Entre 11 países, a incidência de cancro de mama é maior na Dinamarca, que conta com 144,2 casos com 1390 mortes, seguida da Irlanda com 96,2 casos e 688 mortes, estando em terceiro lugar a Suécia com 148,1 novos casos e 1516 mortes.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Senologia + , todos os dias morrem quatro a cinco mulheres devido a cancro de mama e anualmente são diagnosticados mais de 3800 novos casos, um alerta constante já que apesar dos avanços em diagnóstico e tratamento, o cancro da mama é o mais frequente, sendo a principal causa de morte nas mulheres entre os 35 e os 55 anos. Além disso, o cancro da mama é a forma mais comum de cancro na mulher e as taxas de incidência têm vindo a subir na segunda metade deste século. Calcula-se que uma em cada 12 mulheres vão desenvolver este tipo de cancro ao longo da vida e mais de 1500 pessoas vão morrer anualmente vítimas desta doença.
O cancro da mama é um processo oncológico em que as células da glândula mamária proliferam multiplicando-se descontroladamente formando o tumor.
Na maior parte dos cancros, se o diagnóstico for feito precocemente existem abordagens terapêuticas curativas. Outros como a recente geração de fármacos chamados inibidores da aromatase, são capazes manter o doente livre de manifestações dessa doença para o resto da vida. No combate ao cancro, estes fármacos podem ter um papel fundamental pela sua função de inibir a aromatase, a enzima que metaboliza a passagem de androgénios a estrogéneos.
Dois a três anos de uma terapêutica mais antiga, passando para mais dois anos de terapêutica com inibidores de aromatase, é o que aconselham os especialistas por motivos diversos entre os quais se destaca a redução em 17% do risco de morte em 56 meses de tratamento combinado.
Num tratamento médio de 34 meses e meio, demonstra-se uma diminuição de risco de recorrência de cancro de mama na ordem dos 35%.
Os inibidores da aromatase são uma nova classe de medicamentos que bloqueiam a enzima aromatase, , actuando não apenas na redução do risco mas também na qualidade e longevidade da sua vida.
No tratamento do cancro da mama, os inibidores da aromatase são melhor tolerados, sendo administrados por via oral. Em Portugal estão indicados para o cancro da mama na Pós-menopausa + , refractário aos anti-Estrogénios + e no Cancro da próstata + . Os inibidores da aromatase são globalmente indicados no tratamento das mulheres na pós-menopausa, que tenham já realizado a terapêutica entre dois e três anos com um medicamento da anterior geração.
Fonte: Farmácia