Wednesday, April 21, 2010

Tendinite: Repetições dolorosas

São os movimentos repetitivos que causam a maioria das lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho, de que a tendinite é a mais conhecida.



Sob a designação de lesões músculo-esqueléticas associadas ao trabalho esconde-se um vasto conjunto de problemas que afecta tendões, nervos e articulações, causando um incómodo persistente que pode levar à incapacidade de movimentos.


Estas doenças são consideradas profissionais porque, a par do grande sofrimento pessoal, são responsáveis por elevado absentismo laboral e quebra de produtividade. Na sua origem estão factores ocupacionais, relacionados com o tipo de actividade desempenhado no local de trabalho.


Os movimentos repetitivos que requerem aplicação de força estão entre as principais causas destas lesões, a par das vibrações, das temperaturas extremas, da carga que os músculos têm de suportar e das posições inadequadas que o trabalhador adopta em consequência, por exemplo, da utilização das ferramentas e de equipamento mal desenhado que não se adapta ao corpo humano.


Há ainda outras causas, chamadas organizacionais: trabalhar horas em demasia e a um ritmo excessivo, trabalhar em linhas de montagem, sem pausas ou com pausas insuficientes para permitirem o repouso mínimo. O stress a que o trabalhador é sujeito, nomeadamente se for alvo de vigilância com câmaras de vídeo, também contribui para potenciar as lesões músculo-esqueléticas.


O risco também aumenta em pessoas com excesso de peso e com hábitos detabagismo e de consumo de bebidas alcoólicas: a obesidade porque sobrecarrega o esqueleto e o tabaco e o álcool porque danificam os nervos.


E a probabilidade aumenta em pessoas que acumulam vários factores de risco, ainda que a repetição de movimentos e a frequência dessa repetição estejam, de facto, intimamente relacionadas com estas lesões.


Não há um tratamento específico para estas condições, sendo geralmente a intervenção direccionada para o alívio da dor e a redução da incapacidade. O que há a fazer é prevenir, o que envolve a educação do doente para a adopção de posturas correctas mas também a sensibilização das empresas para a adaptação dos postos de trabalho e das ferramentas, de modo a que se adeqúem melhor às características do corpo humano, e para a implementação de mecanismos de compensação dos movimentos repetitivos e das vibrações. Sem essas medidas, as lesões músculo-esqueléticas vão continuar a ser determinantes nas ausências ao trabalho e nas reformas antecipadas pordoença ou incapacidade.






Sunday, April 18, 2010

Diabetes & menopausa: Um duplo desafio

Um duplo desafio é o que enfrentam as mulheres diabéticas na idade da menopausa: é que o desequilíbrio hormonal interfere com os níveis de açúcar no sangue, aumentando o risco de complicações. A boa notícia é que é possível gerir esse risco.



A menopausa constitui uma etapa importante na vida de uma mulher, ditando o momento em que ela deixa de poder ter filhos. Não acontece, porém, de um dia para o outro, sendo antes um processo que se prolonga por alguns anos. E que começa algures entre os 40 e os 50 anos.


É um processo lento associado à diminuição de produção das hormonas relacionadas com a gravidez - a progesterona e oestrogénio. Os ovários vão deixando de libertar óvulos mensalmente, pelo que as irregularidades menstruais dão o primeiro sinal da menopausa, que se considera instalada ao fim de um ano sem período.


Há mulheres que vivem esta transição sem grandes incómodos, mas para muitas outras é uma fase difícil, com a instabilidade hormonal a produzir efeitos em todo o organismo, incluindo a nível psicológico e emocional. E, para as mulheres com diabetes, pode ser particularmente complicado.


Tudo porque as hormonas femininas interferem com uma outra hormona - ainsulina, envolvida na regulação dos níveis de açúcar no sangue (glicemia). O estrogénio e a progesterona afectam o modo como as células respondem à insulina, com as flutuações hormonais da menopausa a poderem causar quer um aumento da glicemia quer uma diminuição.


E são mudanças pouco previsíveis: é que quando baixa a quantidade de progesterona pode aumentar a sensibilidade à insulina e quando diminui o nível de estrogénios pode subir a resistência à insulina. Significa isto que pode haver um descontrolo, aumentando o risco de a mulher desenvolver complicações associadas à diabetes, de que a doença cardiovascular é uma das principais.


Com a menopausa é frequente haver um ganho de peso, o que pode influenciar a necessidade de insulina.


Abre-se, mais uma vez, a porta a um descontrolo do açúcar no sangue se não houver alteração da medicação e, naturalmente, uma adequada gestão dos quilos a mais.


Outra associação entre a menopausa e a diabetes provém do risco acrescido de infecções. Numa mulher diabética, níveis elevados de açúcar no sangue podem contribuir para o desenvolvimento de infecções urinárias e vaginais, probabilidade que aumenta na menopausa pois a descida de estrogénios diminui as defesas contra bactérias e fungos, facilitando o acesso aos aparelhosgenital e urinário.


Sensível à menopausa é igualmente o sono: os suores nocturnos e os afrontamentos dificultam com frequência uma noite bem dormida.


Ora a falta de sono dá origem a flutuações na glicemia, potenciando novamente um desequilíbrio que é necessário controlar.


Está nas suas mãos controlar o risco!


São problemas com que lida uma boa percentagem das mulheres diabéticas.
A prevalência da diabetes em mulheres na menopausa oscila entre os 4 e os 7 por cento, o que, no nosso país, significa que 100 mil a 140 mil dos cerca de dois milhões de mulheres em menopausa são também diabéticas.


São muitas e boas razões para controlar o risco associado a estas duas condições. Trata-se de um duplo desafio, mas é possível vencê-lo.


Desde logo, fazendo escolhas saudáveis: uma alimentação equilibrada e exercício físico regular. No que respeita à alimentação, os doentes com diabetes já seguem um plano com algumas restrições, ao nível do açúcar mas também das gorduras. O mesmo plano é útil no controlo dos sintomas da menopausa.


Quanto ao exercício físico, tem benefícios a muitos níveis: ajuda ao controlo do peso ao promover o gasto de energia (logo a queima de gordura); aumenta acirculação, fortalece o sistema circulatório, contribui para baixar a pressãoarterial e para manter os níveis de colesterol dentro do normal; fortalece os ossos, prevenindo a osteoporose. Além disso, ajuda a libertar o stress e melhora o humor.


Neste plano de gestão da diabetes e menopausa, é ainda fundamental manter os valores de glicemia dentro dos parâmetros considerados normais para cada mulher. O que passa, em primeiro lugar, por conhecer esses valores: há, pois, que medir a glicemia com mais regularidade quando se está na menopausa, mantendo um diário dos valores registados para a eventualidade de ser necessário ajustar a terapêutica.


E quando os sintomas próprios da menopausa causam demasiado desconforto a abordagem pode envolver a chamada terapia de substituição hormonal. Trata-se de uma terapia que envolve a toma de hormonas sintéticas, de modo a atenuar as consequências de uma menor produção de estrogénio e progesterona. É uma opção que ainda gera polémica, que cada mulher deve discutir com o seu médico.


O que é certo é que gerir a diabetes na idade da menopausa coloca alguns problemas acrescidos às mulheres, sendo que é possível superálos com um compromisso com um estilo de vida saudável.


Fonte: Farmácia Saúde - ANF

OSTEOPOROSE: FRAGILIDADE FEMININA


Não é exclusiva das mulheres, mas a fragilidade óssea típica da osteoporose acontece mais nelas do que nos homens. Com risco de fracturas, para ambos os sexos e, sobretudo, à medida que a idade avança.



Uma em três mulheres sofre de osteoporose, um em oito homens também. Sempre com mais de 50 anos, porque estadoença do esqueleto é mais comum a partir da chamada meia-idade e mais ainda quando se ultrapassa a barreira dos 65. Nelas coincide com a menopausa.


O que está em causa é a diminuição da massa óssea, o que significa que os ossos ficam menos densos. Há também uma diminuição da qualidade, com os ossos a tornarem-se mais porosos. Tudo isto contribui para uma menor resistência e consequente aumento do risco de fracturas.


A fragilidade é mais acentuada em determinados ossos, nomeadamente nas vértebras dorsais e lombares (coluna), no rádio (braço) e no fémur (perna). São estes os ossos em que acontecem mais facilmente fracturas.


Além do sexo (feminino) e da idade (acima dos 65 anos), há outros factores de risco, com a osteoporose a ser mais comum entre as pessoas de raça caucasiana e asiática e entre quem possui antecedentes familiares de fractura. Nas mulheres, há outros elementos a considerar: é o caso da menopausa precoce, que aumenta a probabilidade de sofrer de osteoporose, é também o caso da existência de períodos de amenorreia prolongados (meses seguidos sem menstruação). As mulheres mais magras também são mais vulneráveis.


Independentemente do sexo, a fragilidade também existe quando se é forçado a imobilização prolongada (caso das pessoas acamadas), quando já se têm outras doenças ósseas, reumáticas ou das glândulas e ainda quando se utilizam em permanência medicamentos que provocam diminuição da massa óssea (como os corticoesteróides e os anticoagulantes).


O estilo de vida também conta e muito: uma dieta pobre em cálcio enfraquece os ossos, o mesmo sendo válido quando se leva uma vida sedentária, quando se fuma, quando se consome cafeína e bebidas alcoólicas com regularidade.


Este é o risco de ter osteoporose; já o risco de quedas, logo de fracturas, é acrescido em pessoas com dificuldades motoras ou sensoriais (problemas deaudição e visão, por exemplo) e em pessoas que fazem tratamento comantidepressivos e ansiolíticos (porque podem diminuir o estado de alerta). Mas como saber qual o estado de saúde dos ossos?


Existe uma técnica de diagnóstico precoce que permite medir a massa óssea - trata-se da osteodensitometria, cujo valor-padrão é o índice T. Assim, se for maior do que -1, isso corresponde a ossos saudáveis; entre -1 e -2,5 significa que existe osteopenia, ou seja, que já há fragilidade; e menor que -2,5 indica osteoporose. Com a mesma técnica, é possível avaliar o risco de fractura.


Este não é, porém, um exame que faça parte dos rastreios normais de saúde, pelo que não há uma maneira de sabermos, a cada altura, qual a resistência dos nossos ossos. Por isso, o melhor é apostar na prevenção, de modo a manter bons níveis de massa óssea: o que passa pela modificação de alguns factores de risco como os relacionados com a alimentação e o exercíciofísico. A actividade física ajuda à flexibilidade e resistência do esqueleto, completando os benefícios de uma dieta abundante em vitaminas (sobretudo a D) e minerais, nomeadamente cálcio: é sabido que o leite e derivados são dos melhores amigos dos ossos, mas os vegetais de folha verde (brócolos, espinafres, nabiças e agriões) também.


Também com objectivos preventivos, sobretudo em mulheres na menopausa ou quando já existe osteopenia, podem ser aconselhadas medidas farmacológicas como a terapêutica hormonal de substituição ou suplementos de cálcio evitamina D. Estes suplementos são, aliás, indicados em particular para pessoas mais idosas (que nem sempre se alimentam bem), institucionalizadas, com mobilidade reduzida ou com propensão para as quedas.


Ainda assim, mais vale prevenir. Porque quando os ossos são frágeis uma queda pode ser fonte de grande sofrimento e ter grande impacto na qualidade de vida.




Thursday, April 8, 2010

ESTEJA ATENTO AO BULLYNG ESCOLAR



Tânia Paias e Ana Almeida

Actualmente falar de violência escolar é também falar de bullying. O termo bullying foi cunhado por Dan Olweus numa das suas investigações sobre tendências suicidas em adolescentes. Bullying é toda a violência não física, todo o tipo de agressão e condutas verbais, desde os simples insultos, a fazer piadas e gozar com a criança, o uso de alcunhas cruéis, ridicularizar, etc.. Bullying é uma forma de pressão social que acarreta, por vezes, traumas muito importantes na vida dos alunos que são sujeitos diariamente a este tipo de maus-tratos.



A escola é um dos contextos em que o Bullying mais se faz sentir uma vez que se encontram num mesmo espaço muitas crianças e que se torna difícil para os adultos vigiarem todos os comportamentos e intervirem atempadamente. Num estudo recente, a Margarida Gaspar de Matos e colaboradores apuraram que 57.5% dos alunos entre os 11 e os 16 anos estão envolvidos em comportamentos provocatórios.

O Bullying, ocorre como qualquer outra forma de assédio ou maltrato. É perpetrado, habitualmente, por crianças que têm, por qualquer motivo, mais força ou poder do que a vítima; o agressor acusa a vítima de ser responsável pelo abuso e maltrato a que foi sujeita. A vitima muitas vezes sente-se verdadeiramente responsável pelo que aconteceu, a culpa é dela, por ser feia, gorda, fraca, etc..

Esta forma de violência passa, na maior parte das vezes, despercebida aos olhos dos pais, dos professores e da sociedade em geral. A vítima de bullying pode sofrer este tipo de maltrato durante muito tempo sem que ninguém perceba o que se está a passar.

O agressor exerce uma enorme pressão, incutindo medo e ameaçando retaliar para que a vitima se mantenha em silêncio. Muitas vezes, os pais e os professores só notam que se está a passar alguma coisa grave quando observam os efeitos dos danos desta pressão, que se manifestam sob a forma de fobia à escola, baixo rendimento escolar, depressão e doenças psicossomáticas.

Observarmos este tipo de problemas numa criança ou num jovem não significa que ele esteja a ser vítima de bullying, há muitas outras razões possíveis; mas ser vítima de bullying é uma hipótese a investigar com seriedade. O bullying deve ser travado o mais rapidamente possível.

A vítima de bullying deve ser apoiada por um psicólogo porque apresentará, com toda a certeza, um sofrimento psíquico importante. O agressor também deve ser acompanhado porque o exercício persistente e continuado de bullying é revelador de um enorme mal-estar interno. O autor de bullying vê a violência como uma forma de alcançar poder.

O registo de Casos de Bullying é muito elevado. Em Portugal ainda não se presta, infelizmente, muita atenção a este fenómeno.

Os técnicos que se relacionam de perto com as crianças e os jovens, nomeadamente os professores têm que estar mais atentos a esta realidade e devem perceber o impacto devastador que o bullying pode gerar, comprometendo o salutar desenvolvimento da criança como pessoa segura e auto-confiante. A auto-estima é a primeira a sofrer danos e, por vezes, em situações muito graves, danos irremediáveis. Os pais e os familiares de uma maneira geral, também devem estar muito atentos a esta realidade, principalmente quando se sabe que a criança tem uma característica qualquer que a torna vítima fácil, nomeadamente, se sofre de obesidade ou se tem uma qualquer dificuldade de expressão, é, por exemplo, gago, tem tiques, é demasiado calado ou demasiado falador, etc., isto é, se de alguma forma a criança foge aos padrões normativos.

Sabe-se que muitos dos comportamentos de risco dos adolescentes - absentismo escolar, uso de álcool e drogas, actos suicidários e comportamentos delinquente -, estão relacionados, directa ou indirectamente, com o facto de serem ou terem sido sujeitos a violência e/ou bullying. O bullying implica maus-tratos continuados e repetidos e não deve ser confundido com a agressividade normal na infância e na adolescência e, obviamente implícita nas diferentes brincadeiras.


Tente perceber se o seu filho é vítima de Bullying

» É muitas vezes alvo de brincadeiras de mau gosto?

» Qual é a alcunha que ele tem, lá na escola?

» Há alguma característica na sua personalidade ou fisionomia que o coloca na situação de ser um "alvo fácil"?

» Recusa-se a ir à escola e anda triste?

» Parece não ter amigos ou não se sentir à-vontade com eles?

» Mostra-se muito sensível às suas brincadeiras e reage ou chorando ou de forma agressiva



Previna os danos do Bullying

» Se o seu filho tem alguma característica na sua personalidade ou fisionomia que o coloca na situação de ser "alvo fácil", procure um psicólogo que o possa ajudar a lidar com essa característica para que não se torne um estigma e um motivo de vergonha.

» Esteja atento, observe o seu filho a brincar com os outros colegas, solicite aos professores o parecer deles.

» Não se torne hiper-protector, mas vigie com atenção.

» Não se esqueça que o seu filho pode precisar de ajuda. Nem sempre as crianças têm a força necessária para fazerem frente a um agressor.

» Se o seu filho é muito agressivo, esteja atento, ele pode ser autor de bullying e não ter consciência do sofrimento que provoca nas outras criança.



Identifique os comportamentos de Bullying

» Bullying Físico - Bater, agredir, dar pontapés, empurrar, dar encontrões e puxões

» Bullying Verbal - Ameaçar, arreliar, iniciar rumores e fazer comentários agressivos.

» Exclusão das Actividades - Exclusão directa de certa criança para as actividades em que todos participam menos a criança excluída.

» O que Não se deve fazer - Incentivar a criança a ser assertiva, a desvalorizar o que aconteceu, a ser indiferente às agressões e incentivá-la a fazer de conta que não é incomodado com as agressões. Isoladas estas atitudes podem levar a criança a sentir-se um fracasso.

» O que se Deve fazer - Estar a tento e intervir no sentido de fazer parar o comportamento da criança que atormenta o seu filho. Falar com o seu filho e com os colegas dele para tentar perceber se ele está a ser vítima de Bullying. Explicar-lhe que é natural sentir medo e vergonha, mas que deve ser capaz de falar sobre o que está a acontecer para que o possam ajudar. Chamar a atenção dos professores responsáveis, falar com os pais da criança que atormenta e solicitar que a criança agressora seja observada por um psicólogo. Falar com a criança que foi alvo de Bullying e explicar-lhe que ela não se deve culpar pelo que aconteceu e caso necessário oferecer-lhe um acompanhamento psicológico para que ela possa elaborar os "traumas" a que foi sujeita.


Tânia Paias
Psicóloga Clínica
Psicoterapeuta Psicanalítica na Psicronos

Ana Almeida
Psicóloga Clínica
Directora Clínica na Psicronos





Fonte: Psicronos

Tuesday, April 6, 2010

WORKSHOP - ADESÃO TERAPÊUTICA NA DIABETES


Realiza-se no próximo dia 8 de Maio o workshop sobre a adesão terapêutica na Diabetes. Esta acção destina-se a enfermeiros e a alunos de enfermagem. O local do workshop será no auditório do Arquivo Regional da RAM.
A data limite de inscrição é 30 de Abril de 2010 e poderá ser feita por email através do endereço
adram@adram.net, por telefone 966 620 782 ou através deste site seguindo a ligação indicada abaixo.

Inscrição online

Fonte: ADRAM

JÁ BEBEU ÁGUA HOJE?



Alexandra Bento

A água assume uma função de extrema importância no nosso organismo, assentando todo o metabolismo humano em reacções desenvolvidas em soluções aquosas. Esta transporta nutrientes e representa um importante papel no transporte e eliminação dos produtos tóxicos resultantes do trabalho do organismo.

Água: o maior constituinte do seu organismo

A água é o maior constituinte do corpo humano e a sua percentagem varia em função da quantidade de massa muscular e de tecido adiposo, pois é no tecido muscular que se encontram as células com maior concentração de água, por oposição às células do tecido adiposo e ósseo que têm as concentrações mais baixas. A percentagem de água no peso corporal de um prematuro é de cerca de 81%, a de um bebé é de 68% e a de uma criança é de 60%. Nos adultos, a percentagem de água é de cerca de 54% nos homens e 49% nas mulheres.


Ao longo do dia, o nosso organismo perde mais de dois litros de água - através da urina (1.400ml), das fezes (100ml), do suor (100ml) e do ar que sai dos pulmões (350ml) - pelo que temos de a repor. A perda de água, no dia-a-dia, pode ser colmatada, se houver uma adequada reposição, pelo que é necessário ingerir diariamente uma quantidade de água equivalente à quantidade de água perdida.


A entrada de água no organismo pode fazer-se através da sua ingestão directa e, indirectamente, através dos vários alimentos e de outros líquidos da dieta alimentar, que já em si a contêm, como é o caso da fruta, dos legumes, do leite, dos iogurtes e dos sumos.

Quando o corpo seca

Como sabe, quando se perde mais fluidos do que aqueles que se ingerem e o corpo não tem água suficiente para assegurar as suas funções normais, ou seja, há um desequilíbrio no balanço hídrico, dizemos que o organismo está desidratado, podendo esta situação ser grave ou muito grave.

De facto, sabe-se que é possível sobreviver várias semanas sem ingerir qualquer alimento, mas poucos dias sem beber. No caso da água, no entanto, sabe-se que, em climas moderados, um adulto apenas consegue viver até dez dias sem água e uma criança até cinco dias.


Regra geral, a sede constitui o primeiro sinal de desidratação, mas rapidamente se chega a situações como uma pior performance física e hipovolémia (-3% do peso em água), náuseas, dificuldade em manter a temperatura do corpo estável, dificuldades de concentração e diminuição das capacidades de trabalho (-5% do peso em água).



Num estado de desidratação ainda mais avançado (-10% do peso em água), a desidratação pode provocar fraqueza, espasmos musculares e delírio. Numa perda de cerca de 11% do peso em água, pode haver falha da função renal e com 20% pode mesmo ocorrer morte.


Existem determinadas situações que favorecem a desidratação, como as temperaturas elevadas, a prática de desporto, os ambientes de humidade reduzida, as altitudes elevadas e as situações de diarreia ou vómitos, pelo que perante estas situações deverá aumentar os líquidos ingeridos.


Lembre-se de que a melhor forma de combater a desidratação não é tratar dela, mas prevenir o seu aparecimento!

Sinais de desidratação

>Urina pouco abundante, com coloração e cheiro intensos;

>Boca e lábios secos;

>Pele áspera e seca;

>Dores de cabeça;

>Dificuldade de concentração;

>Fadiga;

>Prisão de ventre;

>Dor muscular e articular.



Este Verão, hidrate-se, pela sua saúde!



>Beba água ao longo do dia (entre 1,5 a 3 litros, ou seja, mais de oito copos);


>Aumente a ingestão de alimentos e de outros líquidos, que já em si a contêm, como é o caso da fruta, dos legumes, dos iogurtes, do leite e dos sumos;


>Leve água sempre que trabalhar ou participar em eventos no exterior;


>Hidrate-se antes, durante e após a prática de exercício físico;


>Lembre-se que as bebidas alcoólicas desidratam e as bebidas açucaradas não são eficazes para hidratar;


>Ingira mais água nos momentos de maior risco de desidratação;


>Utilizar roupas de cores claras e pouco apertadas nos dias de maior calor;


>Evitar exposições prolongadas ao sol;


>Oferecer água aos idosos e às crianças, várias vezes ao longo do dia.



Fonte: Health & Wellness

Sunday, April 4, 2010

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA: APRENDER A MELHORAR A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA NO ESCRITÓRIO



Daniela Gonçalves

A insuficiência venosa é uma anomalia do sistema venoso dos membros inferiores, responsável pela alteração do retorno do sangue ao coração, o que provoca o sofrimento das veias. Importa conhecer melhor a doença, para tentar prevenir ou reduzir os seus efeitos. Saiba quais os cuidados que pode ter no escritório a este nível.


A doença afecta cerca de um terço da população portuguesa, com maior prevalência de casos de doentes de sexo feminino, embora, actualmente se registe um aumento de casos de indivíduos de sexo masculino, explica Duarte Medeiros, chefe de cirurgia vascular do Hospital Egas Moniz. Estes "chegam já num estádio avançado da doença devido ao factor de camuflagem nos homens que são os pêlos nas pernas, daí que não se note o desenvolvimento da insuficiência venosa, apesar de terem algumas queixas como sensação de peso e cansaço nas pernas", afirma. Segundo o especialista, a patologia é cada vez mais transversal às várias faixas etárias. Até porque "cada vez aparecem mais doentes nas consultas e mais novos".


À procura de uma prevenção

Apesar de ser difícil haver prevenção, o especialista deixa alguns conselhos, nomeadamente, a importância do seguimento de um estilo de vida saudável. A adopção de uma dieta saudável pode ser considerada uma medida de prevenção para o surgimento de problemas de saúde, em geral, mas não existe um regime alimentar específico para a insuficiência venosa.

Recomenda-se a ingestão de água, evitar-se o consumo de tabaco e são, igualmente, reconhecidos os efeitos positivos da caminhada na prevenção da doença venosa, após um período em que a pessoa esteve sentada, explica Duarte Medeiros. O especialista desmistifica a ideia de que só é benéfica a caminhada em passo acelerado, uma vez que "o importante é caminhar.

As pessoas não precisam de se cansar a andar depressa", explica. Alerta, no entanto, que estar de pé numa posição estática acaba por produzir os mesmos efeitos adversos - em termos de retorno venoso - do que estar sentado. Segundo o cirurgião, "quando se está de pé ou sentado com as pernas pendentes, o efeito é o mesmo. A circulação do sistema venoso profundo funciona mais quando estamos a andar". Assim mesmo no escritório, os trabalhadores devem combater o sedentarismo, ou seja, "evitar estar muito tempo de pé parado ou sentado com as pernas pendentes e, neste último caso, tentar levantar-se, de meia em meia hora, com alguma frequência e andar um pouco." Adverte ainda que na posição de sentados, os trabalhadores devem fazer exercícios de contracção das pernas e dos tornozelos, para estimular o retorno venoso.

Evitar exposições a fontes de calor e usar vestuário apertado são outras formas de tentar prevenir a insuficiência venosa. O especialista distingue dois grupos de pessoas: o das que têm sintomas da doença (sensação de cansaço nas pernas, etc) que se revelam através do surgimento de varizes e o daquelas que apenas têm derrames assintomáticos.

A lazerterapia pode ser um método de tratamento e prevenção recomendado para o segundo caso. Para casos de indivíduos que apresentem pequenas varizes, aconselha ainda o seguimento de um estilo de vida saudável. O uso de anticoncepcionais é prejudicial, pois pode, passado alguns anos propiciar o aparecimento de pequenos derrames e varizes.


Tratamento da doença

A terapêutica dos doentes com insuficiência venosa pode basear-se na utilização da meia de descanso/contenção elástica, que, segundo Duarte Medeiros, dá algum conforto às pernas e na administração de fármacos. Salienta, no entanto, que "pode ser perigoso sugerir as meias de descanso porque as pessoas podem ter, a partir de alguma idade, algum componente de insuficiência arterial obstrutiva periférica.

Aí a meia de descanso irá agravar a doença, reduzindo a circulação sanguínea". E acrescenta que a terapêutica farmacológica é a solução quando o caso de doença venosa assim o exige. Frisa que o tipo de tratamento da doença deve ser adaptado ao caso particular de cada doente.

O recurso ao tratamento de lazer e à cirurgia são opções a equacionar, de acordo com o especialista que ressalva, no entanto, que esta última deve ser realizada em última instância.

Conclui referindo que, regra geral, "a insuficiência venosa não tem cura e, uma vez instalada, veio para ficar", embora seja possível controlar os seus sintomas e apostar na melhoria da qualidade de vida do paciente.


Fonte: Health & Wellness

AR CONDICIONADO E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS



J. Agostinho Marques

A vida urbana, e a deslocação das actividades laborais para a área dos serviços fizeram aumentar o número de espaços com ar condicionado para números impensáveis alguns anos antes. Grande parte deste aumento deveu-se às maiores exigências de conforto das pessoas no trabalho e em casa; em muitas outras situações as exigências são dos próprios equipamentos do trabalho. Há, no entanto, um número elevado de queixas relacionadas com o ar condicionado.

Genericamente, o ar condicionado pode produzir doença devido a contaminantes transportados no ar ou devido às próprias características físicas do ar arrefecido e seco.

O ar seco, ao atravessar as vias respiratórias causa arrefecimento intenso da mucosa devido à evaporação de água dos tecidos. Este mecanismo é suficiente para perturbar doentes sensíveis, como os asmáticos, cuja característica própria é a hipersensibilidade a estímulos inespecíficos. O desconforto assim causado depende sobretudo da própria sensibilidade pessoal do doente, não sendo sentido geralmente por outros.

Adicionalmente, muitos equipamentos de ar condicionado têm condutas onde se desenvolvem microrganismos, sobretudo fungos, em grande quantidade. A passagem do ar através destas condutas arrasta contaminantes para a atmosfera dos espaços interiores das casas que escapam à filtração dos sistemas. Estas situações, claramente relacionadas com equipamentos mal instalados ou com manutenção deficiente, são muito comuns, atingindo provavelmente a maioria das instalações que conhecemos.

As queixas respiratórias relacionadas com o ar condicionado são muitas vezes o agravamento de manifestações de asma e, sobretudo, de irritação nasal em doentes com doença alérgica ou vasomotora já conhecida. Muitos doentes, depois de um longo período a conviver com estas características ambientais no lugar de trabalho sem manifestarem queixas especiais, começam a notar que, cada vez mais, o ar condicionado os perturba.

Os seus contaminantes fúngicos podem contribuir simplesmente para o agravamento de queixas anteriores mas são muitas vezes responsáveis pelo aparecimento de manifestações em pessoas que antes não as tinham. Além de agravamento da asma e de rinites, descrevem-se também alveolite alérgica extrínseca (pneumonite de hipersensibilidade) de maior gravidade.

Além do tratamento dos doentes segundo regras consensuais descritas para a asma e rinite, é muito importante dar indicações úteis para a correcção das condições ambientais. Na clínica diária estes problemas têm a maior actualidade.

Um grande número de doentes revela dificuldades sentidas no meio laboral, sem alternativa, em termos de alteração do posto de trabalho. Muitas vezes, o doente acaba em conflito com o empregador e os colegas, agravando a asma com o factor emocional assim exacerbado.

Os técnicos são capazes de propor as alterações de equipamentos para conseguir condições de temperatura adequada sem excesso de secura. É muito mais difícil conseguir obter de modo sustentado a garantia de ar sem contaminações, depois dos equipamentos estarem montados já com os erros habituais com condutas de ar instaladas na estrutura dos edifícios. Por esta razão, há que pensar muito bem nos novos edifícios para evitar os erros do passado. Em instalações sanitárias do centro da Europa tem-se recorrido à instalação de painéis nas paredes de modo a obter o condicionamento ambiental através da irradiação em vez da insuflação de ar que as correntes de convecção levam às vias aéreas das pessoas.



Fonte: Health & Wellness

exercício físico intenso e regular contra stress oxidativo


José Magalhães

O exercício físico tem sido considerado como um importante veículo de promoção de saúde. De facto, nos dias de hoje, o exercício físico é, não só, um importante factor de prevenção de uma série de doenças, como sejam as doenças cardiovasculares e a diabetes, como também um importante agente coadjuvante da terapêutica de um conjunto significativo de patologias, de que é exemplo a obesidade.

Curiosamente, de forma aparentemente paradoxal, a prática de exercício físico tem sido, igualmente, associada à produção acrescida de radicais livres (RL) no nosso organismo.

Radicais livres são moléculas produzidas no nosso organismo de forma fisiológica ou não fisiológica que apresentam elevada reactividade bioquímica. Assim sendo, quando produzidos em excesso, podem interagir e provocar danos importantes em diferentes macromoléculas celulares, como sejam lípidos, proteínas e ADN que, em última análise, podem resultar na disfunção ou perda de viabilidade celular.

De facto, apesar da sua fulcral importância para o organismo, por exemplo enquanto sinalizadores de tarefas indispensáveis à célula e moléculas intervenientes na protecção imunológica, são inúmeros os estudos que têm evidenciado a associação da produção excessiva de RL com a causa ou agravamento de um conjunto significativo de patologias, de que são exemplo as cataratas, a doença de Parkinson, a aterosclerose e alguns tumores.

Prática de exercício físico e stresse oxidativo

Face ao acréscimo da produção de RL induzido pelo exercício físico e à, eventual, incapacidade do organismo em os neutralizar, o organismo poderá experimentar uma condição aguda de stress oxidativo acrescido. Isto é, uma situação momentânea de agravamento significativo no desequilíbrio entre a produção de RL e a capacidade neutralizadora do nosso sistema antioxidante, ou seja, do conjunto de moléculas e compostos celulares que visam anular ou, pelo menos, diminuir a reactividade dos RL, reduzindo, assim, o seu impacto fisiológico nefasto. Importa referir que, mesmo em condições basais e fisiológicas, o nosso organismo "vive" uma situação permanente de stress oxidativo.

De facto, em qualquer circunstância da nossa vida, as nossas células têm uma taxa de
produção de RL que, embora controlada, é mais elevada do que a capacidade neutralizadora do sistema antioxidante. Os imperceptíveis danos celulares decorrentes desta produção excessiva de RL "dão voz" à associação que alguns investigadores estabelecem entre o fenómeno de envelhecimento e uma condição crónica de stress oxidativo moderado ao longo da nossa vida.

Relativamente ao exercício físico, existe um consenso generalizado quanto à existência de diferentes "fontes" de RL no nosso organismo. Porém, o exponencial incremento do consumo de oxigénio parece ser o factor mais preponderante para o acréscimo da produção de RL durante o exercício. Por esta razão, os RL são, vulgarmente, conhecidos como radicais livres de oxigénio. Neste contexto, a generalidade dos praticantes de exercício físico e os atletas, em particular, confrontam-se com um aparente paradoxo. Ou seja, apesar de todos os benefícios conhecidos, a prática de exercício físico constitui-se, efectivamente, como um factor indutor da produção acrescida de RL.

Contudo, não obstante este acréscimo, estudos no âmbito da bioquímica do exercício têm sugerido que os praticantes de exercício regular e intenso, como por exemplo os atletas, se apresentam numa situação privilegiada face ao acréscimo da produção de RL, decorrente da prática de exercício físico, relativamente aos praticantes de exercício não regular e aos sedentários.

Os benefícios da prática regular de exercício físico

Com efeito, tem sido demonstrado que, por adaptação fisiológica crónica decorrente dessa prática de exercício físico regular, parece existir uma diminuição da produção de RL e evidentes melhorias da capacidade antioxidante. Desta feita, aqueles que se exercitam regularmente, não só produzem menos RL como também estão melhor preparados para os neutralizar, diminuindo as condições celulares de stress oxidativo. Este facto, a par das virtudes antioxidantes de uma alimentação cuidada e adequada, justifica que, regra geral, para a grande maioria dos praticantes de exercício físico regular a suplementação de antioxidantes não seja imprescindível. Adicionalmente, a melhoria da capacidade antioxidante parece ser uma mais valia contra as, eventuais, condições exacerbadas de stress oxidativo que possam ser despoletadas no organismo por situações fisiopatológicas.

Assim sendo, no que diz respeito à relação entre o exercício físico e o stress oxidativo, o conselho só pode ser um: PRATIQUE EXERCÍCIO FÍSICO INTENSO DE FORMA REGULAR E SISTEMÁTICA

José Magalhães Gabinete de Biologia do Desporto, Faculdade de Desporto, Universidade do Porto




Fonte: Health & Wellness

COMO PREVENIR PROBLEMAS DE COLUNA


Rui Garganta

Como dificilmente temos as opções de deixar de trabalhar ou de arranjar profissões "mais saudáveis" ou compatíveis com eventuais problemas de coluna, é fundamental adoptar estratégias de prevenção e de compensação. Os grandes vilões da nossa coluna são os designados micro-traumatismos de repetição.


Como referimos num número anterior, a maioria das dores nas costas não é provocada por grandes esforços, mas aparece como consequência de atitudes posturais incorrectas ou esforços pequenos mas repetidos. Desta forma, os grandes vilões da nossa coluna são os designados micro-traumatismos de repetição.

Estes são provocados por situações repetidas, associadas à nossa profissão ou dia-a-dia, geradoras de traumatismos que, mesmo sendo pequenos, assumem uma enorme proporção quando realizados continuadamente ao longo dos dias, meses e anos.

Vamos apresentar um conjunto de cuidados a ter no local de trabalho que devem ser entendidos como propostas para uma "higiene regular".

Eles são importantes para todas as pessoas, mas essenciais para aqueles que sofrem e procuram evitar crises futuras.


Cuidados a ter para quem passa muito tempo de pé

Na posição de pé, parada, assumindo que as curvaturas da coluna estão no seu correcto alinhamento, a actividade muscular é quase nula. Neste caso, é o sistema nervoso que a assegura, através do tónus postural - uma força que se opõe ao efeito da gravidade. Os músculos, que nos permitem ficar na posição vertical, praticamente sem fazermos esforço, são designados de anti-gravíticos.

Embora económica, em termos de actividade muscular, a postura de pé não se consegue manter durante muito tempo, pois há músculos que ficam cansados, particularmente os da zona lombar.

A alternativa é procurar compensar, isto é, de tempos em tempos, sentar ou, preferencialmente, deitar um pouco, para relaxar a musculatura das costas e das pernas. Chama-se à atenção para a importância de quebrar a rotina, alterando o factor traumático repetitivo.


Postura de pé

Esta postura, quando prolongada, é bem mais exigente do que a posição de sentado.
Na posição de pé, o cansaço leva a que se procurem posturas assimétricas de compensação, que podem dar lugar a desequilíbrios de coluna. Assim é importante ter em conta o seguinte:

> Quando se trabalha sobre uma bancada ou uma mesa, a altura desta deve estar ligeiramente abaixo do cotovelo. Se estiver demasiado baixa, provoca dores lombares; se for muito alta, provoca dores nos ombros e/ou pescoço.

> Quem fica muito tempo de pé, para além dos problemas de coluna, tem grandes probabilidades de ficar com derrames e/ou varizes.

> Procure evitar rotações ou torções de coluna em tarefas como varrer, aspirar, ou passar a ferro. O movimento deve ser realizado com o corpo todo e não apenas à custa da rotação ou torção do tronco pois estas provocam um grande esforço da coluna lombar.

> Sempre que o trabalho exige uma postura estática, deve procurar ficar o menos parado(a) possível, alternando com uns passos, elevando o peso do corpo sobre as pontas dos pés ou fazendo movimentos de reforço e estiramento. As "bombas" que fazem o sangue elevar-se, isto é, responsáveis pelo retorno venoso, estão por baixo dos pés e na região dos gémeos, a barriga das pernas, e, por isso é importante solicitar estas regiões.

> Se tiver de ficar muito tempo de pé e parado procure, pelo menos de vez em quando, encostar-se a uma parede, ou algo semelhante, para descansar os músculos das costas.


> Uma atenção especial deve ser dada ao tipo de calçado que se usa. Se tem problemas de coluna, deve evitar utilizar sapatos de sola dura e, para a mulher, o salto não deve ter uma altura superior a 2 dedos.


Rui Garganta Professor universitário



Fonte: Health & Wellness
 

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