Tuesday, March 4, 2008

VIVER COM ASMA

Cláudia Pinto
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas inferiores que requer tratamento a longo prazo. A melhor forma de lidar com esta doença é seguir os conselhos do seu médico assistente e tentar dar mais qualidade à sua vida. Estes e outros conselhos são dados pelo Dr. Rui Costa, especialista em Medicina Geral e Familiar e Director Adjunto da Sãvida Medicina Apoiada, no Porto.
Apesar de existir cura, é possível controlar os sintomas e prevenir as crises. “A asma pode ser prevenida evitando a exposição aos principais factores de risco conhecidos, tais como, a exposição a alergénios (ácaros encontrados na poeira doméstica, animais com pêlo, baratas, pólen e fungos), fumo de cigarro, infecções respiratórias (virais), exercício intenso, emoções fortes, alterações de temperatura, irritantes químicos e medicamentos (aspirina e beta-bloqueantes)”, explica Rui Costa.
Principais sintomas e formas de tratamento
A asma está associada ao aparecimento de alguns sintomas clássicos. “O diagnóstico é realizado a partir da sintomatologia e da história clínica do doente. Devemos suspeitar da doença perante o começo de episódios recorrentes de pieira (também conhecida por gatinhos), dispneia, opressão torácica e tosse, especialmente durante a noite ou ao despertar”. Estes sintomas podem surgir ou reaparecer quando o doente não cumpre aquilo que o seu médico assistente recomenda. “O asmático deve seguir o plano de acção individual delineado pelo seu especialista”.
É importante estar correctamente informado e ser educado pela equipa de saúde, sobretudo no que respeita à medicação adequada (uso correcto de dispositivos inaladores). Rui Costa considera que as melhores formas de tratamento da asma “são as formas inaladas, porque libertam os medicamentos directamente nas vias respiratórias, onde eles são necessários, propiciando um poderoso efeito terapêutico e menos efeitos colaterais sistémicos”.
A asma na criança
Sabe-se que “a maioria dos doentes tem asma desde a infância, a partir dos três anos de idade, a qual está geralmente associada a história familiar ou pessoal de atopia (predisposição familiar genética para certas reacções de hipersensibilidade de tipo I, como a asma)”. Nas crianças até aos cinco anos, a exposição ao tabagismo parental pode ser um factor desencadeante da doença, bem como as infecções respiratórias virais. “O diagnóstico da asma deve ser baseado essencialmente na avaliação clínica e deve ser revisto periodicamente, à medida que a criança cresce”.
Como todas as outras crianças, as asmáticas gostam de correr, de brincar, de fazer desporto e de ter uma vida normal. Se pensa que uma criança asmática não pode fazer o mesmo que os outros meninos, deixe as preocupações de lado. Sabia que a corredora Rosa Mota ou o tenista Nuno Marques são asmáticos? “Desde que tenham a sua doença controlada, os asmáticos podem praticar desporto e ter uma vida normal.
Contudo, sabemos que a actividade física, nomeadamente se intensa, é uma causa comum dos sintomas de asma, mas os doentes não devem evitar os esforços físicos”. Os pais destas crianças devem sentir-se menos inseguros e confiar nos médicos.
Global Initiative for Asthma
É um projecto mundial criado para intensificar a consciencialização sobre asma entre profissionais de saúde, autoridades de saúde pública e população em geral, bem como para melhorar a prevenção e o tratamento desta doença, a partir de um esforço mundial conjunto. “São elaborados relatórios científicos e publicações sobre asma, estimulada a disseminação e a implementação de recomendações e promovida a colaboração internacional relacionada com a pesquisa sobre asma”, fundamenta Rui Costa. Estes relatórios são actualizados regularmente.
O principal objectivo do GINA é a obtenção de um tratamento eficaz da doença, para que a maioria dos asmáticos possam levar vidas bem-sucedidas e manterem-se fisicamente activos. “Quando a asma está bem controlada, os asmáticos podem evitar sintomas desagradáveis, tanto de dia, como de noite; utilizar pouca ou nenhuma medicação de alívio; ter vidas produtivas e fisicamente activas; ter a função pulmonar normal (ou quase) e evitar crises graves”, conclui Rui Costa.
Fonte: Jornal do Centro de Saúde


Tuesday, February 26, 2008

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A EPILEPSIA ... SAIBA QUAIS


Carla Rodrigues



Nos anos 3000 A.C. a Epilepsia já era representada em papiros, sendo por isso a doença neurológica mais antiga na história e a que maiores denominações conheceu ao longo dos tempos.






Durante muito tempo se associou a Epilepsia à entrada de espíritos malignos no corpo, pelo que era necessário apaziguá-los com orações ou oferendas.



Um dos primeiros tratamentos cirúrgicos para a Epilepsia consistiu na abertura do crânio para que os maus espíritos abandonassem o corpo.




Para os árabes, a principal causa da Epilepsia era o facto da concepção ou dos nascimentos das crianças ocorrerem durante a fase da Lua Cheia.




Nomes conhecidos da história mundial como Alexandre o Grande, Pascal, Maomé, Sócrates, Molière, Júlio César sofriam de Epilepsia e que nem por isso deixaram de sobressair pela sua inteligência e capacidade cognitiva nas diversas áreas onde foram distinguidos.






Fonte: MediaHealth® Portugal

AUMENTO DAS CONSULTAS ANTI-TABÁGICAS

EDUARDO BARROSO DEMITE-SE



O presidente da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST) apresentou a sua demissão no final da semana passada, segundo fonte oficial.




O pedido de demissão de Eduardo Barroso foi entregue à ministra da Saúde através de carta entregue no final da semana passada.



Fonte do gabinete de Ana Jorge + adiantou à Lusa que Eduardo Barroso se manterá em funções até ser substituído.



A mesma fonte não adiantou quem irá substituir Eduardo Barroso.



A demissão de Eduardo Barroso segue-se a uma polémica com os incentivos aos transplantes, tema que motivou já uma acção da Inspecção-Geral das Actividades da Saúde (IGAS). Na base do inquérito da IGAS estão as notícias divulgadas pelo jornal DN de Lisboa e a revista Visão.




O matutino revelou recentemente que o Estado pagou 23 milhões de euros a médicos e hospitais no ano passado, ao abrigo do sistema de incentivos ao transplante de órgãos criado na década de 90.



O jornal adiantou que Eduardo Barroso, enquanto médico da unidade de transplantação do Hospital Curry Cabral + (Lisboa), recebeu, em Novembro do ano passado, 30 mil euros, na sequência da realização de 23 transplantes.




Também a revista Visão referiu que entre a equipa de enfermagem do Curry Cabral só alguns recebem incentivos e acrescenta que as equipas de transplantes renais e do coração dos Hospitais da Universidade de Coimbra + (HUC + ) "nunca receberam um cêntimo".



Mais tarde, Eduardo Barroso afirmou que as notícias publicadas "ofenderam" a sua "dignidade pessoal", considerando que foi "um ataque inaceitável, feito de má-fé e encomendado".


Fonte: JM

NEGLIGÊNCIA EMPURRA CRIANÇAS PARA A POBREZA



O desleixo dos pais nos cuidados básicos é uma das causas da pobreza infantil na região






Ao colocar um telemóvel ou um carro novo como uma prioridade do orçamento familiar, os pais 'esquecem-se' que lhes compete assegurar, aos seus filhos, todos as necessidades físicas básicas, como alimentação, vestuário, higiene, protecção e cuidados médicos. A negligência, e a má gestão do rendimento das famílias mais desfavorecidas, são apontadas como as principais causas do ainda elevado índice de pobreza infantil na Região.



Segundo Mário Rodrigues da Silva, juiz de Direito do Tribunal de Família e de Menores da Comarca do Funchal, a pobreza infantil está intimamente ligada à negligência parental. Muitos pais, sobretudo aqueles que estão expostos a uma situação profissional precária, (Desemprego + , instabilidade laboral ou mal remunerada), "falham por omissão aos cuidados de que uma criança precisa para crescer saudável", referiu. A falta de acompanhamento escolar, de cuidado com a alimentação, vestuário e higiene corporal, são uma forma de maltrato infantil passivo recorrente também em famílias disfuncionais, associado à violência e consumo de Álcool + e drogas.



Sem descurar o peso do Alcoolismo + , tabagismo e desemprego nesta matéria, Sónia Ferraz, coordenadora do Movimento de Apostolado das Crianças na Região, que apoia cerca de 150 crianças de meios desfavorecidos, destaca que o baixo rendimento das famílias só por si não justifica a exposição das crianças à pobreza. A culpa é da má gestão do rendimento social de inserção. "Os pais sentem outras prioridades que não a alimentação, o vestuário, ou seja, dar resposta às necessidades mínimas das crianças", frisou.



Sem horários para refeições, escola, nem cuidados básicos de higiene pessoal, estas crianças vivem à margem de uma sociedade que até lhes garante vários apoios. "A Segurança Social + está mais sensível a estes problemas e há muito mais apoios que antigamente, podem é ainda não ser suficientes", admitiu Sónia Ferraz.



É preciso mudar mentalidades




Para combater este flagelo social, é preciso incutir responsabilidade nas famílias. "Têm que se sentir uma peça neste puzzle. Se não for a trabalhar, ao menos a participar nas tarefas da casa", admitiu Sónia Ferraz, coordenadora do Movimento de Apostolado das Crianças. Além disso, há que combater a subsídio-dependência e o facilitismo. "Não podemos pensar que o Governo dá tudo" disse. "Não é só querer, há um sacrifício pelo meio". Para o juiz do Tribunal de Família e de Menores do Funchal, Mário Rodrigues da Silva, a prevenção da pobreza infantil passa por políticas de apoio à família que combatam o consumismo e promovam a qualificação dos cidadãos.



Andreia Nóbrega

Fonte: DN

ESTUDO VAI AVALIAR OPINIÃO DOS DOENTE TERMINAIS SOBRE A EUTANÁSIA

É o terceiro estudo sobre eutanásia realizado pelo Serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e vai avançar nas próximas semanas. Depois de ser avaliada a opinião de médicos oncologistas e de idosos internados em lares, será agora feito um inquérito para perceber a opinião dos doentes terminais sobre a morte voluntária e o Suicídio + assistido. O presidente do serviço, Rui Nunes, admite que a amostra terá que ser escolhida com "particular cautela", porque eticamente é difícil de executar.



Num momento em que o Luxemburgo acaba de aprovar a legalização da eutanásia e suicídio assistido. Rui Nunes acredita que esta discussão não tardará a ocorrer também no País. "É um enfeito dominó. Quando a Holanda aprovou a legislação havia muito medo das consequências. Mas, com cada vez mais países a juntarem-se, acredito que esta discussão surgirá muito mais cedo do que as pessoas possam pensar." E acrescenta que, "provavelmente na próxima década, é inevitável que a discussão em Portugal evolua para a questão do sim ou não à legalização".

Opinião diferente tem Paula Martinho da Silva. A presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV + ) diz que a questão está sempre presente do ponto de vista da discussão, até porque se relaciona com temas já abordados como os aspectos éticos dos Cuidados de saúde + relacionados com o fim da vida ou o estado vegetativo persistente (ambos alvo de pareceres do CNECV). No primeiro parecer, de 1995, o conselho entendeu que a eutanásia activa "é uma decisão médica inaceitável porque o médico, por compaixão real ou suposta, arroga-se o direito de dispor da vida de uma pessoa humana; e não tem esse direito na perspectiva ética em que se fundamenta esta análise".


Paula Martinho da Silva duvida que a eutanásia "seja alvo de discussão legislativa nos próximos tempos, até porque não é prioritária", afirma. A CNECV também não tem previsto nenhum documento especificamente sobre o tema nem houve pedidos de parecer. Por isso, não será alvo de discussão dentro do organismo nos próximos tempos.


Como opinião pessoal, considera a aposta deve passar por outras medidas. "Era preferível implementar os Cuidados paliativos + em todo o País" e, do ponto de vista legislativo, abordar a a possibilidade de um doente poder recusar tratamentos, ou intervenções excessivas quando estas já não têm como objectivo final a cura nem a melhoria da qualidade de vida. Até porque, considera a advogada, estas situações colocam-se mais vezes do que a da eutanásia ou do suicídio assistido.


O tema do fim da vida foi também aflorado durante a campanha para as eleições do bastonário da Ordem dos Médicos + . A posição do actual bastonário Pedro Nunes é contra a eutanásia, porque o médico entende que esta contraria o princípio ético principal dos médicos que é a defesa da vida. O bastonário defende que a discussão dentro da classe deve ser sempre no sentido de identificar e estabelecer o momento em que a vida se inicia e que termina.
Fonte: DN de Lisboa

Sunday, February 24, 2008

DAR MOVIMENTO AO CORPO - CAMINHAR, ANDAR DE BICICLETA, NADAR E MUITO MAIS...


Cátia Jorge





Não é preciso ser um atleta de alta competição ou um campeão olímpico para aproveitar do exercício físico todas as vantagens que pode trazer para o bem-estar físico e para o equilíbrio emocional. Muito pelo contrário, basta uma hora de actividade física, três vezes por semana, para que as diferenças se comecem a sentir.




«A espécie humana foi, desde os tempos mais antigos, acostumada a correr para caçar e para ter alimento. Ao tornarmo-nos sedentários estamos a contrariar a nossa natureza, daí que os problemas com a saúde comecem a surgir assim que adoptamos uma vida de inactividade», explica o Dr. Luís Pisco, presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.




O exercício físico é uma importante peça no conjunto de hábitos saudáveis, onde se incluem a alimentação variada e equilibrada e a ausência de vícios como o tabagismo.



Segundo o mesmo especialista, «este conjunto de factores previne a obesidade e, por conseguinte, todos os problemas por ela arrastados, como a diabetes, o colesterol e as doenças cardiovasculares. Para além disso, o exercício físico facilita a circulação sanguínea, a tonificação dos músculos e estimula todo o aparelho respiratório».






Desporto depois do descanso




Embora as férias não sejam motivo para abandonar a prática de exercício físico, uma vez que, mesmo não frequentando o ginásio, há sempre a possibilidade de nadar no mar ou caminhar na areia. Contudo, há quem aproveite esses dias de descanso para não fazer absolutamente nada. Para quem prefere esta segunda opção, terá de conformar-se com a dificuldade do regresso à vida normal. É que na hora de voltar à rotina há que revelar uma boa forma física e um perfeito estado intelectual. Afinal, é para isso que servem as férias... refrescar as ideias e ganhar fôlego para mais um ano de trabalho ou de estudos.



No entanto, há quem faça exactamente o contrário. Ou seja, não pratica exercício durante todo o ano e decide inscrever-se num ginásio dois meses antes de exibir o corpo na praia. Todos os anos este fenómeno se repete e os ginásios vêem a sua lotação esgotada por homens e mulheres que carregam o peso do arrependimento dos erros que cometeram ao longo do ano.




A este respeito Luís Pisco comenta: «Esse é, infelizmente, um erro muito comum. Para caber no biquini muita gente perde, em poucos meses, o que deveria ter mantido o ano inteiro. Horas exaustivas no ginásio e dietas loucas que, regra geral, têm um resultado inverso igualmente rápido. Ou seja, quanto mais rapidamente se perde peso mais rapidamente se ganha de novo.»




Para além disso há, ainda, o risco de lesões que um treino exagerado pode dei­xar para a vida toda.



«Deve haver uma orientação para a prática de exercício físico. Não se pode, de um dia para o outro, começar a treinar horas e horas seguidas, sem que o organismo esteja habituado a essa rotina. O treino deve ser gradual, tal como o uso do esforço. O desporto deve ser praticado por prazer e não por sacrifício», alerta o Presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.



Quem o pratica por sacrifício ou por obrigação acaba por ganhar aversão e perder a vontade de manter a actividade física nos meses em que o corpo fica mais tapado e o pneu mais escondido.





Conhecer os limites




«Não interessa a modalidade desportiva. O que importa é que o corpo esteja em constante movimento. Nadar, andar de bicicleta, caminhar, fazer ginástica de manutenção ou hidroginástica são algumas actividades físicas bastante completas que não exigem grande esforço, mas que dão muito prazer. Podem ser praticadas por pessoas de todas as idades, mesmo com algumas limitações físicas», diz Luís Pisco, continuando:



«A modalidade deve ser escolhida de acordo com as expectativas e gostos de cada um. O que interessa é que dê prazer, pois, dessa forma haverá o gosto de continuar.»



O perigo do desporto começa quando são ultrapassados os limites das capacidades físicas. Aí a actividade física deixa de ser saudável para passar a ser arriscada.



«Isto acontece muito em atletas de alta competição. Se o esforço não for gerido ao longo das provas as lesões causadas podem ser muito graves», avança o especialista.



Não são raros os casos de atletas que chegam ao final de uma corrida e caem para o lado, porque esgotaram todas as suas energias, nem os futebolistas que, de um momento para o outro, sofrem uma inexplicável paragem cardíaca. Isto para não falar nas lesões ósseas, musculares e articulares a que estão constantemente sujeitos.



«Nestes casos o desporto não é apenas uma actividade de lazer, mas também profissional. O mais importante é não exceder os limites e estar informado dos riscos que isso pode trazer para a saúde. Os ginásios têm especialistas que ajudam a definir um plano de treino que pode evoluir gradualmente sem que haja riscos. Os médicos de família podem também sugerir o tipo de exercício físico mais adequado às condições físicas e aos resultados pretendidos por cada indivíduo», salienta Luís Pisco.





Vestidos para o desporto




Ao contrário do que se possa pensar, os sapatos ou o vestuário escolhidos para a prática de desporto não são meros caprichos. Desde a postura da coluna à respiração do corpo, não esquecendo a transpiração e a circulação sanguínea, nada deve ficar esquecido no momento de pôr os pés ao caminho.



«Deve haver um cuidado especial com a roupa e com o calçado para não haver microtraumatismos na coluna nem problemas circulatórios causados por roupas apertadas. Recomendam-se sapatilhas leves e arejadas, roupas largas, frescas e igualmente arejadas, pois a transpiração deve acontecer», sugere Luís Pisco.



Para além destas recomendações, o especialista lembra que «o corpo perde água com a transpiração, por isso deve-se consumir líquidos, embora em pequenas quantidades, durante a prática da actividade física. A ideia será repor os líquidos perdidos para evitar a desidratação».



E conclui: «Deve-se também evitar as horas de calor e escolher as manhãs, antes de iniciar as outras tarefas do dia, ou ao entardecer, depois de mais uma jornada de trabalho.»



Aliás, o exercício físico é um complemento às restantes actividades diárias e deve fazer parte da rotina ao longo do ano como um plano, não só para manter a forma, mas, acima de tudo, para se estar em forma e de boa saúde.






Fonte: Medicina & Saúde

MAIS DE 30 PESSOAS SÃO VACINADAS POR DIA EM LISBOA

DANOS NOS ESPERMATOZÓIDES PODEM TRANSITAR PARA OS FILHOS

Cientistas alertam pais que fumam e bebem de que vão prejudicar também a saúde reprodutiva dos seus filhos
Os danos causados aos espermatozóides pela exposição a toxinas presentes no meio ambiente, como o Tabaco + por exemplo, podem ser passados às futuras gerações, conclui um estudo realizado na Universidade de Idaho e apresentado no encontro da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, que decorreu esta semana em Boston, nos Estados Unidos.



Segundo os cientistas, os pais que bebem e fumam devem estar cientes de que estão, potencialmente, não só a prejudicar-se a si próprios, mas também os seus filhos. De acordo com Matthew Anway, líder da pesquisa, este trabalho demonstra que os defeitos causados pelas toxinas nos genes permanecem na linha reprodutiva da família, afectando até quatro gerações. O estudo sugere assim que a saúde do pai tem um papel mais importante sobre a saúde das futuras gerações do que se pensava.



Segundo divulga a BBC, para realizar a pesquisa, os cientistas injectaram um pesticida chamado vinclozolin - conhecido por prejudicar as hormonas - em embriões de ratos. A substância química provocou alterações genéticas no espermatozóide dos machos, inclusivé uma série de mudanças associadas à forma humana de Cancro da próstata + . A análise verificou que os ratos expostos à substância apresentaram sinais de danos e crescimento exagerado da próstata, Infertilidade + e problemas de rins, sendo que estes efeitos perduraram até quatro gerações seguintes.



Anway ressalta que a quantidade de pesticida usado no estudo foi maior do que à qual um ser humano poderia ser exposto. No entanto, de acordo com o cientista, a importância da pesquisa é demonstrar que um filho homem pode herdar os problemas dos genes do pai, já que os genes alterados permanecem na linha reprodutiva. A especialista em reprodução humana.




Cynthia Daniels, da Universidade Rutgers, afirmou que é preciso que os homens tomem cuidado. Segundo a especialista, os homens que bebem muito Álcool + apresentam taxas mais altas de defeitos no espermatozóide, além de que a Nicotina + do tabaco também chega até ao esperma e ao sangue. «As substâncias que têm um impacto na reprodução normalmente também são cancerígenas», disse Daniels à BBC.



Daniels afirma ainda que, historicamente, a mulher sempre foi indicada como responsável pela saúde dos filhos, mas o estudo demonstra que não será bem assim.



Sónia Santos Dias


Fonte: Sapo Saúde

CANCRO DA MAMA É RESPONSÁVEL POR UM QUARTO DOS NOVOS CASOS DE CANCRO

Segundo dados recentemente revelados a incidência do cancro de mama está aumentar a cada ano pelo mundo inteiro, sendo actualmente responsável por aproximadamente 23% dos novos casos de cancro. Actualmente, são diagnosticados por ano cerca de 1100,000 mulheres com cancro de mama pelo mundo fora e 360 mil só na Europa, onde morrem cerca de 130 mil mulheres vítimas desta doença. Também na Europa, o risco de desenvolver cancro de mama é de uma em cada dez mulheres, e a incidência está a aumentar sendo responsável por mais de um quarto dos novos casos de cancro.



Entre 11 países, a incidência de cancro de mama é maior na Dinamarca, que conta com 144,2 casos com 1390 mortes, seguida da Irlanda com 96,2 casos e 688 mortes, estando em terceiro lugar a Suécia com 148,1 novos casos e 1516 mortes.



De acordo com a Sociedade Portuguesa de Senologia + , todos os dias morrem quatro a cinco mulheres devido a cancro de mama e anualmente são diagnosticados mais de 3800 novos casos, um alerta constante já que apesar dos avanços em diagnóstico e tratamento, o cancro da mama é o mais frequente, sendo a principal causa de morte nas mulheres entre os 35 e os 55 anos. Além disso, o cancro da mama é a forma mais comum de cancro na mulher e as taxas de incidência têm vindo a subir na segunda metade deste século. Calcula-se que uma em cada 12 mulheres vão desenvolver este tipo de cancro ao longo da vida e mais de 1500 pessoas vão morrer anualmente vítimas desta doença.




O cancro da mama é um processo oncológico em que as células da glândula mamária proliferam multiplicando-se descontroladamente formando o tumor.



Na maior parte dos cancros, se o diagnóstico for feito precocemente existem abordagens terapêuticas curativas. Outros como a recente geração de fármacos chamados inibidores da aromatase, são capazes manter o doente livre de manifestações dessa doença para o resto da vida. No combate ao cancro, estes fármacos podem ter um papel fundamental pela sua função de inibir a aromatase, a enzima que metaboliza a passagem de androgénios a estrogéneos.



Dois a três anos de uma terapêutica mais antiga, passando para mais dois anos de terapêutica com inibidores de aromatase, é o que aconselham os especialistas por motivos diversos entre os quais se destaca a redução em 17% do risco de morte em 56 meses de tratamento combinado.
Num tratamento médio de 34 meses e meio, demonstra-se uma diminuição de risco de recorrência de cancro de mama na ordem dos 35%.



Os inibidores da aromatase são uma nova classe de medicamentos que bloqueiam a enzima aromatase, , actuando não apenas na redução do risco mas também na qualidade e longevidade da sua vida.



No tratamento do cancro da mama, os inibidores da aromatase são melhor tolerados, sendo administrados por via oral. Em Portugal estão indicados para o cancro da mama na Pós-menopausa + , refractário aos anti-Estrogénios + e no Cancro da próstata + . Os inibidores da aromatase são globalmente indicados no tratamento das mulheres na pós-menopausa, que tenham já realizado a terapêutica entre dois e três anos com um medicamento da anterior geração.


Fonte: Farmácia
 

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