Thursday, January 31, 2008

ENFERMEIROS PROMETEM GREVE SE NÃO HOUVER NEGOCIAÇÃO

O Sindicato dos Enfermeiros da Madeira + está mandatado para decretar greve no sector, na segunda quinzena de Fevereiro, caso o secretário regional dos Assuntos Sociais não aceite estabelecer negociações sobre o subsídio de fixação à periferia, retirado através da Portaria 6/2008.




«Está assumido que, na segunda quinzena de Fevereiro, se não houver desenvolvimentos e disponibilidade da Secretaria para negociar com o sindicato os termos da aplicação desta Portaria, e para isso vai ter de suspendê-la, os enfermeiros partem para a greve», disse Juan Carvalho + , presidente do sindicato, após a reunião com enfermeiros, realizada na sede deste organismo.




Essa decisão depende ainda da audiência que o Sindicato terá com o secretário regional da tutela na próxima quarta-feira e da assembleia geral que o sindicato já marcou para a quinta-feira seguinte, para anunciar aos enfermeiros o resultado da reunião com o secretário regional.



Juan Carvalho salientou que a primeira exigência é a de que a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais + «suspenda temporariamente os efeitos da Portaria 6/2008, e que, seguidamente a isso, abra a possibilidade de um período negocial, para discutirmos as questões relacionadas com o exercício da profissão de enfermagem nos cuidados primários da Regiãos». O sindicalista diz que o subsídio foi retirado de «uma forma brusca fria» e sem negociação com o sindicato.


Fonte: JM

HCF TERÁ CONSULTA DE PREVENÇÃO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

O Serviço de Medicina 1 do Hospital Central do Funchal + vai iniciar brevemente consultas de prevenção da insuficiência cardíaca. O anúncio foi feito pelo director do serviço Jorge Araújo, na sessão de abertura das VII Jornadas de Medicina 1, que decorrem no Hotel CS Madeira.

O médico salientou a boa prestação do serviço de Medicina 1, onde a lista de espera é de três dias no máximo, sublinhando que os cuidados podem ainda ser melhorados com a introdução do processo clínico electrónico, que facilitará o acesso ao historial do doente e permitirá um melhor acompanhamento de todo o seu percurso.

Jardim desafia enfermeiros a recorrerem à Justiça

A sessão de abertura das jornadas foi presidida por Alberto João Jardim + , que desafiou as classes que alegam ter perdido direitos adquiridos a recorrerem aos tribunais.

O presidente do Governo Regional + não fez referência directa aos enfermeiros, nem precisava fazê-lo para que os presentes associassem as suas palavras às críticas daqueles profissionais pela perda do subsídio de fixação à periferia.

"Se diz que tem direito, os tribunais resolvem e o Governo aplica", sublinhou Jardim, sublinhando que não vai criar "regimes de excepção".



Sílvia Ornelas
Fonte: DN

Wednesday, January 30, 2008

ENFEMEIROS LICENCIADOS RECEBEM COMO BACHARÉIS

Juan Carvalho diz que a secretaria anda a poupar à custa dos enfermeiros




Os enfermeiros recém-licenciados que exercem funções no Serviço Regional de Saúde + deveriam estar a auferir de um salário equiparado ao respectivo grau académico. No entanto, feitas as contas, verifica-se que recebem como bacharéis.



A situação torna-se uma evidência quando comparado com o que sucede no país. Enquanto que um vencimento base de um enfermeiro na Região está tabelado um pouco acima dos 970 euros, no continente a tabela cifra-se nos 1.303,07 euros.




O descontentamento assenta ainda, segundo apurámos, no congelamento da carreira e na perda de 330 euros mês, isto no que se refere aos enfermeiros acabados de sair do Ensino Superior. Na mesma situação encontram-se aqueles que há 10 anos iniciaram funções e que, na altura, não detinham a licenciatura mas foram incentivados a tirar o chamado complemento. Estes podem ser já os primeiros reflexos da posição da classe dos enfermeiros ao corte do Subsídio de Fixação à Periferia efectuado pelas secretarias regionais do Plano e Finanças e dos Assuntos Sociais aos cerca de 500 profissionais do sector que vêm exercendo funções nos centros de saúde das zonas rurais.




Juan Carvalho, presidente do sindicato, garantiu que "o serviço Regional de Saúde depois de colocar em funcionamento a Empresa Pública Empresarial, assumiu que ao fim de 180 dias apresentaria um acordo colectivo de trabalho para ser negociado com os sindicatos e até hoje ainda não apresentou nada".



A classe está descontente com a actual tabela salarial e reclama a actualização do acordo colectivo de trabalho prometido desde 2003. Segundo o dirigente sindical são cerca de 5 anos que "a secretaria anda a poupar à custa destes enfermeiros quando efectivamente deveriam estar a receber o real valor", observa.



Acrescenta que "por diversas vezes o sindicato solicitou ao conselho de administração (do Serviço Regional de Saúde) encontros onde houvesse uma negociação entre as duas partes". Nota ainda que até hoje o sindicato não recebeu qualquer resposta ao pedido.




Para hoje, Juan Carvalho revelou estar prevista uma assembleia geral. Sobre a mesa vai estar este assunto, que será analisado a par do corte do Subsídio de Fixação à Periferia, que foi recentemente extinto por portaria. Juan Carvalho garante que caso não haja diálogo poderá haver reacções mais enérgicas.





Victor Hugo

Fonte: DC

FIXAÇÃO SEM SUBSÍDIO

Francisco Jardim Ramos + disse ontem aos enfermeiros





A secção regional da Ordem dos Enfermeiros + tem novos órgãos sociais, mas, até 2011, continuará a ser presidida por Élvio de Jesus. Na tomada de posse ontem realizada foram abordadas algumas dificuldades que a classe atravessa.



O secretário regional dos Assuntos Sociais disse ontem já não se justificar a atribuição do subsídio de fixação, atribuído durante mais de 30 anos aos enfermeiros colocados em zonas da Região com maiores dificuldades de acesso. Francisco Jardim Ramos + justificou a retirada desse subsídio com a melhoria verificada ao nível viário.
A declaração foi feita na tomada de posse dos novos órgãos sociais da secção regional da Ordem dos Enfermeiros, que será liderada até 2011 pelo recandidato Élvio de Jesus, que lamentara a retirada do referido subsídio.



Jardim Ramos disse, ainda, que o rácio de enfermeiros por cada 1.000 habitantes se situa nos 6,3 «o que coloca a Região acima da média nacional e perto dos melhores rácios europeus».
O secretário regional considerou que os enfermeiros têm «um papel fundamental e indiscutível no Sistema Regional de Saúde» e defendeu ser tempo de dirigir os esforços para áreas como a da qualidade dos serviços e a investigação.



A questão do número de enfermeiros tinha sido focada pelo presidente regional da OE e pela Bastonária nos respectivos discursos, tendo Élvio de Jesus lamentado a retirada dos incentivos à fixação, as dificuldades de colocação de enfermeiros e a existência de um baixo rácio de enfermeiros na Região.



A sobrecarga de trabalho da maioria da classe, a discriminação negativa, nomeadamente em termos de retribuição, foram outros dos pontos que salientou.



Por seu turno, a Bastonária Maria Augusta Sousa + considerou não haver o número de enfermeiros suficientes para as necessidades da população portuguesa e lamentou que o Estado desperdice o investimento que fez na formação destes jovens.



À margem da tomada de posse, foi analisado o anúncio de que o Governo da República se prepara para nomear Ana Jorge para ministra da Saúde.



Para Francisco Jardim Ramos esta mudança revela que «o governo não vai bem», já que teve necessidade de se remodelar. Aliás, como disse, a própria política do governo socialista era má, sobretudo para as populações do interior.



Jardim Ramos manifestou o desejo de que a nova ministra «tenha outra sensibilidade para os problema reais» do país e que o diálogo entre o Continente e a Região seja feito de forma mais articulada, nomeadamente em matérias como o Cartão do Cidadão + e a distribuição das verbas dos jogos da Santa Casa da Misericórdia, que o Ministério da Saúde não distribui pelas Regiões Autónomas


Fonte: JM

TRAÇADO PERFIL DE DEFICIÊNCIA ENZIMÁTICA


Um investigador da Universidade de Coimbra traçou o perfil genético de uma deficiência enzimática do glóbulo vermelho, susceptível de provocar Malformações + no feto, possibilitando o aconselhamento de casais que pretendam ter filhos e o diagnóstico pré-natal.




Logo que é diagnosticado um caso na família e que são realizados o diagnóstico molecular e o diagnóstico pré-natal, é possível fazer o aconselhamento genético dos casais que pretendem ter filhos, explicou à agência Lusa o cientista Licínio Manco, do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).



Segundo o investigador, estes testes "são absolutamente fiáveis" e têm vindo a ser realizados em colaboração com o Departamento de Hematologia do Centro Hospitalar de Coimbra + , EPE, considerado um laboratório de Referência Nacional e Internacional, dirigido por Letícia Ribeiro.




Licínio Manco adiantou à agência Lusa que tem vindo a ser solicitado por investigadores estrangeiros para realizar estes diagnósticos em famílias com suspeitas deste tipo de deficiências. As solicitações chegam, na maioria, de Espanha, também da Bélgica e da Austrália.


Fonte: JN

SINAIS DA DOENÇA SAO BEM VISÍVEIS

O doente pode sucumbir à gravidade do AVC + ou dele recuperar,ainda que com sequelas. Em Portugal, esta doença é a causa do maior número de mortes (34%), constituindo o dobro das que são atribuíveis aos enfartes do miocárdio.





"As pessoas não seguem os conselhos", constata Seabra Gomes, coordenador nacional para as Doenças cardiovasculares + , um plano desenvolvido no âmbito do Alto Comissariado da Saúde + . A campanha que recentemente foi lançada visa alertar a população portuguesa para que não menospreze os sinais de AVC (e também do enfarte). O conselho é simples recorrer enquanto é tempo ao 112, que canalizará o doente para os pontos da rede hospitalar com Urgência polivalente. Presentemente, há 20 unidades capazes de fazer o diagnóstico e o tratamento, conferindo ao doente um caminho de prioridade (Via Verde).



Em 2005 apenas nove hospitais podiam assegurar esta assistência. Até finais do corrente ano as autoridades de saúde prometem que estarão disponíveis 29 em todo o país.



Afirmou ao JN o cirurgião cardiotorácico Seabra Gomes ser fundamental que o doente - e sobretudo as pessoas que o rodeiam - comunique ao 112 este tipo de sintomas (fala indistinta e entaramelada, movimento preso nos membros de um lado e face arrepanhada junto à boca). "Nenhum SAP (Serviço de Atendimento Permanente) tem TAC (tomografia axial computorizada)". E esse é um exame essencial ao diagnóstico. "Tem que se actuar rapidamente e ir ao SAP é perder tempo".





Mas, refere ainda o mesmo responsável, o transporte do doente com AVC não requer ambulância especializada, sendo que o importante é chegar ao hospital o mais cedo possível. Nesse hospital com via verde haverá, entretanto, já os profissionais avisados para agir.



Três horas entre o começo do AVC e a intervenção médica é o tempo limite da esperança.
Fonte: JN

HIRSUTISMO AFECTA ENTRE 5 A 8% DA POPULAÇÃO MUNDIAL

O hirsutismo, excesso de pêlos nas mulheres, afecta já entre 5 a 8% da população mundial, disse hoje o endocrinologista Jorge Dores, à margem do IX Congresso Português de Endocrinologia + .


Em declarações à agência Lusa, Jorge Dores, endocrinologista no Hospital de Santo António + , disse não ter dados sobre a incidência deste problema nas mulheres portuguesas, mas sublinhou que 5 a 8% da população mundial é muito significativo.



O especialista adiantou que a população afectada pelo hirsutismo é muito heterogénea, sendo, por exemplo, mais frequente nas mulheres da Europa mediterrânea do que nas nórdicas, o que se deve a uma base genética.
O hirsutismo apresenta-se de forma variável, sendo a mais frequente a face, tendo em conta que é a zona em que as mulheres mais se vêem obrigadas a procurar ajuda médica.



A causa do hirsutismo está em 80% dos casos relacionada com um desequilíbrio hormonal, nomeadamente com o excesso de hormonas masculinas.



Este sinal aparece, sobretudo, na mulher na idade fértil porque depois da menopausa é pouco frequente, acrescentou Jorge Dores.



O hirsutismo feminino não é uma doença mas sim um sinal de que algo está em desequilíbrio no organismo, pelo que o primeiro passo para resolver o problema é descobrir a causa para depois avaliar-se a terapêutica a utilizar de modo a devolver o equilíbrio ao organismo, explicou o especialista.



Se a causa for um tumor da supra-renal ou do ovário a terapêutica passa pela cirurgia.



Se a causa for o excesso de produção de hormonas masculinas, o tratamento passa pela prescrição de uma pílula com elevado nível de prostagénio e com acção anti produção de hormonas masculinas pelo ovário.



Jorge Dores ressalvou que, além do tratamento médico de base que actua no organismo, há tratamentos complementares que podem ser seguidos como as depilações, tendo em conta que na maioria das vezes o hirsutismo torna-se um problema de estética.



O especialista foi o orador do painel «A intervenção diagnóstica e terapêutica no hirsutismo», no âmbito do IX Congresso Português de Endocrinologia, que decorre até domingo, em Lisboa.

Fonte: Diário Digital / Lusa

ANESTESIA NO PASSADO EM EXPOSIÇÃO EM COIMBRA

"A Anestesia nos séculos XIX e XX e os Hospitais da Universidade de Coimbra +


O Serviço de Anestesiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC + ) imaugura a exposição “A Anestesia nos séculos XIX e XX e os Hospitais da Universidade de Coimbra”.


Vão estar expostas mais de 100 peças e cerca de 30 documentos históricos, onde se destacam peças únicas, provenientes do Museu Dragger, na Alemanha, como um aparelho de anestesia Roth Drager 240N de 190 e o Dräger Modell F de 1948.

Estará também patente a primeira mesa de cirurgia produzida pela Maquet, proveniente da colecção particular da Maquet, e ainda o Livro do Séc. XVI sobre anestesia, por Mandrágora, proveniente da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.

Durante o evento, será ainda lançado o livro com o mesmo nome e cujos autores são José Martins Nunes, director do Serviço de Anestesiologia dos HUC, Margarete Sousa Rocha, interna da especialidade e António Mesquita, ex-director do Serviço de Anestesiologia, ambos dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Sónia Santos Dias

Fonte: Sapo Saúde

Tuesday, January 29, 2008

MÉDICOS MANTÊM SUBSÍDIO DE FIXAÇÃO

Os médicos que exercem funções nos centros de saúde das zonas rurais vão continuar a contar com o subsídio de fixação à periferia, ao contrário do que acontece, desde sexta-feira, com os enfermeiros nas mesmas circunstâncias. A justificação, segundo o secretário regional dos Assuntos Sociais, deve-se a carência de clínicos na periferia.


"Há ainda uma falta de profissionais médicos a exercerem funções na periferia", disse Francisco Jardim Ramos + , ontem, à margem do encontro científico BIOSTEC 2008, acrescentando que "o número de enfermeiros é suficiente para suprir as nossas necessidades".


Para o presidente do Sindicato dos enfermeiros + , a retirada do subsídio é "quase um desincentivo à promoção dos Cuidados de saúde + primários", numa região onde estes "são vistos como os melhores a nível nacional", disse Juan Carvalho + .



Ao contrário de há 30 anos, os profissionais de enfermagem "quase que fazem todo o seu trabalho fora dos centros de saúde, em casa das pessoas", justificou, acrescentando que muitas vezes são as visitas domiciliárias, cujos tratamentos e cuidados básicos são da responsabilidade dos enfermeiros, são o "alerta para determinadas situações que exigem a ida de outros profissionais". Além disso, é "contra-natura". Segundo Juan Carvalho, representa uma quebra na lógica das reformas em curso no sector da saúde.


O presidente do sindicato dos enfermeiros admite que o subsídio estava desajustado à realidade mas não compreende a frieza e distância com que esta medida foi tomada "sem falar com os enfermeiros, sem negociar com as organizações sindicais uma reapreciação e reenquadramento deste subsídio".


"Olhou-se apenas para a questão económica sem olhar para a questão da promoção da saúde e da proximidade dos cuidados", rematou.

Fonte: DN

NOVA VACINA COMBATE BACTÉRIA RESISTENTE A ANTIBIÓTICOS

Cientistas britânicos desenvolveram uma vacina que combate a bactéria Clostridium difficile, altamente resistente aos antibióticos.

A vacina poderá ser usada para tratar pacientes em estado grave e vacinar pessoas com mais de 65 anos, que são os grupos mais vulneráveis, informa hoje o jornal Daily Mail.

A última mutação ocorrida na Clostridium difficile tornou-a resistente ao fármaco metronidazole, o que significa que resta apenas uma substância, a Vancomicina + , para combater essa bactéria.

No entanto, a vacina desenvolvida pelo laboratório de biotecnologia Acambis, de Cambridge, à base de Formaldeído + , mostrou-se eficaz contra todas as variantes da bactéria porque funciona através de outro mecanismo.

Da mesma forma que a antitetânica, a vacina não combate directamente a bactéria, mas neutraliza as toxinas que esta produz e que irritam o revestimento do intestino, causam diarreia e uma infecção do abdómen que pode levar à morte do paciente.

Os especialistas confiam que, assim como a antitetânica, três ou quatro doses possam proporcionar uma protecção duradoura, com o reforço a cada dez anos.
Fonte: Diário Digital

TRANSPLANTES COM DADOR VIVO AVANÇAM SEM SEGURO

Os transplantes com dador vivo vão avançar nos hospitais actualmente autorizados, apesar de ainda não existir um seguro que proteja o dador. A Autoridade para os Serviços de Sangue e de Transplantação + (ASST) enviou àquelas unidades uma circular, onde estabeleceu que a dádiva e colheita de órgãos em vida não pode ser condicionada pela existência de um seguro. A solução para esta questão, que chegou a parar a realização de transplantes no Hospital de Santa Cruz, vai obrigar os hospitais a indemnizar o dador no caso de haver algum problema.





A situação foi desbloqueada pela ASST no dia 22 e a solução não difere muito da que existia antes da lei 22/2007. O dador terá direito a assistência médica e a ser indemnizado pelos danos sofridos. O hospital tem de assegurar esses direitos ou, se possível, transferir a responsabilidade para uma seguradora. Até à celebração de um seguro, "cabe aos hospitais garantir a satisfação dos encargos", nomeadamente o "ressarcimento dos danos sofridos".




A circular acabou por reiniciar o programa de transplantes do hospital de Santa Cruz, em Lisboa, onde estavam agendados quatro transplantes. O primeiro até já estava marcado para o dia 30, mas teve de ser adiado porque a receptora do órgão, Ana Pereira, contraiu uma infecção, apurou o DN, razão que implica um adiamento.



Eduardo Barroso, presidente da ASST, mostrou-se satisfeito com o facto de tudo ter regressado à normalidade, mas voltou a frisar que "não havia motivo para parar os transplantes. Limitámo-nos a ajudar as pessoas que precisavam desta convicção". A lei 22/2007 é menos restritiva que a de 1993, que dizia "que era obrigatório haver um seguro. Na nova lei, apenas se determina que os hospitais têm de dar garantias ao dador e que devem fazer um seguro em vez de ser o Estado a pagar uma indemnização".



Ao contrário de outros países, Portugal ainda não tem seguros que protejam o dador, que toma a decisão de dar um órgão de forma altruísta. A APS reclama a regulamentação deste seguro, visto que ainda não foram definidos os contornos mínimos do seguro. Além disso, garante que sempre transmitiu aos decisores políticos as dificuldades da legislação. A pesar de não ter sido feita uma avaliação do risco, o cirurgião garante que "é mínimo. É menos arriscado um transplante de rim do que 90% das cirurgias realizadas. Além disso, os dadores são pessoas extremamente saudáveis". O passo seguinte é falar novamente com a Associação Portuguesa de Seguradores, "mesmo não sendo um assunto da competência da ASST".



José Miguel Boquinhas, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental + , mostrou-se satisfeito com esta circular e está preparado se tiver de pagar uma indemnização. No entanto, garante que " correu tudo bem em 20 anos. Já fizemos mais de cem transplantes e nunca houve morte do dador". A solução para a falta de seguro é, porém, temporária. "Vamos continuar a lutar por um seguro, mas, pelo menos, os doentes ficam com o problema resolvido".

Fonte: DN de Lisboa

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO INTESTINO AFECTAM 12.500 PORTUGUESES

A Doença de Crohn + e a Colite Ulcerosa, doenças inflamatórias do intestino, deverão afectar cerca de 12.500 portugueses, segundo o especialista Fernando Magro, presidente do Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII).





Segundo referiu à agência Lusa, esta estimativa advém daquele que é o primeiro levantamento de âmbito nacional realizado para avaliar as características dos doentes com Crohn e de Colite Ulcerosa.



A investigação teve início em 2005 e terminou no ano passado, estando a sua "publicação para breve", referiu o gastrenterologista, que trabalha no Hospital de S. João, Porto.




O estudo, que contou com a participação de 33 hospitais e 77 médicos e incidiu sobre doentes de todo o território português, incluindo ilhas - acompanhados em hospitais centrais e distritais -, conclui que "60% dos doentes são operados". De acordo com o médico, 12% destes doentes soube do seu diagnóstico antes dos 16 anos.




A avaliação, realizada em parceria com a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI), concluiu ainda que cada um destes doentes "gasta em média duas horas por dia a tratar da sua doença”.



ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte: Médicos na Internet

Monday, January 28, 2008

GR CORTA SUBSÍDIO AOS ENFERMEIROS

O subsídio de fixação à periferia existia há 34 anos; há perdas de 300 euros/mês




Os cerca de 500 profissionais de enfermagem que exercem funções nos centros de saúde das zonas rurais e que por essa via beneficiam do subsídio de Fixação à Periferia deixaram de usufruir desta regalia na passada sexta-feira. Em causa está a Portaria 6/2008, das secretarias regionais do Plano e Finanças e dos Assuntos Sociais, que vem extinguir um subsídio consagrado desde 1974.


A Portaria estabelece os incentivos à fixação dos enfermeiros à realidade vigente. Os profissionais colocados nas áreas rurais da ilha da Madeira perdem o benefício que se mantém apenas para os enfermeiros que pretendam trabalhar na ilha de Porto Santo.

Esta decisão é "justificável", segundo a normativa, pela "descontinuidade territorial, dupla Insularidade + e como forma de garantir o cumprimento do princípio da equidade face aos demais profissionais que ali exercem funções".


A decisão de Ventura Garcês + e de Jardim Ramos + , secretários regionais, apanhou tanto os enfermeiros como Juan Carvalho + , presidente do sindicato de surpresa, pois não contava com esta "medida radical" e "intolerável", conforme classificou.


Os montantes em causa em alguns casos, segundo revelou Juan Carvalho, chega aos 300 euros, mas mais grave do que as verbas, "é uma medida de gestão que vai contra o incentivo e à promoção dos enfermeiros", observa o dirigente sindical.

O argumento das novas estradas



O diploma entrou em vigor um dia após a publicação no Jornal Oficial da Região + , ou seja na passada sexta-feira, altura em que o Sindicato dos Enfermeiros acabou por tomar conhecimento.

O Governo Regional + justifica a decisão de extinguir o subsídio alegando que há uma substancial melhoria das condições de exercício de funções nas zonas rurais, criadas pelas novas vias de comunicação que encurtaram as distâncias entre as localidades e ainda pelas novas centralidades.

Ora, Juan Carvalho, não esconde a revolta e lamenta que o sindicato não tenha sido parte interveniente na base da "decisão inaceitável", classificando igualmente que "a atitude mostra prepotência da secretaria da tutela".

Sindicato estranha secretismo


O dirigente sindical mostrou-se incrédulo como tudo se processou e a rapidez da iniciativa. Sublinha que, por tudo o que classe mostrou ao longo deste anos em prol do serviço regional de saúde, "não merecia por parte da tutela esta atitude", assegurando não encontrar qualquer explicação para o sucedido. "A secretaria devia de ter comunicado aos enfermeiros que iria tomar esta medida", lamenta.

Em declarações ao DIÁRIO prometeu uma reacção do sindicato, caso a secretaria não se mostre aberta ao diálogo. Admite mesmo avançar com Greve + s, a breve prazo.


Na opinião do sindicalista havia outras possibilidades de se efectuarem "cortes" no serviço regional de saúde. "As alternativas são várias por onde se pode poupar", disse.




Victor Hugo
Fonte: DN


TRÊS HORAS PARA EVITAR UM AVC

De todas as causas de morte por doença em Portugal, o Acidente vascular cerebral + (AVC) é responsável por 34% dos óbitos. E deixa muita gente com incapacidades. Aquela cifra duplica a de Espanha e ganha ainda tons mais carregados se comparada com a generalidade dos países europeus. E, no entanto, há atalhos para a evitar. Prevenção e intervenção precoce, recomendam os especialistas, enquanto o Alto Comissariado da Saúde + lança campanhas e vai semeando no país pontos hospitalares vocacionados (vias verdes) para dar atendimento prioritário às pessoas com suspeitas de AVC.


A campanha oficial lançada no começo do mês divulga sintomas e exorta os portugueses a chamar o 112 sempre que haja inícios de acidente vascular cerebral. Com um tratamento quase imediato, a sobrevivência será bastante mais provável.



O consenso é internacional, explica-nos o neurologista Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, que hoje abre o seu congresso sobre o tema, em Cascais, com 400 participantes de diversas especialidades. Após os primeiros sintomas, há, no máximo, três horas para intervir, contando já o tempo de exames e terapêutica no hospital. Tudo tem de ser muito rápido, desde o transporte, à realização de uma TAC e à ministração de um tratamento neuroprotector ou trombolítico.



São estes cuidados de emergência que vão permitir diluir o trombo que impede a irrigação do cérebro. Castro Lopes que, ao longo de mais de duas décadas foi director de serviços no Hospital de S. João, no Porto, faz questão de distinguir o acidente vascular cerebral (ou trombose cerebral), que afecta a irrigação do cérebro e compromete as funções deste, das doenças vasculares periféricas (que afectam os membros e depois os órgãos vitais). As doenças vasculares cardíacas são as que, também pondo em causa a circulação, afectam o coração, provocando o enfarte. Explica ainda o professor Castro Lopes que entre 80 a 85% dos AVC se devem a falta de irrigação sanguínea, enquanto 15% a 20% são provocadas por hemorragias dentro do próprio cérebro, tornando-se mais brutais.




Assumindo-se como o decano dos médicos que se têm preocupado com o combate ao AVC em Portugal, Castro Lopes lembra princípios de precaução elementares controlar a Tensão arterial + , não Fumar + , controlar doenças de coração com potencial detonador como as arritmias, prevenir a Diabetes + e não ter vida sedentária.



Ainda assim, reconhece, pode haver factores familiares a influenciar a predisposição para a doença. Depois dela ocorrer, e dependendo muito da prontidão com que são prestados cuidados médicos, as sequelas podem marcar a vida dos doentes. Mesmo esta pode continuar ameaçada em 20% dos casos no mês seguinte. A recuperação nem sempre é total e os movimentos da perna ou braço podem ficar comprometidos. Na opinião de Castro Lopes, a Fisioterapia + deve começar muito cedo e deverá manter-se, ainda que o doente recupere movimentos.


Fonte: JN

MENINGITE: 96 CASOS EM 2007

No ano passado foram registados 96 casos de Meningite + em Portugal, dos quais 66 eram meningites meningocócicas e 30 de doença meningocócica (sepsis), segundo dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS), noticia a Lusa.

A meningite meningocócica é causada por uma bactéria - a «Neisseria meningitidis» - cuja disseminação resulta em doença meningocócica invasiva, geralmente septicemia (infecção generalizada), meningite ou ambas.


Este agente infeccioso («Neisseria meningitidis») tem vários serogrupos, sendo os mais frequentes na Europa o B e o C.


Actualmente, apenas existe vacina contra a Meningite C + (causada pelo serogrupo C), embora vários laboratórios estejam a tentar desenvolver uma vacina contra o serogrupo B.


De acordo com dados da DGS, o grupo etário entre um e quatro anos é o que regista mais casos de meningite (38), seguido das crianças com menos de um ano (22) e dos cinco aos nove anos (dez).


Os mesmos dados indicam que o maior número de casos foi registado em Janeiro (17), seguido de Março (15) de 2007.


Dos 96 casos de meningite registados, 66 eram meningites meningocócicas e 30 doença meningocócica (sepsis).

Fonte: Portugal Diário

PROTECÇÃO DA PÍPULA CONTRA CANCRO NO OVÁRIO PODE DURAR ANOS

A relação entre os contraceptivos orais e a uma redução do risco de cancro no ovário já era conhecida. Um estudo publicado esta semana no The Lancet acrescenta um novo dado: O efeito de protecção é de longo prazo. Ou seja, mesmo depois de parar de tomar a pílula, as mulheres continuam protegidas por muitos anos, 30 anos ou até mais.


Quanto mais tempo as mulheres tomarem a pílula, mais reduzido será o risco de cancro no ovário, concluiu uma equipa de investigadores do departamento de investigação de cancro da Universidade de Oxford + . O projecto incluiu a análise de 45 estudos epidemiológicos em 21 países, num total de mais de 23 mil mulheres com cancro do ovário. Feitas as contas, os investigadores referem que dez anos com um contraceptivo traduzem-se numa “redução da incidência do cancro do ovário (antes dos 75 anos) de 12 entre mil mulheres para 8 em cada mil mulheres e a mortalidade de 7 em cada mil para 5 em cada mil”. “Estes estudos permitem concluir que os contraceptivos orais já terão prevenido duzentos mil cancros no ovários e cem mil mortes por causa desta doença e que nas próximas décadas os números vão aumentar até , pelo menos, 30 mil por ano”, refere o artigo.


Os riscos e benefícios da pílula têm sido muito estudados e o contraceptivo já foi associado a um aumento de cancro da mama, por exemplo. A equipa de Oxford assegura que os benefícios são maiores. Em todo o mundo, são diagnosticados 190 mil novos casos de cancro no ovário.

Fonte: Público

PORTUGAL DECIDE COMPRA DE VACINA EM ABRIL

O nome da vacina que vai integrar o Plano Nacional de Vacinação + (PNV) será conhecido em Abril, de acordo com a Direcção-Geral da Saúde. "O concurso vai abrir em breve", garante a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, uma vez que a fase preparatória está concluída.


Em concurso estão duas Vacinas + , a Gardasil + e a Cervarix, dos laboratórios Sanofi Pasteur + e GlaxoSmithKline + . São diferentes e têm, por isso, preços distintos. Uma delas é quadrivalente, protegendo contra quatro estirpes de papiloma vírus humano distintos. A outra é bivalente e serve de protecção apenas para duas estirpes. O facto de serem produtos com custos e benefícios diferenciados tem sido uma das razões para que a sua avaliação e os concursos tenham sido mais demorados.



Depois de meses de pressão, a inclusão da vacina no PNV foi decidida em Novembro pelo Ministério da Saúde, que decidiu avançar com e inscrevê-la no Orçamento do Estado + para 2008. E e deverá arrancar já em Setembro, com a imunização de 55 mil jovens de 13 anos, o que vai implicar um investimento estatal de cerca de 15 milhões de euros. Em 2009, a vacinação irá recair sobre as jovens nascidas em 1996 e, em 2010, serão protegidas as que nasceram em 1997. Entre 2009 e 2011 está também prevista a imunização das raparigas que tenham completado 17 anos.


A primeira vacina a entrar no mercado português foi a Gardasil, precisamente há um ano. A concorrente Cervarix foi apresentada em Outubro, perto da data do anúncio da inclusão da vacina no PNV.


Apesar da boa notícia, resta ainda definir se, fora destas idades, a vacina terá algum apoio estatal. De acordo com o Infarmed + , a avaliação da comparticipação continua a ser estudada, tal como aconteceu com as outras vacinas que estão hoje à venda em farmácias (como a da hepatite B).



Até agora, 19 200 mulheres e raparigas decidiram tomar a vacina, o que implicou um investimento de cerca de dez milhões de euros. Só a Gardasil, que está há mais tempo no mercado, foi adquirida por 19 mil mulheres.


O rastreio do cancro do Colo do útero + é outra das medidas que a Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas + pretende implementar para reduzir o número de mortes e a incidência anual de casos nas mulheres portuguesas, uma das mais elevadas da Europa. No nosso país, registam-se 900 casos novos por ano e morre praticamente uma mulher por dia. Se o rastreio fosse bem implementado, era possível reduzir 80% dos casos da doença.

Fonte: DN de Lisboa

BRASIL: FEBER AMARELA JÁ VITIMOU NOVE PESSOAS

A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, no Brasil, anunciou esta quarta-feira mais uma morte por febre amarela, o que eleva para nove o total de vítimas mortais da doença desde o início do ano no país, escreve a Lusa.

Em 2008, o número de mortes por febre amarela já superou o total registado durante todo o ano passado, quando a doença fez cinco vítimas mortais.


A mais recente vítima mortal foi um vigilante que trabalhava na Universidade Federal de Goiás, na capital Goiânia, na região Centro-Oeste do país.


No total, dezoito casos de febre amarela foram confirmados no país este ano, havendo ainda sete casos sob investigação.


As autoridades sanitárias estão a alertar a população para o risco de dupla vacinação, num curto espaço de tempo, o que pode causar endurecimento do braço, febre, dores de cabeça e até choque anafilático.


No Estado de Goiás, o mais atingido pela doença, a estimativa é de que pelo menos 975.000 pessoas receberam duas doses da vacina recentemente.


Apesar de as autoridades afastarem o risco de uma epidemia, a população brasileira continua a lotar os postos de saúde à procura da vacina, que deve ser tomada dez dias antes da viagem para áreas de risco.


Os sintomas da doença são febre alta, vómito, dores no corpo, pele e olhos amarelados e hemorragias.


As áreas consideradas de risco pelas autoridades sanitárias são as regiões Norte e Centro-Oeste, parte das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Fonte: Portugal Diário

TRATAMENTO DEPENDE DO NÍVEL DA DOENÇA

Há três técnicas mais comuns de abordagem terapêutica da Obesidade + : mudança comportamental, medicamentos e cirurgias, afirmou ao PÚBLICO o secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), Pedro Teixeira.

Segundo este responsável, que também é professor auxiliar da Faculdade de Motricidade Humana + (FMH), a “abordagem comportamental é recomendada a todas as pessoas”: “Passa pela modificação do estilo de vida, fundamentalmente ao nível da alimentação e da actividade física, através de técnicas comportamentais que ajudam a essa mudança, que estimulam a motivação das pessoas para essa evolução.”


A aplicação das outras técnicas está dependente de “indicações clínicas sobre os pacientes”, em especial se os doentes sofrem de Diabetes + ou possuem Colesterol + elevado ou um índice de massa corporal muito significativo, adiantou Pedro Teixeira.


Para tratar obesos através de medicamentos, só há actualmente duas opções no mercado farmacêutico português. Mas nem sempre esta abordagem é a indicada.


“O último desses três procedimentos pretende combater a obesidade mórbida e passa pela realização de cirurgias, como a colocação de uma Banda gástrica + , a mais simples, ou de um bypass gástrico. Estas são as técnicas cirúrgicas mais comuns em Portugal. Há ainda a possibilidade de se usar um balão intragástrico, mas esta técnica ainda é pouco utilizada no nosso país”, especificou Pedro Teixeira.

“São técnicas mais agressivas, mais intrusivas e também mais perigosas, que são usadas quando não há outro recurso”, esclareceu ainda o secretário-geral da SPEO.
Fonte: Público

NOVA TERAPIA REDUZ USO DE REMÉDIOS EM TRANSPLANTADOS

Cientistas americanos descobriram dois novos tratamentos para evitar que pacientes transplantados tenham que tomar remédios imuno-supressores – para evitar a rejeição do órgão – pelo resto da vida, segundo artigos publicados na revista especializada New England Journal of Medicine + .

Os tratamentos envolvem o implante de células sangüíneas ou da Medula óssea + no paciente a receber o órgão doado.

Os remédios imuno-supressores encorajam a aceitação do órgão pelo paciente, mas têm vários efeitos colaterais, entre eles o aumento do risco de câncer, da pressão sangüínea e do Colesterol + .

A menos que o órgão seja doado por um gêmeo idêntico, a reação do corpo é rejeitá-lo, como um invasor.

Mesmo os órgãos de doadores compatíveis exigiam o consumo dos imuno-supressores e médicos vêm trabalhando há anos em alternativas para impedir a rejeição e reduzir a necessidade dos remédios.

Alternativas

No primeiro estudo, realizado na Universidade de Stamford, nos Estados Unidos, um homem que recebeu um rim de seu irmão passou dois anos sem tomar os remédios, depois que os médicos interferiram em seu sistema imunológico com tratamento que combinava irradiação, tratamentos com Anticorpos + e infusão de células sangüíneas do irmão.

O tratamento criou uma espécie de célula imune “pacificadora”, que parece apta a evitar o ataque contra o órgão doado.

“A idéia de se livrar dos remédios tem um tremendo apelo entre os pacientes”, afirmou o principal autor do estudo, John Scandling.

“Até agora há esperança, mas ainda temos um longo caminho pela frente.”

Destruindo a medula óssea

O segundo estudo foi conduzido no Hospital Geral de Massachusetts, onde cinco pacientes receberam tratamento que destruiu parcialmente suas medulas ósseas, e com elas os glóbulos brancos, que causam a rejeição.

Essa medula foi então substituída por um enxerto da medula do doador, e em seguida eles receberam o rim.

Um deles rejeitou o órgão, mas até agora os outros quatro têm vivido com funções renais normais e sem remédios. Um deles fez o transplante há cinco anos.

O médico Robert Higgins, especialista britânico em transplante de rins, afirmou que os dois estudos são animadores, mas disse ter algumas reservas em relação ao de Massachusetts.

“Enquanto esses resultados iniciais são encorajadores, o tratamento envolvido em destruir a medula óssea pode ameaçar a vida do paciente.”

Segundo ele, “como em todas as partes do mundo, o principal problema para os transplantes ainda é a falta de órgãos”.
Fonte: BBC Brasil

CATÁLOGO DAS VARIAÇÕES GENÉTICAS

Um consórcio internacional de investigadores anunciou terça feira um projecto que visa sequenciar o genoma de um milhar de pessoas para criar um catálogo o mais completo e detalhado das variações genéticas humanas que surgem ligadas a numerosas doenças, escreve a Lusa.

Além do apoio dos Institutos americanos da Saúde (NIH + ), este projecto, com um custo estimado de 30 a 50 milhões de dólares (20 a 34 milhões de euros), receberá, ao longo de três anos, financiamento do Wellcome Trust Sanger Institute da Grã-bretanha e do Instituto de genoma de Pequim.


Apoiado em equipas de investigadores pluridisciplinares, o projecto, denominado «The 1000 Genome Project», elaborará uma nova carta do Genoma humano + que oferecerá «uma imagem das variações do ADN + bio-medicamente importantes a um nível de detalhe sem precedentes», declarou Richard Durbin do instituto americano Wellcome Trust Sanger.


Tal como os projectos de pesquisa anteriores sobre o genoma humano, todos os dados que daí resultarem serão gratuitamente acessíveis a todos os investigadores do mundo.


«Um projecto deste tipo era impensável há dois anos, mas graças aos avanços surpreendentes da tecnologia da sequenciação e da bio-informática , o genoma das populações estará acessível a todos», sublinharam os promotores.


A catalogação das variações das sequências do genoma e dos genes poderá facilitar a busca de factores genéticos responsáveis por determinadas doenças humanas.


Fonte: Portugal Diário

Sunday, January 27, 2008

ANTIBÓTICOS » O QUE SÃO E QUE CUIDADOS DEVE TER

Os Antibióticos + são substâncias usadas para tratar infecções bacterianas que variam, desde doenças quase mortais, como a Meningite + , a problemas comuns como o Acne + e a Amigdalite + .


Mas os antibióticos não servem para curar doenças causadas por vírus, tais como constipações ou gripe. O antibiótico actua por inibição do crescimento das Bactérias + (antibiótico bacteriostático) ou matando-as (antibiótico bactericida).


Quando as bactérias desenvolvem a capacidade de se defender do efeito de um antibiótico, diz-se que adquiriram resistência aos antibióticos. Ao longo dos anos, as bactérias patogénicas - as bactérias que causam doenças - tornaram-se resistentes a muitos antibióticos convencionais devido ao abuso ou uso incorrecto dos mesmos.

Alguns aspectos a ter em consideração quando é prescrito por um médico um antibiótico:

1. Mesmo que se sinta melhor, precisa de continuar a tomar o antibiótico exactamente como o seu médico receitou. Se não terminar o antibiótico, algumas das bactérias perigosas podem não morrer, pelo que pode voltar a ficar doente. As bactérias que estão ainda vivas poderão também tornar-se resistentes e fazer com que a infecção que tem se torne mais difícil de tratar.

2. Os antibióticos não são tão eficazes se não forem tomados a horas. Como os medicamentos permanecem no organismo durante um certo período de tempo, deve tomar cada dose de acordo com as instruções do seu médico. Tomar antibióticos de forma irregular, permite que as bactérias se adaptem e se multipliquem, aumentando o problema da resistência aos antibióticos.

3. Tome o antibiótico ao mesmo tempo que uma outra actividade diária regular, como as refeições, para o ajudar a manter o horário certo.

4. Nunca deve tomar o resto de antibióticos guardados, quer sejam de outra pessoa ou seus. Antibióticos específicos são eficazes no combate a bactérias específicas e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa (ou algum dos seus antibióticos que guardou de outras doenças) irá funcionar. Os antibióticos devem ser sempre tomados até ao fim, excepto quando o médico der instruções para parar. Qualquer resto de medicamento, deve ser devolvido à sua farmácia.

5. Constipações e gripes - e os sintomas que as acompanham, tais como a dor de garganta, dores, arrepios, nariz congestionado, olhos inflamados, e tosse seca - são causados por vírus. Infecções causadas por vírus não respondem a antibióticos. Os antibióticos só ajudam se a doença for causada por uma infecção bacteriana. Tomar antibióticos para a constipação ou gripe pode aumentar o problema da resistência aos antibióticos.

6. Pergunte ao seu médico o que deve fazer se não se sentir melhor após alguns dias a tomar o antibiótico que lhe foi receitado.

Se o seu médico lhe receitou um antibiótico, é muito importante que o tome a horas, durante o tempo que o seu médico aconselhou, mesmo que se sinta melhor após alguns dias de tratamento e nunca tome os antibióticos de outra pessoa. Se os antibióticos não são usados correctamente, as bactérias fracas são mortas mas as mais fortes, as mais resistentes, sobrevivem e multiplicam-se. Estas bactérias resistentes podem causar infecções que são muito difíceis de tratar, o que significa que os antibióticos podem não ser tão eficazes quando são mesmo necessários.

Fonte: Jornal do Centro de Saúde

GENOMA DE MIL PESSOAS SEQUENCIADO

Foi ontem anunciado o Projecto 1000 Genomas, que se dedicará a sequenciar os genomas de pelo menos um milhar de pessoas a seleccionar nas Américas, Europa, Ásia e África. Os investigadores pretendem estudar o escasso 1% de material genético que torna os indivíduos diferentes e que poderá ajudar a explicar a susceptibilidade a doenças. Em dois anos esperam ter a tarefa concluída.





Até agora, a ciência já identificou cerca de uma centena de variações no Genoma humano + que estarão associadas a problemas de saúde como a Diabetes + ou a predisposição para a doença coronária. Um consórcio internacional pretende acelerar o conhecimento nesta área e vai avançar com a sequenciação de pelo menos um milhar de indivíduos, no que eles têm de mais pessoal em termos genéticos. A ideia é comparar as diferenças da ínfima porção de DNA que marca o individualismo de cada um.



O Projecto 1000 Genomas conta com os desenvolvimentos mais recentes nas técnicas de sequenciação e recorre também à bioinformática e à genética estatística. O ritmo previsto é o de conseguir sequenciar pelo menos as fracções de dois genomas humanos em 24 horas. Os dados ficarão a cargo do Instituto Europeu de Bioinformática , sedeado no Reino Unido e do Centro Nacional de Informação em Biotecnologia + dos Estados Unidos.



Com todo este trabalho, os cientistas esperam obter um catálogo das variações genéticas humanas. Esse será um instrumento para verificar como podemos ser susceptíveis a uma doença e para descobrir como cada organismo pode reagir a um fármaco ou a condições ambientais. O desenvolvimento de novos medicamentos constitui um alvo, bem como o diagnóstico mais certeiro das doenças. O Projecto 1000 Genomas vai mapear os polimorfismos (diferenças das letras ACTG do DNA) e também a forma como os segmentos do genoma se arrumados.
Fonte: JN

Friday, January 25, 2008

ENDOCRINOLOGIA TEM CADA VEZ MAIS DOENTES PARA TRATAR

A endocrinologia é uma especialidade médica que trata de todas as doenças provocadas por glândulas que segregam substâncias directamente lançadas no sangue. A este especialista cabe, pois, o diagnóstico e tratamento de doenças como a Obesidade + e a Diabetes + tipo 1 e 2. Duas patologias (obesidade e diabetes 2) com curvas de crescimento paralelas e sem perspectiva de um decréscimo no futuro próximo, afectando já milhões de pessoas em todo o mundo. Temas de tal forma preocupantes que serão mais uma vez abordados no IX Congresso Português de Endocrinologia, que tem início hoje, em Lisboa.











O presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia + (SPE), professor José Luís Medina, antecipou ao JN alguns dos temas que serão abordados durante o congresso, como a obesidade.








Neste caso a realidade pode ser traduzida em números, que serão apresentados pela endocrinologista Isabel do Carmo, responsável por um estudo desenvolvido entre 2003 e 2005, com 8116 pessoas de idades entre os 18 e os 64 anos.








"Verificou-se que, desse total, 2,4% tinham baixo peso, 39,4% apresentavam sobrecarga de peso e 14,2% eram obesas", referiu Luís Medina, acrescentando que os número são mais claros quando comparados com um estudo idêntico feito entre 1995 e 1998, "em que a soma das pessoas com sobrepeso e obesas representava 49,6%" - passando hoje para os 53,6%.







Um crescendo que tem que ser travado, através de "campanhas, encabeçadas pela Direcção-Geral de Saúde, mais agressivas e fáceis de executar para que se perceba que a obesidade é uma doença", salientou o professor.



As campanhas deverão ser feitas pelos médicos de família, nas escolas,nas empresas. "Têm que se alterar Hábitos alimentares + e que se praticar mais Exercício físico + ", sublinhou, admitindo que parecem ser questões conhecidas de todos - "mas a distância entre o que se sabe e o que se faz é a mesma que existe entre o Porto e o Pólo Norte". Não se pode esquecer o papel da família na manutenção de hábitos alimentares saudáveis "o hábito de comer sopa às refeições está a perder-se, por exemplo".




A diabetes tipo 2 está de alguma forma associada à obesidade, uma vez que na sua maioria os doentes têm sobrecarga de peso. "Por essa razão, em alguns casos uma dieta e exercício físico associadas a uma perda de peso podem fazer com que o doente equilibre o nível de glicose", referiu o presidente da SPE. Quando tal não é possível, o médico tentará encontrar a medicação (por via oral ou se for necessário com Insulina + ) mais adequada.




Entretanto, foi já lançado no mercado um novo medicamento que será um inibidor de uma enzima responsável pela curta da vida das incretinas que promovem a produção da insulina.




Será, porém, só mais uma arma, como alerta o professor. Em Portugal só existe insulina injectável "e nem os diabéticos tipo 2 se livram dela.Muitas vezes a dieta, exercício físico e os medicamentos por via oral não chegam para obter um equilíbrio metabólico".




"Não se pode tratar este problema como uma questão menor. Basta para isso pensar que a hiperglicemia (um descontrolo da glicemia, aumento da concentração de açúcar no sangue) está na origem de complicações graves e incapacitantes", frisou.




Entre essas complicações pode enumerar-se a cegueira, insuficiência renal, enfarte de miocárdio, Acidente vascular cerebral + , obstrução das Artéria + s dos membros inferiores, que podem levar à amputações.


Fonte: JN

EFEITOS DA TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL NO CÉREBRO DE DOENTES OBSESSIVO-COMPULSIVOS

Dados recolhidos por investigadores da University of California + , em São Diego, EUA, e publicados esta semana do jornal “Molecular Psychiatry“, mostram a existência de transformações significativas no cérebro de pacientes com o Distúrbio Obsessivo Compulsivo em terapia cognitiva-comportamental diária há menos de quatro semanas.



Estudos anteriores tinham demonstrado que algumas actividades do cérebro associadas ao distúrbio diminuíam com a administração de inibidores de recaptação da serotonina (IRS + ) ou por terapia cognitiva-comportamental. No entanto, os efeitos clínicos só eram esperados após 12 semanas. Além disto, poucos trabalhos observaram pormenorizadamente como a terapia afectava as funções do cérebro, e todos os estudos preliminares examinaram os pacientes após o tratamento.


Nesta pesquisa, os investigadores observaram o cérebro dos pacientes através de Tomografia por Emissão de Positrões (PET), antes, durante e depois da terapia de quatro semanas.
A PET é um exame imagiológico da Medicina Nuclear que utiliza radionuclídeos.


Os resultados mostraram uma diminuição no metabolismo da glicose (uma forma de medir a actividade celular cerebral) nos lados direito e esquerdo do tálamo, área do cérebro associada ao distúrbio. Além disso, houve um aumento das actividades numa região responsável pela anulação e reavaliação das emoções negativas.
Fonte: Médicos na Internet

CIENTISTAS TESTAM TERAPIA TRANSGÊNICA CONTRA A DOR

Cientistas americanos desenvolveram um tratamento de dores crônicas com terapia que usa vírus Transgênico + s e que, os especialistas esperam, revolucione o tratamento da dor.
A equipe empregou um vírus do resfriado desativado para levar o gene até o fluido da espinha de ratos, criados para sofrer dores crônicas.







O vírus levou um gene ligado à produção de Endorfinas + , os Analgésicos + naturais do corpo, a células nervosas. As dores desapareceram por pelo menos três meses em ratos.





O tratamento não afetou o resto do sistema nervoso, inclusive o cérebro, que potencialmente impediu os principais efeitos colaterais dos atuais analgésicos em uso.





Estudos sugerem que dogas não aliviam a dor provocada pelo câncer em até 66% dos casos.





A pesquisa foi publicada em Proceedings of the National Academy of Sciences + .





"Muitos pacientes com dores crônicas não têm uma experiência satisfatória com analgésicos nos tratamentos disponíveis que são pouco eficazes ou causam efeitos colaterais intoleráveis como sonolência extrema, confusão mental e alucinações", disse Andreas Beutler, que integra a equipe que realizou o estudo na Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York.






Segundo Beutler, em algumas circunstâncias, pacientes preferem continuar com alguma dor para preservar sua lucidez.






Há ainda um risco potencial de vício em drogas à base de opiáceos - substâncias que contém ópio ou são derivadas de ópio.




Fonte: BBC Brasil

INVESTIGAÇÃO PORTUGUESA APOSTA EM NOVO ANTIBIÓTICO PARA TUBERCULOSE

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra conseguiu identificar a função desempenhada por uma enzima considerada como um importante alvo terapêutico para a tuberculose.





Os resultados do trabalho que conta com a colaboração de especialistas do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC + ), no Porto, já está patenteado e deverá ser publicado em breve. Apesar do promissor avanço, Milton Costa, coordenador da investigação, avisa que até chegar a um novo antibiótico será necessário esperar por muitos estudos e muitos anos.




O mais recente tratamento para a tuberculose terá cerca de 30 anos, lembra o professor do Departamento de Bioquímica da Faculdade de Ciência e Tecnologia de Coimbra, justificando, desta forma, a importância da aposta em novas fórmulas e, preferencialmente, sem efeitos secundários. Será esse o objectivo da equipa de investigadores. “A próxima fase é encontrar moléculas que impeçam o funcionamento da enzima, mas que não sejam tóxicas para o ser humano”, refere Milton Costa no comunicado divulgado ontem sobre a investigação.



O especialista adiantou ainda ao PÚBLICO que “já foi identificado o local activo desta enzima” e que agora será necessário desenvolver uma substância capaz de bloquear a sua acção. “Se esta enzima não for sintetizada, a bactéria não prolifera”, explicou, acrescentando que a enzima identificada pode ser encontrada em apenas cerca de 50 organismos, sobretudo, microbactérias. Aliás, segundo nota, o estudo desta enzima poderá ainda ter implicações noutras doenças como a Lepra + .




Milton Costa nota ainda que a descoberta da equipa surgiu por acaso. Os especialistas investigavam uma bactéria chamada de Rubrobacter xylanophilus (que se desenvolve a altas tempreaturas rondando os 60 graus e tolera o sal) e que usa uma enzima (MPGS/GPGS) semelhante a que se encontra na microbactéria que provoca a tuberculose.



O projecto está a ser desenvolvido em parceria com o Biocant - Parque tecnológico de Cantanhede. Portugal é um dos países da UE com mais elevada incidência de tuberculose registando cerca de 3 mil novos casos por ano.


Fonte: Público

NOVA FERRAMENTA DETECTA CANCRO PELA ANÁLISE DA PELE

Uma nova tecnologia, baseada nas máquinas que calculam a composição corporal, promete detectar alguns tipos de cancro de forma rápida, segura e sem dor.




A ferramenta foi desenvolvida por investigadores da Queensland University of Technology, na Austrália.




Jye Smith, do departamento de Física e Química da universidade, desenvolveu a técnica de diagnóstico usando um tipo de Espectroscopia de Impedância Electroquímica e refere que através dela é possível diagnosticar Cancro do Colo do Útero e da Pele.



A impedância electroquímica mede as características eléctricas dos tecidos do corpo e é usada em ginásios e clínicas de Nutrição + para calcular a quantidade de tecido magro, água e gordura no organismo. “Apenas recentemente foi aplicada para determinar Células cancerosas + , saudáveis ou mortas”, explicou Smith.




A técnica consegue captar as mudanças dentro das células, membranas celulares e entre as células. A vantagem deste método, segundo o cientista, é que o paciente não necessita de anestesia e as informações são recolhidas imediatamente.


Fonte: Médicos na Internet

JOGOS VIRTUAIS AJUDAM A AUMENTAR PERÍCIA MANUAL DOS CIRURGIÕES

Um estudo de uma equipa do hospital Banner Good Samaritan Medical Centre, em Phoenix, EUA, afirma que jogar consola antes das cirurgias pode melhorar o desempenho dos cirurgiões durante as intervenções cirúrgicas. A pesquisa foi publicada na revista especializada “New Scientist + ”.





O estudo teve por base um jogo de vídeo que é operado através de um sensor de movimento e com o qual se pode jogar versões electrónicas de desportos como boxe, ténis ou golfe.




Segundo o estudo norte-americano, apenas certos tipos de jogos são eficazes para os cirurgiões antes das operações, em especial, aqueles nos quais o jogador efectua movimentos delicados. O controlo das mãos necessário para jogar certos jogos funciona como um "aquecimento" para os cirurgiões.




Os investigadores pediram a oito cirurgiões (em internato de especialidade) para passarem uma hora a jogar antes de realizarem uma cirurgia em "realidade virtual", num computador.



Os médicos conseguiram um desempenho 50% melhor no controlo das ferramentas e a execução geral também foi melhor em comparação com outros cirurgiões que não realizaram participaram no jogo virtual.




O estudo apontou como jogo mais eficaz para o “aquecimento” dos cirurgiões um que consiste em guiar uma bola por uma série de obstáculos em 3D. O controlo preciso necessário para mover a bola virtual pelo labirinto em 3D é semelhante às habilidades necessárias realizadas durante uma cirurgia.



A pesquisa será apresentada na próxima semana, na conferência Medicine Meets Virtual Reality, na Califórnia.


ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte: Médicos na Internet

Thursday, January 24, 2008

FRIEIRAS: UMA TÍPICA DOENÇA DO FRIO

Dr. João Goes Pignatelli



Desde há centenas de anos que as frieiras são uma patologia, frequentemente descrita na literatura europeia. Em 1881, Piffard relatava que, “as frieiras são uma afecção dos climas frios que atinge preferencialmente a face, mãos, nariz e orelhas, não causando problemas durante o Verão, mas originando inconvenientes e padecimentos no Inverno”.




De um modo geral, a perniose é uma resposta inflamatória anormal ao frio. Como tal, o maior factor de risco é a exposição ao frio e humidade, o que é frequente em Portugal, particularmente em habitações ou edifícios sem aquecimento central.



Afecta, preferencialmente, as mulheres, as crianças e idosos sendo que nestes últimos o curso da doença é mais grave. Clinicamente, observam-se nódulos que variam do vermelho ao violeta, que por vezes ulceram, e se distribuem, simetricamente nos dedos das mãos e pés, e, menos frequentemente, nos tornozelos, nariz e orelhas. Estas lesões, habitualmente, provocam dor, ardor e prurido.




As frieiras são benignas e auto-limitadas, melhorando ao fim de três semanas. Contudo, nos idosos e se houver manutenção da exposição aos factores desencadeantes, podem tornar-se crónicas.




A perniose deve ser distinguida de outras doenças induzidas pelo frio, nomeadamente o Lupus pernio e doenças hematológicas sensíveis ao frio. Pelo que alertava que, se alguém tiver um quadro sugestivo de frieiras, mas que se prolongue por mais de quatro semanas, deverá recorrer ao seu médico assistente, e eventualmente ser referenciado a consulta de dermatologia para ser realizado um estudo mais detalhado.






Tratamento




No que toca ao tratamento, sublinhava a importância das medidas preventivas gerais como: vestuário adequado, evicção de exposição ao frio e humidade, manutenção de pés e mãos quentes e secos, e não fumar. Com relação a fármacos, apenas a Nifedipina tem estudos que comprovam a sua eficácia no tratamento da perniose. As outras terapêuticas, habitualmente, sugeridas carecem de ensaios que justifiquem a sua utilização.



As frieiras não necessitam de ser uma causa de sofrimento para a população, pelo que para prevenir o seu aparecimento é fundamental cumprir as medidas preventivas, anteriormente descritas.






Dr. João Goes Pignatelli


Dermatologista Hospital de Santa Maria




Fonte: Jornal do Centro de Saúde
 

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