Uma criança de quatro anos, aluna do Colégio Maria Pia da Casa Pia + de Lisboa, morreu segunda-feira no Hospital D. Estefânia, em Lisboa, alegadamente devido a uma infecção sépsis meningocócica. Outra criança, de dez anos, que frequentava a mesma instituição, foi ontem internada também com provável diagnóstico de meningite.
No entanto, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) considera que "não há motivos para alarme". Cristina Galvão, delegada de saúde do concelho de Lisboa, explicou ao DN que "as autoridades de saúde tomaram imediatamente as medidas previstas", tendo sido feita profilaxia a todas as pessoas que contactaram com as crianças na última semana.
O procedimento foi confirmado pela Casa Pia de Lisboa, que garante ter sido feita a prescrição do antibiótico específico "que irá ser disponibilizado gratuitamente", assim como a vacinação das crianças que ainda não o tinham sido. Foram igualmente alertados os encarregados de educação e os trabalhadores da instituição para ficarem atentos à sintomatologia e procurarem, desde logo, um médico.
Álvaro Carvalho, médico do Hospital D. Estefânia, também confirmou à Lusa que já foram tomadas todas as medidas de precaução recomendadas pela DGS. "Identificámos os adultos e crianças que tiveram contacto na última semana com o miúdo", garantiu, referindo que, "se se confirmar que é meningite, há um período de incubação de quatro a dez dias".
"Neste momento estamos a avaliar se existe alguma relação epidemiológica entre estes dois casos", explicou a delegada de saúde, acrescentando que "não há qualquer justificação para encerrar a escola". "Essa não é uma medida de saúde pública que preconizamos", disse, desdramatizando: "Estamos na altura das meningites, é normal haver alguns casos. Felizmente, já temos uma grande parte da população vacinada".
Álvaro Carvalho adiantou que a primeira criança, residente em Santo António dos Cavaleiros, aluno externo do Colégio Maria Pia, estava doente desde a semana passada e, com o agravamento do seu estado de saúde, foi internado no hospital pediátrico, onde viria a falecer.
"A criança faleceu devido a uma alegada septicemia meningocócica - uma vez que ainda estamos a aguardar resultados das análises -, a bactéria responsável pela meningite mais comum (bacteriana)", explicou o médico do D. Estefânea.
Fonte: DN de Lisboa