Monday, May 26, 2008

OLHO SECO




O que é o "olho seco"? O "olho seco" é uma situação em que não existe produção de lágrimas em quantidade suficiente. Diz-se também que existe "olho seco" quando, apesar de haver lágrimas em quantidade, estas não têm a qualidade necessária para manter os olhos saudáveis.



O que é importante saber sobre as lágrimas?



As lágrimas não são apenas "água salgada"!...contêm vitaminas, minerais , muco e gorduras, e é a presença de todas estas substâncias que permite obter lágrimas com qualidade para hidratar, alimentar e lubrificar os nossos olhos.


As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, situadas junto à pálpebra superior de cada olho. Quando pestanejamos as lágrimas espalham-se e tornam a superfície dos olhos brilhantes e transparentes formam um filme lacrimal.


Embora não seja possível distinguir a olho nu, o filme lacrimal tem 3 camadas distintas:


- Uma camada oleosa muito fina, que está em contacto com o ar, e cuja a principal função é evitar que as lágrimas se evaporem.


- Uma camada aquosa, intermédia, que assegura a nutrição dos olhos (tem vitaminas e minerais) e protege os olhos de corpos estranhos potencialmente perigosos.


- Uma camada de mucina, que está em contacto directo com a superfície ocular, e que é responsável pela adesão das lágrimas aos olhos para formar uma película protectora transparente.




Quais são os sintomas de "olho seco"?



Os sintomas mais frequentes de "olho seco" são:


- Sensação de areia nos olhos


- Irritação dos olhos em ambientes com fumo ou ar condicionado


- Ardor


- Comichão


- Dificuldades em suportar a luz (fotofobia)


- Olhos vermelhos e dolorosos



Por vezes, os "olho seco" ficam muito lacrimejantes. Esta afirmação parece um contra-senso, no entanto é isto mesmo que se passa!


Quando as lágrimas não têm qualidade suficiente para realizar a sua função de forma completa, os olhos entram em sofrimento. Como consequência, há um aumento da produção de lágrimas, na tentativa de compensar a falta de qualidade destas. A certa altura, as lágrimas em excesso deixam de ser absorvidas e acabam por escorrer pela face - os olhos começam a "chorar".


Nos casos mais graves de "olho seco" podem aparecer situações de queratite e pequenas úlceras corneanas.




Como é diagnosticado o "olho seco"?


O diagnóstico de "olho seco" é feito pelo oftalmologista, por intermédio de testes que medem a produção de lágrimas e que avaliam a sua qualidade.


Um destes testes é o teste de Schirmer, que mede a quantidade de lágrimas utilizando uma tira de um papel especial colocada junto ao bordo da pálpebra inferior.


Para além destes testes, o oftalmologista observa os olhos em aparelhos especiais, que permitem chegar a um diagnóstico definitivo.




Qual o tratamento para o "olho seco"?


O "olho seco" pode ser controlado com sucesso, desde que sejam seguidas as indicações do oftalmologista, não só em relação aos medicamentos a tomar, mas também aos cuidados a ter para evitar que a situação se agrave.


Assim, se sofre de "olho seco" deve, à partida, evitar permanecer em locais sobreaquecidos ou com ar condicionado, evitar a exposição directa ao vento e evitar ambientes com fumo (o fumo do tabaco, em especial, é um agente altamente perturbador da lágrima!...).


Para além destes cuidados ambientais, existe o tratamento propriamente dito:



Lágrimas artificiais


O tratamento mais corrente do "olho seco" passa pela utilização de lágrimas artificiais, que substituem as lágrimas naturais em falta, lubrificando e protegendo os olhos, e que devem ser usadas as vezes necessárias para evitar os aparecimentos dos sintomas.


As lágrimas artificiais estão disponíveis em frascos conta-gotas e em embalagens individuais (unidoses). As unidades são especialmente indicadas para "olhos secos" muito sensíveis, nos casos em que seja necessário aplicar lágrimas muito frequentemente (mais do que 6 vezes por dia), e para portadores de lentes de contacto.


Quando os sintomas são mais graves pode-se usar lágrimas artificiais em gel ou pomada.



Redução da drenagem


O oftalmologista pode optar por fechar os orifícios de saída das lágrimas (de forma temporária - com silicone ou colagénio, ou de forma permanente - recorrendo a cirurgia ou diatermia) com o objectivo de conservar durante mais tempo nos olhos as lágrimas naturais ou artificiais.





Fonte: Clínica Oftalmológica de Faro

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