Quando já se fazia prever “uma juventude emconsumo excessivo, sem ninguém a quer assumir as responsabilidades e acarretando diversos problemas para as famílias e sociedade em geral”, refere Rui Cardoso, presidente da Associação. O consumo de álcool está a aumentar na faixa etária dos jovens de forma, cada vez mais, precoce. “Os jovens de 12/13 anos estão a entrar por um caminho de bebidas altamente perigosas, autênticas bombas a funcionar no cérebro”. Infelizmente, como observa este responsável, “para aceitar que têm problemas ligados ao álcool só a partir dos 30 anos.
Só nesta altura começam a acreditar que têm problemas porque enquanto jovens dizem fazer parte do convívio, da idade, dos locais que frequentam, ou seja, há uma associação ao ambiente e nunca a uma dependência”. Nestes casos, Rui Cardoso aponta o dedo a todos aqueles que não cumprem as leis existentes em relação ao consumo de álcool. Dizendo que quando a lei proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores de 16, a quem se apresente notoriamente embriagado ou aparente possuir anomalia psíquica e se continua a vender, não se consegue alterar esta realidade. Aumentam tratamentos em regime Ambulatório + .
No entanto, com o passar dos anos, e aliadas a estas acções de formação e prevenção, fomos ao encontro dos apelos que nos faziam e começamos a motivar as pessoas para o tratamento e abstinência total das bebidas. Um tratamento discreto e personalizado, na grande maioria, em regime ambulatório e gratuito, salienta este responsável.
Acrescentando que, desta maneira, as pessoas tratam-se e não deixam de desenvolver a sua actividade e as suas relações, mesmo porque, a família é chamada para acompanhar a mudança. “Na Associação Mão Amiga não rotulamos ninguém de alcoólico, nem de alcoólico tratado ou recuperado. São cidadãos que durante uma fase da vida tiveram problemas com o consumo de álcool, com problemas de interligação com a família e a sociedade e que tentam mudar de comportamento”, frisa o presidente da Associação.
E ressalva que o problema do Alcoolismo + é, acima de tudo, uma uestão comportamental. Curiosamente, conclui Rui Cardoso, Janeiro é o mês em que as pessoas mais pensam em se tratar, mas o mês em que menos tratamentos começam. A explicação prende-se com a época da Festas, o Dia de Reis, o ‘varrer dos armários’ e, este ano, com a aproximação do Carnaval + as tentações redobram.
Fonte: Diário Cidade