Entre 700 e 800 portugueses sofrem de asma, uma doença que tem vindo a aumentar em Portugal, informou hoje o director da Faculdade de Medicina do Porto, Agostinho Marques.
«A asma é uma doença de grande prevalência, sendo que, em Portugal, 10% das crianças, 4% dos adultos jovens e 7% dos idosos sofrem da doença, o que dá entre 700 e 800 mil asmáticos, o que é um número grande», disse.
O médico falava nas Jornadas Científicas de Pneumologia, que decorrem na cidade de Santa Cruz, na zona este da ilha da Madeira, e contam com a presença de cerca de 150 especialistas portugueses nesta área.
Agostinho Marques salientou que «a doença tem vindo a aumentar nos países em desenvolvimento e desenvolvidos, como é o caso de Portugal, porque se relaciona muito com as condições de conforto. Quanto mais conforto, mais asma».
Para minimizar o problema aconselhou «a não existência de Tabaco + em casa porque aumenta muito a probabilidade de a criança que está marcada geneticamente para ter asma vir a sofrer da doença».
Apontou como factor interno a existência dos ácaros «em grande quantidade, em todas as casas do mundo».
Mencionou que, de acordo com estudos, os climas húmidos, como é o caso da Madeira, são particularmente favoráveis à criação deste tipo de animal que «não bebe e precisa da Humidade + do ar».
O programa do encontro incluiu conferências subordinadas aos temas «Pulmão em profundidade», «pulmão em altitude», «pulmão na catástrofe» e processos de intervenção em meio hospitalar nesta área.
O secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos + , presidiu à sessão de abertura, tendo destacado que a Madeira «é uma região autónoma onde o Governo Regional + não aplica Taxas moderadoras + nas Urgências + , nem nos Internamentos + ».
Salientou que neste arquipélago, «o Governo Regional não encerra unidades de saúde de periferia e proximidade com as populações, serviços que dispõem de equipamentos de suporte avançado de vida e os seus profissionais têm formação para actuar e estabilizar o doente e transportá-lo em segurança para o Hospital Central do Funchal + ».
À margem deste encontro, o governante admitiu estar em fase de preparação «o edifício legislativo» que servirá de suporte à nova orgânica do Serviço Regional de Saúde + madeirense, que prevê a redução do número de administradores de cinco para três.
«Desde o início da minha governação que disse que um dos meus objectivos era fundir serviços e direcções, para resultar numa mais valia na prestação de Cuidados de saúde + e do ponto de vista económico«, salientou.
Acrescentou »não existir nada a ser tratado nas costas de ninguém«, que os actuais responsáveis do SRS sabem que o processo está em fase de preparação, o que »serão anunciadas quando for oportuno« as mudanças nestes serviços.
Fonte: Diário Digital / Lusa