mantêm-se inalterados ao longo da vida.






No entanto, há um tipo de cancro da pele muito agressivo, o melanoma, que resulta da transformação maligna dos melanócitos, as células produtoras de melanina. Este tumor pode surgir em qualquer pessoa e em qualquer idade, quer a partir de um sinal que já existia e que se alterou (75% dos casos) quer como um sinal novo (25% dos casos).













Como saber se um sinal é "bom" ou "mau"?







Para começar, é importante que cada um conheça a sua pele, os sinais que já possui, qual o seu aspecto, a sua forma e localização. Identificar se há algum "patinho feio", isto é, algum sinal que seja diferente dos outros e que por isso chame mais à atenção. Por esse motivo, é indispensável o auto-exame dos sinais o qual deve ser efectuado regularmente (três a quatro vezes por ano). Conhecendo o nosso corpo, podemos detectar mais facilmente qualquer lesão suspeita.








Quando fizer a inspecção dos nevos deve ter em atenção a alterações no seu aspecto e forma. São os conhecidos sinais de alerta: ABCD e que significam:








Assimetria - uma parte do sinal é diferente da outra;








Bordo - os bordos são irregulares, por vezes com prolongamentos;








Cor - o sinal ou teve alteração na sua coloração ou apresenta várias tonalidades, como por exemplo, castanho, preto, azul ou branco;








Diâmetro - se o tamanho é superior a 6 mm ou se houve crescimento de algum sinal já existente.












Para a realização do auto-exame, devemos estar num ambiente iluminado, ter um espelho amplo e um espelho pequeno de mão.








De frente para o espelho amplo, examine toda a superfície anterior e lateral do seu corpo. Avalie as mãos e pés (palmas e plantas), não esquecendo as unhas e áreas interdigitais.
Com a ajuda do espelho pequeno, faça a inspecção do couro cabeludo (separando os cabelos) assim como da área genital e anal.








De costas para o espelho amplo e com a ajuda do espelho pequeno de mão, analise a parte posterior do corpo (pescoço, costas, nádegas e pernas).









No caso de haver alteração nalgum dos sinais ou aparecimento de algum sinal novo, deve procurar o seu médico assistente ou dermatologista para que examine e avalie essa alteração. Um sinal que sangrou ou "dá comichão" também deve ser avaliado.












Saber prevenir









É tão importante saber suspeitar da presença de uma lesão maligna como saber preveni-la. Uma vez que grande parte dos casos de cancro de pele relacionam-se com a exposição solar, é extremamente importante fazer uma protecção adequada da nossa pele, ao longo de todo o ano, com particular atenção às crianças e adolescentes. Assim sendo, deve utilizar protecção solar diária (mesmo em dias nublados, uma vez que 90% dos raios UV passam através das nuvens) com aplicações repetidas (de duas em duas horas), especialmente se tiver actividades ao ar livre ou se for à praia ou à neve. Sempre que possível, evite a exposição directa prolongada ao sol. Os homens calvos devem também proteger o couro cabeludo.








É importante ainda lembrar que as radiações ultravioletas nos solários têm efeitos nocivos e são cumulativas com as radiações ultravioletas do sol. Os solários são, por esse motivo, desaconselhados.








Não se esqueça de que a "chave" está na detecção e tratamento precoce de lesões suspeitas. Desta forma, se suspeitar da existência de alguma lesão atípica ou de algum dos sinais de alerta referidos, deve consultar o seu médico, o mais brevemente possível.















Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Friday, March 13, 2009

DOENÇA RENAL CRÓNICA: UM EM CADA 10 PORTUGUESES SOFRE DE DOENÇA RENAL CRÓNICA



Carla Rodrigues


A doença renal crónica é uma patologia progressiva, com elevada taxa de mortalidade, que ameaça tornar-se num grave problema de saúde pública com implicações sérias no Serviço Nacional de Saúde.





Estima-se que em Portugal mais de 800 mil pessoas sofram da doença. Todos os anos são registados 2.200 novos casos de insuficiência renal crónica terminal, existindo actualmente 14 mil doentes dependentes de diálise, dos quais 5.000 são transplantados.



A diabetes e a obesidade são factores que contribuem para que no futuro os números possam ser ainda mais elevados, razão pela qual o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais.




A doença renal crónica não escolhe idades nem sexo, embora a sua incidência seja maior nos adultos e idosos, o que leva a que seja considerada uma patologia geriátrica. A diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial, quando conjugadas com os factores hereditários de doença renal crónica, são indicadores possíveis de se vir a contrair o problema.








Sintomatologia




A ausência de sintomas nos primeiros estádios da doença faz com que grande parte da população desvalorize, ignore ou adie os cuidados a ter com a saúde dos seus rins.





Os principais sinais de alerta para a sua existência são:




→ Ardor ou dificuldade em urinar;
→ Urinar frequentemente, sobretudo durante a noite;
→ Urinar com sangue;
→ Olhos, mãos e/ou pés inchados, especialmente em crianças;
→ Dor abaixo do lumbago (costelas) que não se altera com o movimento;
→ Tensão arterial elevada.








Tratamento




O tipo de tratamento na doença renal crónica depende do estádio em que o doente se encontre. Em termos práticos, existem três vias para o fazer:




1. Hemodiálise
É o tipo de tratamento mais indicado para as crianças, jovens e adultos quando os seus rins deixam de funcionar, evitando que a quantidade de substâncias tóxicas e o excesso de líquidos se acumulem no sangue. O doente é submetido a uma intervenção cirúrgica, na qual é criado um acesso vascular que liga uma linha arterial a outra para o retorno do sangue. Por sua vez, esta linha é ligada à máquina de hemodiálise durante quatro horas consecutivas, três vezes por semana, para filtrar o sangue, substituindo assim a função renal.




2. Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória (D.P.C.A)
Este tratamento substitui a hemodiálise, sendo utilizado em crianças, jovens e adultos. Consiste em criar, através de um cateter peritoneal permanente, uma ascite artificial de dois litros que permanece na cavidade abdominal durante quatro horas, sendo renovada quatro a cinco vezes por dia. As vantagens principal deste tratamento é evitar a deslocação do doente a um centro de hemodiálise (hospitalar ou particular), três vezes por semana, e ter que ficar ligado a uma máquina para purificar o seu sangue.




3. Diálise Peritoneal Ambulatória (D.P.A)
Tal como o anterior, este tipo de tratamento substitui a hemodiálise. Depois de aconselhado pelo médico nefrologista, a D.P.A permite ao insuficiente renal crónico realizar o tratamento em sua casa, durante a noite. Este método consiste na utilização de uma máquina (silenciosa) que procede à troca de líquidos, avisando o doente de eventuais alterações. Este aparelho permite a programação de acordo com as necessidades diárias do insuficiente renal.









Fonte: LPM Comunicação

Thursday, March 12, 2009

SALIVA, A GRANDE AMIGA DA BOCA



Dra. Ana Bastos



Mais do que incómoda, a boca seca é lesiva para a saúde oral. Cáries, alterações do paladar e da voz são algumas das suas consequências. Idosos, pessoas que tomam antidepressivos e fumadores são mais propensos a padecerem deste mal, que pode, no entanto, ser tratado.






Xerostomia. É esta a designação clínica de boca seca. Em situações ocasionais, resulta simplesmente da ansiedade ou nervosismo. Noutros casos, quando a secura é crónica, exige uma consulta médica e um tratamento adequado.









O poder da saliva




A grande e mais básica função da saliva é manter a boca húmida. Para além disso é responsável na ajuda da digestão, lubrificação e regulação do pH, funciona como barreira protectora e tem uma acção antibacteriana e antifúngica.





Ao ajudar a eliminar os restos de alimentos e a placa bacteriana, a saliva previne a cárie dentária devido aos minerais que contém, limita o crescimento de bactérias que danificam o esmalte dos dentes, neutraliza os ácidos prejudiciais ao equilíbrio da boca e potencia-nos o paladar.





Por isso, uma pessoa com xerostomia pode sofrer de alterações de voz e do paladar, disfagia (dificuldade de engolir), candidíase (fungo), dificuldade na retenção de próteses e maior formação de tártaro.










Idosos são grupo de risco





A secura da boca é mais frequente nos idosos, pois as glândulas salivares vão produzindo menos saliva à medida que a idade avança. Ainda assim, não são o único grupo de risco. As pessoas que tomam anti-depressivos (que são cada vez mais no nosso país), antihistaminicos, antidiabéticos orais (biguanidas), medicamentos para a hipertensão ou para a incontinência estão mais predispostas a sofrerem deste mal.










Tabaco, álcool e café





Há, no entanto, factores que podem despoletar a doença facilmente evitáveis, como o consumo de tabaco, bebidas alcoólicas e café em excesso. O ressonar e os respiradores bocais são também grandes responsáveis pela xerostomia.





As glândulas salivares também podem ser afectadas por alguns tratamentos, sobretudo de oncologia. A quimioterapia pode alterar a qualidade e quantidade da saliva produzida e a radioterapia, principalmente se incidir na cabeça e pescoço, pode danificar as próprias glândulas salivares.









Tratamento existe!





A boa notícia é que a boca seca tem tratamento. Se tem estes sintomas, deve consultar o seu médico ou dentista. Informe-o sobre os medicamentos que está a tomar, pois por vezes um ajustamento da dosagem de algum deles pode melhorar a quantidade de saliva.





Se a causa é um deficiente funcionamento das glândulas salivares, pode ser prescrito um fármaco que estimule a produção de saliva. Os estimuladores de produção de saliva, os sialogogos, a saliva artificial incluem-se também no tratamento. Sobretudo, não se esqueça: a saliva é amiga da saúde oral e não deve ser desprezada.



Truques!





Para manter a boca húmida, há também alguns cuidados básicos. Aumente a ingestão de líquidos, principalmente água, evite elixires com álcool, mastigue pastilhas e chupe rebuçados duros. Mas atenção, estes produtos não devem ter açúcar!









TESTE





Sofre de xerostomia? Faça o teste e descubra.





Costuma ter a boca seca:
a) todos os dias
b) de vez em quando
c) raramente





Está na faixa etária:
a) mais de 60 anos
b) entre 40 e 60 anos
c) menos de 40 anos





Costuma fumar:
a) dois maços por dia
b) menos de um maço por dia
c) não fumo





Consome álcool:
a) todos os dias
b) com muita frequência
c) raramente





Costuma beber:
a) mais de três cafés por dia
b) até três cafés por dia
c) esporadicamente






Resultados:





Maioria respostas A: recomenda-se que consulte o seu médico.




Maioria respostas B: deve ter maior atenção ao consumo de álcool, tabaco ou café. Pode não ter ainda um problema, mas esteja atento aos factores de risco.





Maioria respostas C: Não sofre de boca seca, mas atenção que o risco aumenta com a idade








Fonte: Saúde Semanário

Wednesday, March 11, 2009

PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

Saturday, March 7, 2009

GRAVIDEZ E TABAGISMO: A COMBINAÇÃO IMPERFEITA


Cláudia Pinto



Está a pensar engravidar? É fumadora? Se respondeu afirmativamente a ambas as questões, saiba que a decisão de deixar de fumar deve acompanhar o seu planeamento de se vir a tornar mãe. Conheça os riscos que o tabaco pode provocar na gravidez e pense duas vezes antes de optar por continuar a fazer do tabaco, o companheiro permanente do seu tempo de gestação. Tem a certeza que quer arriscar a sua saúde e a do bebé?








Estudos realizados recentemente não deixam margem para dúvidas. As raparigas estão a fumar cada vez mais, ao contrário dos rapazes. Na grande maioria dos países da Europa, as raparigas já fumam mais que os rapazes e começam a fumar, cada vez mais novas.







Esta realidade serviu de ponto de partida para a conversa que tivemos com a Dr.ª Eduarda Pestana, pneumologista do Hospital Pulido Valente (HPV) e responsável pela consulta de tabagismo deste hospital. "As consequências desta realidade serão visíveis daqui a 20 ou 30 anos. A tendência é para que se registe um aumento das doenças relacionadas com o tabaco, o que irá acarretar graves problemas de saúde nas mulheres", diz-nos.





Talvez por isso, este ano, o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado no próximo dia 31 de Maio, tenha como destinatários principais, os jovens. "Juventude livre de tabaco" é a temática principal deste dia e expressa a preocupação da Organização Mundial de Saúde em estabelecer estratégias de acção para enfrentar este problema de saúde pública.





O Jornal do Centro de Saúde pega neste tema e adapta-o à temática deste mês da rubrica saúde da mulher: "grávidas livres de tabaco". Explicamos-lhe porquê ao longo deste artigo.









Tabaco e gravidez: risco eminente





Todos nós sabemos que o tabaco e a gravidez não constituem a combinação perfeita. Os riscos são mais do que conhecidos. "Está provado que o tabaco provoca danos muito significativos, nomeadamente, no que diz respeito à incidência de abortos espontâneos, partos pré-termo e a inúmeras complicações durante o parto, desde hemorragias, descolamento da placenta, ruptura prematura de membranas, entre outros. Por outro lado, os bebés de mães fumadoras nascem com bastante menos peso", alerta Eduarda Pestana.





A pneumologista refere ainda a maior frequência de síndrome de morte súbita infantil que ocorre em recém-nascidos. "Há muitas complicações antes e durante o parto que devem justificar a decisão de deixar de fumar", acrescenta. A vontade de deixar o tabaco deve ser prolongada no tempo. "O problema é que as grávidas que deixam de fumar colocam o problema como temporário", explica Eduarda Pestana.




Se está a pensar engravidar, deve suspender o vício de fumar, prolongando essa decisão a longo prazo. "Todas as substâncias do tabaco passam através do leite materno, o que significa que as mães não devem fumar durante o período em que estão a dar de mamar". Se está grávida e pensa que fumar dois a três cigarros não tem mal nem prejudica tanto a sua saúde e a do seu futuro filho, saiba que "fumar menos cigarros faz tanto mal como fumar muito", explica a pneumologista do HPV.





Na verdade, a nicotina é uma substância que apresenta inúmeros problemas vasculares e ao nível da placenta. "Se a mãe continua a fumar, o bebé também fuma, e o mesmo se passa quando nos referimos à exposição ao fumo passivo". Mesmo na situação em que a mãe não é fumadora activa, há estudos que mostram que os constituintes do tabaco dos fumadores ao seu redor passam pelo cordão umbilical e são prejudiciais ao bebé.





Eduarda Pestana vai ainda mais longe nas recomendações que faz às futuras mães. "O ideal é que a grávida esteja num ambiente completamente seguro e sem fumo. Seria exemplar se o companheiro deixasse também de fumar, porque ambos vão ter um bebé em casa e o seu ambiente deve ser o mais seguro possível. O bebé é completamente indefeso e deve ser protegido".





Tratamentos possíveis





Só 30% das mulheres é que deixa, efectivamente, de fumar no início da gravidez. "A maior parte reduz o número de cigarros e há um grupo que deixa de fumar mais tardiamente", adianta a pneumologista. As percentagens não ficam por aqui pois sabe-se que "cerca de 80% das mulheres recaem depois do parto e 70% nas primeiras seis semanas.





Se estão a amamentar, ainda se aguentam mais algum tempo porque sabem do efeito nocivo que o tabaco tem ao passar através do leite materno para o bebé. No entanto, passado o período de amamentação, acabam por recair". Eduarda Pestana define esta situação como "muito preocupante". Apesar desta evidência, a responsável da consulta de tabagismo do HPV afirma que assiste a poucas grávidas, "o que não deixa de ser curioso porque as futuras mães não têm de ficar na lista de espera e têm acesso a uma consulta imediatamente se o requisitarem".





Os candidatos às consultas de cessação tabágica do HPV devem ser referenciados pelo médico que os acompanhe. "O ideal é que a pessoa esteja motivada para deixar de fumar pois esta consulta é especializada e direccionada para a cessação tabágica", conclui Eduarda Pestana.









Riscos associados ao tabaco na gravidez




- Infertilidade. O tabaco reduz os níveis de estrogénio;




- Menopausa precoce, anomalias menstruais;




- A pílula associa-se a uma maior ocorrência de tromboses. As mulheres que tomam a pílula, não devem fumar. A pílula e o tabaco "conjugam" muito mal;




- Os bebés sofrem as consequências do fumo passivo. Sabe-se também que os jovens que fumam, regra geral, são filhos de pais fumadores. O modelo de base familiar é muito importante;





- Vertente estética: na verdade, as mulheres que fumam têm mais rugas, a pele mais baça, já para não falar dos dentes e dedos amarelos.









Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Wednesday, March 4, 2009

SOJA - UM GRÃO DE UTILIZAÇÃO VARIADA



Dra. Vanessa Candeias


Ainda antes de existirem registos escritos sobre a sua utilização, sabe-se que a soja era um grão fundamental para a alimentação na Ásia (especialmente na China, Japão e Coreia). A produção e consumo de soja não teve grande expressão fora da Ásia até 1900, mas desde então o seu consumo na Europa, América e África aumentou exponencialmente e esta cultura assumiu significativa importância tanto na alimentação humana como na animal. Actualmente, os países com maior produção de soja são os EUA, o Brazil e a Argentina.




Tal como o feijão, a lentilha e a ervilha, a soja faz parte do grupo das leguminosas. Em termos nutricionais, o grão de soja é rico em: proteínas de elevado valor biológico (i.e.: possuem uma elevada proporção de aminoácidos essenciais), hidratos de carbono, fibras, gordura (principalmente ácidos gordos polinsaturados tais como os ómega 3 e 6), minerais (tais como: cálcio, cobre, ferro, fósforo, potássio, magnésio), vitaminas do complexo B e isoflavonas (que fazem parte do grupo dos fitoesterogéneos - compostos química e estrututalmente semelhantes a algumas hormonas femininas).



A evidência científica actual indica que o consumo regular de soja e seus derivados, quando integrado num padrão alimentar saudável e em conjunto com a prática regular de actividade física, pode ter efeitos benéficos para a saúde, nomeadamente na redução do risco de certos tipos de cancro (mama, colo de útero, próstata), alívio da tensão pré-mestrual e dos sintomas indesejáveis da menopausa, prevenção da osteoporose e redução do risco de doenças cardiovasculares.








PRODUTOS QUE DERIVAM DA SOJA




Actualmente existe uma grande variedade de produtos derivados da soja disponíveis para o consumidor, por exemplo: leite de soja, tofu, granulado de soja, farinha, óleo e diversos molhos para tempero à base de soja.




O leite de soja é uma bebida feita a partir do grão de soja e constitui uma boa alternativa ao leite de vaca para vegetarianos, para quem tem alergia à proteína do leite de vaca ou para quem tem intolerância à lactose. Modo geral, o leite de soja é uma boa fonte de proteínas de elevado valor biológico e cálcio, por ser de origem vegetal não contém colesterol, possui baixo teor de gordura saturada e não contém lactose.




O tofu é outro derivado da soja que facilmente se encontra nos supermercados. Tem uma textura firme parecida com a do queijo, apresenta cor branca cremosa e modo geral é vendido com o formato de pequenos cubos. Pode ser comido cru, frito, cozido, em sopas, molhos, estufados/guisados, recheado com diferentes ingredientes, ou fermentado como pickles, etc. Nutricionalmente, é muito rico em proteínas e pode por isso constituir um importante substituto da carne para os vegetarianos.




O granulado de soja pode ser facilmente integrado nas refeições diárias, usufruindo-se assim do seu elevado conteúdo proteico e baixo conteúdo em gorduras saturadas. Pode ser utilizado na confecção de massas, lasanhas, croquetes, hambúrgueres, empadões, sopas, recheios, etc. O granulado deve ser demolhado em água tépida pelo menos 30 minutos antes de ser preparado. Depois de demolhado deve ser escorrido e temperado de acordo com a preparação culinária a que se destina.











Fonte: Jornal do Centro de Saúde
 

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