A secção regional da Ordem dos Enfermeiros + tem novos órgãos sociais, mas, até 2011, continuará a ser presidida por Élvio de Jesus. Na tomada de posse ontem realizada foram abordadas algumas dificuldades que a classe atravessa.
O secretário regional dos Assuntos Sociais disse ontem já não se justificar a atribuição do subsídio de fixação, atribuído durante mais de 30 anos aos enfermeiros colocados em zonas da Região com maiores dificuldades de acesso. Francisco Jardim Ramos + justificou a retirada desse subsídio com a melhoria verificada ao nível viário.
A declaração foi feita na tomada de posse dos novos órgãos sociais da secção regional da Ordem dos Enfermeiros, que será liderada até 2011 pelo recandidato Élvio de Jesus, que lamentara a retirada do referido subsídio.
Jardim Ramos disse, ainda, que o rácio de enfermeiros por cada 1.000 habitantes se situa nos 6,3 «o que coloca a Região acima da média nacional e perto dos melhores rácios europeus».
O secretário regional considerou que os enfermeiros têm «um papel fundamental e indiscutível no Sistema Regional de Saúde» e defendeu ser tempo de dirigir os esforços para áreas como a da qualidade dos serviços e a investigação.
A questão do número de enfermeiros tinha sido focada pelo presidente regional da OE e pela Bastonária nos respectivos discursos, tendo Élvio de Jesus lamentado a retirada dos incentivos à fixação, as dificuldades de colocação de enfermeiros e a existência de um baixo rácio de enfermeiros na Região.
A sobrecarga de trabalho da maioria da classe, a discriminação negativa, nomeadamente em termos de retribuição, foram outros dos pontos que salientou.
Por seu turno, a Bastonária Maria Augusta Sousa + considerou não haver o número de enfermeiros suficientes para as necessidades da população portuguesa e lamentou que o Estado desperdice o investimento que fez na formação destes jovens.
À margem da tomada de posse, foi analisado o anúncio de que o Governo da República se prepara para nomear Ana Jorge para ministra da Saúde.
Para Francisco Jardim Ramos esta mudança revela que «o governo não vai bem», já que teve necessidade de se remodelar. Aliás, como disse, a própria política do governo socialista era má, sobretudo para as populações do interior.
Jardim Ramos manifestou o desejo de que a nova ministra «tenha outra sensibilidade para os problema reais» do país e que o diálogo entre o Continente e a Região seja feito de forma mais articulada, nomeadamente em matérias como o Cartão do Cidadão + e a distribuição das verbas dos jogos da Santa Casa da Misericórdia, que o Ministério da Saúde não distribui pelas Regiões Autónomas
Fonte: JM