Monday, July 13, 2009

CRIOESTAMINAL DISTINGUIDA COM O ESTATUTO PME EXCELÊNCIA 2009


Susana Viana



A Crioestaminal, pioneira e líder na criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical no mercado ibérico, é hoje distinguida como "PME Excelência 2009", pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, numa sessão que vai decorrer na Alfândega do Porto.






O estatuto PME Excelência 2009 visa distinguir as pequenas e médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos e perfis de risco, no contexto da estrutura empresarial nacional, contribuindo para a capacidade competitiva do país.





Para Raul Santos, administrador/director geral da Crioestaminal, esta distinção representa "um motivo de grande orgulho para todos quantos trabalham dia a dia dando o seu melhor para o sucesso deste projecto. Significa o reconhecimento do trabalho e esforço diários de cada colaborador e do caminho que temos vindo a percorrer em conjunto.





Constitui também um acréscimo de responsabilidade perante os nossos cliente e todos os nossos parceiros, que assumimos como uma motivação adicional para continuar a abraçar novos desafios."





Em tempo de recessão e de crise económica, o responsável da Crioestaminal afirma que é possível "sobreviver" num cenário de risco e considera que "as crises são também fontes de oportunidade. Importa sobretudo nunca baixar os braços e investir algum do nosso tempo e esforço na procura dessas mesmas oportunidades, não só localmente mas também a nível internacional".





A Crioestaminal está também presente em Espanha e em Itália, possui uma equipa de cerca de 60 colaboradores e conta, actualmente, com cerca de 30 mil clientes que, ao longo de seis anos de actividade, têm depositado na Crioestaminal a confiança e a responsabilidade de guardar as células estaminais dos seus filhos.









Sobre a Crioestaminal





Criada em 2003 por profissionais e empresas da área da saúde, a Crioestaminal é hoje uma referência sempre que se fala da criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos. Como empresa pioneira nesta área e com uma posição líder no mercado ibérico, aposta na criação e diversificação de serviços e nos projectos de investigação e desenvolvimento.





Até ao momento, são cerca de 30 mil os pais que aderiram no País a esta técnica e que a consideram uma opção preventiva da saúde futura dos seus filhos. Esta realidade confirma a solidez, experiência, qualidade e segurança que a empresa cumpre ao serviço da saúde e que a tornam uma referência no momento de optar pela criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical.





A Crioestaminal é a entidade de criopreservação pioneira e líder em Portugal no isolamento e criopreservação de células estaminais, estando também presente em países como Espanha e Itália. Em Portugal, é a única empresa de criopreservação com transplantes realizados.









Fonte: LPM Comunicação

Saturday, July 4, 2009

QUERATOSES ACTÍNICAS



Dr. Ricardo Vieira


As queratoses actínicas são lesões cutâneas encontradas mais frequentemente em pessoas de pele e olhos claros e em áreas de pele expostas ao sol como a face, o couro cabeludo, o dorso das mãos e, por vezes, o pescoço e o decote. São observadas com maior frequência em pessoas com idade avançada embora também possam surgir nas mais jovens.




O que são queratoses actínicas?



O seu aspecto inicial característico é uma mancha eritematosa ("vermelha") com escama aderente na sua superfície medindo cerca de 2-10 mm, embora possa apresentar maiores dimensões. Ao longo do tempo, se não forem tratadas, podem tornar-se mais elevadas e infiltradas.



Geralmente identificam-se melhor passando um dedo e sentindo a sua rugosidade do que propriamente olhando. São causadas pelo efeito cumulativo da radiação ultravioleta, existindo vários factores a favor deste facto como a sua maior prevalência em áreas de pele expostas ao sol, em pessoas de pele clara, em países com muito sol e em trabalhadores ao ar livre (exº: agricultores, trabalhadores da construção civil, marinheiros...).







Qual a sua importância?



O reconhecimento e o tratamento das queratoses actínicas são importantes na medida em que são consideradas lesões pré neoplásicas, isto é, se não forem tratadas podem evoluir para cancro de pele.







Como prevenir o seu aparecimento?



O factor mais importante na prevenção do aparecimento destas lesões é a fotoprotecção ao longo de toda a vida, isto é, não só evitar apanhar sol nas horas de maior calor como também o uso de protector solar diário com índice elevado.



Os homens devem usar chapéu de aba larga para protecção das orelhas e do couro cabeludo contra o sol. Os idosos, por exemplo, podem não estar actualmente expostos ao sol mas estiveram durante praticamente toda a vida, como com trabalhos ao ar livre. Ao longo desses anos a pele sofre alterações com formação deste tipo de lesões entre outras.







Como tratar?



O tratamento das queratoses actínicas inclui determinados métodos realizados em consulta de Dermatologia como a criocirurgia (a lesão é "destruída" com azoto líquido), exérese cirúrgica, laser ou peelings.



Existem igualmente terapêuticas tópicas (cremes) com eficácia provada no tratamento destas lesões. A decisão terapêutica varia, por exemplo, consoante o número de lesões.



Quando se levanta a hipótese de já ter ocorrido evolução para cancro de pele realiza-se uma biopsia de pele ou exérese da lesão.



As pessoas que apresentam queratoses actínicas devem manter-se em vigilância numa consulta de Dermatologia para que sejam devidamente tratadas e também para a detecção precoce da possível evolução para algo mais grave.







Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Saturday, June 27, 2009

OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO



Andreia Pereira






Está comprovado cientificamente que a amamentação tem inúmeras vantagens, tanto para a mãe como para o bebé. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Unicef têm feito, inclusive, várias campanhas de promoção do aleitamento materno exclusivo até aos seis meses de idade. Alguns estudos indicam que a ingestão de leite materno pode ter um impacto positivo na saúde da criança a longo prazo.










Amamentar ou não amamentar: eis a questão. Para o Dr. Israel Macedo, pediatra da Maternidade Alfredo da Costa, não existem dúvidas de que, sendo o leite materno o alimento "ideal para a criança nos primeiros meses de vida", é necessário promover a amamentação. Em primeiro lugar, porque se trata de um "bem completo, com uma composição proteica e lipídica ajustada às necessidades do bebé".









Segundo bastantes estudos, as crianças alimentadas com leite materno demonstraram ter menos infecções intestinais, respiratórias, cólicas, menos problemas alérgicos, traduzindo-se em menor necessidade de recurso à urgência nos primeiros anos de vida. Sabe-se, no entanto, que o leite materno produz benefícios a longo prazo. Um jovem adulto, alimentado nos primeiros meses de vida com leite materno, "apresenta um perfil lipídico mais saudável e uma tensão arterial mais baixa". Mas as vantagens não se ficam por aqui. Se, por um lado, o bebé é o principal beneficiário, a mãe também ganha com o aleitamento.







"Para além dos laços afectivos e emocionais, que se estabelecem através do contacto físico, há uma grande probabilidade de a mulher que amamenta não vir a sofrer de depressão pós-parto. Paralelamente, o aleitamento vai provocar na mulher contracção uterina e tem até efeitos protectores ao nível do cancro da mama."







Estes são os argumentos usados pela OMS e para Unicef, que, desde 1991, têm investido em acções de sensibilização e formação das mães. Segundo estas entidades, o aleitamento materno deve ser defendido em exclusividade até aos seis meses de vida do bebé. Mas, após esta data, com a introdução de outros alimentos no cardápio, a mulher pode continuar a amamentar, até aos dois anos de idade.







Embora não se saiba ao certo o número de mães que amamentam os seus bebés até aos seis meses de idade, em Portugal, Israel Macedo teme que um estudo sobre aleitamento materno, que está em curso, revele um panorama "pouco animador". E, em parte, o abandono da amamentação deve-se à actual conjuntura laboral, já que "os vínculos de emprego são, actualmente mais precários".









"Algumas mulheres deixam de amamentar para não prolongarem o período em que estão de licença de maternidade. Se estão a recibos verdes acabam por não activar todos os direitos de amamentação, até aos 18 meses, conforme prevê a lei. E isso acontece porque só ganham enquanto trabalham."













Amamentar até quando?









A OMS e a Unicef defendem o aleitamento materno em exclusividade até aos seis meses de idade. Mas, segundo Israel Macedo, nada impede que a amamentação ocorra até mais tarde "Depois do meio ano de vida, o leite materno necessita de ser complementado com outros alimentos, até porque esta é a fase em que se começa a introduzir novos paladares na ementa do bebé", fundamenta o pediatra.









"A amamentação pode ser mantida até aos dois anos de idade", aponta. Depois dos seis meses, vão sendo introduzidos, progressivamente, novos alimentos semi-sólidos, semana a semana. "Deste modo, a criança vai-se habituando a um novo sistema de comer. Em vez de sugar, o bebé passa também a deglutir a comida."







É nesta altura que se começam a introduzir carnes, "o mais biológicas possível", o ovo e as hortaliças". Para o especialista, quando se inserem novos alimentos, há que estar atento a algumas reacções por parte do bebé, nomeadamente se determinado produto provoca obstipação. O pediatra diz que as crianças alimentadas com o leite materno são menos propensas a estas situações, comparativamente aos bebés que recebem leite artificial.









As mulheres que queiram continuar a amamentar depois dos seis meses (período em que vigora a licença de maternidade), podem continuar a apostar no aleitamento materno. "As mães podem retirar o leite, conservá-lo e administrá-lo mais tarde." No entanto, como afirma Israel Macedo, o leite da mãe vai sofrendo algumas alterações, a partir do momento em que se introduzem novos alimentos no cardápio do bebé. "O que inicia o processo de desmame e modifica a composição do leite é o facto de a criança começar a mamar menos."









Contudo, seguindo as directrizes da OMS e da Unicef, na fase de introdução de novos alimentos, o bebé deve manter pelo menos uma refeição diária com leite materno. Para Israel Macedo, sendo o leite materno o alimento mais completo, é o mais adequado às necessidades do recém-nascido, Há até estudo que sugerem que o aleitamento materno pode ter benefícios nos bebés prematuros, reduzindo a incidência de casos de enterocolite necrotisante: a principal causa de morbimortalidade em crianças que nascem antes do tempo.







Assim, defende o pediatra que, "raramente", se consideram situações em que a mãe seja impedida de amamentar. "A não ser que esteja a tomar doses elevadas de certos medicamentos, que adulterem a composição do leite", esclarece. Mesmo quando a mulher tem de se ausentar por algumas horas, pode optar por extrair e conservar o leite.











Mama mater promove o aleitamento materno







Muitas mulheres, após o nascimento do primeiro filho, sentem-se inseguras ao amamentar. Este é um dos motivos que conduz ao abandono do aleitamento materno. Mas, para contrariar esta tendência, a Mama Mater (http://www.mamamater.eu/) tenta "empoderar" as mulheres. E como? "Através dos Cantinhos da Amamentação, instalados em centros de saúde e hospitais, tentamos aumentar os níveis de confiança das mães", diz Adelaide Órfão, presidente da Associação, sedeada no centro de saúde da Parede, perto do Cascais.









"Estes espaços [existem mais de 100 locais espalhados por todo o país] tentam ajudar as mães a ultrapassar as dificuldades e os obstáculos que as podem impedir de amamentar. Com a ajuda de profissionais formados para o efeito, as mães obtêm todo o aconselhamento necessário." Apesar de não haver estatísticas relativamente ao aleitamento materno, a responsável indica que, "quando as mulheres se encontram preparadas e disponíveis, amamentam mais e com um elevado grau de satisfação pessoal".











Fonte: Jornal do Centro de Saúde

"O ENJOO DE MOVIMENTO RESULTA DE UM CONFLITO SENSORIAL"



Andreia Pereira



Se é daquelas pessoas que enjoa frequentemente em viagens de avião, saiba como controlar este desconforto. Em entrevista ao Jornal do Centro de Saúde, a Dr.ª Anabela Jorge, directora-adjunta do Serviço de Medicina Geral e Familiar da Unidade de Cuidados Integrados de Saúde (Grupo TAP), esclarece as principais dúvidas.






O que é o enjoo do movimento?





O enjoo de movimento resulta de um conflito sensorial, quando a percepção visual não é concordante com a percepção de movimento, por exemplo, a visão indica movimento, mas o corpo permanece imóvel, o que acontece nas viagens de transporte.






E este conflito ocorre porquê?





O cérebro integra a informação proveniente de vários sentidos para determinar a orientação e o movimento do corpo em relação ao ambiente exterior, incluindo o olho, o ouvido interno e outras áreas do sistema nervoso responsáveis pelo equilíbrio. Durante os movimentos do corpo, é esperado que a alteração do campo visual seja concordante com o movimento. Nas viagens de avião, os movimentos verticais parecem desencadear o enjoo, nomeadamente em situação de turbulência.






Há estatísticas relativamente ao número de pessoas que sofre deste problema?





As estatísticas são escassas relativamente à ocorrência desta situação nos voos comerciais. Mas, segundo os dados disponíveis, em termos globais para qualquer aeronave ocorrerá em cerca de 8% dos passageiros. Actualmente, os aviões comerciais têm cabines pressurizadas que permitem voar a altitudes de cruzeiro acima dos efeitos atmosféricos meteorológicos, com menor turbulência e, consequentemente, menor predisposição para desencadear sintomas de enjoo de movimento.






Quais as principais queixas apresentadas para o enjoo do movimento?





Há uma série de sinais e sintomas, dos quais os mais precoces podem ser a sensação de cansaço, falta de ar, tonturas e dor de cabeça. De seguida, surgem as náuseas que podem ser acompanhadas de palidez, suores e, eventualmente, conduzir a vómitos. Estes sintomas não são específicos, sendo comuns a outras patologias.






Pode-se evitar o enjoo durante a viagem?





Existem medicamentos que podem ser dados de forma preventiva para diminuir a probabilidade de ocorrência de sintomas, mas a medicação nem sempre é eficaz. O passageiro deve aconselhar-se previamente com o seu médico quanto às opções terapêuticas disponíveis e adequadas ao seu perfil, já que é necessário ter em conta possíveis efeitos secundários e interacções com outros medicamentos que esteja a tomar.



Os mais vulneráveis





Embora existam "umas pessoas mais susceptíveis que outras", o enjoo do movimento afecta mais frequentemente os seguintes grupos:





- Crianças com mais de dois anos até à adolescência;





- As mulheres são mais susceptíveis que os homens;





- Grupo de doentes cuja patologia inclua manifestações como náuseas e vómitos ou na sequência de tratamentos como radioterapia ou quimioterapia;





- Pessoas que ficam ansiosas com as viagens de avião ou manifestam medo de voar.









Cuidados durante a viagem





- Evitar movimentos bruscos da cabeça, se possível mantê-la imóvel e encostada ao apoio da cadeira;





- Promover actividades de distracção mental. Os estudos revelam que ler um livro, ver um filme ou usar de qualquer outro entretenimento diminui o enjoo, face aos passageiros que não fazem nada durante a viagem;





- Se ocorrerem sintomas durante a viagem e o passageiro não tiver medicação para o enjoo, deve informar a assistente ou comissário de bordo, dado que habitualmente as companhias aéreas possuem malas de primeiros socorros com medicação para este efeito.








Fonte: Jornal do Centro de Saúde



Tuesday, June 23, 2009

DOENÇAS DA VISÃO RELACIONADAS COM A IDADE




Mário Beja Santos



O avançar da idade faz-se também sentir nos olhos e na qualidade da visão. Para além das alterações da visão corrigíveis com o uso de óculos, há a ter em conta um aumento da ocorrência de doenças que podem, mais ou menos a longo prazo e se não tratadas a tempo, resultar em perda da visão ou, pelo menos, numa diminuição marcada da autonomia.









Seja em que idade for, a perda de visão tem profundas repercussões na pessoa e na sociedade. Entretanto, como a população mundial tem vindo a aumentar e é maior a esperança de vida, aumentou forçosamente o número de seniores que apresentam uma diminuição da visão, de maior ou menor grandeza.





A Direcção-Geral da Saúde recomenda uma ida ao oftalmologista de 4 em 4 anos, a partir dos 46 anos de idade, havendo vantagem, a partir dos 60 anos, em ir ao oftalmologista pelo menos de dois em dois anos.





Cumprindo estas recomendações asseguramos a detecção precoce e o melhor controlo de qualquer perturbação da saúde dos olhos ou da qualidade da visão que possam surgir Os distúrbios da visão mais comuns no envelhecimento dão pelo nome de cataratas, degenerescência macular relacionada com a idade e glaucoma.





Recorde-se que o Programa Nacional para a Saúde da Visão, do Ministério da Saúde, contempla um programa para a saúde das pessoas idosas, que contempla as doenças mais frequentes e mais susceptíveis de causarem, mais ou menos longo prazo, perda de visão. Refere-se explicitamente neste documento o peso das doenças da córnea (incluindo as doenças da conjuntiva) e o significado que têm as cataratas (cerca de 170 mil pessoas sofrem de catarata, sendo que seis em cada 10 pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais desta doença). Também a degenerescência macular relacionada com a idade, que afecta cinco por cento das pessoas com mais de 55 anos e uma em cada 10 pessoas com mais de 65 anos, e o glaucoma são identificados como sendo alvo preferencial de intervenção.





Constata-se que a maioria dos casos de glaucoma recorre a cuidados oftalmológicos em situações tardias, quando já não é possível um tratamento eficaz, além de que, das cerca de 200 mil pessoas que apresentam hipertensão ocular, um terço sofre de glaucoma, distúrbio que acarretará cegueira irreversível a cerca de seis mil pessoas.









A maior das patologias da visão





A catarata é o nome dado a qualquer opacidade do cristalino. O cristalino, ou lente, é ao longo da vida sujeito a um processo de envelhecimento que poderá ter o seu desfecho na chamada catarata senil. As cataratas que afectam a totalidade do cristalino podem afectar gravemente a visão, são factor indiscutível de stress e podem provocar sérias limitações.





São inúmeros os factores de risco que podem provocar ou acelerar o aparecimento de catarata, incluindo medicamentos, substâncias tóxicas, doenças metabólicas, traumatismos, doença ocular, radiação ultravioleta B, factores nutricionais, entre outros.



A catarata não tratada é a primeira causa de cegueira a nível mundial. Está hoje associada a um

dos maiores sucessos da medicina moderna, existindo hoje mecanismos de tratamento reconhecidamente eficazes.





O único tratamento curativo da catarata é o cirúrgico e consiste em substituir o cristalino opaco por uma prótese designada por lente intraocular. As queixas mais frequentes podem ser: diminuição da acuidade visual (principal sintoma), sensação de névoa, uma maior sensibilidade à luz e uma necessidade de mudar de óculos com mais frequência.









A mácula e o glaucoma





Se a principal causa mundial de cegueira continua a ser a catarata, segue por ordem de importância degenerescência macular e o glaucoma.





Infelizmente ainda sem hipóteses de intervenção cirúrgica (na mácula há tratamento preventivo, na fase precoce) e, no estado actual dos conhecimentos, ainda não se possui meios para impedir o seu aparecimento; o glaucoma, também detectado precocemente, pode ser tratado com medicamentos.





A degenerescência macular relacionada com a idade (DMI ) é uma doença da mácula, a zona mais sensível da retina e por isso se diz que é uma doença retiniana. Manifesta-se clinicamente acima dos 50 anos de idade. A mácula é responsável pela visão nítida e central, ou seja, pelo pormenor, pela cor e formas. Uma vez destruída a mácula, a visão é irrecuperável pelo que a DMI não tem cura. Como a doença se desenvolve gradualmente e sem dor, é muito importante a sua detecção precoce para permitir controlar a progressão da doença, reduzindo a extensão da perda de visão. O principal efeito da doença é a diminuição da autonomia do indivíduo, o que vai levar ao aumento da depressão e dependência.






De acordo com alguns estudos de mercado, a maioria esmagadora dos portugueses desconhece totalmente a DMI . Ela está indiscutivelmente relacionada com o envelhecimento, os seniores são pois o seu principal grupo de risco. É a maior causa de cegueira dos países industrializados, tendo maior prevalência em pessoas de raça branca e do sexo feminino (em Portugal, calcula-se que há cerca de cinco mil novos casos por ano).





Consideram-se como principais doentes da DMI : fumadores, hipertensos e obesos, mas podem também sofrer desta patologia praticantes de dietas pobres em antioxidantes e os factores hereditários também contam. A sintomatologia da DMI é marcada por mancha escura ou esbranquiçada no centro do campo visual; perda rápida da acuidade visual; diminuição da sensibilidade ou contraste; imagens enevoadas; alteração das cores e aumento da sensibilidade à luz.





Os mecanismos de defesa do globo ocular incluem a presença de substâncias antioxidantes. Com o envelhecimento, algumas delas diminuem a sua actividade e outras não são produzidas pelo organismo.



O médico pode entender que a reposição destas substâncias se deve realizar através da alimentação ou de suplementos (por exemplo, contendo zinco, vitamina A, C e E, alguns carotenóides, isto num contexto de uma terapêutica que pode contribuir para reduzir a progressão da doença.





Para lidar com esta patologia recomenda-se: evitar conduzir à noite ou em condições desfavoráveis; utilizar sempre os seus óculos e uma iluminação adequada; remover potenciais barreiras domésticas que possam constituir perigo.





O glaucoma é uma doença em que a pressão no interior dos olhos aparece aumentada. Na ausência de tratamento pode aparecer a cegueira. Aparece principalmente em pessoas com mais de 40 anos e com familiares que sofram desta doença. Podem predispor para o aparecimento da doença lesões e maus estilos de vida (diabetes, hipertensão, dores de cabeça, tabagismo, abuso crónico de álcool e cocaína e alguns medicamentos).





O glaucoma é diagnosticado pelo oftalmologista através da medição de pressão intra-ocular. Tenha-se em conta que esta patologia pode só dar sinais na fase avançada com alteração da visão, e nos casos em que houver lesão do nervo óptico, poderá ocorrer cegueira. O tratamento existente passa pela aplicação de medicamentos nos olhos em gotas; nos casos mais graves, pode recorrer-se a medicamentos em comprimidos ou, se muito graves, a medicamentos endovenosos. O cumprimento do tratamento e a vigilância cuidada da pressão intra-ocular são essenciais para controlar a progressão desta doença. O doente com glaucoma deve informar sempre os médicos que o assistem e o seu farmacêutico de que sofre desta patologia para não correr o risco de lhe aconselharem medicamentos que o agravem.









Procure o aconselhamento farmacêutico





Pode e deve recorrer ao aconselhamento farmacêutico para o ajudar a perceber melhor qualquer alteração da visão que ocorra. É essencial actuar a tempo sobre os problemas que podem afectar a qualidade da visão, saber prevenir e privilegiar a vigilância e o diagnóstico precoce.





Também no que diz respeito às doenças dos olhos e ao seu tratamento, pode contar com o conselho do farmacêutico. A aplicação de medicamentos nos olhos, sob a forma de colírios ou de pomadas, reveste-se de cuidados especiais. A aplicação correcta dos medicamentos e a sua conservação adequada são essenciais para que se obtenham bons resultados. Quando é aplicado mais do que um medicamento, é importante precaver o risco de interferirem uns com os outros e também aqui há regras a seguir.





Em caso de glaucoma, é particularmente importante que a toma de medicamentos em automedicação, se faça apenas mediante a orientação do farmacêutico, uma vez que há o risco de poderem estarem contraindicados nesta doença.





Em todas as circunstâncias, o farmacêutico é o profissional de saúde com quem é mais fácil contactar para, no quadro da qualidade de vida, sabermos agir na prevenção da doença. Devemos contar com ele para conhecer mais sobre as doenças da visão relacionadas com a idade.








Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Monday, June 22, 2009

GERIR O PESO NA MEDIDA CERTA



Andreia Pereira




Aquele vestido que está no armário há meses já não lhe serve? A balança acusa uns quilos a mais da conta? Talvez esteja na hora de voltar à velha silhueta. Mas, antes de cometer alguns excessos de zelo, saiba como deve iniciar uma dieta.






É daquelas pessoas que deixar de comer só porque tem urgência em perder peso? Nada mais errado. Apesar de ser uma tendência recorrente, a Dr.ª Carla Afonso, nutricionista, considera que "as dietas restritivas" podem ser "bastante prejudiciais". Isto porque "a ingestão de alimentos é mínima e os período de jejum são longos".





"Há uma pretensão em perder uma grande quantidade de peso num curto espaço de tempo, o que contribui para uma perda significativa de massa muscular, dificilmente recuperável", explica a nutricionista, acrescentando que, nestas situações, "os défices de nutrientes são elevadíssimos". Para não correr o risco de alternar entre a perda e o ganho de peso, a dieta deverá "ser gradual e adaptada às necessidades individuais", completa.





Como não há duas pessoas iguais, e a perda de peso depende da estrutura de cada um, "os regimes alimentares têm de ser específicos e adequados às necessidades individuais". Para tal, quem pensa em perder peso deve procurar ajuda especializada: "O aconselhamento alimentar deve ser feito por um profissional de saúde, particularmente um nutricionista. Na consulta de nutrição, o especialista pode avaliar o indivíduo e ‘desenhar-lhe' um adequado planeamento alimentar", resume.





Quem procura perder peso a todo o custo, muitas vezes não mede as consequências. A nutricionista lembra que "uma gestão equilibrada do peso é fundamental para a manutenção da saúde. E, embora não haja um peso ideal, há sempre uns quilos que são dispensáveis, desde que tal situação "não interfira com a condição física e com o estado de saúde", sublinha Carla Afonso. Entram em linha de conta no programa de gestão de peso factores como "a idade, o sexo, a profissão e o números de horas que se dedica à actividade física".









Perder peso gradualmente





Hoje em dia, já existem fármacos que ajudam a perder os quilos a mais. Mas, como adianta Carla Afonso, alguns medicamentos "têm, em geral, muitas contra-indicações e efeitos secundários". Em alternativa, a nutricionista aponta a toma de suplementos nutricionais como uma opção para quem vai iniciar um regime alimentar para perder peso. Mas, "obviamente, compete ao profissional de saúde aconselhar a posologia adequada de acordo com as necessidades individuais".





Estes suplementos, disponíveis no mercado, "praticamente não têm efeitos secundários". Para além disto, acresce o facto de estes produtos "serem eficazes e seguros".





Contudo, os suplementos nutricionais, isoladamente, não fazem milagres. "É preciso adoptar uma alimentação equilibrada e variada, assim como a prática regular de exercício físico: elementos centrais na terapêutica de suplementação nutricional. Só assim se potenciam os resultados." Com a toma de suplementos será possível "compensar as falhas alimentares e potenciar as reacções metabólicas que ocorrem naturalmente no organismo".








Fonte: Jornal do Centro de Saúde

MARCHA PELA FERTILIDADE

Tuesday, June 16, 2009

À ESPERA DA CEGONHA


Andreia Pereira



Em 2008, Cláudia Vieira conseguiu concretizar, finalmente, o sonho de ser mãe. E em dose dupla, já que a presidente da APF teve duas meninas gémeas. Mas, até saborear a maternidade, percorreu um caminho de cinco (longos) anos. Ao fim de seis meses, em que estava a tentar engravidar, "como nada acontecia", decidiu procurar a ginecologista e expor a situação.






Cláudia Vieira e o marido foram submetidos a alguns exames e, umas semanas depois, já sabiam os resultados: em ambos existiam problemas que impediam uma gravidez espontânea. A partir desta altura, recorreu a ajuda especializada e inscreveu-se num hospital público. Teve de aguardar quatro meses para a primeira consulta, até que passados 12 meses foi encaminhada para a realização da primeira microinjecção intracitoplasmática (ICSI): uma técnica usada em casos em que existe um factor masculino de infertilidade.





A presidente da APF conta que conseguiu engravidar duas vezes, uma delas ao final da terceira ICSI e uma outra através de uma transferência de embriões cripreservados. Mas ambas as gestações foram frustradas. "Esta foi outra das situações traumáticas associada ao facto de não poder engravidar", conta. Ainda houve uma quarta ICSI no sector público. Mas, entretanto, como os recursos nestas unidades estatais foram "esgotados", teve de recorrer a uma clínica privada.





Ao fim da quinta ICSI, já no sector privado, conseguiu engravidar. "Obter o resultado positivo era apenas uma etapa vencida, mas nem tudo estava ultrapassado", conta. Foi internada com 25 semanas de gravidez e nem assim se conseguiu evitar que as bebés nascessem às 33 semanas, com apenas 1600gr e 1380gr. Uma das gémeas estava em sofrimento e foi necessário fazer uma cesariana de urgência. "Apesar de terem nascido pequeninas, felizmente não tiveram complicações pulmonares ou infecciosas", afirma.





Cláudia Vieira lamenta o facto de ter tido uma gravidez tão conturbada. Hoje, decorridos 10 meses do nascimento das gémeas, só consegue pensar que é "uma mulher realizada" e que tudo o que passou "valeu a pena". Apesar de não ter usufruído de uma gestação em pleno, a responsável da APF sente-se satisfeita por poder "desfrutar integralmente da maternidade".









Infertilidade tende a aumentar





Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um casal é considerado infértil quando não alcança a gravidez desejada ao fim de um ano de vida sexual contínua sem métodos contraceptivos. "Esta é a explicação de base, embora, em muitas situações clínicas, não seja necessário aguardar este período, porque o diagnóstico aponta um factor impeditivo de gravidez", explica o Prof. João Silva Carvalho, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR).





As causas que impedem uma gravidez podem radicar em qualquer um dos membros do casal. "Na mulher, as disfunções endócrinas, do sistema hormonal, os problemas nas trompas e no útero e as infecções transmitidas sexualmente estão entre as principais causas de infertilidade", adianta o especialista. E acrescenta que, no homem, "os factores genéticos ou tóxicos" contribuem para a perda de quantidade e qualidade dos espermatozóides.





Por motivos de ordem profissional e económica, muitas mulheres adiam a decisão de ter filhos para mais tarde, normalmente depois dos 30 anos. Com esta situação, diz João Silva Carvalho, as hipóteses de engravidar vão sendo mais escassas à medida que a idade avança. "A menopausa é a barreira absoluta a partir da qual há um declínio da fertilidade feminina, porque os ovários deixam de funcionar, embora, a partir dos 45 anos, já haja mais dificuldades em engravidar". O mesmo não acontece com o homem, porque "o aumento da idade não prejudica a fertilidade masculina".






Acontece que devido ao estilo de vida actual e à degradação das condições ambientais, "a qualidade dos óvulos e espermatozóides tem sofrido um decréscimo progressivo". E tal situação estará na base do aumento de casos de infertilidade nos próximos anos, segundo a perspectiva do presidente da SPMR.



Tratamentos para corrigir a infertilidade





Antes de se avançar para as técnicas de procriação medicamente assistida (PMA), o primeiro recurso, segundo João Silva Carvalho, são os tratamentos farmacológicos. "Há medicamentos que corrigem as disfunções endócrinas as infecções." Estas disfunções, que em muitos casos se relacionam com a actividade ovárica ou da tiróide, "prejudicam a qualidade da ovulação". Mas, tratando-se de um bloqueio nas trompas ou alguma anomalia do útero, pode, ainda, recorrer-se à cirurgia minimamente invasiva.





Quando estes procedimentos não funcionam, o casal pode recorrer aos hospitais públicos ou ao sector privado para iniciarem os tratamentos de PMA. Estão, actualmente, regulamentadas três técnicas de PMA: inseminação intra-uterina, fecundação in vitro e micro-injecção citoplasmática.






A inseminação intra-uterina é um processo que decorrer in vivo, ou seja, dentro do corpo da mulher. Para se obter bons resultados, faz-se a "estimulação ovárica" e, na altura da ovulação, o concentrado de espermatozóides, recolhido previamente, é colocado no útero da mulher. "Com esta técnica o objectivo é aproximar os dois gâmetas (óvulos e espermatozóides), favorecendo a fecundação", explica o especialista.





Quando existe uma obstrução das trompas de Falópio, a fertilização é desenvolvida in vitro. "Estimulamos os ovários da mulher, recolhemos os espermatozóides do marido e, em laboratório, juntamos os gâmetas feminino e masculino. Após a fecundação, é retirado o embrião e transferido para o útero materno."





Perante um factor de infertilidade masculina, em que os espermatozóides não conseguem fecundar o óvulo, a técnica de micro-injecção citoplasmática (ICSI) é, à semelhança da fertilização in vitro, desenvolvida em laboratório. "Com o auxílio de um microscópio, introduz-se o espermatozóide no interior do óvulo para ocorrer a fecundação."









Estado apoia casais inférteis





Foi recentemente anunciado por parte do Ministério da Saúde o aumento da comparticipação de 37 para 69% dos medicamentos para a infertilidade, particularmente aqueles que são usados na PMA. Esta medida, já publicada em Diário da República, entra em vigor a partir do dia 1 de Junho e permitirá aliviar os encargos dos casais que tentam ter um filho.





Até agora, as técnicas de PMA são totalmente gratuitas para os casais, dentro das unidades estatais com Serviço de Medicina da Reprodução. Para acederem aos hospitais públicos, o casal tem de ser encaminhado pelo seu médico de família. Com esta referenciação do médico do centro de saúde, o casal entra numa lista de espera.





Em Portugal Continental, existem nove unidades com Serviço de Medicina da Reprodução: Centro Hospitalar de Gaia, Hospital de S. João, Hospital de Santo António e Maternidade Júlio Dinis, as três a funcionarem no Porto, Hospital Nossa Senhora de Oliveira, em Guimarães, Hospital de S. Teotónio, em Viseu, Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital de Santa Maria e Maternidade Alfredo da Costa, ambos em Lisboa.





A sul de Lisboa e nas Ilhas não existe nenhuma unidade pública com Serviço de Medicina da Reprodução em funcionamento. Mas está previsto que esta situação seja revista e que, em breve, alguns hospitais disponibilizem consultas de diagnóstico para os utentes inférteis.









Fonte: Jornal do Centro de Saúde

Monday, June 15, 2009

DE PÓLIPOS A CANCRO




O cancro do cólon e do recto é a segunda causa de morte por doença oncológica no nosso país.






É o que dizem as estatísticas, mas a percepção dos portugueses é bem diferente: um estudo efectuado em 2007 concluiu que este cancro ocupa o quinto lugar entre os mais conhecidos, sendo que 20 por cento dos inquiridos nunca ouviram falar da doença. E, no entanto, surgem todos os anos cerca de cinco mil novos casos, mais de metade dos quais (59 por cento) mortais pois são detectados em fases já muito avançadas.





Os homens são os mais afectados por este cancro que, na maioria das vezes, começa com o desenvolvimento de pequenos grupos de células benignas, os pólipos. Tanto podem estar localizados no cólon (o intestino grosso) como no recto (a última porção de intestino antes do ânus).





Com o tempo alguns destes pólipos podem evoluir para cancro, existindo outros factores de risco para o seu aparecimento. E nem sempre há sintomas iniciais da doença. Quando aparecem, não são sempre os mesmos, variando em função do tamanho do tumor e da sua localização.





Mas são de esperar, nomeadamente, alterações nos hábitos intestinais, incluindo diarreia ou obstipação (prisão de ventre), e alterações persistentes na consistência das fezes por mais de duas semanas.





A presença de sangue nas fezes ou hemorragia rectal é outro sintoma importante, embora não seja automaticamente sinal de cancro: pode ser consequência, por exemplo, de hemorróidas ou de uma fissura no ânus. Além disso, a cor avermelhada das fezes pode induzir em erro, não existindo sangue: é que há alimentos, como a beterraba, que lhe conferem essa coloração. Fezes escuras também podem resultar da toma de medicamentos anti-diarreicos ou de suplementos de ferro, não sendo sinónimo de doença.





Entre os sintomas incluem-se ainda desconforto abdominal persistente, com dor e flatulência (gases), fraqueza ou fadiga, perda de peso inexplicável, sensação de não conseguir esvaziar por completo o intestino.










Risco maior depois dos 50





Como acontece com a maioria dos cancros, a causa exacta deste é desconhecida. O que se sabe é que existem factores de risco, a começar pela idade: a probabilidade aumenta bastante a partir dos 50 anos, embora não seja impossível que se manifeste antes.





Antecedentes pessoais ou familiares de pólipos ou cancro do cólon e do recto também aumentam o risco, bem como a existência de outras patologias que afectam o sistema digestivo, como colite ulcerosa ou doença de Crohn.





A obesidade e a diabetes pesam igualmente nesta balança, bem como o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas.





Também a dieta parece ter influência, com os estudos científicos a apontarem, embora não conclusivamente, para um risco acrescido associado a um baixo consumo de fibras, legumes e fruta e a uma ingestão excessiva de gorduras e calorias.




Estes são os factores de risco, o que significa que é também por eles que passa a prevenção. Naturalmente que não é possível actuar sobre a idade, modificando-a, mas é possível adoptar comportamentos preventivos a partir dos 50, mediante a realização de despistes regulares. É que a detecção precoce dos pólipos é determinante para o prognóstico.





Já sobre os factores de risco relacionados com o estilo de vida é possível agir: introduzindo as necessárias alterações na dieta (sempre desejáveis do ponto de vista da saúde) e reduzindo ou mesmo evitando o consumo de álcool e o hábito de fumar. A actividade física também ajuda, pois existem dados que sugerem que pode baixar em 24 por cento o risco, para 30 minutos de exercício físico cinco vezes por semana. Além de que o exercício combate a obesidade, também associada ao cancro do cólon e do recto (bem como a muitas outras doenças que importa prevenir, como as cardiovasculares).









Cirurgia no caminho do cancro





A detecção precoce é fundamental, neste como noutros tipos de cancro. E aqui passa por consultar o médico perante os sintomas, como, por exemplo, a presença de sangue nas fezes. Perante a suspeita, são realizados vários testes de diagnóstico. E, se se confirmar a existência de um tumor, serão pedidos testes adicionais para identificar o estádio de desenvolvimento em que se encontra.





Consideram-se cinco estádios, sendo que no primeiro o cancro está confinado à parede interna do cólon ou do recto - é o chamado carcinoma in situ, e no último já se espalhou para outros órgãos, como o fígado ou os pulmões, depois de ter invadido os nódulos linfáticos mais próximos.





É em função da extensão do cancro que o tratamento é definindo, considerando-se três opções: a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A cirurgia é o mais comum, mas há procedimentos diferentes consoante a massa cancerígena a remover. Assim, pequenos pólipos podem ser removidos através de colonoscopia (técnica que consiste na introdução de um tubo flexível pelo recto, também utilizada para observação do intestino).





Cancro na fase inicial pode ser tratado por laparoscopia, uma técnica cirúrgica pouco invasiva que envolve a introdução de um tubo através de uma pequena incisão na região abdominal.





Já o cancro na fase mais avançada requer uma cirurgia tradicional para remoção da parte do intestino afectada, bem como de uma margem de tecido saudável - este é um gesto de precaução, visando assegurar que não ficam células malignas para trás. Pela mesma razão são igualmente removidos os nódulos linfáticos mais próximos.





O cirurgião procede depois à união das porções saudáveis do cólon ou do recto. Mas nem sempre isso é possível, podendo ser necessária uma colostomia temporária ou definitiva. Trata-se de um procedimento que consiste numa abertura no abdómen à qual é ligado o cólon: as fezes passam a ser eliminadas por aí, sendo depositadas num saco próprio que acompanha sempre o doente.





Paralelamente à cirurgia o tratamento pode envolver a quimioterapia, técnica que utiliza medicamentos para matar as células cancerígenas, mas também controlar o crescimento do tumor ou apenas aliviar os sintomas (nos casos mais avançados). Náuseas e vómitos, úlceras na boca, fadiga e perda de cabelo são alguns dos efeitos secundários da quimioterapia.







Já a radioterapia socorre-se de fontes de energia potentes, caso dos raios X, para destruir as células que possam ter sobrevivido à cirurgia, para reduzir a dimensão de tumores maiores antes de uma operação ou para atenuar os sintomas. Tem igualmente efeitos secundários, incluindo diarreia, fadiga, perda de apetite e náuseas.





Quando detectado numa fase inicial, o cancro do cólon e do recto tem uma elevada taxa de cura e sobrevivência, a qual se vai invertendo à medida que aumenta a extensão e gravidade do tumor. Todos os anos, há cinco mil portugueses que recebem este diagnóstico. Não se sabe quantos estão na fase inicial da doença, mas sabe-se que o rastreio periódico é determinante para reduzir o risco. Sobretudo a partir dos 50 anos.








Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF

Sunday, June 14, 2009

PRIMEIRA PANDEMIA DO SÉCULO XXI

 

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