Foi ontem anunciado o Projecto 1000 Genomas, que se dedicará a sequenciar os genomas de pelo menos um milhar de pessoas a seleccionar nas Américas, Europa, Ásia e África. Os investigadores pretendem estudar o escasso 1% de material genético que torna os indivíduos diferentes e que poderá ajudar a explicar a susceptibilidade a doenças. Em dois anos esperam ter a tarefa concluída.
Até agora, a ciência já identificou cerca de uma centena de variações no Genoma humano + que estarão associadas a problemas de saúde como a Diabetes + ou a predisposição para a doença coronária. Um consórcio internacional pretende acelerar o conhecimento nesta área e vai avançar com a sequenciação de pelo menos um milhar de indivíduos, no que eles têm de mais pessoal em termos genéticos. A ideia é comparar as diferenças da ínfima porção de DNA que marca o individualismo de cada um.
O Projecto 1000 Genomas conta com os desenvolvimentos mais recentes nas técnicas de sequenciação e recorre também à bioinformática e à genética estatística. O ritmo previsto é o de conseguir sequenciar pelo menos as fracções de dois genomas humanos em 24 horas. Os dados ficarão a cargo do Instituto Europeu de Bioinformática , sedeado no Reino Unido e do Centro Nacional de Informação em Biotecnologia + dos Estados Unidos.
Com todo este trabalho, os cientistas esperam obter um catálogo das variações genéticas humanas. Esse será um instrumento para verificar como podemos ser susceptíveis a uma doença e para descobrir como cada organismo pode reagir a um fármaco ou a condições ambientais. O desenvolvimento de novos medicamentos constitui um alvo, bem como o diagnóstico mais certeiro das doenças. O Projecto 1000 Genomas vai mapear os polimorfismos (diferenças das letras ACTG do DNA) e também a forma como os segmentos do genoma se arrumados.
Fonte: JN