Wednesday, July 30, 2008

VERÃO EXIGE TRATAMENTO OBRIGATÓRIO DA ACNE



Dr. António Massa


Cerca de 80% dos jovens vive a sua fase da adolescência marcada pela Acne, uma patologia crónica da pele resultante de influências hormonais e genéticas que, por ser tão frequente, é considerada pelos especialistas médicos como praticamente universal durante este período, embora também possa persistir na fase adulta.





Este grau de incidência faz da Acne a principal causa que leva os jovens portugueses às consultas de Dermatologia, sendo que 10 a 15% dos casos apresentam formas consideradas graves da doença, não só pelas suas repercussões físicas, mas também, psicológicas ou mesmo psiquiátricas.




A época balnear é, segundo o Dermatologista e Membro do Portuguese Acne Advisory Board, Dr. António Massa, um período importante que requer atenção redobrada no tratamento da Acne: - "Mesmo no Verão é obrigatório o tratamento da Acne, pois com o sol há como que uma esterilização das espinhas e das borbulhas, a pele fica mais grossa e, como tal, torna as lesões mais profundas. Isto justifica o seguimento do tratamento da Acne nesta época do ano para manter aberto o folículo e facilitar a drenagem do sebo que se forma em excesso".




Os picos de incidência da Acne manifestam-se entre os 14 e os 17 anos de idade nas raparigas, e os 16 e 19 anos nos rapazes, diminuindo progressivamente com a idade e desaparecendo antes dos 25 anos. Apesar de existirem vários mitos associados ao aparecimento da Acne (tais como dietas, estilo de vida, actividade sexual, má higiene ou uso de cosméticos), as causas que estão na origem deste problema são claras: alteração do crescimento das células do folículo piloso, produção excessiva de sebo, aumento do crescimento bacteriano e inflamação. São estes os factores que provocam as lesões elementares observadas na Acne: os comedões abertos ("ponto negro"), comedões fechados ("ponto branco"), pápulas ("borbulhas"), pústulas ("espinhos") e, com menos frequência, nódulos inflamatórios, quistos e cicatrizes.




O impacto da doença não se faz apenas sentir a nível físico, deixando marcas também a nível psicossocial, ao trazer consequências graves no plano pessoal e interpessoal, numa altura em que a imagem assume um papel predominante na afirmação e construção do indivíduo. Estudos comparativos demonstram mesmo que a Acne afecta os seus doentes nos planos emocional, psicológico e relacional em grau semelhante e superior ao verificado em doenças crónicas clássicas, como por exemplo, a Asma, Epilepsia, Diabetes e Artrite.




Taxas mais elevadas de insucesso escolar e de desemprego, depressão e ansiedade, rejeição social e isolamento são algumas das principais repercussões negativas desta patologia.




De acordo com este dermatologista do Portuguese Acne Advisory Board, a Acne "é uma patologia cuja causa resulta de uma alteração que ocorre ao nível da unidade pilossebácea, sendo mais intensa nas zonas onde há glândulas sebáceas, a saber, na face e tronco. Está provado, e todos sabemos, que uma cara bonita melhora a nossa auto-estima, facilitando o relacionamento interpessoal, mas nos tempos de hoje é possível e quase seguro controlar a Acne com um tratamento médico correcto e adequado".




Este especialista médico acrescenta, ainda, que assiste-se hoje ao aparecimento de tipos de Acne cada vez mais tardios, ou seja, depois dos 25 anos e com maior incidência no sexo feminino. "Isto implica termos que ter sempre presente que enquanto e sempre que haja lesões na face ou no tronco, é importante fazer tratamento da patologia, pelo menos a nível local e durante seis a doze meses após o último surto de Acne", explica.





Na procura de solução para a Acne, o sexo feminino predomina comparativamente ao masculino, revelando uma maior preocupação e iniciativa neste sentido. Entre as soluções que ajudam a melhorar o aspecto da pele e a atenuar os efeitos nocivos da doença, existem alguns cuidados que devem ser respeitados por ambos os sexos: nunca espremer os pontos brancos e negros de modo a diminuir o risco de cicatrizes; não lavar a pele exageradamente; utilizar produtos dermatológicos suaves, sem álcool e não comedogénicos, ou seja, que não provoquem acne; evitar a exposição solar em excesso, bem como ao vento ou frio.












Mais informações úteis sobre a Acne




A Acne é uma doença das unidades pilossebáceas, observada predominantemente em jovens e localizada quase sempre na face e no tronco.





As unidades pilossebáceas são constituídas pelo folículo piloso (invaginação do revestimento superficial da pele onde se forma o pêlo) e por uma glândula sebácea associada que lança a secreção no interior do folículo, através do qual atinge a superfície cutânea.





São mais numerosas no couro cabeludo, face, pescoço e parte superior do tronco mas, enquanto no couro cabeludo o componente piloso é dominante, nas outras regiões, localizações frequentes da Acne, predomina o elemento sebáceo.






De acordo com os diversos tipos de lesões que provoca, é possível definir três tipos básicos da Acne: a Comedónica, a Pápulo-pustulosa e a Nódulo-quistica. Um pequeno, médio ou vultuoso número de cada uma das lesões elementares observáveis nos diversos tipos básicos da Acne permite gradua-los em ligeiro, moderado e grave e estabelecer um quadro com interesse não só classificativo mas fundamentalmente servindo com base para o seu tratamento.









Dr. António Massa,
Dermatologista e Membro do Portuguese Acne Advisory Board, alerta





Fonte: MediaHealth® Portugal

DOSSIER: LEUCEMIA


Sofia Aguiar




É possível «Estar Vivo com Leucemia». O número de casos de Leucemias e Linfomas tem vindo a aumentar. A taxa de cura da doença aumentou 50% nos últimos anos.


O que é a leucemia?




É uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea em que a
produção de glóbulos brancos fica descontrolada. Esta situação conduz à diminuição progressiva da produção de células normais e dá lugar a anemia, infecções e hemorragias.



Desconhece-se qual a causa específica da leucemia, embora os cientistas suspeitem que alguns vírus bem como factores genéticos, ambientais e imunológicos possam estar envolvidos.


Os sintomas iniciais da doença incluem fadiga, perda de peso, palidez, infecções e hemorragias.




Tipos de leucemia




Os tipos de leucemia são denominados em função da velocidade de progressão da doença e do tipo de glóbulo branco que afectam. A patologia pode ser classificada como aguda quando progride rapidamente ou crónica quando se desenvolve de forma mais lenta. A leucemia subdivide-se ainda em mielóide (se tiver na sua origem mieloblastos) e linfóide (se tiver na sua origem linfoblastos).




Leucemia Mielóide Aguda



Afecta geralmente pessoas de todas as idades mas com maior incidência em adultos. É uma doença do sangue na qual os mielócitos (células que normalmente se transformam em granulócitos), se tornam cancerosos e rapidamente substituem as células normais da medula óssea.



As células leucemicas acumulam-se na medula, destruindo e substituindo as que produzem as células normais do sangue. São libertadas na circulação sanguínea e transportadas para outros órgãos onde continuam a crescer e a dividir-se.




Podem originar tumores pequenos na pele ou sob a mesma, provocar meningite, anemia, insuficiência renal e hepática ou lesar qualquer outro órgão. Sintomas como fraqueza, falta de ar, infecções, febres, hemorragias, dores de cabeça, vómitos, irratibilidade, dores nos ossos e nas articulações também são comuns.




Leucemia Mielóide Crónica



Atinge pessoas de qualquer idade e sexo, mas é mais rara em crianças com idades inferiores a 10 anos. É uma doença do sangue na qual uma célula que se encontra na medula óssea se transforma em cancerosa e produz um número elevado de granulócitos anormais (outro tipo de glóbulos brancos).



Estes por sua vez, tendem a eliminar as células normais da medula podendo formar grandes quantidades de tecido fibroso que substitui a medula óssea normal.




Durante este desenvolvimento da doença, os granulócitos imaturos entram bruscamente na circulação sanguínea e na medula óssea provocando ainda mais mudanças e, direccionando a doença para uma crise blástica, em que as células-mãe cancerosas começam a produzir apenas granulócitos imaturos, sinal de que a doença se agudizou.




A partir desse momento os tumores compostos por granulócitos (cloromas) de reprodução rápida, podem aparecer na pele, nos ossos, no cérebro e nos gânglios linfáticos.



Grande parte destes granulócitos leucémicos têm a sua origem na medula óssea, mas alguns são produzidos no baço ou no fígado. Estas células podem ir desde muito imaturas a maduras, enquanto que na Leucemia Miéloide Aguda só se observam formas de células imaturas.



Numa fase inicial, a Leucemia Miéloide crónica é por vezes assintomática, contudo, algumas pessoas apresentam fadiga, falta de apetite, perda de peso, febres, suores nocturnos, sensação de estar cheio, palidez, hematomas, hemorragias, aumento de volume dos gânglios linfáticos, formação de nódulos cutâneos, desenvolvimento de anemia, trombocitopenia (redução substancial do nível de plaquetas), entre outros.




Leucemia Linfocítica Aguda



Muito frequente em crianças (abrange cerca de 25-30% de todos os cancros em crianças), com idades inferiores a 15 anos, embora surja também em adolescentes e, com menos frequência nos adultos.



É uma doença do sangue que faz com que as células que normalmente se transformam em linfócitos, se tornem cancerosas e rapidamente destruam e substituam as células que produzem células sanguíneas normais que se encontram na medula óssea. Libertam-se no fluxo sanguíneo e são transportados para o fígado, baço, gânglios linfáticos, cérebro, rins, orgãos reprodutores, entre outros, onde se continuam a reproduzir, multiplicar e dividir... Podem irritar a membrana que recobre o cérebro, chegando mesmo a provocar meningite ou anemias, insuficiência hepática
ou renal e lesões de outros orgãos.



Os sintomas incluem fraqueza, falta de ar, infecções, febres, hemorragias, fadiga, palidez, sangramento das gengivas, manchas na pele, tendência para hematomas. As células leucémicas que se encontram no cérebro podem provocar dores de cabeça, vómitos e irratibilidade. A medula óssea pode causar dor óssea e articular.




Leucemia Linfocítica Crónica



Mais de três quartos dos doentes com este tipo de Leucemia têm mais de 60 anos. Afecta duas ou três vezes mais os homens do que as mulheres, tendo o factor genético alguma influência na sua manifestação.



Caracteriza-se por uma grande quantidade de linfócitos cancerosos maduros (um tipo de glóbulos brancos) e por um aumento dos gânglios linfáticos. Inicialmente estes linfócitos aumentam nos gânglios linfáticos e estendem-se até ao fígado e ao baço (entre outros orgãos), provocando um aumento do tamanho. Quando invadem a medula óssea, expulsam as células normais e produzem anemia, diminuição dos glóbulos brancos normais e das plaquetas no sangue.



O sistema imunitário que defende o corpo diminui (reduz a quantidade e actividade dos anticorpos e proteínas que ajudam no combate das infecções), reagindo de forma inadequada contra os tecidos normais e destruindo-os, podendo causar também a destruição dos glóbulos vermelhos e das plaquetas, inflamação dos vasos sanguíneos, das articulações, da glândula tiróide, entre outros casos.


A Leucemia Linfática Crónica pode ser classificada segundo o tipo de linfócito envolvido:



- leucemia de Linfócito B: é o tipo mais frequente e constitui quase três quartos de todos os casos de Leucemia Linfática Crónica;



- leucemia de Linfócito T: é a menos frequente.



- outros tipos incluem o síndroma de Sézary (leucemização da micose fungóide); tricoleucemia (tipo raro que produz um grande número de glóbulos brancos anormais, com uns prolongamentos característicos visíveis ao microscópio).




Nos estádios iniciais da afecção, os doentes apresentam gânglios linfáticos aumentados. Outros sintomas podem incluir fadiga, perda de apetite, perda de peso, falta de ar, sensação de ter o abdómen cheio provocado pela hipertrofia do baço, entre outros.





Diagnóstico



A leucemia diagnostica-se através de testes sanguíneos ou exames efectuados na medula óssea, sendo que mais de metade dos diagnósticos são detectados em simples análises de rotina.





Exames para detectar a doença:



Hemograma - Análises normais de sangue.




Medulograma – Após anestesia local, uma agulha específica é introduzida no osso da bacia ou no esterno. Uma amostra de medula óssea é retirada com uma seringa.



Biópsia Óssea – Com uma agulha especial, uma pequeníssima porção de osso é removida.





Tratamento



O objectivo do tratamento da leucemia é parar a evolução da doença durante o maior tempo possível, ou seja, controlar a evolução da doença e atenuar os sintomas, permitindo ao doente continuar as suas rotinas diárias.



A grande diversidade de tratamentos implica a articulação entre diversas especialidades médicas, o que permite decidir e planear o tratamento da maneira mais eficaz e obter melhores resultados no menor tempo possível e com o mínimo de sequelas.




Deste esforço resultou a descoberta do mecanismo de actuação que na origem da Leucemia Mielóide Crónic facilitou, em 2000, a criação do primeiro fármaco anticancro: o mesilato de imatinib.



Os benefícios deste tratamento residem nos poucos efeitos secundários (ataca apenas as proteínas malignas das células cancerosas e poupa as células sãs) e no aumento da taxa de sobrevivência do doente após mais de seis anos depois de ter sido diagnosticada a doença e iniciada a terapêutica. Cerca de 90% dos doentes sobrevivem e reduzem as células tumorais em 99,9%.




A criação do mesilato de imatinib afasta o recurso aos tratamentos convencionais com muitos efeitos secundários, utilizados até finais dos anos 90: quimioterapia, transplante de medula óssea, radioterapia e fármacos demasiado agressivos.



Estar vivo com leucemia e ter qualidade de vida é hoje uma realidade possível. Para isso importa
envolver o doente no tratamento, proporcionar mais informação sobre a doença e ajudar no cumprimento do tratamento.




Entidades unem-se para informar sobre a doença



É possível «Estar Vivo com Leucemia»



Em Portugal existem todos os anos mais de mil novos casos de leucemia. As boas notícias são que nos últimos anos a taxa de cura desta doença aumentou 50%.



Esta e outras mensagens foram divulgadas à população no âmbito da Semana Europeia da Leucemia – nos passados dias 2 e 3 de Julho - numa acção que une a CP, Novartis Oncology, Sociedade Portuguesa de Hematologia, Sociedade Portuguesa de Oncologia e Associações de Doentes.



O projecto, inovador, tem por objectivo informar a população, desmistificando medos e ideias erradas sobre a leucemia. Num total, serão 50 mil exemplares do jornal «Estar Vivo com Leucemia» distribuidos aos passageiros da CP nas estações do Porto (Campanha e São Bento), Aveiro, Coimbra, Cais do Sodré e Lisboa (Oriente).



«É muito importante divulgar informação correcta e actualizada sobre esta doença, por forma a combatê-la melhor. Sabemos que o conhecimento do público em geral sobre doenças como a leucemia é em geral muito escasso e frequentemente associado à ideia de cancro, como uma doença fatal e geradora de grande sofrimento físico».



Quem o diz é o médico António Parreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia no jornal «Estar Vivo com Leucemia», uma iniciativa que visa informar e esclarecer a população, desmistificando medos e ideias erradas sobre esta doença que anualmente afecta mais 1.000 portugueses.




Fonte: Best News

Sunday, July 20, 2008

INFERTILIDADE: IDENTIFICAR OS FACTORES, ESTABELECER UM PROGNÓSTICO E DEFENIR UMA METODOLOGIA TERAPÊUTICA MAIS ADEQUADA





Dr. Alberto Barros




A infertilidade conjugal, definível como a ausência de gravidez após um ano de actividade sexual regular sem qualquer prática contraceptiva, é uma realidade crescente, envolvendo cerca de 15% dos casais em idade procriativa, assumindo a sua resolução cada vez maior importância social e não apenas individual, atendendo à diminuição dramática da taxa de fertilidade que, em Portugal, já será inferior a 1,4.




O estudo do casal infértil tem como objectivos fundamentais identificar os factores de infertilidade, estabelecer um prognóstico e definir a metodologia terapêutica mais adequada, devendo os casais ser informados de que, apesar dos enormes avanços científicos e técnicos, não é possível diagnosticar a causa em cerca de 5 a 10% dos casos, permanecendo um longo e árduo caminho para que os múltiplos factores que podem resultar em infertilidade sejam integralmente conhecidos, compreendidos e vencidos.



A primeira abordagem terapêutica deve privilegiar a metodologia mais simples, mais fisiológica e menos intervencionista, desde que proporcione uma perspectiva de sucesso minimamente consistente.



A terapêutica mais simples é a Estimulação da Ovulação, em que a doente é submetida a uma estimulação hormonal suave dos ovários, controlada ecograficamente, de modo a ajustar a dosagem do medicamento e a definir o dia em que irá ocorrer a ovulação, o que permitirá esclarecer o casal relativamente aos períodos mais indicados para terem relações sexuais.



Se a indução da ovulação não permitir alcançar a gravidez, ou se o estudo realizado ao casal não legitimar a tentativa de resolver o problema da forma mais simples, estará indicado o recurso à Reprodução Medicamente Assistida: inseminação artificial intra-uterina, fertilização in vitro (FIV) e fertilização in vitro com micro-injecção intracitoplasmática (ICSI).



A ICSI veio permitir criar legítimas expectativas de gravidez em muitos casais que, anteriormente, só teriam uma solução reprodutiva no domínio do "milagre biológico" ou no recurso a espermatozóides de dador, nomeadamente em casos de azoospermia (ausência de espermatozóides no esperma - por obstrução à passagem dos espermatozóides ou quando a produção de espermatozóides nos testículos está gravemente atingida, mas subsistem alguns focos), incapacidade de ejaculação (p. exemplo, em paraplégicos, com colheita de espermatozóides por estimulação eléctrica com sonda endorectal ou por biopsia testicular), ejaculação retrógrada (em que o esperma vai para a bexiga, não se exterioriza, recolhendo-se os espermatozóides na urina através de micção após masturbação), anomalias extremamente graves do número, morfologia ou motilidade dos espermatozóides, doentes seropositivos (após a respectiva "lavagem" dos espermatozóides),...



Apesar da taxa de sucesso ser limitada e variável em função de múltiplos parâmetros, o fantástico poder de intervenção proporcionado pela prática competente da FIV e da ICSI pode proporcionar uma probabilidade média de gravidez, de 30 - 40%.



A exaltação final à competência rigorosa dos profissionais, não só nos actos que praticam mas também na informação que divulgam, e às medidas profiláticas decorrentes dos comportamentos da população (por exemplo, práticas de vida saudável e as senhoras iniciarem as tentativas de gravidez antes dos 30 anos) justifica-se pela possibilidade real de não acrescentar factores de insucesso aos muitos de ordem biológica já inevitavelmente existentes, tantas vezes inimigos desconhecidos ou de combate infrutífero.




1 - Microinjecção do espermatozóide no interior do ovócito.


2 - Ovócito fecundado (observam-se os dois núcleos - o do ovócito e o do espermatozóide).~


3 - Embrião com 8 células (3º dia de desenvolvimento).


4 - Embrião no 5º dia de desenvolvimento: fase de blastocisto.


5 - Eclosão do embrião (saída do embrião do seu envólucro).


Dr. Alberto Barros,Professor Catedrático de Genética Médica,


Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)




Fonte: Saúde em Revista

BANDA DESENHADA EXPLICA ENURESE NOCTURNA ÀS CRIANÇAS: «OJOÃOZINHO VENCE O CHICHI NA CAMA»


Joana Borges




A Ferring Portuguesa acaba de criar uma banda-desenhada que representa a história de um menino de 6 anos que sofre com a problemática da enurese nocturna. Este livrinho estará disponível em consultórios médicos (pediatras) ao dispor de pais das crianças a quem seja diagnosticada esta disfunção.



O livrinho conta a história do Joãozinho, que acabou de completar seis anos, e que sofre interiormente com a problemática de à noite fazer chichi na cama.



Entretanto, ele é convidado por um amigo para ir passar o fim-de-semana a sua casa, mas recusa-se pois tem medo que descubram o seu segredo.




Os pais preocupados com o receio do filho, vêm um cartaz que fala sobre esta disfunção e que aconselha a levarem a criança que apresenta estes sintomas ao médico. Assim fizeram.



O médico concluiu que o Joãozinho não sofria de nenhum problema patológico e deu-lhe alguns conselhos comportamentais e medicação para tomar antes de se deitar.



Com o tratamento, o Joãozinho deixa de fazer chichi na cama, a auto-estima aumenta, o aproveitamento escolar também melhora e decide então aceitar o convite do amiguinho para passar o fim-de-semana em casa dele.



A banda desenhada intitulada “O Joãozinho vence o chichi na cama” pretende ser um suporte de ajuda e de informação direccionado principalmente às crianças, em que de uma forma simples e lúdica se explica a situação pela qual estão a passar e que não são os únicos daquela idade a sofrer desta disfunção.



A enurese nocturna é a emissão involuntária de urina durante o sono que ocorre em crianças com mais de cinco anos de idade e na ausência de qualquer defeito do sistema nervoso central.



Esta disfunção é comum e os índices de prevalência são semelhantes em todo o mundo. Na Europa, mais de cinco milhões de crianças sofrem de chichi na cama e é mais comum nos rapazes do que nas raparigas.







Fonte: Best News®

Friday, July 11, 2008

ÁGUA, UM LÍQUIDO FUNDAMENTAL



Alexandre Fernandes, Nutricionista





O Verão é a estação do ano onde as pessoas prestam mais atenção ao seu corpo. Muitos seguem uma alimentação equilibrada, suam no ginásio com o objectivo principal de dar nas vistas quando vão para a praia. No entanto, grande parte destas pessoas acaba por se esquecer de ingerir as quantidades adequadas, de um elemento vital para nossa saúde: a água.



Os nutricionistas são habitualmente confrontados, nas consultas, com indivíduos que todos os dias de ma-nhã saem para ir trabalhar e ao regressarem a casa, ao final do dia ou à noite, dão conta que não beberam ao menos um copo de água durante todo dia.



Estas pessoas reconhecem que não têm tanta sede e, por isso acreditam que não existe nenhum problema se não beberem uma quantidade mínima de água durante o dia. O que essas pessoas não sabem é que a deficiência constante deste líquido, tão importante no nosso organismo, pode causar sérios problemas no futuro e pôr a nossa saúde em risco.



A maioria dos indivíduos não associa a água a uma boa alimentação, mas ela é, depois do oxigénio, a substância mais importante para a manutenção da vida. Durante os meses de Verão, quando a média da temperatura ultrapassa os 30ºC, as necessidades são ainda maiores e, todos nós devemos ficar atentos para repor a perdas de água que ocorrem nesses dias.





Elemento Vital



A água é a substância mais abundante do corpo humano, ou seja, é um componente essencial de todos os tecidos do organismo. Apesar de não conter nenhuma caloria ou macro-nutrientes, sem água o corpo humano só continuaria a funcionar por poucos dias. A perda de 20% de água corporal pode causar a morte e uma perda de apenas 10% causa distúrbios graves. Em temperaturas moderadas, os adultos podem viver aproximadamente 10 dias sem água; já as crianças vivem, em média, até 5 dias. Já sem alimento uma pessoa saudável pode sobreviver durante várias semanas.



A água desempenha um papel essencial em quase todas as funções do corpo humano. É utilizada para a digestão, para a absorção e para o transporte dos nutrientes; serve de meio aquoso para uma série de processos químicos; assume o papel de solvente para os resíduos do corpo e também os dilui para diminuir a sua toxicidade, assim como ajuda no processo de excreção dessas substâncias. Ajuda, ainda, a manter a temperatura do organismo estável. Além disso, a água proporciona uma camada protectora para as células e, sob a forma de líquido amniótico, protege o feto em desenvolvimento.



A água é necessária à formação de todos os tecidos do organismo proporcionando a base para o sangue e todas as secreções líquidas (lágrimas, saliva, sucos gástricos, etc), que lubrificam os diversos órgãos e articulações. Também mantém a pele macia e elástica.



Com o envelhecimento, o corpo começa a desidratar-se cada vez mais. Por exemplo, o corpo de um bebé recém-nascido compõe-se de 75 a 80% de água, contra apenas 50% no caso de um adulto como uma idade média entre os 60 e os 70 anos. Este processo de desidratação reflecte-se numa pele enrugada, num fluxo sanguíneo reduzido e articulações mais endurecidas.


EROSÃO ÁCIDA, UM DOS PROBLEMAS MAIS PREOCUPANTES DA SAÚDE DENTÁRIA EM PAÍSES DESENVOLVIDOS


Dr. J. Pinheiro Torres





O desgaste da superfície dentária é comum a todos os indivíduos com dentes naturais, e considerado um processo fisiológico.



A causa caracteriza-se pela combinação de basicamente três processos – erosão, atrição e abrasão. A atrição define-se pelo desgaste das su-perfícies mastigatórias, tornando-as mais planas, pela sua interacção.



A erosão é causada por ácidos provenientes da dieta ou do estômago, que agravam o processo de atrição/ero-são, e formam lesões que tipicamente ocorrem nas faces in-ternas e externas dos dentes.



Os ácidos, quando combinados com atrição ou abrasão, têm um potencial de desgaste muito significativo. Os sinais clínicos iniciam-se por uma perda do brilho do dente, seguindo-se um aplanamento das estruturas convexas, tornando-se mesmo concavas e em forma de meia lua, se for mantida a exposição a ácidos.



Este desgaste vai reduzindo a espessura do esmalte, expondo a camada de dentina subjacente e alterando a cor de branco para amarelo, cor típica da dentina.



Os ácidos provenientes do estômago são factor de risco im-portante para o desenvolvimento da erosão ácida, o qual deve ser tomado em conta.



A principal causa é o refluxo gastro-esofágico (ansiedade, gravidez, etc.), fortemente associado com o desgaste dos dentes superiores, pela face interna. Outras causas são a regurgitação por vómito, como o abuso de álcool, bulimia e etc.



A frequência de alimentos e bebidas ácidas, e de como elas são consumidas é importante na erosão dentária. Estudos realizados no Reino Unido concluem com preocupação que, apesar de existirem certos códigos de conduta pela “Indepen-dent Television Commission for Children’s Advertising”, muitos dos produtos promovidos durante os programas para crianças são potencialmente agressivos para a saúde dentária.



Relacionado ainda com a dieta, foram também testados vá-rios chás de fruta, comprovando-se serem, na generalidade, altamente ácidos e capazes de desgastar a superfície dentária.



Certos grupos podem também ser considerados de risco, como algumas indústrias químicas e enólogos. Existe uma minoria de casos reportados associando actividades despor-tivas com erosão ácida.



A causa pode estar relacionada com a exposição directa a ácidos (natação), a exercícios que im-pliquem contracções musculares intensas, podendo promover o refluxo gastro-esofágico, ou a certas bebidas vulgarmente utilizadas por atletas.



A progressão do desgaste dentário é lenta e com períodos de actividade e inactividade. Apesar de poderem ser tratadas estas lesões provocadas por ácidos, através de restaurações dentárias, a prevenção e monitorização acaba por ser a estra-tégia mais importante na manutenção da vitalidade dentária.





J. Pinheiro Torres,
Director clínico da Clínica Pinheiro Torres,
master em Implantologia pela Universidade de Gotemburgo
www.clinicapinheirotorres.com
boss@clinicapinheirotorres.com
+ 351 226 164 780



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Fonte: Saúde em Revista

PODOLOGISTAS DEBATEM SAÚDE DOS PORTUGUESES


Marlene Martins









A Associação Portuguesa de Podologia vai organizar o III Congresso Nacional, a única iniciativa desta dimensão que se realiza em Portugal, nos dias 18 e 19 de Julho, no Hotel Porto Palácio. É aguardada a participação de mais de 400 especialistas nacionais e estrangeiros.







De acordo com o Dr. Manuel Azevedo Portela, presidente da Associação Portuguesa de Podologia, "esta iniciativa visa a sensibilização dos portugueses face às doenças que afectam os pés e ao mesmo tempo pretende promover a dinamização e o crescimento da Podologia em Portugal".




O podologista refere ainda que "este congresso é mais uma oportunidade de falar da podologia enquanto especialidade na área da saúde, uma vez que essa é ainda desconhecida por uma grande maioria dos portugueses".



Este congresso é direccionado para podologistas, dermatologistas, farmacêuticos, médicos de clínica geral e familiar, enfermeiros e estudantes do Ensino Superior na área da saúde.




As inscrições podem ser realizadas através do site
http://www.appodologia.com/






Alguns temas em debate:




» Neoplasias no pé;




» Onicomicoses em podologia;





» A dor na consulta de podologia – estudo piloto;




» A diabetes mellitus e suas complicações;




» Métodos avançados na avaliação do pé diabético, pé e o desporto;





» Ligaduras neuromusculares;




» Cuidados continuados e a podologia;




» Prevenção e tratamento do pé geriátrico;




» Homeopatia na podologia.









FAÇA O DOWNLOAD DO PROGRAMA E DA FICHA DE INSCRIÇÃO (Documento associado.pdf)


CLIQUE AQUI




Fonte:

Sunday, July 6, 2008

Download David Neves - Parasitologia Humana 11ª ed

livro - David Neves - Parasitologia Humana
Um excelente livro para quem está estudando Parasitologia! Está em formato pdf,dessa forma, caso precise recortar-colar alguma parte do texto é possível, além de figuras e tabelas.

Pelo buscapé:



Thursday, July 3, 2008

Download Microbiologia

Atualizado

Introdução a Microbiologia - ppt
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Morfologia e Estrutura - rar
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Metabolismo e crescimento - rar
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Quimioterápicos e Antibióticos - rar
Download
Microrganismos e microbiologia (Brock) - zip(ppt)
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Uma visão geral da vida microbiana (Brock) - zip(ppt)
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Nutrição e metabolismo de microrganismo (Brock) - zip(ppt)
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Fundamentos de virologia (Brock) - zip(ppt)
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Vírus de bactérias, animais e plantas (Brock) - zip(ppt)
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Controle_de_crescimento_microbiano (Brock) - zip(ppt)
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Microbiologia Industrial e Biocatálise (Brock) - zip(ppt)
Download

DOENTES COM PSORÍASE: ATÉ 79% PODERÃO SER AFECTADOS NO COURO CABELUDO


Carla Rodrigues


A Psoríase é uma das doenças de pele mais comuns, que além da marcada perturbação funcional, é responsável por distúrbios emocionais num número significativo de doentes.



Incurável e com surtos de intensidade variável, penaliza numa fase inicial sobretudo o couro cabeludo, estimando-se que até 79% dos doentes portadores da patologia possam apresentar envolvimento desta zona.


De acordo com um estudo do Observatório Nacional de Saúde realizado em 2004 (ONSA), existem em Portugal cerca de 124 mil pessoas que sofrem de Psoríase e, destes, 98 mil têm envolvimento do couro cabeludo.


A Psoríase no Couro Cabeludo, ao contrário de outras zonas do corpo que podem ser escondidas pelo vestuário, é a localização que mais afecta os doentes em termos psicológicos e emocionais, uma vez que se trata de uma área exposta e normalmente de elevada carga estética e simbólica. Reacções emocionais de vergonha, embaraço, autoconsciência e comiseração, ansiedade, hostilidade, desespero e depressão, são apenas algumas das consequências psicológicas desta doença que além de se fazer sentir na pele, deixa marcas bastante mais profundas.


Mas é a perda da auto-confiança e da auto-estima, com compromisso do funcionamento social (actividades sociais, laborais e carreira profissional), que mais se verifica entre os doentes. Estes revelam mesmo, quando avaliados por questionário de qualidade de vida, uma repercussão da doença a nível físico e mental, de grau comparável à observada no cancro, artrite, hipertensão, doença cardíaca, diabetes e depressão.


Em termos de consequências da psoríase do couro cabeludo nos sistemas de saúde, calcula-se que esta doença representa cerca de 1% da despesa total de saúde nos países europeus, contribuindo ainda para o aumento do absentismo por doença e custos económicos indirectos substanciais.


Apesar de algum investimento feito em Portugal na área da Psoríase
continuam a subsistir lacunas. O envolvimento do couro cabeludo pode ser controlado eficazmente com medicamentos tópicos, poupando recursos de saúde que podem ser aplicados aos casos muito graves. Alguns destes medicamentos tópicos são produzidos especificamente para responder a essas lacunas, entre elas a dificuldade dos doentes em cumprirem, no dia a dia e por rotina, a terapêutica prescrita pelo médico.


Nos próximos anos, prevê-se que a população psoriática cresça ao mesmo ritmo que a população em geral. A população portuguesa passará para 10,7 milhões em 2010, sendo possível estimar que o total de doentes com Psoríase a procurar tratamento seja de 192.600, em 2010, entre os quais 152.154 apresentarão envolvimento do couro cabeludo.


De acordo com o Dr. Rui Bello, médico dermatologista do Hospital Militar de Belém, “a Psoríase é uma doença cutânea de evolução crónica, com surtos de intensidade variável intervalados por períodos de remissão. É incurável e pode ser responsável, em número significativo de doentes, por distúrbios emocionais. A Psoríase do Couro Cabeludo - ao contrário de outras zonas do corpo camufladas pelo vestuário - corresponde à localização que mais penaliza estes doentes, por ser uma área exposta e normalmente investida de forte carga estética e simbólica”.


Para o Presidente da PSOPortugal - Associação Portuguesa da Psoríase, Dr. João Cunha, “a Psoríase do couro cabeludo é, em muitos casos, a primeira manifestação desta doença que pode atingir qualquer parte do corpo e, em alguns casos, tem um impacto psicológico muito grande. Com base no estudo que a PSOPortugal apresentou em Abril passado, cerca de 60% dos doentes de Psoríase têm lesões no couro cabeludo. Além dos casos diagnosticados, acreditamos que algumas pessoas tenham Psoríase no Couro Cabeludo sem ter sido ainda diagnosticada, porque muitas das vezes é confundida com uma simples caspa. Muitos dos doentes de Psoríase com este tipo de lesões são discriminados pelo aspecto da sua pele ou cabelo, mas também pela descamação provocada pela Psoríase. É imprescindível que o SNS reconheça esta doença como crónica para que todos os doentes tenham acesso às terapias mais eficazes, reduzindo assim, o impacto que esta doença tem na qualidade de vida de cerca de 250 mil pessoas em Portugal.”




Sobre a Psoríase do Couro Cabeludo


A Psoríase do couro cabeludo é uma das formas de manifestação da Psoríase mais frequentes, podendo surgir em qualquer idade e, também, na sequência de outras formas da doença. Geralmente, apresenta-se como grandes placas espessas que atingem sobretudo a nuca, a linha do cabelo, atrás das orelhas e nos lóbulos. A Psoríase do Couro Cabeludo, como outras formas de Psoríase, não é contagiosa, e quando afecta esta zona geralmente não aparece na pele do corpo.


Além da caspa, a Psoríase do couro cabeludo deve distinguir-se de outras situações como a tinha (micose) do couro cabeludo e a dermatite atópica (estas duas muito mais frequentes nas crianças).


As causas da Psoríase não estão totalmente esclarecidas, mas é ponto assente que certos factores podem agravá-la. Entre os mais importantes estão o cansaço, a tensão emocional, o consumo de álcool e de tabaco. Daí que parte importante da terapêutica passe por modificações do estilo de vida do paciente.




Sobre a PSOPortugal


A PSOPortugal, Associação Portuguesa da Psoríase foi formalmente constituída em Fevereiro de 2005 e tem como principais objectivos promover e dinamizar campanhas para alertar, despertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que são alvo os doentes de Psoríase. Esta associação, que conta com cerca de 500 associados, luta também para que esta doença, que afecta cerca de 250 mil pessoas em Portugal, seja reconhecida como doença crónica pelo SNS.







Fonte: MediaHealth® Portugal

TODA A VERDADE SOBRE A PÍLULA




Cláudia Pinto



A equipa do Jornal do Centro de Saúde preparou este mês um artigo especial sobre a pílula, de forma a desmistificar alguns mitos que muitas mulheres ainda têm.



Saiba o que é realmente verdade e aquilo que não passa de boato relativamente à eficácia da pílula enquanto método contraceptivo.


Recebemos diariamente algumas dúvidas de leitoras no nosso consultório bem-estar sexual e decidimos reunir três especialistas que respondem às questões mais frequentes:


A pílula engorda? Diminui a fertilidade? O que fazer quando me esqueço de tomar a pílula? Estas e outras dúvidas são respondidas neste artigo pelo Prof. José Martinez de Oliveira, presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), pelo Dr. Daniel Pereira da Silva, director do serviço de ginecologia do Instituto Português de Oncologia e pela Dra. Lisa Vicente, ginecologista, obstetra e voluntária da Associação de Planeamento para a Família (APF).


“A pílula actua inibindo a ovulação. Não havendo ovulação, não há gravidez”, explica o Dr. Daniel Pereira da Silva. O presidente da SPG acrescenta que “este método contraceptivo torna o muco cervical espesso e intransponível aos espermatozóides e o endométrio (uterino) não receptivo, existindo ainda interferência na motilidade das trompas”. Fica assim facilmente explicado o melhor benefício da pílula que passa por “permitir que as mulheres e os casais evitem uma gravidez quendo não o desejem”, fundamenta a Dra. Lisa Vicente.


Um casal pode assim planear quando pretende ter filhos. No entanto, os benefícios da pílula não se ficam por aqui. “Para além dos efeitos contraceptivos, diminui as dores menstruais, diminui o fluxo de sangue perdido em cada menstruação, melhora o acne e o excesso de pêlos nas mulheres que sofrem destas alterações”, acrescenta a ginecologista da APF.




O que fazer quando se esquecer de tomar a pílula


A Dra. Lisa Vicente deixa algumas dicas úteis para não se esquecer de
tomar a pílula ou para enfrentar possíveis esquecimentos:


- A melhor forma de não se esquecer de tomar a pílula é associar este hábito a outro que já tenha diariamente. Por exemplo, escovar os dentes à noite. Colocar a embalagem num copo com a escova e a pasta de dentes, pode ser uma boa ideia. A toma à noite tem a vantagem que na manhã seguinte ainda tem uma nova hipótese de se voltar a lembrar, quando voltar a escovar os dentes... Um alarme no telemóvel também pode ser outra ideia.


- Se tomar a pílula fora da hora habitual, mas ainda durante as doze horas seguintes, deve-se tomar nessa altura a pílula esquecida e a seguinte na hora habitual. Mesmo que a isto corresponda tomar duas pílulas no mesmo dia.


- Se o esquecimento ultrapassar as doze horas, deve-se continuar a tomar a embalagem normalmente. Porém, durante os sete dias seguintes (sem novos esquecimentos) tem de ter também outro cuidado contraceptivo. Por exemplo, o preservativo.


E se vomitar?


Quando se vomita nas duas-três horas seguintes à toma da pílula, ela pode não ter sido absorvida. Nesse caso, aguarda-se deixar de vomitar e toma-se uma nova pílula dentro do período de doze horas seguintes. Se isto não for possível, considera-se a pílula “esquecida” e procede-se como se explicou anteriormente.




Quando se toma antibióticos ou se tem diarreia


Não se pára a embalagem da pílula, mas enquanto durarem estes acontecimentos, tem de se utilizar também outro método contraceptivo.
Se já toma a pílula e vai começar um novo tratamento, deve sempre perguntar ao seu médico se irá diminuir a eficácia da contracepção.




Como lidar com a diferença horária de vários países em caso de viagem?


Se precisar de viajar, saiba que “a interferência das diferenças horárias só é importante para viagens de muito longo curso. Assim se o dia ficar encurtado dever-se-á manter o esquema adequado à hora local. Se pelo contrário o dia resultar alongado (oito ou mais horas) pode fazer-se um ajuste progressivo antecipando a toma de algumas horas e ir retardando ao longo dos dias seguintes”, explica o Prof. José Martinez de Oliveira.




Os mitos e a verdade


Reunimos uma série de questões que nos têm sido colocadas e perguntámos ao Prof. José Martinez de Oliveira e ao Dr. Daniel Pereira da Silva o que é realmente verdade e aquilo que ainda é um mito, mas bastante credível, para muitas mulheres. Acabe com as dúvidas e fique completamente esclarecida!



A pílula engorda – Mito


A pílula não engorda. Em estudos com alguma dimensão, verifica-se que cerca de 80 por cento das utilizadoras não sofrem qualquer alteração do peso; cerca de 10 a 15 por cento engordam e cerca de 5 a 10 por cento emagrecem. A pílula não é anabolizante e não aumenta o apetite, na grande maioria dos casos.


As mulheres que aumentam de peso com a pílula, engordam com muita facilidade e todas as razões são invocadas para o justificar. O aumento ponderal devido à gordura pode ocorrer em algumas mulheres por razões variadas mas fundamentadas numa sensibilidade individual.


A pílula tem efeitos secundários – Verdade


Não há nenhum fármaco que não tenha efeitos secundários potenciais, mas a pílula é muito bem tolerada. As moléculas que se usam actualmente são muito seguras e as doses muito mais baixas que no passado.


A pílula de hoje quase não tem efeitos secundários, é o método contraceptivo mais eficaz para evitar a gravidez não desejada e preservar a fertilidade para quando o casal o desejar. Nada existe que não tenha inconvenientes. Contudo, os benefícios da pílula ultrapassam largamente os seus eventuais riscos e defeitos.



A pílula é eficaz a 100% - Mito


Não há métodos contraceptivos reversíveis, que sejam 100% eficazes. A pílula desde que seja tomada com rigor, sem falhas e sem esquecimento atinge a eficácia total, desde que não haja vómitos, diarreia e não se usem outros medicamentos associados que interfiram na sua segurança.


O problema é que, não raras vezes, a mulher atrasa a toma do comprimido ou esquece-se de o fazer e continua a ter relações como se estivesse protegida. É incrível a frequência e a inconsciência com que o fazem.

Em teoria diríamos que é quase 100% eficaz, sendo a taxa inferior a uma em mil. Porém, deve pensar-se que o uso prático se faz em pessoais reais com os seus despistes e esquecimentos. A eficácia corrente é pois muito inferior.



A pílula diminui a fertilidade - Mito


Não, a pílula é o método reversível que melhor preserva a capacidade fértil da mulher. As infecções, causa frequente de esterilidade, são menos frequentes na mulher que toma a pílula. Os tumores do ovário são também menos frequentes na mulher que toma a pílula.



O tabaco reduz a eficácia da pílula – Mito com precaução


O tabaco não reduz a eficácia da pílula, mas a associação pílula/tabagismo é perigosa, porque a pílula potencializa os efeitos nocivos do tabaco no sistema cardiovascular. Com a associação, o enfarte do miocárdio é mais frequente. A combinação do tabagismo com a pílula potencia o respectivo risco de acidentes vasculares e tromboembólicos.



A pílula diminui a libido - Mito


É outro grande mito. Há uma minoria de casos onde isso se verifica. Se aprofundarmos a história dessas mulheres vamos constatar que um elevado de casos o desempenho sexual já não era muito satisfatório, já havia disfunção que não era tão valorizada. A pílula pode ser um pretexto e como tal, mudar de marca, via de administração ou de método pode ajudar.


Ainda tem dúvidas?


Ligue para a “Linha Opções” da APF


É uma linha telefónica de ajuda, informação e aconselhamento que procurará prestar formação e aconselhamento especializado sobre gravidez não desejada e métodos contraceptivos.
Funciona de 2ª a 6ª feira entre as 12h00 e as 20h00, através do número 707 220 249






Fonte: Jornal do Centro de Saúde

ESPECIALISTAS DEBATEM DOENÇAS DO FÍGADO


A Cirrose é a doença do foro hepático com maior prevalência na região



Alguns dos maiores especialistas regionais, nacionais e mesmo internacionais em Hepatologia (estudo do fígado) estarão reunidos amanhã e sábado para ministrar um Curso de Actualização em Hepatologia e Vias Biliares.


Promovido pelo Serviço de Gastrenterologia + do Hospital Central de Funchal (HCF), nomeadamente pela Consulta de Hepatologia, o curso vai decorrer no Hotel CS Madeira e será frequentado por mais de uma centena de médicos e estudantes de medicina.


Luís Jasmins, responsável pela Consulta de Hepatologia do HCF, diz que entre os convidados estão José Velosa (chefe de Serviço de Gastrenterologia do Hospital Santa Maria), Eduardo Barroso (director do Centro Hepato-Bilio-Pancreático e da Unidade de Transplantação do Hospital Curry Cabral + ), Rui Perdigoto (especialista em Medicina Interna + do Hospital Curry Cabral), Celso Matos (médico radiologista português a exercer na Bélgica), entre muitos outros, num total de 27 especialistas (10 da Região, 15 do continente e 2 do estrangeiro).


Serão muitos os temas abordados nestes dois dias, nomeadamente o diagnóstico das Doenças hepáticas + , as dependências do Álcool + e da heroína, as Hepatite + s B e C e a co-infecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana, os produtos naturais e o fígado, os Transplantes hepáticos + e a cirurgia das vias biliares.


Actualmente na Região, em termos das doenças do foro hepático, é a cirrose que tem maior prevalência. Também se regista um elevado número de hepatites, quer a B quer a C, embora a variante B esteja, hoje em dia, mais 'controlada' devido à vacina contra o vírus.


Os especialistas na Região já tratam a maioria das situações e patologias, exceptuando os casos que obrigam a transplantes de fígado ou a cirurgias mais complexas.


Luís Jasmins enaltece a colaboração e as boas relações pessoais existentes entre os especialistas da Região e os do continente (muitos deles presentes no curso deste fim-de-semana). É este bom relacionamento que permite muitas vezes que os doentes da Região sejam atendidos de forma célere noutras unidades de saúde do país.


A abertura oficial do Curso de Actualização em Hepatologia e Vias Biliares está marcada para as 9 horas de amanhã e será presidida por Conceição Estudante + , secretária regional do Turismo e Transportes. A formação termina ao final da manhã de sábado.




Ana Luísa Correia

Fonte: Diário de Notícias
 

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