Friday, May 29, 2009

COMISSÃO EUROPEIA LANÇA NOVA FASE DA CAMPANHA HELP - POR UMA VIDA SEM TABACO



Marta Santos


A Comissária Europeia para a Saúde e Defesa do Consumidor, Androulla Vassiliou, lança no dia 31 de Maio a 2ª fase de uma das maiores iniciativas de sensibilização relativa a questões de saúde pública: a campanha "Help - Por uma vida sem tabaco".






Esta campanha, da responsabilidade da Comissão Europeia, tem como finalidade evitar que os jovens comecem a fumar (prevenção), ajudá-los a deixar o vício (cessação) e chamar a atenção para o problema do tabagismo passivo. Os públicos prioritários são os jovens e jovens adultos (idades entre os 15 e os 34 anos), com particular enfoque para os grupos de risco e para as raparigas.





Depois de uma primeira fase que decorreu entre 2005 e 2008, o projecto anti-tabaco da CE está de regresso para mais dois anos de combate àquela que é a principal causa evitável de morte na União Europeia.





A nova campanha é lançada oficialmente no Dia Mundial Sem Tabaco, que se celebra a 31 de Maio de 2009, e decorrerá até final de 2010, envolvendo acções nos 27 Estados-membros da União Europeia, num investimento que ascende a 34 milhões de euros. Em Portugal, a data será assinalada através de uma acção de medição de CO, a decorrer no Amoreiras Shopping Center, entre as 10h00 e as 22h00.









"Dá-nos o teu conselho"





Além das acções no terreno, onde se destacam as medições de monóxido de carbono efectuadas junto da população, a campanha Help tem como principal ferramenta os novos media, através dos quais é promovida a interactividade com o seu público.





Com o objectivo de potenciar essa interactividade, todo o material da campanha - spots de televisão, anúncios, banners de Internet, novo portal, actividades no terreno - gira em torno de conselhos para quem deseja deixar de fumar, sem esquecer aqueles que estão numa fase de iniciação e os fumadores passivos. Além de propor sugestões e conselhos, a Help recolhe as dicas do público.

Para abranger o maior número possível de jovens, a campanha Help estará presente na televisão, através de uma campanha de spots em 104 canais; na Internet, com presença em sites pan-europeus, MSN, MTV e Yahoo e sites nacionais, e através do portal www.help-eu.com, disponível em 22 línguas - um recurso interactivo que contém sugestões e conselhos. A partir do Verão, os stands Help espalhados pelos cerca de 250 eventos no terreno colocarão ainda à disposição dos visitantes um balcão de apoio cibernético.





A mensagem é transmitida em jeito de convite para incentivar o público a participar activamente, cabendo-lhe propor sugestões e conselhos. As dicas, referidas em todos os materiais promocionais, pretendem ajudar os jovens nas 3 vertentes da campanha: prevenção, cessação e tabagismo passivo.





Os conselhos poderão depois ser consultados no site da campanha, onde também serão recolhidos testemunhos, em formato de texto ou vídeo.





No dia 31 de Maio é também lançada a nova campanha de spots de televisão, os quais apresentam dicas humorísticas e descabidas relativas a situações da vida quotidiana dos jovens, convidando-os a visitar o site para ouvir e dar outros conselhos.









Maior envolvimento dos jovens






A nova fase da campanha procura envolver ainda mais os jovens neste projecto, levando-os a participar mais activamente em todo o processo. Várias organizações europeias da juventude, nomeadamente a EMSA (European Medical Students Association), a ENSA (Associação Europeia dos Estudantes de Enfermagem), IFMSA (Federação Internacional da Associação de Estudantes de Medicina), EPSA (Federação Europeia de Estudantes de Psicologia), para além do Fórum Europeu da Juventude, assumiram já o compromisso de participar activamente na campanha.





Representantes dessas organizações têm desde já assento no Conselho Consultivo da Campanha Help, de que fazem parte responsáveis das principais entidades de controlo do tabaco e tabagismo a nível europeu, com o objectivo de supervisionar os desenvolvimentos da campanha e garantir a sua coerência estratégica.





A participação dos jovens tem, aliás, sido fundamental nas acções de medição de CO realizadas em Portugal. Nas sete acções organizadas este ano, com destaque para escolas e eventos desportivos, foram testadas mais de 1.800 pessoas, o que, juntando às 45 acções realizadas entre 2006 e 2008, totaliza mais de 11 mil indivíduos.









Fonte: Imago – Imagem e Comunicação


CRIANÇAS PORTUGUESAS NÃO TÊM FALTA DE IODO



Henrique Santos



Depois de números muito alarmantes referente às grávidas portuguesas, os primeiros dados da segunda fase do Estudo do Aporte de Iodo em Portugal dão conta de que as crianças entre os 7 e os 12 anos podem não estar a sofrer de carência deste nutriente.






Os resultados preliminares do 1º Estudo Epidemiológico sobre Aporte de Iodo em Portugal mostram que as crianças entre os 7 e os 12 anos não apresentam carência de iodo, revelou Edward Limbert, coordenador da investigação e membro do Grupo de Estudo da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo.





Os primeiros resultados sobre a região de Lisboa dão conta que a mediana registada de aporte do nutriente, 126 microgramas por litro (μg/L) de urina, está acima dos mínimos recomendados pela Organização Mundial de Saúde: 100 μg/L de urina.





A avaliação do aporte de iodo nas crianças do 1º e 2º ciclo de escolaridade representa a segunda fase deste estudo epidemiológico, cuja primeira etapa, divulgada em 2007, demonstrou que as grávidas portuguesas apresentavam valores muito deficitários.





Na altura, o Grupo de Estudo da Tiróide determinou que 80% das mais de 3000 grávidas, estudadas em 17 maternidades portuguesas, tinham valores de iodo abaixo do desejável e que apenas cerca de 20% por cento não registavam carência de iodo.





Micronutriente essencial ao organismo, o iodo é um elemento chave para que a tiróide produza as suas hormonas, responsáveis pelo funcionamento normal de funções vitais como a frequência cardíaca, a regulação da temperatura, o funcionamento intestinal, a força muscular ou a memória. As hormonas tiroideias são também essenciais para o normal desenvolvimento do sistema nervoso das crianças durante a gestação e nos primeiros anos de vida. O iodo está naturalmente presente no peixe, em frutos e vegetais e também na água, mas em pouca quantidade.





Nas grávidas, a necessidade de iodo é 50% maior e os níveis reduzidos de ingestão do nutriente podem, se acentuados, dar origem ao hipotiroidismo e a um aumento da hormona hipofisária, podendo provocar o desenvolvimento de bócio na mãe e no feto. A carência de iodo é a causa do bócio endémico que constitui ainda grave problema de saúde pública em várias regiões do mundo.





Segundo o Grupo de Estudo da Tiróide, "no nosso país, o bócio endémico deixou de constituir problema. No entanto, trabalhos recentes vieram indicar que a deficiências de iodo, ainda que moderadas e em fases críticas da gravidez, podem ser causa de alterações no desenvolvimento do sistema nervoso das crianças, dando origem a alterações cognitivas com repercussões na aprendizagem escolar". De acordo com Edward Limbert, uma das soluções é "iniciar a suplementação de iodo logo desde o planeamento da gravidez" ou, pelo menos, no início da gestação.





Os resultados finais da segunda fase do 1º Estudo Epidemiológico sobre Aporte de Iodo em Portugal vão ser divulgados até ao final deste ano.









Fonte: Ymed

Monday, May 25, 2009

AUTO-EXAME DA MAMA



Mamografia e Despiste do Cancro da Mama. Um dos grandes acontecimentos do século XX no mundo ocidental, foi a tomada de consciência por parte das mulheres da necessidade de uma maior intervenção social, politica e económica.




Curiosamente, estas mulheres têm por vezes uma atitude expectante quando se trata da sua saúde, negligenciando sintomas que as deviam alertar.



A mulher deve encarar a sua saúde de uma forma mais participativa, de maneira que de um modo simples e com alguns exames não invasivos, possa beneficiar de toda uma panóplia de meios que só a beneficiarão.



O segredo para a classe médica, será de envolver todas as mulheres nesta cruzada contra o cancro e sobretudo para a necessidade de uma detecção precoce.







» A prevenção em Senologia



A verdadeira prevenção não existe, porque as causas de cancro na mama são múltiplas e ainda não totalmente identificadas. No entanto, a mamografia é o método mais fiável de despistagem precoce do cancro da mama.



O cancro da mama é a primeira causa de mortalidade na mulher.



Cerca de 30.000 novos casos são detectados por ano. Estudos efectuados nos Estados Unidos, Suécia e Holanda demonstraram que a detecção precoce, fez baixar a taxa de mortalidade entre 30 e 40%.




Quanto mais precoce for a despistagem, maior e melhor será a expectativa de vida.



É importante conhecer os sinais que podem revelar um cancro da mama:
- Um nódulo pequeno ou espessamento da pele;
- Uma modificação da forma da mama ou um mal-estar persistente;
- Escorrência mamária fora de um contexto de gravidez.
Em caso de aparecimento destes sinais deverá consultar imediatamente o seu médico.



Para as mulheres que não têm nenhum sintoma as recomendações médicas são as seguintes:



- Mulheres com mais de 20 anos, deverão proceder mensalmente e após o período menstrual a um cuidadoso auto-exame.



- Mulheres com mais de 50 anos deverão efectuar uma mamografia de dois em dois anos.



As mulheres com antecedentes familiares ou pessoais de cancro da mama, devem consultar o seu médico que julgará da oportunidade, de efectuar mamografias com um tempo de repetição menor.



SIGA AS RECOMENDAÇÕES DO SEU MÉDICO. A MAMOGRAFIA NÃO É UM LUXO, PODE SALVAR-LHE A VIDA. O CANCRO DA MAMA DESENVOLVE-SE LENTAMENTE, GERALMENTE, NECESSITA DE 6 A 8 ANOS PARA ATINGIR UM TAMANHO DE 1cm. POR ISSO QUANTO MAIS PEQUENO E MAIS LOCALIZADO MELHOR SERÃO AS POSSIBILIDADES DE CURA.


O que é o Auto-Exame?



É o exame efectuado pela própria mulher, que conhecendo bem todas as particularidades das suas mamas, lhe permite uma melhor apreciação das alterações que decorrerão no decurso da sua vida.







» Quando fazer?



Faça o auto-exame uma vez por mês.
A melhor ocasião é na primeira semana após o ciclo menstrual, altura em que há menor tensão mamária. Para as mulheres já na menopausa ou que tenham sido submetidas a uma operação ao útero ou ovários, o auto-exame deve ser feito no mesmo dia de cada mês, como por exemplo todo dia 15.







» O que procurar?



Diante do espelho:



» Deformações ou alterações do formato das mamas

» Abaulamentos ou refracções

» Fenda à volta do mamilo





No banho ou deitada:



» Caroços nas mamas ou axilas

» Secreções pelos mamilos








» Como examinar as suas mamas?



Diante do espelho:

Eleve e abaixe os braços.

Observe se há alguma anormalidade na pele, alterações no formato, abaulamentos ou refracções.



Durante o banho:

Com a pele molhada ou ensaboada, eleve o braço direito e deslize os dedos da mão esquerda suavemente sobre a mama direita estendendo até a axila.
Faça o mesmo na mama esquerda.



Deitada:
Coloque um travesseiro debaixo do lado esquerdo do corpo e a mão esquerda sob a cabeça. Com os dedos da mão direita, apalpe a parte interna da mama. Inverta a posição para o lado direito e apalpe da mesma forma a mama direita.
Com o braço esquerdo posicionado ao lado do corpo, apalpe a parte externa da mama esquerda com os dedos da mão direita.



Atenção:
Caso encontre alguma das anormalidades citadas, lembre-se que é importante procurar o seu médico, quanto mais cedo melhor!
Além disso nas consultas de rotina, peça ao seu médico assistente para que examine também as suas mamas.




Fonte: GAER - Instituto Médico de Radiologia Clínica

CONFESSO QUE VIVI

ALEITAMENTO



Anabela Ruivo



Em Portugal, tal como noutros países da Europa, na década de 40-50 a prevalência do aleitamento materno diminuiu, tendo como consequências o aumento da morbilidade e mortalidade infantil.







A industrialização, a II Grande Guerra Mundial, a massificação do trabalho feminino, os movimentos feministas, a perda da família alargada, a publicidade agressiva das indústrias produtoras de substitutos do leite materno, associados à indiferença dos profissionais de saúde. foram os responsáveis pelo declínio da amamentação.





Felizmente que a partir dos anos setenta o panorama se alterou e se começou a assistir a um retorno à prática de amamentação.






São inúmeras as vantagens quer a curto quer a longo prazo tanto para o recém-nascido como para a mãe, sendo consensual que a prática exclusiva de aleitamento materno até aos 4/6 meses é o método mais correcto de alimentar o bebé.





As vantagens são de índole nutricional, biológica, psicológica económica e social .O leite humano é um alimento vivo, completo, perfeitamente adaptado tanto às necessidades nutricionais como às particularidades digestivas do lactente. Veicula factores anti-infecciosos "inespecíficos" (macrófagos, lizozima, lactoferrina) e específicos (anticorpos) que protegem o bebé das infecções. È um alimento económico e prático, pois que está sempre pronto e à temperatura desejada.





A amamentação atenua as diferenças sociais das taxas de morbilidade e de mortalidade, constituindo um seguro de saúde e de vida para os filhos dos pobres. Associado a todas estas vantagens, não nos podemos esquecer que a frequência e a intimidade dos contactos físicos mãe-filho que a amamentação proporciona são de extrema importância no desenvolvimento emocional saudável da criança.









Vantagens para a mãe:





» Favorece a vinculação mãe-filho





» Facilita uma "involução" uterina mais precoce





» Facilita a recuperação do peso





» Reduz a incidência de cancro da mama





» Protege a mulher contra a osteoporose





» Sobretudo permite à mãe sentir o prazer único de amamentar.









Vantagens para o filho





» Reduz a ocorrência de infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias





» Reduz a incidência de doenças alérgicas.




Toda a mãe que amamenta deve fazê-lo num ambiente calmo e caloroso, ter uma dieta saudável e variada, excluindo os alimentos que possam excitar o bebé.





O horário das mamadas deve ser em regime livre, isto é, o bebé deve ser colocado ao peito quando tem fome. Quando o bebé começa a mamar na mama da mãe o primeiro leite que obtém é mais rico em água e lactose e à medida que a mamada prossegue o leite vai tendo cada vez mais gordura.





Assim durante a mamada o bebé deve esvaziar primeiro uma mama e só deverá ser-lhe oferecida a outra mama se ainda se mantiver com fome.





A partir do 6º mês de gravidez, nas consultas pré-natais a grávida deve ser elucidada sobre as vantagens do aleitamento materno e sobre os cuidados a ter para o sucesso da amamentação





De tudo o que foi dito se depreende a importância do processo informativo-educativo com vista à sensibilização e motivação para o aleitamento materno que deverá ser levado a cabo pelos profissionais de saúde.






Fonte: Club Clínica das Conchas

10 REGRAS FUNDAMENTAIS PARA UMA CORRIDA SAUDÁVEL


Miguel de Lucena



Com a aproximação da estação do Verão, o exercício ao ar livre torna-se uma das opções mais procuradas pelos amantes do Desporto e do contacto com a mãe Natureza.






O exercício ao ar livre e, em concreto, a corrida ou o denominado "jogging" carece de algumas regras fundamentais ao seu bem-estar e úteis no seu correcto desempenho. Seja a nível amador ou profissional, deve sempre ter em atenção os seguintes pontos:





1º) Se está com excesso de peso e quer correr para o perder, cuidado!!! O excesso de peso traduz-se na maioria das vezes numa sobrecarga das articulações (nomeadamente joelho e tornozelos). A corrida tem bastante impacto e isso sobrecarrega ainda mais as articulações que já se encontram fragilizadas. Opte por começar só com marcha.





2º) Calçado - Deve ter um bom sistema de amortecimento de impacto, ser leve e arejado. No mercado existem várias opções para todo o tipo de bolsa e em qualquer loja de desporto só tem de olhar para a zona Running. Não se esqueça - quem vai para o mar avia-se em terra!





3º) Vestuário - Se fosse um vegetal o corredor era uma cebola - utilize roupa prática de modo a que a consiga ir tirando facilmente (tipo casca de cebola) à medida que a sua temperatura corporal aumenta. Opte por roupa justa uma vez que lhe permite movimentar sem atrapalhações.





4º) Opte por zonas planas de início e deixe as subidas para quando tiver mais endurance. As descidas podem ser traiçoeiras uma vez que o esforço de tentar "travar" a velocidade pode implicar a sobrecarga da articulação do joelho.





5º) Trabalhe o sistema muscular de modo a melhorar a performance. Os exercícios devem-se focar nos glúteos e músculos posteriores da coxa - necessitam de ser fortes para uma melhor performance na corrida.





6º) Um dos aspectos essenciais é o reforço do Core para a corrida - providencia uma base para as pernas e ajuda a reduzir o impacto. A força a nível de Core diminui o impacto na coluna vertebral devido ao desenvolvimento dos músculos estabilizadores da coluna.





7º) Não esqueça o equilíbrio e a coordenação. O treino do equilíbrio é útil na ajuda de cada passo que se dá quando se anda, se pratica jogging ou se corre (Quando se corre encontramo-nos numa só perna. Treinos com exercícios numa só perna aumentam a eficácia do equilíbrio).





8º) Hidrate-se!!! Muito!!! 60 a 70% do nosso peso corporal é água. Basta perder 20% da água corporal para pormos em causa a manutenção das nossas funções vitais. Não espere para ter sede: beba-a antes, durante e depois da corrida. O ter sede é um sinal do corpo de que está em carência. O não beber água para ajudar a perder peso é um mito antigo e perigoso que só conduz a estados de desidratação.




9º) Seleccione a hora a que vai correr. Horas de muito calor são mais propensas a desidratação precoce. O ideal é pela fresca da manhã ou então ao final da tarde. Aproveite para ver o nascer ou pôr do sol e já agora- escolha locais arejados! O correr em zonas verdes é de longe mais benéfico do que ao longo da estrada - se está a inspirar mais ar a cada minuto, porquê fazê-lo perto dos escapes dos carros?





10º) Treine com dias de intervalos - dia sim, dia não. Roma e Pavia não se fizeram num só dia. O descanso é tão importante como o treino. Dê tempo ao corpo para descansar e repor todas as energias necessárias para um novo treino. O sistema cardiovascular demora o seu tempo a adaptar-se e correr todos os dias (numa fase inicial) pode levar a situações de Overtraining.





Dê ouvidos ao seu corpo! Se os joelhos, os tornozelos ou as costas lhe começam a doer durante a corrida, se começa com dificuldades em respirar ou dizer o seu nome em voz alta ou se não consegue coordenar os seus movimentos, isso é o seu corpo a avisá-lo que se calhar é melhor encerrar a loja nesse dia e deixar o treino por aí. Depois de amanhã há mais.









Fit YourMind, Personal Wellness Solutions
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Fonte: Fit YourMind, Personal Wellness Solutions

Thursday, May 21, 2009

A ANSIEDADE NA GESTAÇÃO


Dra. Raquel Machado



Falar de gestação é referir uma das fases mais importantes da sexualidade da mulher, constituindo um período, desde a concepção até ao parto, de profunda transformação, ao longo do qual ocorrem inúmeros ajustamentos e mecanismos adaptativos do ponto de vista físico e psicológico.






Este acontecimento, inclui variações individuais de acordo com a personalidade de cada mulher, bem como o grau de ajustamento e aceitação à gravidez. Assim, são vividas inúmeras emoções, fantasias, angústias e ansiedade, sendo que inúmeros autores consideram que muita da ansiedade e distorções das fantasias maternas, constituem mecanismos saudáveis, em especial nos primeiros três meses, que representam, na realidade, um período de adaptação da mulher face ao seu novo papel.





O nascimento de um bébé exige da mãe uma energia física e psíquica considerável e para este investimento é fundamental que a mãe se sinta confiante e segura das suas competências enquanto mulher e mãe.





Contudo, muitas mulheres grávidas podem ficar muito ansiosas na gravidez, sendo a ansiedade o resultado de um medo ou temor de que a gravidez não corra bem, que a saúde do bébé esteja comprometida ou que o seu corpo fique disforme. As preocupações com a maternidade (educação, relação com o bébé) aparecem também como uma influência importante no estado de ansiedade durante a gestação.





A ansiedade e as preocupações com a maternidade durante a gestação têm implicações ao nível da saúde da mãe e do bébé. Durante toda a gravidez, o bébé vive as emoções da mãe, sendo estas positivas ou negativas, manifestando alguma agitação.





Elevados valores de ansiedade têm sido particularmente responsabilizados por complicações durante o parto e por perturbações do comportamento da criança, tornando-se com dificuldades em adormecer ou com uma certa irritabilidade.





Apesar da ansiedade na gestação constituir uma forma adaptativa no período inicial de adaptação à gravidez, torna-se prejudicial quando persistente ao longo de toda a gravidez. Daí que seja aconselhável que a gravidez seja o mais calma possível para o bem da sua saúde e da saúde do seu bébé.









Fonte: Projecto Artémis

CUIDE DO SEU CORAÇÃO!



Susana Jacinto




A Roche Diagnostics associa-se à Fundação Portuguesa de Cardiologia na iniciativa "Desafio do Coração", uma acção que se desenrola de 21 a 23 de Maio, das 10h00 às 18h00, no Estádio Universitário.






Inserido nas actividades de "Maio, mês do Coração", o "Desafio do Coração" tem como principal objectivo sensibilizar a população para a importância da adopção de estilos de vida saudáveis, em relação à alimentação e à prática de actividade física.





A Roche Diagnostics participa nesta iniciativa, avaliando os níveis de colesterol total de todos os participantes do Desafio. Desta forma, pretende-se alertar para a necessidade de vigiar e controlar os níveis de colesterol, um dos principais factores de risco cardiovascular.






O nível de colesterol elevado, aliado à hipertensão e excesso de peso, é a principal causa para o desenvolvimento de doença cardiovascular em Portugal. O nosso país tem a maior incidência de Acidentes Vasculares Cerebrais, sendo as doenças cardiovasculares responsáveis por cerca de 40% dos óbitos. No ano de 2005, em cada 14 minutos, morreu um indivíduo por doença cardiovascular (sobretudo AVC e enfarte do miocárdio).





Os doentes cardiovasculares geralmente apresentam elevados valores de colesterol total no sangue. À medida que o colesterol aumenta, aumenta também o risco de doença coronária. Quando comparados com indivíduos com níveis moderados de colesterol no sangue (<> 240 mg/dl) apresentam o dobro do risco de vir a sofrer um ataque cardíaco ou um AVC.





Do mesmo modo, pelo menos 80% dos eventos cardiovasculares pode ser atribuído aos 3 factores de risco mais importantes: colesterol total, tabagismo e tensão arterial. De acordo com os resultados, o controlo regular dos níveis de colesterol tem um efeito positivo sobre o comportamento do utente. Neste sentido, o primeiro passo no tratamento da hipercolesterolemia constitui a avaliação do estado do risco das pessoas e inclui a medição do colesterol total.









Fonte: Porter Novelli

Wednesday, May 20, 2009

CUIDADOS CONTINUADOS

O QUE FAZER PERANTE A GOTA ÚRICA



Prof. Jaime C. Branco



Existem várias doenças, tratamentos e condições clínicas que se associam ao aumento do ácido úrico (AU) no sangue. A obesidade e o abuso de álcool são as situações clínicas que mais frequentemente encontramos associadas à hiperuricémia. Na mesma linha das perturbações do metabolismo, estes doentes apresentam muitas vezes diabetes, hipertensão arterial, hiperlipidémia e aterosclerose.






O aumento do AU também pode ser secundário a doenças dos rins (p.ex. insuficiência renal), das glândulas (p.ex. hipotiroidismo), da pele (p.ex. psoríase) e do sangue (p.ex. leucemias e linfomas) bem como ao uso de certos fármacos (p.ex. aspirina em doses baixas, diuréticos, tuberculostáticos) e ao consumo excessivo de álcool.





A avaliação de um doente gotoso deve basear-se não só nos sempre fundamentais, colheita de uma história clínica completa e realização de exame físico adequado, mas também num conjunto de análises laboratoriais, hematológicas e bioquímicas, e no estudo radiológico das articulações afectadas.





Como já foi dito, nas mulheres a gota úrica (GU) é mais rara e desenvolve-se mais tardiamente sobretudo nos casos em que já existe osteoartrose, hipertensão e insuficiência renal ligeira ou naqueles em que há utilização de diuréticos.





A hiperuricémia, além dos sintomas articulares, pode originar doença nos rins. Entre outras, a mais conhecida manifestação renal associada à hiperuricemia é a litíase (‘pedra' no rim). O aparecimento de litíase renal relaciona-se com as concentrações de AU no sangue e na urina e com o grau de acidez da urina.





A hiperuricémia sem qualquer sintoma associado só deve ser tratada se houver risco de uma super-produção de AU (p.ex. quimioterapia de tumores) ou quando os níveis sanguíneos e/ou urinários de AU estão particularmente aumentados.





Nas crises agudas de gota, os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) e a colchicina são fármacos eficazes. Em doentes que tenham contra-indicações ou efeitos acessórios importantes com estes fármacos podem usar-se corticóides (i.e. derivados da ‘cortisona'). Estes também podem ser usados quando os AINE e a colchicina não forem eficazes. Contudo, este tratamento é apenas sintomático e se queremos que o doente permaneça sem crises agudas devemos administrar-lhe alopurinol.





Este medicamento não deve ser iniciado enquanto o doente tiver sinais da crise aguda. Isto é, só
deve ser iniciado quando o doente estiver assintomático mas também não deve ser parado se o doente tiver um ataque agudo e estiver com esta medicação. O alopurinol evita a formação de ácido úrico em demasia. Existem também fármacos capazes de estimular o rim a excretar mais ácido úrico na urina, mas não estão disponíveis no nosso país.









Dieta aconselhada





Uma palavra final sobre a dieta aconselhada para a GU. Esta doença associa-se classicamente com a ‘abundância'. De facto, boa parte dos doentes gotosos são ‘bons garfos' e a maioria das crises agudas começa de noite após um dia de exageros alimentares. Estão identificados alguns alimentos que, pela sua riqueza em purinas, são responsáveis pelo aumento da uricémia.



As carnes jovens, as vísceras dos animais, a caça, o marisco, os peixes sem escama e o chocolate são alguns dos exemplos. No que se refere às bebidas alcoólicas, as mais nocivas nesta situação são o vinho verde, a cerveja, os vinhos generosos, o vinho branco e os destilados. Deve referir-se que raramente se conseguem normalizar os valores sanguíneos do ácido úrico apenas com a dieta adequada, mas esta deve fazer parte do tratamento correcto da gota úrica.





Considerando a frequente associação da obesidade e da hipertensão, estas restrições alimentares associadas à prática regular de exercício moderado podem ser altamente benéficas.









Prof. Jaime C. Branco





Presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas









Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Tuesday, May 19, 2009

BEBÉS PREMATUROS: ALIMENTAÇÃO ADEQUADA PARA OS BEBÉS COM PRESSA DE NASCER


Cláudia Pinto



Nascer antes da data programada é motivo de grande euforia, mas, não raro, de alguma inquietação por parte dos pais. Muitos não sabem como agir nem que tipo de alimentação dar ao seu bebé. O Jornal do Centro de Saúde foi saber quais as necessidades nutricionais e o tipo de alimentação mais adequada para os bebés que nascem antes do tempo.







Chama-se bebé prematuro a todo aquele que nasce antes das 37 semanas, não cumprindo por isso o tempo previsto na barriga da mãe. Surgem assim diferentes graus de prematuridade. Os bebés que nascem antes das 32 semanas têm um peso normalmente inferior aos que nasceram com 37 semanas.





Um bebé prematuro demora mais tempo a desenvolver-se a nível dos intestinos e do sistema nervoso. "Quanto menor for o número de semanas, maior o número de complicações que podem surgir, sobretudo relacionados com a nutrição", afirma a Dr.ª Teresa Tomé, Presidente da secção de neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP).





Para um bebé prematuro, é muito complicado mamar ou ingerir o leite. "Estes bebés ainda não têm capacidade de chupar e de deglutir. A coordenação de sucção e deglutição é mais tardia", afirma a pediatra. Apesar dos bebés prematuros nascerem fora do tempo estipulado, podem ser crianças perfeitamente saudáveis, não devendo os pais entrar em pânico com esta situação mas sentirem-se parte do processo de recuperação e crescimento dos mesmos.










Tipos de alimentação mais frequentes





Os recém-nascidos prematuros necessitam de mais nutrientes do que os de termo. "Estes bebés têm de manter o ritmo de crescimento que tinham na vida intra-uterina", explica Teresa Tomé. Inicialmente, numa primeira fase de internamento do bebé, "a nutrição faz-se por via intra-venosa".





A isto chama-se alimentação parentérica, direccionada para a circulação. Em simultâneo, pode optar-se pela alimentação entérica, onde se acrescenta um pequeno volume de leite, de forma a estimular o intestino do bebé. "Na alimentação entérica, é idealmente preferido o leite materno". Como os bebés não podem ir ao seio mamar, "a mãe extrai o leite, coloca no biberão e dá-se ao bebé através de uma sonda".









O leite materno é um verdadeiro seguro de saúde





"Tanto para os bebés prematuros como para os bebés de termo, o leite materno é o ideal", afirma a pediatra. São conhecidos vários suportes ao aleitamento materno, quer nos centros de saúde, quer em ambiente hospitalar.





"O leite materno ultrapassa as vantagens nutricionais, dado que é extremamente importante do ponto de vista psicológico. Há evidência científica que indica que o leite materno diminui mais tarde a ocorrência da obesidade e das doenças comuns, como por exemplo, a diabetes e a hipertensão", explica Presidente da secção de neonatologia da SPP. Não é pois de estranhar que haja quem afirme que o leite materno é um verdadeiro seguro de saúde.





A alimentação através do leite materno permite ainda estimular o contacto físico entre as mães e os seus filhos. "Uma vez que o bebé está internado, o leite materno vai fazer com que as mães se sintam uma parte útil do crescimento do bebé enquanto está internado", explica Teresa Tomé. A mãe transmite, assim, factores biológicos que constituem enormes defesas para o bebé.





A partir das duas semanas, "o bebé começa a tomar um suplemento de ferro e um suplemento vitamínico. Por vezes, é também necessário suplementar o leite materno com um reforço nutricional. Normalmente, há uns produtos intitulados fortificantes do leite materno que vão reforçar a composição desse leite, no que respeita à aquisição de vitaminas e proteínas, de forma a garantir um melhor crescimento", fundamenta Teresa Tomé.





Ainda não são conhecidas as necessidades ideais para o bebé crescer. Por outro lado, sabe-se que "o bebé tem de crescer bem, através de boas escolhas nutricionais". Actualmente, a Organização Mundial de Saúde preconiza o aleitamento materno em exclusivo, até aos seis meses, se possível. "Defende ainda a manutenção do aleitamento materno, não exclusivamente, até aos dois anos", conclui a pediatra.









Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Tuesday, May 12, 2009

TUMOR DA BEXIGA: DIAGNÓSTICO PRECOCE É A CHAVE DO SUCESSO



Sofia Broco, Serviço de Oncologia Médica



O cancro da bexiga é a quinta neoplasia mais comum em todo o mundo, sendo mais frequente nos países desenvolvidos. Afecta predominantemente o sexo masculino e o pico de incidência é entre a sexta e sétima décadas de vida.






Os factores de risco para o seu aparecimento são principalmente tóxicos, destacando-se o tabaco. Indivíduos fumadores apresentam um risco três vezes superior e, mesmo os ex-fumadores mantêm um risco duplamente maior. Outros relacionam-se com a exposição profissional a carcinogénios industriais como anilinas e aminas aromáticas (indústrias produtoras de borracha e plástico e coloração têxtil) ou com alguns fármacos - a ciclofosfamida, usado como imunosupressor ou no tratamento do cancro e a fenacetina, utilizada em alguns analgésicos, embora já raramente.





Outros factores de risco associados, para além de algumas alterações genéticas, são a algaliação crónica, infecções urinárias de repetição e antecedentes de radioterapia pélvica por outra neoplasia. Em alguns países tropicais, a infecção por um parasita - schistosoma haematobium - confere também um maior risco.





Clinicamente, a presença de sangue na urina (hematúria), geralmente intermitente, é o sintoma mais frequente, estando descrito em 85% dos casos. Os sintomas irritativos, como a frequência e urgência urinárias e o ardor miccional são menos frequentes. Muitas vezes, estes sintomas podem simular uma infecção urinária banal.










Clinicamente, a presença de sangue na urina (hematúria), geralmente intermitente, é o sintoma mais frequente, estando descrito em 85% dos casos. Os sintomas irritativos, como a frequência e urgência urinárias e o ardor miccional são menos frequentes. Muitas vezes, estes sintomas podem simular uma infecção urinária banal.









Exames de diagnóstico





A ecografia, por não ser um exame invasivo, tem vindo a ser progressivamente utilizado como exame inicial, dado que permite a visualização e caracterização de lesões vesicais com mais de 0.5 cm, com algumas limitações.





O exame citológico da urina pode detectar células neoplásicas. No entanto, apresenta baixa sensibilidade (cerca de 35%), sobretudo nos tumores de baixo grau, o que significa que a sua negatividade não exclui a doença.





O exame padrão para o diagnóstico do carcinoma da bexiga é a cistoscopia, já que permite a observação directa da mucosa vesical e a biópsia de lesões suspeitas.





O diagnóstico definitivo é feito a partir da ressecção cirúrgica transuretral (através da uretra) do tumor, sob anestesia geral.





No momento do diagnóstico, 75-80% dos tumores são superficiais (confinados à mucosa) e, portanto, curáveis. Este tipo de tumores apresenta, no entanto, uma elevada taxa de recidiva pelo que, em algumas situações, se complementa a ressecção transuretral com a instilação intravesical de drogas. Esta decisão é baseada no risco de recorrência estabelecido para cada tumor.





Os casos que não são detectados e/ou tratados precocemente, têm tendência a tornar-se invasivos e a disseminar localmente e à distância, assumindo um prognóstico sombrio.





Perante um tumor invasivo, é essencial a realização de exames, como a TAC abdominopélvica, a radiografia do tórax e, eventualmente a cintigrafia óssea para correcto estadiamento e exclusão de metastização à distância.





Nestes tumores, o tratamento passa, na maioria das vezes, por uma cirurgia radical com remoção de toda a bexiga e gânglios linfáticos regionais e/ou quimiorradioterapia.





A chave para o combate ao cancro da bexiga passa pela prevenção e pelo diagnóstico precoce. Evitar a exposição a factores de risco é uma das formas. Tratar adequadamente infecções urinárias e investigar precocemente a sua persistência, é outra.





A presença de hematúria num indivíduo com mais de 50 anos de idade ou a persistência de queixas irritativas, após o tratamento adequado de uma infecção, devem conduzir a uma investigação de uma possível neoplasia.








Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Friday, May 8, 2009

ENCONTRO NACIONAL ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

No próximo dia 24 a 30 de Maio realizar-se-á em Pedrogão (Leiria) o encontro nacional de estudantes de estudantes. Para mais informações consulte o site oficial: http://www.enee2009.com




DOENÇA INFLAMATÓRIA DO INTESTINO AFECTA SOBRETUDO PESSOAS EM IDADE ACTIVA



Carla Rodrigues


Para assinalar o Dia Europeu da Doença Inflamatória do Intestino, patologia que afecta mais de 13.500 portugueses, a Associação Portuguesa de Doença Inflamatória do Intestino (APDI) realiza uma acção de sensibilização, com distribuição de folhetos informativos sobre a Doença de Crohn e Colite Ulcerosa, uma aula de yoga e um piquenique, no dia 9 de Maio, no Parque da Cidade do Porto.





Pensadas para criar um ambiente de relaxamento e convívio entre os participantes, as actividades são abertas à população em geral e decorrem ao longo do dia, entre as 10.30m e as 17 horas, naquele espaço, ao ar livre, da cidade do Porto.




A Doença Inflamatória do Intestino (DII) engloba duas patologias: Doença de Crohn e Colite Ulcerosa. Manifesta-se, sobretudo, em jovens adultos com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos, e exerce um impacto muito forte na qualidade de vida dos doentes.




Um inquérito realizado pela APDI e pelo GEDII (Grupo de Estudos de Doença Inflamatória do Intestino), em 2007, revela que um terço dos doentes de Crohn e com Colite Ulcerosa sentem dificuldades no dia-a-dia, bem como dores, ansiedade e depressão, realidades que interferem na sua vida pessoal e profissional. A análise revela, ainda, que 10 por cento dos doentes chegaram a perder o emprego devido à doença, uma vez que os sintomas obrigam a ausências prolongadas, consultas médicas e internamentos frequentes. Numa altura em que se o mercado de trabalho vive momentos de crise, estas ausências prolongadas fazem com que muitas entidades patronais contabilizem estas faltas, ainda que justificadas, como factor de ponderação em situações de despedimento.




O tratamento destas patologias passa por terapêuticas escalonáveis que começam com o grupo dos anti-inflamatórios de acção tópica no tubo digestivo, passando depois pelos corticosteróides, pelos imunomodeladores e pela terapêutica biológica (anticorpos anti-TNF), o único tratamento que têm demonstrado uma diminuição do número de cirurgias e internamentos associados à DII. No entanto, a intervenção cirúrgica ainda é a única solução quando há perfurações, abcessos ou estenoses.




A DII não é curável, logo o tratamento deve ser efectuado durante toda a vida. Mas, apesar de ser uma doença crónica, não é classificada como tal no nosso país. Esta é "luta" diária da APDI, conforme refere Ana Sampaio, presidente da APDI "aguardamos pelo reconhecimento oficial da Doença Inflamatória do Intestino como doença crónica, doença já assim classificada pelos médicos".




Para muitos doentes, a APDI é a única alternativa para conhecer melhor este problema de saúde, sobre o qual a maior parte da população sabe muito pouco. Ana Sampaio afirma que "o primeiro sentimento em relação à doença é o desconhecimento do que é a doença e do que será viver para sempre com ela. Na APDI temos experiência de convivência com a doença. As dores de barriga, a diarreia, o cansaço, a dúvida do futuro, todos nós já passámos por isso. Também temos muita informação escrita e no site www.apdi.org.pt para respondermos as questões destes doentes e dos seus familiares".










Sobre a DII e sua incidência




A DII engloba duas patologias: a Doença de Crohn, que se caracteriza-se por uma inflamação crónica que pode afectar qualquer segmento do tubo digestivo, comprometendo, mais frequentemente, o intestino delgado no seu segmento terminal (íleo); e a Colite Ulcerosa, doença crónica que afecta a camada interna (mucosa) que reveste o intestino grosso ou cólon, deixando-a inflamada e com pequenas feridas na superfície (úlceras) que podem sangrar. Diarreia, dor abdominal, fadiga, febre, emagrecimento e sangue nas fezes são os sinais e sintomas mais frequentes destas patologias.




Segundo um estudo realizado em 2007 pelo GEDII - Grupo de Estudo de Doença Inflamatória Intestinal, em Portugal existem mais de 13.500 casos de DII, e destes cerca de metade sofre de Doença de Crohn e a restante parte de Colite Ulcerosa. Este estudo refere, ainda, que a incidência da patologia é de sete novos casos em cada 100 mil portugueses, do que se conclui que existem, por ano, 70 novos casos de Doença de Crohn e outros 70 de Colite Ulcerosa.








Sobre a ADPI




A APDI foi criada em 1994 e conta actualmente com cerca de 2000 associados, o que a torna uma das maiores associações de doentes em Portugal. O seu objectivo consiste em apoiar e aconselhar os doentes de Crohn e Colite Ulcerosa, informar e divulgar estas patologias e promover a investigação sobre as suas causas e tratamentos, em cooperação com os médicos, enfermeiros, indústria farmacêutica, serviços e entidades públicas.




A nível nacional, é membro da União Distrital das IPSS - Instituições Particulares de Solidariedade Social e da Plataforma da Saúde. A nível internacional é membro da EFFCA - Federação Europeia das Associações de Doentes de Crohn e Colite Ulcerosa.










Fonte: LPM Comunicação

MITOS DA DIETA SAUDÁVEL SÃO DESVENDADOS: DIETAS DA MODA E SUPLEMENTOS DIETÉTICOS ASSENTAM MUITAS VEZES EM PRINCÍPIOS NUTRICIONAIS ERRADOS



Sofia Aguiar



"Num mundo em que todos nós sentimos pressão para nos apresentarmos magros e em que conta a boa aparência e o bom estado nutricional, bem como o acesso à informação que circula na internet à qual os doentes têm acesso, é fundamental desmistificar alguns mitos da dieta saudável", explica a Dra. Diana Mendes.






"Cerca de 38,6% dos portugueses têm excesso de peso. Somos pressionados pela indústria da moda para ser magros e esta mensagem passa aos nossos adolescentes" acrescenta a especialista.





"Hoje em dia há também uma distorção ao nível das porções que nos são apresentadas pela indústria alimentar" e aproveita para desmistificar alguns mitos:









Mito 1 - Jejum





Devem-se saltar refeições - pequeno-almoço, almoço e jantar. Errado! Deve-se evitar períodos longos de jejum e fraccionar a alimentação ao longo do dia.









Mito 2 - Ser vegetariano





O mito de que comer só vegetais é mais saudável. Errado! Neste tipo de cozinha são frequentemente apresentadas confecções como fritos, guisados ou molhos adicionados como soja ou natas, aumentando o valor calórico e lipídico.









Mito 3 - Iogurtes






Os iogurtes magros são melhores e não engordam. Errado! Os iogurtes magros chegam a ter cerca de 13 gramas de açúcar.









Mito 4 - Sumos naturais





Os sumos naturais são frequentemente mencionados como sendo uma bebida saudável e que «não engorda». Errado!! Um sumo natural tem mais calorias que a fruta e perde bastante ao nível da ingestão de fibras.









Mito 5 - Fruta





Deve-se ingerir grandes quantidades de fruta e substituir as refeições por fruta. Errado! A fruta também tem açúcar (frutose) e não se devem fazer refeições só de fruta.









Mito 6 - Azeite





O azeite é uma gordura saudável. Podemos abusar. Não!!! O azeite é uma gordura saudável sim mas deve-se ingerir em quantidades moderadas.









Mito 7 - Saladas





Se comermos sempre saladas não engordamos. Errado!!! Muitas saladas de hoje são altamente calóricas e carregadas de molhos como maionese, pastas de delícias do mar ou atum, etc...









Mito 8 - O pão engorda





O problema do pão é apenas o seu consumo à hora da refeição, com manteiga à mistura, azeitonas e entradas (presunto, queijos, etc...). Deve-se comer pão sim. Mas cuidado com o sal. Tendencialmente é preferível consumir pão escuro - ao pequeno-almoço e ao lanche. Não devemos acrescentar pão à refeição. O conselho de Diana Mendes para uma dieta saudável incide sobre a o exercício físico regular, o consumo apropriado de líquidos (cerca e 1,5l diário) e o seguimento das regras básicas da pirâmide alimentar. O cumprimento destes três factores conduz à manutenção do peso adequado a cada indivíduo ou à perda de peso gradual, quando é esse o objectivo.








Fonte: Best News®

Tuesday, May 5, 2009

ENVELHECIMENTO ACTIVO: A ATITUDE PREVENTIVA DO AVC



Renata Gomes



Adoptar um estilo de vida saudável integrando uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico, são medidas de ouro que comprovam efeitos terapêuticos na Saúde do Idoso, e que constituem factores preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC). O assunto será discutido no Congresso Anual PRACTICE 2009, sobre Prevenção e Reabilitação Activa com o Exercício, no dia 16 de Maio, na Faculdade de Medicina de Lisboa.






A organização do evento está a cargo do Club Clínica das Conchas e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Especialistas nacionais nas áreas da Medicina, Psicologia, Fisioterapia e Exercício irão elucidar os presentes acerca da importância do exercício físico e de uma alimentação equilibrada na prevenção e reabilitação de algumas patologias no Idoso, como é o caso do Acidente Vascular Cerebral.





Segundo a Sociedade Portuguesa de AVC esta patologia mata cerca de 200 pessoas em cada 100.000 todos os anos. A hipertensão arterial, o tabagismo, a diabetes, as doenças de coração e o sedentarismo são consideradas as principais causas deste flagelo.





A Doutora Maria João Quintela, Chefe de Divisão de Saúde no Ciclo de Vida e em Ambientes Específicos da Direcção Geral de Saúde, refere, que "envelhecer com saúde, autonomia e independência, o mais tempo possível, reduzir as incapacidades e intervir numa recuperação global e precoce, são exigências de hoje a toda a consciência social, valorizando o potencial humano e económico dos nossos mais velhos e aproximando as facilidades às suas necessidades, numa perspectiva de capacitação e de cidadania integradora e responsável".





Num cenário prevalente de ocorrência de AVC's, a reabilitação assume um papel crucial na devolução da identidade ao Idoso e da sua rotina diária. O Dr. Jorge Lains, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, abordará neste Congresso, as implicações clínicas e a importância da reabilitação na qualidade de vida, após o Acidente Vascular Cerebral, na população Idosa.









A Saúde do Idoso será assim discutida no dia 16 de Maio onde a manhã será dedicada à Prevenção e a tarde à Reabilitação. Ambos os períodos serão encerrados com dois workshops à escolha do participante.









Fonte: Congresso PRACTICE 2009
 

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