
Na Região são comercializadas actualmente duas marcas de Vacinas + contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV + ), que pode provocar o cancro do Colo do útero + , mas, até à data, a sua compra é integralmente suportada pelo comprador. “Tem havido uma procura bastante residual, o que é natural se atendermos ao valor da própria vacina e à população alvo”, revela o presidente da delegação regional da Ordem dos Farmacêuticos + .
No entanto, a partir de Setembro, esta será incluída no Plano Nacional de Vacinação + (PNV) e representará um grande avanço para o combate ao HPV. Uma inclusão claramente positiva. Porque este tipo de vacina considerada, por muitos “uma arma fantástica”, não sendo incluída no PNV seria profundamente anti-social, acrescenta Paulo Sousa.
Assim, e de acordo com as recomendações da Comissão Técnica de Vacinação e da Direcção Geral de Saúde, este ano serão vacinadas as raparigas nascidas em 1995, em 2009 as que nasceram em 1996 e em 2010 as jovens que nasceram em 1997.
Aquela que, salienta Paulo Sousa, “é considerada a idade ideal, porque a vacina tem praticamente 100% de eficácia se ministrada antes do início da actividade sexual ou no caso da mulher não estar infectada”. Neste sentido, lança o alerta, a aposta na prevenção e num sistema de saúde activo são essenciais para o combate do vírus. “Devemos fazer o rastreio, através do teste do Papanicolau e consultas ginecológicas para saber se há vantagem ou não em fazer a vacinação, em especial na população que não está coberta pela vacinação”.
O rastreio é essencial para a detecção de células anómalas associadas ao Papiloma Humano e, ainda que não proteja contra estas alterações celulares, a associação entre o rastreio e a vacinação ajuda a maximizar a eficácia de qualquer programa de combate ao cancro do colo do útero.
A medida, diz o farmacêutico, “não vai contribuir para o aumento da procura desta vacina junto das farmácias, até porque, a vacinação será feita nos centros de saúde”, mas será, com certeza, um benefício alargado a toda a população. “É a primeira vez que temos uma vacina contra um cancro”, destaca o presidente da delegação regional.
Adiantando que estamos “a semear para colher mais tarde, ou seja, estamos a conferir protecção a estas idades para que não venham a contrair futuramente a doença”.
Fonte: Diário Cidade