
Recentemente, um grupo de investigadores da Escola de Medicina de Mount Sinai, em Nova Iorque, deu a conhecer ao Mundo uma técnica que, acreditam, vai revolucionar o tratamento da dor crónica, através de terapia genética direccionada - um transplante de genes - para simular os efeitos de alívio da dor da morfina e outros fármacos.
Dar a conhecer os avanços no domínio da terapia genética foi um dos objectivos do evento promovido pelo Centro de Química da Madeira (CQM) que, ontem, teve como convidada Ana Paulo Pêgo, uma investigadora do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto.
"A terapia genética tem por objectivo levar agentes terapêuticos às células para promover o tratamento de tecidos danificados", explicou a especialista.
Com uma investigação mais direccionada para o sistema nervoso, Ana Paulo Pêgo abordou as técnicas de transferência genética.
Em termos mais práticos, exemplificou a investigadora, em caso de uma lesão no sistema nervoso, o comprimido - enquanto agente terapêutico - não funcionaria. A alternativa, consiste em "fazer um veiculo para levar ao sistema nervoso esse agente terapêutico".
Depois da terapia genética, o Centro de Química da universidade madeirense promove hoje um debate sobre tecidos humanos feitos em laboratório. Helena Tomás, investigadora da UMa, acredita mesmo que, em termos de formação, a Universidade está ao nível do melhor que há no País.
Fonte: JM