Segundo Vítor Santos Fernandes, há casos de utentes que recorrem ao SNS e que pedem uma cirurgia estética, sendo, por vezes, encaminhados pelos hospitais para o sistema de Listas de espera + .
Se não for possível agendar a cirurgia em nove meses, a intervenção é feita num estabelecimento privado, em regime de convenção. "Há clínicas que estão a despachar situações de Cirurgia plástica + de estética pura à custa do erário público", declarou o presidente do Colégio de Cirurgia Plástica da Ordem dos Médicos. "É imoral que isto aconteça num país onde, por exemplo, há uma comparticipação limitada de medicamentos essenciais".
Embora realçando que se trata de uma situação residual nos hospitais públicos, Vítor Santos Fernandes considera que, no direito à saúde, não está incluído o direito à cirurgia estética.
O coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia + (SIGIC + ), Pedro Gomes, admitiu à Lusa que existem cirurgias estéticas em espera nos hospitais públicos, mas defendeu que há casos em são "absolutamente essenciais". "Se uma pessoa tem muitas cicatrizes devido a uma operação por causa de um acidente, essa cirurgia é estética, mas necessária", exemplificou.
Fonte: JM